Topo do mundo escrita por Timeless


Capítulo 17
Kawaii!


Notas iniciais do capítulo

Olá meus doce.Eu não vou dizer o que eu sempre digo, pois hoje os heróis vão curti uma folga. E por que eu também não? Vai ser só diversão com...Sem spoiles. Vão gostar,(quem curti anime, principalmente). Está cheio de referências, vamos ver se acham algumas. Boas leituras. Meus fofos ou melhor kawaii.-A ESCRITORA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600918/chapter/17

POV Hiro

Eu dormir feito uma pedra, literalmente, nem me mexia. Estava muito preocupado com tudo o que aconteceria daqui em diante e cheguei a uma conclusão, que a Rose vai precisar de uma armadura e uma arma, apesar de não gostar da ideia dela em um combate direto, infelizmente é preciso. Falando nisso, tenho que também aperfeiçoar as dos meus amigos e o Baymax. Mas hoje eu não pensaria nisso, é dia de relaxar! Esquecer os problemas (temporariamente, infelizmente). Nada, NADA, iria atrapalhar meu humor. Ontem eu dormi bem, muito bem mesmo. Sei lá foi uma noite foi tranquila, enfim.

06h00! Eu e minha mania de acordar cedo! Como fiz isso, também acordei o Baymax, fazendo o mínimo de barulho possível, pois se eu acordo a galera é capaz de eles voarem pra cima de mim, eles estão acabados de ontem.

–Baymax, acorda. -eu falei susurando.

Ele saiu da caixa e inflou. Como eu sou um completo desocupado, fui fazer o que eu mais gosto: construir!

Troquei-me (até porque andar de pijama é o maior mico!), olhei umas fotos minhas de um ano atrás e até quando eu era criança, nos quadros dos corredores enquanto descia as escadas. Hoje eu tenho 15 anos, eu sei o tempo passa rápido. Mas meu gosto pra roupa não muda. Cheguei à garagem e fui mexer no meu megabot, apesar de nunca mais vou usar com antigamente. Baymax e eu conversamos muito, a gente precisa fazer mais isso, sabem momentos só os melhores amigos (apesar de um ser robô). Eu sei que sou uma pessoa longe de ser perfeita, bem longe, mas eu faço o que eu posso pra fazer o certo,é só porque eu sou um prodígio eu vou ser perfeito, erro como qualquer pessoa. Por que digo isso? Porque eu vou dizer pra Rô o que eu fiz no meu surto de raiva, tá bom, ódio. É uma sensação ruim, é algo que te consome por completo. Eu tinha que contar mesmo que ela me odeie por isso que fiz, é a coisa certa. O que eu aprendi sendo super-herói é que nessa vida pirada, muitas vezes, o sacrifício maior vai muito além da vida e da morte, é estar disposto sacrificar tudo para fazer o que é correto. Até mesmo abri mão do seu melhor amigo. Mas xô energia negativa! São 08h00 e o pessoal deve ter acordado.

Subi e... Eu não falei. Todos tinham acordados e já estavam arrumados. Parece que todo mundo ando na moda “vamos usar as mesmas roupas de ontem”, até a Rose fez isso, ela gostou mesmo daquela roupa verde-água, sei lá. Tomamos café em ponto de bala e formos à casa do Fred, depois de avisar a minha tia, claro. Mas antes:

–Tia, será que eu posso pedir uma coisa...

***

Fomos a pé, ônibus hoje estaria lotado, pense em uma caminhada. A faculdade estava fazendo umas reformas temporárias, o que nos daria um tempo. Chegando lá fomos recebidos pelo Heatchliff e entramos.

–Caramba Fred, aqui é sua casa e que casa!-a Rô falou pasmada com o tamanho da mansão.

–Pois é, muito irado. - ele respondeu orgulhoso.

Entramos no que ele chama de “santuário das maravilhas”, ou seja, o lugar das coisas esquisitas dele. Eu não consigo me acostumar com aquele quadro dele montado em sei lá o que, é tão bizarro, do mesmo modo como tudo. Repleto de coisas que me dão uma sensação de nostalgia às vezes. O problema é que não tínhamos o que fazer.

–Que tal um filme?-Honey sugeriu no meio do tédio.

–Boa ideia que tal “Os alienígenas aniquiladores parte 7: o confronto”. -Fred falou segurando a caixa do DVD.

