Topo do mundo escrita por Timeless


Capítulo 20
"Uma vida por outra"


Notas iniciais do capítulo

Sem frases e vai ser por um tempo, tó sem ideia. Para as loucas que querem saber, tenham nervos, tudo vai se resolver. Então, devem estar bem ansiosos eu presumo, sem mais delongas...-A ESCRITORA.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600918/chapter/20

POV Hiro

Eu ia morrer! Aquelas correntes ficaram me apertando o que deixava minha respiração ofegante, e com meus braços presos, não podia fazer muita coisa. Eu não sei o que era pior, está preso ou a pessoa que me prendeu parecia se divertir com isso. Um divertimento bem sádico só se for.

–É bom vê-lo de novo Hiro. -ele disse secamente, enquanto os Microbôs me acorrentavam para garanti que eu não o atacaria como eu queria fazer. E as correntes se apertavam cada vez mais.

Eu ia morrer com 15 anos, tão triste. O pior era que Callaghan ficava olhando pra mim de um jeito cínico, enquanto eu tinha uma expressão de dor no rosto. Eu estava no ar, sem contato com o chão, estava imobilizado e minha equipe toda presa. A cada minuto, a correntes se apertavam cada vez mais, deixando a minha respiração pior. A minha vista já estava ficando escura pela falta de oxigênio. Vou morrer; e pior sem me despedir de ninguém, do Baymax, a única parte que eu tinha do meu irmão. Talvez depois que eu for; eu o encontre junto aos meus pais. Mas, não ia ser agora. Por que, você me pergunta? Aí aconteceu uma das coisas mais estranhas da minha vida.

Eu estava quase sem qualquer sem nenhum oxigênio, quando... As correntes começaram a afrouxar. Isso mesmo afrouxar. Quando eu menos esperava, eu vi Baymax sendo solto no chão em seguida foi a minha vez. Ele me largou com tudo no chão, quando isso aconteceu acabei me cortando perto da orelha em um dos microbôs. Foi um corte superficial. Porém forte o suficiente pra eu pôr a mão e perceber que tinha o corte e um pouco de sangue. Minha visão tinha começado a se normalizar quando vi chegando perto de mim. Eu estava tossindo muito por causa da falta de ar; ele se aproximou, eu estava com uma expressão de assombro. O mesmo estava com meu capacete e o entregou a mim, e começou a falar:

–Uma vida por outras, minha dívida está paga – ele ficou de costas - não se meta mais no meu caminho Hamada. É para o seu próprio bem e de seus amigos. -e foi embora. Simplesmente, foi embora. Deixando-me várias dúvidas na cabeça, como: “Por que ele me poupou? E como assim ‘seu próprio bem? ’”. Mas não são dúvida para agora.

–Baymax!-eu cori até ele- você está bem?-perguntei sentindo um pouco de dor, por ensejo das correntes e do corte.

–Sim, eu estou. –respondeu de pé me deixando um pouco aliviado.

–Galera, galera! -ainda estavam dentro das bolhas. Fui a primeira que eu vi, e deu um soco. A mesma se desintegrou mostrando que seu interior havia uma Honey ferida da batalha e da queda que a estaca deu nela.

–Hiro?-ele me chamou com uma voz estrangulada.

–Honey como você está?- perguntei a minha amiga que estava sentada no meio de onde era a bolha, cujo microbôs seguiram seu mestre.

–Eu vou ficar legal, vai ver outros. -disse se pondo de pé com dificuldade com Baymax a ajudando.

Um a um fui soltando os outros e os microbôs seguindo seus caminhos. Gogo estava com raiva de lugares fechados, Fred deitado quase sem forças, Wasabi quase desmaiou e a Rô por pouco quase se quebra toda. Ela não tinha armadura. Seu corpo intero; absorveu o impacto que ela levava.

Eu tava me sentido com um pavor horrível, ele quase matou minha equipe intera e a mim também. Todos os microbôs seguiram o Callaghan, mas eu não tinha tempo pra isso, tinha que levar todos para casa. Para receberem os devidos cuidados. E levantamos voo. Eu naquela situação parecia o mais saudável, o voo foi dolorido para todos, mas era o meio mais rápido para chegarmos a casa, e receber os devidos cuidados. Baymax não se quebrou parte alguma, ainda bem. E eu fiquei só com ferimentos superficiais.

Entramos pela janela do quarto, pairamos perto da janela do meu quarto. Um por um, entraram. Estavam arrebentados, todos eles. Eu entrei por últimos, tiramos as armaduras no banheiro ficando só com os pijamas, encontrava-nos tão cansados que dormimos assim mesmo.

