Isabella Marie Swan

Acordei e estava no quarto da Rosalie, Edward estava ao meu lado, segurando minha mão.

–Oi. -Ele disse.

–Ed…

–Shhh, eu to aqui. -Ele disse.

Sentei-me na cama.

–Diz que é mentira, diz que foi só um pesadelo? -Pedi, já chorando.

Ele respirou fundo.

–Bem que eu queria, mas infelizmente é verdade, vida. -Ele disse.

Levei as mãos à boca, soluçando.

–Não…

–Calma. -Ele me abraçou.

–Eu quero minha filha de volta. -Disse, chorando.

–Calma, nós vamos voltar pra Londres. -Ele disse.

Comecei a chorar mais.

–Edward. -Rosalie entrou no quarto. -Como ela está?

–Péssima. -Edward respondeu.

–Já está tudo pronto, vamos?-Rosalie disse.

–Vamos. -Ele se levantou.

–Vamos meu amor, vamos voltar. -Ele disse.

Levantei-me, e desci abraçada com o Edward.

–Está melhor, querida? -Lillian perguntou.

Neguei.

–Iremos com vocês. -Elena disse.

Assenti.

–Obrigada. -Agradeci.

Lillian abraçou Rosalie.

–Se cuida, e cuida bem dela. -Ela disse.

–Pode deixar mãe, não é a primeira vez, ok?

Lillian sorriu, e me abraçou.

–Boa sorte. -Ela disse.

–Obrigada.

Despedimos-nos, e fomos direto para o aeroporto.

***

Acordei e já estava no taxi, abraçada com o Edward.

–Ed… onde estamos?

–Já estamos chegando em casa, você dormiu a viagem inteira. -Ele respondeu.

Logo, chegamos em frente a casa dos Cullen, e saímos do carro, eu, Edward ,Emmett, Elena e Rose.

Entramos na casa, e encontramos Esme e Carlisle.

–Bella, me desculpe…

Esme me abraçou, chorando.

–Como isso foi acontecer, Esme? -Perguntei.

Ela me soltou.

–Eu fui levá-la na escola, quando fui cercada por uns quatro homens ,e eles me bateram, e levaram Kristen. -Ela disse, chorando. -Me desculpe…

Comecei a chorar, junto com ela, será mesmo que foram meus pais que a seqüestraram? Eles teriam coragem de fazer mal a própria neta?

Meu celular começou a tocar e o peguei, o numero era restrito.

–Alo? -Atendi.

–Sentindo falta da filhinha?

Meu coração disparou a mil por horas.

–Sua maluca, DEVOLVE MINHA FILHA! -Gritei.

–Calma filhinha, acha mesmo que deixaríamos assim, o que você fez pra gente?

Comecei a chorar.

–Renée… - Era estranho chamá-la pelo nome, afinal, ela era minha mãe. -Por favor, não faça nada com ela.

–Primeiro, vamos negociar, mas se estiver com companhia, só responda sim ou não, ok? Se não quem sofre as conseqüências…

Escutei um tapa, e a minha menininha gritando.

–… será ela.

Respirei fundo, e tentei me acalmar.

–Tem mais alguém aí com você?

–Sim. -Respondi.

–Tudo bem, quero que você venha até nós, filhinha.

–Não.

–Quer que matemos nossa netinha? É melhor vir nos encontrar, e não fale a ninguém que está vindo, se não as coisas vão ficar feias, agora vá até o parque nos encontrar, amanhã as 7h, não se atrase, tchau filhinha.

A linha ficou muda, comecei a chorar.

–Quem era, Bella? -Rose perguntou.

–Minha mãe, eles estão com ela. -Respondeu.

–E o que ela queria? -Carlisle perguntou.

Olhei pra ele.

–Dinheiro, mas disse que ainda não vai devolver Kristen. -Menti.

–Temos que fazer alguma coisa. -Esme disse.

Corri para o meu quarto, fui até o banheiro, me apoiei na pia e me olhei no espelho, não parecia que era eu, eu estava vendo uma mulher totalmente diferente, aquela no espelho, não era eu.

Olhei pra privada e me virei, caminhando até ela, me ajoelhei e coloquei o dedo na garganta, forçando mais uma vez o vomito e consegui, quando terminei, senti braços a minha volta, e alguém me pegando no colo, e me levando para o quarto, e me colocando em cima da cama, olhei para os olhos verdes esmeralda.