–Não e... Não. -nos seis dissemos. Até o Baymax concordou, meu melhor amigo tem bom gosto, que orgulho!

–A culpa é das estrelas. –Honey proferiu com um ar sonhador.

–Não sem romance! –Eu, Fred e Wasabi, Gogo e Rose falamos juntos apavorados.

–Que tal... Sexta feira 13. –sugeri com uma cara de terror com a caixa do DVD. Não vou mentir curto um pouco de terror.

–Hiro, existe um jeito mais fácil de machucar os olhos, é só por sal e olhar fixamente para o sol. - Rose falou irônica enquanto estava sentada no sofá.

–Eu concordo. -Gogo assentiu.

–Muito bem, qual é sua sugestão?-falei com uma cara tipo “fala sabichona”.

–Que tal “Detona Ralph”. E legal, não dá medo e é engraçado. -a mesma disse.

–Por incrível que pareça, é uma boa ideia. -Eu falei.

–Mas cadê a TV?-Gogo indagou.

–Aqui. -Fred puxou um livro que revelou um cinema secreto, uma tela enorme, um sofá gigantesco que cabia uns oito Baymax, pois é, sente o drama. Era grande com frigobar, pizza e refri... O paraíso! Essas coisas do Fred. Só para constar o frigobar era do tamanho de uma geladeira.

–Sério, tem algo mais que eu precise saber sobre vocês?-Rose falou indignada.

–Nem a gente sabia disso. -Honey se pronunciou.

Fomos assisti ao filme comendo pizza e bebendo refri. Fred dizia que o filme dele era melhor, mas na parte do insetrônicos ele pirou. Gogo gostou da sargenta que eu achava até parecida com ela, Honey diz que amou o mundo doce, a Rose dizendo que a Vanellope era uma fofa e o Wasabi dizendo que gostaria de ter o martelo do Félix. Ai meu Deus haja paciência! Só o Baymax ficava calado. Embora eu admita que o filme fosse legal e confesso... Rolou uma lágrimazinha. Já as garotas (até a Gogo!) choraram pra caramba na parte final que a Vanellope se despede do Ralph. Foram muitas lágrimas, soluços e abraços entre elas. Que drama!Mas foi legal em geral. O filme tinha acabado e outra vez... Sem o que fazer.

–Que téééédio. – Eu falei bem alto. Ai que eu tive uma brilhante ideia. E se pudesse soltava uma risada maléfica. Buahahahaha!

–Qual é a grande ideia afinal?-Wasabi perguntou.

–Verdade ou desafio, aviso: só os fortes vão. -eu falei dramático.

–E quem ganha?-Gogo inquiriu.

–Não se ganha, sobrevive. –tocaram aqueles órgãos sinistros de fundo, eu sou demais, modéstia a parte.

–Tá bom. Você é maluco, topo. -Rô falou com uma voz firme.

Todos toparam exceto o Wasabi.

–Deixa de ser frouxo Wasabi. -Gogo disse de braços cruzados, aborrecida. Depois de muita insistência, ele concordou. Sentamos em um círculo, arrumamos uma garrafa e o jogo começou. Parou de girar. Gogo pergunta e Honey responde.

–Verdade ou desafio?- ela perguntou com uma voz maliciosa.

–Verdade. -ela respondeu. Eu fiz não com a cabeça. Péssima escolha.

–É verdade que... Você levou uma queda dentro da faculdade e quebrou um aparelho caro? Lembrando não vale mentir, Baymax vigia os batimentos, eu to falando daquele microscópio eletrônico. -ela é do mau cara! O Baymax vigiava, não tinha como mentir.

–È verdade. -Honey falou derrotada, aquilo custou uma grana pra faculdade. Ela ia ser expulsa se fosse pega. Giramos de novo enquanto a Gogo falava que já sabia e nunca contou. Sabia nada! Parou novamente. Fred pergunta e Wasabi responde.

–Verdade ou desafio?-ele perguntou.

–Desafio. -outra péssima escolha.

–Vai ter que derramar wasabi em sua blusa. –Wasabi tinha horror de fazer isso, porque foi o que gerou o apelido. Nós rimamos como hienas. No final acabou cumprindo o desafio, ele fechou os olhos e... Bum! Derramou! Isso foi épico! Após isso, pegou vários guardanapos e se limpou. Outro giro. Rose pergunta e eu respondo. Ai meu Deus!