***

Bem, esse sono não durou muito. Chegamos 03h00 horas da manhã em casa e 05h30 já estávamos acordados. As dores não ajudaram a dormir bem. Eu ativei Baymax pra me ajudar a cuidar do pessoal, depois de me ajudar com o corte, ajudamos a galera. 10 minutos depois formos ver eles, primeiro a Honey:

–Você está melhor?-Baymax indagou a mesma que estava deitada no colchonete com um copo de leite morno. Estava ficando frio e provavelmente iria nevar essa manhã. Sim, aqui neva, e muito!

–Sim eu estou, obrigado. -ela tinha sofrido um corte no braço e precisou enfaixar; fora as dores da pancada. Graças ao spray do Baymax, a dor foi diminuída. Daqui à uma hora estaria totalmente recuperada.

–Wasabi, já melhorou?-perguntei ao mesmo que estava sentado na minha cama. Wasabi foi um dos que ficaram menos machucados. Sem ferimentos, só dor mesmo, que como disse antes, o spray do Baymax contra dor aliviou. Ele resistiu muito bem. Sprayzinho poderoso!

–Já sim moleque fica tranquilo. -ele afirmou ironicamente bagunçando meu cabelo. Ele era organizado, mas ama bagunça meu cabelo em? Paradoxo!

–Fred, e sua cabeça?- o Fred, bem a roupa ficou ruim, a cabeça... Bem, ela não pode ficar pior, mas não estava muito ferido.

–Bem melhor, mas você vai consertar minha roupa né?-ele perguntou preocupado... Com a roupa.

–Sim eu vou. -respondi revirando os olhos.

–Gogo, e a sua perna?-ela se machucou mais ou menos, a perna ficou ferida, e as dores da queda. Mas, ela ficou legal, desinfetou, como todos e enfaixou. As dores sumiam e todos ficavam melhores.

–Bem melhor. Na próxima ver se não sai sem a gente de novo. -disse me dando um cascudo. Realmente eu tenho que parar com isso. É definitivamente. Agora só falta pergunta para uma pessoa. Essa pessoa estava na janela com uma xícara de chocolate quente, vendo os primeiros flocos cair, sentada no colchonete perto de um das janelas envidraçada do meu quarto.

–Oi Rô. -eu falei a mesma. Ela que tinha se machucado mais, por não ter armadura pra se proteger. Mas, incrivelmente não quebrou nenhum osso. Isso que é sistema imunológico! Ela cortou o braço, a perna, fora as dores terríveis como todos. Porém, já tinha sido cuidada e já estava bem. Que recuperação! Ela estava com uma blusa lilás florida e uma saia preta, meio azulada e sandálias da mesma cor da blusa.

– E aí, Hiro. Você tem que parar de sair assim. Desse jeito, um de nós vai quebrar um osso. -ele disse rindo. Ha, ha, palhaça. Eu fui irônico.

–Hilária mocinha. -disse em deboche.

–Eu sei. –ela falou da mesma forma.

–Já está melhor? A queda foi feia. –indaguei com um olhar engraçado.

–Sim, mas já me disseram se você está ruim, sempre tem alguém que tá pior. -olhamos pela janela alguém levando uma queda feia por causa da neve.

–Aquele cara por exemplo. -ela falou arrancando risadas de nós seis, até ela riu da própria piada.

–Depois dessa, vou encarar que você está bem. -afirmei a mesma.

–Você parece diferente, um diferente bom. Parece que seu humor mudou, tá mais-ela fez uma pausa dramática- descontraído, feliz, alegre. Parece mais como maluco que eu conheci jogando uma caixa na cabeça. Tá mais você. -afirmou tomando outro gole de chocolate quente, recordando do momento que nos conhecemos, isso que eu chamo de “primeira impressão”.

–É verdade, ele tomou juízo. -Baymax disse chegando perto junto com a galera.

–Ei, eu só não tô levando tudo tão a sério demais. –contrapus meio irritado.

–Ah, enfezadinho. –Gogo e Rose falaram em uníssono com um biquino. É curtindo com minha cara.

–Enfim, todos já estão melhores por sinal. -falei bem alto. E estavam mesmo e o Baymax tirou o curativo de todos. Já a minha tia acordaria lá pelas 9h00, já que ela trabalhou bastante na última noite. E era 7h30 já.

–Sim. -disseram em uníssono.

–E agora, o que a gente faz?-Fred indagou sentando no chão.

–È, a gente sabe o que ele quer. Mas, a gente tem que ter o porquê ele quer, e mais informações. -Wasabi alertou.

–Isso é uma excelente pergunta. -Honey ironizou o meio da conversa.

–Eu não faço a menor ideia, só Abigail falava com ele e... É isso!-exclamei dando um susto em todos.

–O quê, seu sem noção?-Gogo indagou se recuperando do susto, colocando a mão no peito.

