Nunca é Tarde Para Amar escrita por YunaSama


Capítulo 4
Capítulo 4




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— Sarada-chan! - Seus olhos brilharam ao avista-la. Ela vinha bela como sempre, mas algo parecia estar errado. Sua luz não era a mesma... - Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?

— Sim, aconteceu sim... - Tudo que ela queria naquele momento era abraça-lo. Sentia como se apenas ele a entendesse... E de novo desaba.

— Por kami-sama, não chore, me parte o coração... O que aconteceu? Pensei que hoje fosse um dia feliz.

— Era pra ser mas deu tudo errado! Eu falei de nós para os meus pais...

— Não me diga que...- Seu coração começou a bater forte já sentindo o baque que estava prestes a levar. - eles não nos aceitaram?!

— Exato...

— Não consigo acreditar, por que? O que eu fiz de errado? Eu não sou nenhum mal caráter, nunca fiz nada de mal a ninguém para eles não me aceitarem...

— Mal caráter é o meu pai! Ele não quer que eu me case com alguém de kekei genkai ocular, ele teme como meus filhos nascerão se misturar byakugan e sharingan, segundo ele não serão sangue puro...

— Que absurdo! Ele prefere que case-se com um estranho? Que tipo de pai é esse?! E sua mãe o que disse?

— Ela ficou feliz no momento que eu contei, mas depois que meu pai desaprovou ela ficou do lado dele, não entendo...

— A sua mãe.. - Ele ficou perplexo e pensativo. Sempre ouvira falar de Sakura Haruno como uma heroína, uma mulher incrível de personalidade forte, mas Sakura Uchiha não parece ser nada disso...- eu não acredito. Eu vou ate la falar com eles agora!

— Não adianta o meu pai já se foi. E temo o que ele pode fazer à você se insistir em contrária-lo...

— Isso é o de menos. Sua mãe está la não é? Então é pra la que eu vou. Não vou desistir de você nunca! É uma promessa.

Os olhos negros dela brilharam como uma noite estrelada, toda sua tristeza passou ao ouvir tais palavras. Eles então partiram.

— Naruto... Naruto?... NARUTO!

— Uhn? Han? Ah! Shikamaru, entrou que eu nem percebi...

— Francamente, você se mudou de konoha para o mundo da lua mesmo? Tá mais pra lá do que pra cá...

— Só estava pensando em ramen! - Sorriu simpaticamente. Mas seu sorriso não era o mesmo há muito tempo...

— Você esta trabalhando tenha foco.

— Pega leve Shikamaru, não tem muita coisa pra fazer por aqui mesmo...

— Realmente, o mundo esta em paz e isso é ótimo. Tem uns poucos papéis na sua mesa o que são?

— Algumas missões mas nada para hoje.

Eles conversavam mas Naruto não o olhava. A vista pela janela parecia mais interessante. Olhava o infinito que um dia percorreu. Como sentia falta dos velhos tempos... Queria ter aquela liberdade de novo, mas algo o prendia e não era seu cargo tão gratificante, era outra coisa e não sabia o quê.

— Já que está atoa aqui por que não damos uma volta? Faz tempo que não da um passeio, sempre vive trancado aqui olhando para essa janela.

— Pode ser, vamos caminhar um pouco.

Caminhar por konoha era sempre muito agradável, mas havia certos lugares que não percorria muito, lugares calmos e prazerosos. Perfeito para esfriar a cabeça e sair um pouco da realidade. Foi pra la que eles foram.

— Naruto, não chamei você aqui atoa. Há tempos você parece tão desanimado.

— Isso não é verdade, me sinto bem.

— Você faz parecer estar bem, se esforça pra isso, mas já faz tanto tempo que não consegue mais disfarçar. Seja sincero com sigo mesmo. O que esta acontecendo, meu amigo? Pode confiar em mim.

— Não é como se eu não confiasse... Sinceramente, nem mesmo eu sei o que esta acontecendo.

— Esta com problemas em casa?

— Eu tenho uma família perfeita, isso sempre foi o que eu quis. Mas por algum motivo não consigo ser inteiramente completo, e isso faz com que eu me afaste mesmo sem querer! É um sentimento horrível. Não gostaria que as coisas fossem desse jeito...

— Naruto, eu entendo que todas as famílias possuem seus autos e baixos, mas permanece unida apesar de tudo, e não vivem um sem os outro. Mas no seu caso é diferente. Eu vejo você vagando sem rumo a noite depois que sai do escritório, evitando chegar em casa, isso não é normal. Faz parecer que não os ama.

— Não é verdade! Eu realmente amo os meus filhos, são uma parte de mim, não poderia ser mais agradecido por tê-los em minha vida. Mas falta algo...

— Hinata é uma boa esposa. Todos podem ver o esforço que ela faz para vê-los todos felizes e vivendo em harmônia. Mas Naruto, você á ama?

— Ela é realmente uma mãe incrível...

— Isso não responde minha pergunta.

— O que quer com isso Shikamaru?

— Ajuda-lo oras. Posso estar errado mas não parece que você ama ela. Se minha teoria estiver errada posso concluir que não sei de onde vem essa sua depressão.

— Não estou deprimido. Apenas um pouco confuso... Bem, se amar é estar satisfeito e admirar a pessoa, eu a amo.

— Baka, não tem como descrever o amor como satisfação e admiração. É algo que você sente sem poder explicar. Que te faz muito bem, faz seus olhos brilharem, faz os dias parecerem pequenos ao lado de quem se ama. É assim que eu me sinto com Temari. Não parece que você também sente isso. O que parece é que esqueceu o que é amor.

— Talvez eu nunca soube o que era.

— Sim, você soube. E sabe do que eu estou falando.

Por um pequeno momento foi devolvido o brilho ao seus olhos.

— V-ocê quer dizer... Ela?

— Sim. Sakura. Você a amou, e sabe muito bem disso. Você conheceu esse sentimento, Naruto. Mas ainda sim você tem outra mulher, e precisa descobrir se ama ela. É isso que tem que fazer apesar da resposta já estar bem explicita.

Naruto se consome por um silêncio.

— Bom, preciso ir para casa terminar o shogi com meu filho, já estamos há dias tentando dar um fim naquilo. Pense sobre o que eu te falei, e pare de se martirizar.

— Obrigado, Shikamaru.


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Notas finais do capítulo

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