–Verdade ou desafio?-ela não só perguntou; como ficou encarando com um olhar de um ser do mal! Verdade não; ia ser furada. Só restou...

–Desafio. -falei apavorador por dentro.

–Fred você tem uma fantasia da Sailor moon? Porque o Hiro vai ficar fofo de peruca loira. Ah se vai. -como disse: olhar de um ser do mal!

***

É isso mesmo, essa louca me fez me vestir de Sailor, com direito a maquiagem e tudo mais, eu usei salto, cara salto! Literalmente tive que trocar de roupa. Só fiquei com aquela fantasia. Eu sair e vi um flash na minha cara.

–Apresento Hiro Moon. -Honey disse enquanto me tirava do vestuário. Cara eu tava de maquiagem! Que humilhação! Eu queria ver de tudo, mas isso não estava na minha lista! Com saia cara, s-a-i-a! Que humilhação!

–Você tá uma gracinha. -Rose disse depois de bater uma foto. Meus amigos riram como hienas, até o Baymax achou graça. Amigos... Só se for da onça.

–Tá com uma cara de tacho. -Gogo ficou me zoando. Eu me troquei e coloquei minhas roupas normais. A garrafa parou nas pessoas da última vez, eu e ela. Só que no sentido inverso, agora ela vai ver.

–Verdade ou desafio?-perguntei já bolando um plano.

–Desafio. -a mesma disse com um ar corajoso.

–Era melhor ter escolhido verdade. Eu desafio a me dar seu celular e fazer um teste de controle com você envolvendo ele. Não pode sair do canto para pegá-lo, e vai ser em uma situação meio ruim... Pra ele. –eu sei, eu sou mau. Ela me encarou com ira no olhar.

–Tá. -esticou o celular hesitante, quase não solta. Eu pedi uma limonada, coloquei o celular sobre a mesa.

–Não pode se mexer. -eu ficava com a limonada acima do celular, claro que não iria derrama. Os batimentos dela estavam muito fortes. E ela ficava me encarando com um olhar de morte e vingança intensas. Eu fiquei com um pouco de medo.

–Seus batimentos estão rápidos, você está com raiva. -Baymax disse.

–Com toda certeza. -ela falou com uma olhar de fúria.

Eu infelizmente acabei tropeçando no chão, já que estava andando de um lado pro outro, e derrubei a limonada pra valer no celular. Ela olhou com uma cara de pavor pro celular (Que não era barato, só pra constar. Um Iphone7, que se tivesse de pegar, lá se vai minha mesada de... 20 anos!) que mudou pra cólera na minha direção. E a minha foi de completo pânico mesmo, eu estava apavorado. Olha pra mim com medo de uma garota, eu já passei por coisas bem piores, cadê sua dignidade Hiro?

–Hamada... -ela falou baixo entre os dentes. Fazendo-me recuar com alguns passos e engolir a seco. Enquanto a Gogo pegava o celular dela pra gravar.

–Considere-se morto!-ela começou a ir atrás de min e eu... Comecei a correr. Foi uma perseguição grande, pense numa menina rápida! Ela pegou um frigideira de não sei aonde. Foi uma grande correria, o pior e que ela estava me alcançando. E gritando feito uma louca (que no fundo eu acho que lá é). E minha tia dizia que eu me dava bem com as pessoas, só passou o que ela falou no dia que estava conversando com uma amiga: “As pessoas gostam muito do Hiro”.

– EU VOU TE DAR UMA SURRA, HIRO!-ela gritou bem alto com a frigideira na mão. Nunca corri tanto desde que o Baymax inventou de saber onde o meu “pequeno robô estava indo”. (basicamente foi assim que eu corri da Rose; eu não sabia que ela podia ficar com tanta raiva, lembrete: nunca irritar ela. De novo).

Acabei encurralado em um canto de uma parede. Ela levantou de forma ameaçadora! Ela ia me bater! Isso iria doer pra caramba!

–Calma! Trégua! Eu prometo que conserto depois. -falei bem alto levantando as mãos em forma de rendição.

–Assim é melhor. Mas nunca mais chegue perto do meu celular. -ela esticou a mão e me ajudou a levantar, mudando o semblante de raiva para calma, até meio simpática. Eu não consigo entendê-la. Uma hora que me matar a outra, já me ajuda. Eu nunca vou entender.

–Chega de verdade ou desafio por hoje. -eu pronunciei ofegando.