–A Abigail, vamos falar com ela e perguntar como o pai dela estava agindo. Tinha-se algo diferente. A gente a salvou, ela não pode dizer não. –esclareci empolgado.

–Ok, mas só um detalhe pequenininho. Um bando de adolescentes, querendo falar com uma funcionária de alto grau que trabalho novamente da Krei tech, recém-trazida de um portal falho, só com a cara e a coragem. Não passamos nem da porta de entrada!-ela falou bem alto a última parte.

–È, mas ela vai estar com a gente. -apontei pra Rô que quase enfartou com o final da frase.

–Eu?-Rô indagou confusa apontando pra si mesma.

–Ela?-os outros falaram em uníssono do mesmo modo.

–Olha Hiro – ela se levantou – Eu não sei se esse capacete apertou demais sua cabeça, mas eu não faço a menor ideia como posso ajudar nisso. Pois eu sugiro outro plano. E que você tome uma tarja preta. – ela falou com o cotovelo em cima do meu ombro.

–Você é a afilhada do cara. E eu acho que deixariam a gente entrar se você pedisse. -expliquei.

–Não é tão simples, o que eu digo “Oi, eu e meus amigos querem entrar na maior fábrica de tecnologia da cidade, libera aí”, é isso. -ela afirmou ironicamente.

–Por favor, lá que fica a Abigail e os projetos, se ele quer a luz do infindo, temos que saber por quê. Ajuda a gente vai. - eu quase implorei. Ela revirou os olhos com o meu “drama”, e mordeu de leve o lábio inferior.

–Tá. Mas se arranjarem problema pra mim, vocês vão se responsabilizar. -afirmou cruzando os braços.

–Obrigado. -nós todos agradecemos.

–De nada. Sou amiga de vocês, eu nunca negaria isso depois desse drama aí. Mas, não dá pra ir agora. Tá nevando demais. -ela olhou para janela.

–Então eu tive uma ideia. -comentei.

–Qual?-indagaram em uníssono.

–Vamos curtir o dia de neve.

***

Nós ficamos assistindo TV o dia todo, estava mesmo muito frio para ir lá fora, talvez mais tarde. Todo mundo tinha um coberto junto e usava pantufas (sim eu tenho pantufas, algum problema?) ou botas de neve. Perambulamos até minha tia acordar.

–Bom-dia, meninos. -ela disse aparecendo com o pijama do Mickey e um par de pantufas brancas.

–Oi tia, bom-dia. -respondi e os outros fizeram a mesma coisa.

–Vou preparar o café, certo? E os mocinhos ajeitem essa bagunça. -disse.

Nos todos estávamos com roupas de frio. Eu com a minha camisa vermelha, mas com as mangas brancas, uma calça de lã bege e pantufas azuis. O Wasabi com o suéter verde dele, as mesmas calças e botas pretas. Gogo estava com uma blusa de manga comprida e gola alta preta, uma calça cinza e pantufa branca. Fred estava às mesmas roupas sempre, somente colocando um casaco com monstro estampado. Honey trajava um vestido amarelo-limão com um, sobretudo rosa e seus clássicos saltos plataforma amarelo. Já a Rô, usava uma blusa de manga comprida com uma gola arredondada rosa, uma calça de lã branca e pantufas vermelhas.

–O café está pronto. -minha tia gritou da cozinha. Fomos até lá. A mesa estava farta e com vários chocolates quentes. Comemos com um gosto, pois estava muito frio e o chocolate quente veio a calhar. Hoje ela não abre o café, a neve bloqueia sempre a entrada.

–Obrigado por tudo tia. -eu dei um abraço nela, eu amo a minha tia. Ela é uma das pessoas mais importantes da minha vida.

–De nada querido. -ela pegou no topo da minha cabeça, agora vão curti o dia de neve.

–Pode apostar que vamos. –respondi com uma cara travessa.

***

Como um bom dia de neve, saímos lá pra fora, os que usavam pantufas trocaram por botas de neve. Fizemos bonecos de neve, a Honey tirou milhões de selfs diferente (sem exagero!), Wasabi construiu muralhas, e eu iniciei uma batalha de bolas de neve. É eu sou o rei nisso. Acertei uma na Gogo, que acertou na Honey, e acertou na Rô em seguida em mim, ficou uma loucura, os setes acabaram escorregando depois e rindo com hienas maníacas.Depois de muita, mas muita neve, voltamos para casa, eu e a Rô íamos começar a projetar a armadura, que depois do incidente de ontem, tinha que ser feita sem mais atrasos. E aproveitando que os setes permaneciam presos dentro de casa.

–Meninos, que bom que voltaram. Já ia chamar vocês. -a voz da minha tia ecoou da cozinha.

