Ela tentou sair de perto dele. Não aguentava mais aquilo. Já era a segunda vez que ele fazia aquilo. Ela soltou-se dele e atravessou a sala indo em direção ao sofá para pegar sua bolsa.

— Chega! Eu vou embora. Já perdoei uma vez, não vou perdoar mais. — Ela concluiu em meio ao choro.

— Você não vai a lugar nenhum! — Gritou ele, correndo até a porta e trancando-a com a chave — Você é minha!

— Eu não tenho dono!

Ele aproximou-se dela e agarrou-a pelo braço com uma mão e com a outra deu um tapa em seu rosto.

— Fica calada antes que eu perca a cabeça.

Ela não acreditou no que ele tinha acabado de fazer. Nunca foi tratada daquele jeito nem por ele, nem por ninguém. Não iria o deixar humilhá-la nunca mais.

—Seu cretino miserável, não vou deixar que me humilhe assim nunca mais. — Ela se livrou das mãos dele — Estou com nojo de você! — Berrou e o empurrou fazendo-o esbarrar na mesa de centro que fica em frente ao sofá.

Ela pegou a bolsa e tentou sair de perto dele. Mais uma vez ele a pegou pelo braço, com mais força do que antes e a jogou no chão em frente ao sofá, fazendo-a bater a cabeça na quina da mesa de centro.

Ele ao ver o sangue jorrar da cabeça dela, desesperou-se ao pensar na possibilidade de tê-la matado.