–Fred você tem Just dance?-Wasabi perguntou.

–Todos eles, minha mãe joga. -respondeu. Fomos ligar o jogo. Era um XBOX ONE, Baymax não dança então deu bem certo.

***

Saímos da sala de cinema, e formos para fora novamente, depois de montar, formos à dança. No de 2015 nos dançamos varias musicas. Eu e a Rô dançamos “Let it go”, a pedido dela, eu era a Anna(alerta de mico! O que você não faz por uma amiga). Como todas as outras com a galera, como: papaoutai, turn up Love, beauty and beat, timber, moves like Jagger, you're on my mind, die young e várias tantas de 2014 como 2015, só com cinco estrelas. Foi irado! Ela até que dança bem, tem sincronismo nos movimentos. Eu também sou um pé de valsa, apesar de não ser um dançarino e só meus amigos pra me fazer dançar. Todos dançando, Baymax dizendo que nossos batimentos estavam agitados, alegria e risadas, algo que sempre me fez bem. E também teve suas pérolas: Wasabi dançando (nunca o veja dançando), Gogo e Fred dançando, Only You (and You Alone) (eu gravei, internet na certa!), que eu desafiei, Honey e a Rô dançando die Young etc. Mas infelizmente, fui desafiado a dançar e eu, admito sou um horror! Eu sou bom em robótica, mas um desastre na dança, (meu talento é em robótica não em dança, já me viram dançando, eu nunca fui o dançarino da família é a minha tia, definitivamente não levo jeito pra dança), eu tive que dançar Applause, culpa da Honey e do Wasabi.Eu levei uma surra da Rose em limbo. Acabou com minha dignidade. Eu não sei dançar limbo, já ela, cinco estrelas; eu consegui uma no sufoco. Deve ser porque ela é descente de brasileiros. Dizem que lá eles têm ritmo, eu acho que assim que falam. Estava entardecendo e a dança rolando.

Já aproveitando o ensejo de dança, tiramos o jogo e colocamos um DVD da Hatsune miku, nós somos fãs disso. Nós dançamos “shake it”, penso num povo doido: eu+meus amigos=Hospício! Não vou menti, não resisti e tirei o Baymax para dançar. Ele até dança bem como todos. Eles sabem os passos, ou pelo menos parte deles. Todo mundo dançando, a energia no lá alto. Inventaram uma competição em pares ficou: Honey e Fred, Wasabi e Gogo e eu e a Rose. Nós seis dançando, cara ela é mesmo uma desocupada, porque ela faz aulas de dança às vezes. Nós dois ficamos com prata, porque Honey e Fred dançaram melhor; confesso. Porém dois doidos dão nisso. Mas foi legal, foi uma mistura de valsa, pop e varias coisa. Nós dois éramos a Hatsune, foi irado!

Nós dois até que dançamos bem, tínhamos sincronismo, apesar de pisamos às vezes um no pé do outro. Ninguém é perfeito! Ela é uma garota muito legal. É muito bom ter a companhia dela, apesar de que ela dança muito melhor do que eu admito. Depois como eu prometi fui consertar o celular, enquanto o pessoal dançava e comia. Levei o Baymax junto. Lá na parte dos instrumentos, é o Fred tem um estúdio, sente o drama! Ficava perto do jardim dos fundos. Onde testei as armaduras pela primeira vez.

–Então Baymax, isso é um celular por dentro. E quase como você, repleto de circuitos. -Falei ao mesmo. Estava quase acabando, não era complicado já que eu sou um prodígio, já fiz coisa mais complexa do que consertar um celular né! Tirei o moletom e fiquei só com a camisa, a bermuda e os tênis (lógico!), estava quente. Quando ouvi alguém.

–Oi. - era a Rô na porta. Ela consegue me achar muito fácil, isso dá medo. Muito medo!

–Oi. -eu respondi de volta. Ela entrou no estúdio.

–Seu celular. -estendi aparelho a ela, meio tremendo depois do incidente da frigideira. -E minha oferta de paz. -disse, tirando uma risada dela.

–Consertou mesmo, achei que era brincadeira. -falou com um sorriso torto, testando o aparelho guardando depois.

–Mas não era. O que trouxe você aqui?-eu perguntei ficando em pé.

–Minhas pernas?-disse irônica, essas respostas é a cara dela.

–Hilário. -falei da mesma fora.