–Rô – eu a chamei com a cabeça para garagem - vem cá.

–Falô, to indo. -ela disse.

Nós entramos na garagem, depois da batalha de bolas de neve, eu tive que deixar o Baymax carregando. A garagem estava uma bagunça, mas tava pra ter noção onde ficava a impressora 3D, o computador e etc.

–Como é organizado em?- ela ironizou com as mãos na cintura.

–Vamos logo ao que interessa. -disse sentando no computador.

Ela já tinha a base, iria ser parecida com a amadurada Honey. O desenho ficou muito bem. Já a arma foi um arco e flecha, as pontas eram programadas por um bracelete que faziam qualquer tipo de plantas, usando as sementes se crescimento rápido da Rose que ela trouxe e desenvolveu mais algumas aqui, tínhamos o suficiente para as flechas, a aljava era um computador que fazia as pontas/cápsulas, que ficava presa na cintura que a aljava perto das costas.

Começávamos a imprimir. Ela fazia as sementes e eu cuidava da parte mecânica, fazíamos uma boa dupla. A porta da garagem estava meio entreaberta. Como eu sabia disso? No meio da correria, a Rô levou uma queda no chão que ficou cheio de neve.

–Ai!-ela disse no chão. Segurei-me pra não rir, na boa a cena foi muito hilária. Ela parecia uma fruta madura que tinha acabado de cair do pé.

–Vem cá, deixe eu te ajudar. -falei estendendo a mão a ela rindo internamente e um pouco externamente.

Mas eu esqueci que o chão estava muito escorregadio. Quando eu fui dá o impulso pra ela levantar ela escorregou e meio que... Chegou perto de mais de mim quando caiu. Nossos rostos ficaram a centímetros um do outro. Estavam tão perto, que nossos narizes se tocavam. Eu podia sentir as minhas mãos na cintura dela, e as mãos delas inconvenientemente na minha nuca. Se um momento da minha vida eu pudesse desaparece, com certeza seria esse. Era muito perto, tão perto do rosto dela, que se eu quisesse, eu poderia dar um beij... Hã, eh, e-e-eu, eu digo, e veja bem...

–Hiro, querido eu preciso... – era minha tia. Ótimo agora tudo fica constrangedor de vez. Quando ela viu a gente, ela ficou paralisada com um rosto surpreso.

–Eu estou atrapalhando alguma coisa?-ela disse pausadamente. Maravilhoso! Eu fiquei mais vermelho ainda, uma pimenta perde pra mim. E coitada da Rose, depois dessa, ai meu Deus!

–O quê! Não senhora Cass. - ela disse indo pro outro lado da garagem- Hiro eu preciso ver uma coisa na minha mochila. -a Rose disse, correndo em disparada, depois dessa cena constrangedora, eu faria a mesma coisa.

–Tia, oi. -falei com uma voz fina, desligado os projetos. Ela não podia ver, ia descobrir tudo.

–Hiro, se queriam ficar a sós...

–Tia?– eu falei implorando pra ela parar de falar do assunto.

–Já que você entrou na puberdade, eu pensei que...

–Tia, por favor... -eu falei dizendo que tal conversa era vergonhoso demais, depois desse incidente constrangedor. Tinha um GRANDE desespero na minha voz.

–Ok, não toca mais nesse assunto. -afirmou dando ombros.

–Não ta nada né?-ela disse com alegria no rosto.

– Tia, por favor, dá pra gente não falar mais nisso, foi um acidente tá. - dei uma pausa pra mudar de vez o rumo dessa conversa constrangedora.

–Enfim, a senhora ia me chamar pra quê?-indaguei dando uma bufada.

–Me ajudar a tirar a neve da porta de casa. -afirmou.

–Beleza. -falei. Depois dessa, só queria me distrair.

***

Peguei uma pá de neve, e ajudei minha tia. Limpei, limpei e limpei, por um bom tempo. Eram 3h00, e o sol já tinha aparecido e dava para ir a Krei tech. Terminei e entrei em casa, a Rose tava lendo um livro de biologia (por que será?) no sofá.

–Olha Rô, eu queria pedir desculpa pela situação e... -eu estava muito nervoso.

–Não, não está tudo bem- ela se levantou- e nem precisa se desculpar, só não vamos falar mais nisso, ok?-ela pediu com as bochechas vermelhas.

–Ok, amanhã sua armadura deve está pronta. -lembrei a ela.

–Legal. -ela se empolgou.

–Vamos, já podemos ir a Krei tech. -Wasabi disse aparecendo.

Estava na hora. E íamos já.

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Românticas pirem, eu dou carta branca. Mas, não eles não tomou chá de semancol, ainda não. Mas, paciência é uma virtude. E coisas além disso, só o tempo dirá...-A ESCRITORA.