–Falando sério, eu tava procurando meu celular e encontro você. A Honey disse falaria alguma coisa, o que ela disse?- ela perguntou arqueando uma sobrancelha de braços cruzados.

–Era sobre fazer uma armadura pra você. Acho que vai lutar ao lado dos grandes heróis da cidade. -Disse fazendo uma pose heróica.

–Que honra. - ela disse fazendo uma reverência- Mas, eu acho que grande não se aplica no seu caso. -Ela disse se levantando.

–Bobinha, e só pra constar você é da minha altura tá. -eu retruquei.

–Não, eu sou mais alta. -falou de volta. Andava pelo lugar.

Ela ficou a observa os instrumentos, eram vários. A mesma parou e pegou um violão.

–Você sabe tocar?-indaguei curioso.

–Sim, aprendi há algum tempo. O suficiente pra saber que toco melhor do que você dança. -falou ela sentando no chão de pernas cruzadas com o instrumento. Eu fiz a mesma coisa e o Baymax chegou mais perto.

–Uma vez eu estava lendo um livro no jardim sobre o espaço sideral há algum tempo e vi você voando no céu. Bom, eu ainda não sabia que você era bem... Você. E compus uma música, como disse sou desocupada. -Ela disse meio confusa com a própria fala.

–Toca pra mim ouvi, por favor. Me deixou curioso. -eu pedi.

–Tá, mas promete que não vai rir, a única pessoa que já confidenciei fazer isso foi pra Alana. Jura pra mim, jura!-ela gritou.

–Certo eu juro. –falei levantando as mãos em forma de rendição. Ela olhou para as cordas, começando a passar os dedos criando uma melodia suave.

– È claro que sim, que eu tenho meu lar. Mas têm horas que eu não ligo mais onde ficar. –continuou com notas mais fortes.

É na hora que eu subo ao alto,
sinto mil vozes gritando meu nome,
dentro de mim, eu bem sei
que agora tudo valeu!

Enquanto forte esse vento soprar,

A minha vida vou deixar levar.

Sei que minha vida não é fácil,
mas, é a que eu quero viver.

É na hora, eu começo a voar
e o universo meu nome dirá.
Dentro do meu coração eu bem sei
não há o que temer.

E enquanto sinto o vento soprar
sei que ainda há muito para partilhar.
Por está fria atmosfera, meu espírito vagará.

Livre como uma estrela.

Sim uma estrela.

Liberta igual uma estrela

Uma livre estrela.

Eu admito, ela canta bem, que voz! Muito afinada.

–Poxa, não sabia que tocava tão bem! - eu exclamei.

–Valeu. Eu tento. -ela falou colocando uma mecha por trás da orelha. Levantamos-nos e ela foi colocar o violão no lugar, olhei para o jardim e lembrei que tinha que falar a verdade a ela, porque se vamos lutar no mesmo lado, ela tem que estar a par de tudo. Pedi pra Baymax chegar mais perto de mim, eu precisava de apoio emocional.

–Você parece nervoso. -Ele disse “piscando” os olhos.

–Eu estou Baymax. E se não der certo, como vou dizer? O que eu faço?-indaguei a ele inseguro.

–Faça o que sempre fez Hiro, dar um jeito. -ele me respondeu. O abracei. Ele sempre sabe o que dizer. Repirei fundo.

–Rô eu preciso... Falar com você. -eu a chamei. Ela se virou.

–Claro. -ela me seguiu. Eu preferi deixa o Baymax no estúdio. Precisava fazer isso sozinho.

Saímos pela porta e seguimos até o jardim dos fundos do casarão. Sentamos na grama mesmo, não éramos frescos. O entardece da cidade iluminava um pouco o lugar. Ela estava meio desconfiada; certo, totalmente desconfiada. Então fui direto ao assunto:

–Olha... Eu chamei você porque eu preciso contar uma coisa ruim. Muito ruim. -eu disse nervoso. Ela me olhou com um rosto alarmado.

Ai eu contei tudo: como achamos a ilha, a máquina, como descobrimos o Yokai e o que quase fiz; quase matei alguém e tudo mais. Ela só ficou a olhar o nada, perplexa.

–Eu entendo se não quiser nem olhar na minha direção. -eu falei abraçando meus joelhos e colocando a cabeça entre eles.

–Hiro, eu não sei o que tudo isso significa... -começou.

–Que bom que não sabe, porque se soubesse; nem falaria comigo. -disse a interrompendo de um jeito mais áspero que eu esperava rebater.

–Eu não vou me perdoa nunca. -eu me odiava por causa disso, sempre vou me odiar.

–Você não é horrível, não fale bobagens. Olha pra mim. -ela pediu com a voz firme e autoritária.

Eu levantei a cabeça aos poucos até está no mesmo nível dela.

–Não se ache tão horrível, o que fez foi ruim, eu sei. Mas, fez todo possível pra consertar e você estava triste, desesperado, confuso, sem rumo. Eu sei que não é fácil lidar com a perda. - agora era ela de cabeça baixa abraçando os joelhos.

–Sabe, quando eu perdi meus pais... Só tinha cinco anos. Eu não superei fácil, eu queria me trancar, ficar sozinha, limitar os contatos com as pessoas. E ficar bem longe de todos... Incluindo a Alana. A escola não ajudou; ser prodígio tem sua parte chata e eu sempre me senti deslocada. Eu me fechei do mundo, das pessoas. Todos os dias, trancados no quarto, nunca saía nada além de pedidos pra ficar só, nunca queria ver ninguém, somente a Alana que vinha me fazer companhia, volta e meia. Com sete anos, porém tudo se resolveu. Eu voltei ao meu normal. E aprendi uma das mais valiosas lições que a vida pode ensinar a você: Não se prenda ao passado, o ontem foi história, o amanhã é um mistério, mas o hoje é uma dádiva. É por isso que se chama presente, Hiro. -a mesma narrou olhando para mim calmamente.

–Então... Não tá com raiva de mim?- eu inquiri acanhado.

–Claro que não! Só um pouco surpresa!-ela rebateu. Eu me sentia bem agora, falei tudo que tinha de falar. E lembrei-me de mais uma coisa.

–Eu peguei isso pra você. - apanhei um pequeno pacote com uma trufa de chocolate recheado.

–Não precisava... - ela começou a falar.

–Não, precisava sim. Nunca me pediu nada, então eu pedi a minha tia isso pra você. Ela não cobrou nada, não me deve necas, nem se preocupe. -eu falei tentando soar simpático. Ela pegou, abriu o pacote rosado e deu uma mordida.

–Trufa de framboesa?-ela disse com uma cara estranha.

–Olha se não gostou... -eu falei todo errado.

–Amei!Como sabia que curtia framboesa?-ela deu outra mordida grande.

–Eu não sabia, foi um chute. -Disse surpreso com a resposta.

–Que foi direto pro gol. -ela já tinha comido a trufa interna. Ela era uma formiguinha em!

Certo, ela era estranha, mas diferente, um diferente bom, tinha personalidade forte mais equilibrada com uma branda. Era legal de tê-la por perto.

–Ei vocês, tá na hora de ir!-era a Gogo gritando feito uma louca por nós.

Voltamos pra casa e fomos dormir, amanhã íamos olhar os arquivos no pen drive. Eu fui dormir com uma sensação de dever cumprido. Fechei meus olhos e dormir com as lembranças daquela formiguinha devorando a trufa inteira no jardim...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi de novo. Espero que tenham gostado, eu gostei e o Hiro aprendeu que não se brinca com o iphone7 de uma pessoa.
Aqui em baixo, deixo o link das danças que eles dançaram, só pra vocês terem a ideia do mico. OBS: as músicas não me pertencem, e sim as seus proprietários.

Let it go:https://youtu.be/KmC_Mz2diDA
Papaoutai:https://youtu.be/sYI9P-b1SRc
Beauty and beat:https://youtu.be/tJ0n02AoDdk
Timber:https://youtu.be/RbrufIikEoY
Movies like jagger:https://youtu.be/sdyOeG4ZXq0
You're on my mind:https://youtu.be/9r9xpA33vlM
Die young:https://youtu.be/_DztthciCd0
Only you(and you alone):https://youtu.be/0BtEd1NrLSM
Applause:https://youtu.be/w-eZJJWjCuQ
Limbo:https://youtu.be/B1vg46gEI8E

Agora a coreografia da Hatsune Miku(Fofa!)
Shake it(coreografia):https://youtu.be/jUmwkILmfbM
Música original:https://youtu.be/sHdygSMGKi0

Espero que tenham gostados, meus doces. Bjs, Kawaii!-A ESCRITORA