–Me desculpe, Edward. -Pedi.

Ele negou.

–Tudo bem, eu sei que está difícil pra você. -Ele disse.

–Fica aqui, eu preciso de você aqui comigo. -Pedi.

Ele sorriu, e deitou ao meu lado, e me puxou pra o seu peito, dormi rapidamente.

Emmett Cullen

Depois que Bella e Edward subiram, meu pai também dormiu com a minha mãe, ela precisava descansar, e eu fiquei na sala de estar, com a Rosalie e a Elena.

–Onde iremos dormir? -Elena perguntou.

–Eu vou pro meu apartamento. -Rosalie disse, se levantando.

–Não, as duas vão dormir aqui. -Disse.

Ela me olhou.

–Prefiro dormir no meu apartamento. -Ela disse, indo até a porta.

Coloquei-me a sua frente, e ela levantou a cabeça e me encarou, com seus lindos olhos azuis.

–Por favor, eu insisto.

Elena colocou as mãos em seus ombros.

–A gente fica sim, Emmett. -Elena disse.

Rosalie respirou fundo.

Assenti.

–Elena, vou te levar até seu quarto. -Disse.

Ela assentiu, e olhei pra Rosalie.

–Você me espere aqui. -Disse, e sorri, mostrando minhas covinhas, sabia que ela se derretia toda.

Subi e Elena veio logo atrás, levei Elena até o quarto de hospedes, que era do lado do quarto do Edward.

–Aqui. -Disse.

Ela me olhou.

–Vê se faz as coisas direito, ela ta lá embaixo, conversa com ela. -Elena disse.

Assenti.

Elena me deu um beijo na bochecha e entrou no quarto, desci, e Rosalie estava ali, com os braços cruzados, olhando para o teto.

Como eu a deixei ir? Ela era incrível, foi a mulher que conseguiu me conquistar, a mulher que conseguiu me segurar pra valer, ela era tudo de bom, a garota que eu sempre sonhei ter, a minha ursinha.

Fui até ela, e ficamos frente a frente.

–Então? O que quer falar comigo? -Ela perguntou.

Respirei fundo, antes de falar.

Rosalie Lillian Hale

Ainda estava ali, de frente para o Emmett, eu iria embora assim que ele subisse com Elena, mas só em ele sorrindo pra mim, mostrando aquelas covinhas lindas, me deixava encantada.

–Sobre a gente. -Ele respondeu.

Assenti.

–Não existe mais a gente, esqueceu?

–Eu sei que errei, não devia ter feito isso com você, não devia ter terminado com você e permitido que fosse embora, me desculpe Rose. -Ele pediu.

–Acha que pedindo desculpas, vai mudar tudo? Passar uma borracha em tudo? Acha que eu vou esquecer? -Perguntei.

Ele pegou em minha mão.

–Eu errei, e quero que me perdoe Rose, eu te amo. -Ele disse.

–Você preferiu confiar em uma pessoa, que você não conhece, do que em mim. -Disse.

Ele respirou fundo.

–Eu fui um idiota com você, mas eu não consigo ficar sem você, eu preciso de você pra cuidar de mim. -Ele disse.

Abaixei a cabeça.

–Não sei Emm, eu pensei muito lá em Forks. -Disse.

Ele pegou meu rosto, com as duas mãos.

–Olha nos meus olhos e diga que não me ama mais? Rose por favor. -Ele implorou.

Comecei a chorar.

–Eu ainda estou magoada com você. -Disse.

–Eu já te pedi desculpas, você me conhece, eu sou um idiota. -Ele disse.

Respirei fundo.

Eu sabia o quão idiota o Emmett era, mas era meu, o meu idiota, e eu não podia ficar sem ele, eu o amava.

O abracei pelo pescoço.

–Eu te amo ursão, muito, não consigo ficar sem você. -Disse.

Ele me abraçou pela cintura e me beijou, mas o beijo como sempre ficou mais quente, Emmett me pegou no colo, e me levou para o seu quarto, onde nos amamos a noite inteira.

Isabella Marie Swan

No dia seguinte…

Acordei no dia seguinte, e Edward ainda dormia tranquilamente ao meu lado, me levantei e olhei a hora, era 7h da manhã, me levantei, troquei de roupa e escrevi uma carta para o Edward.

“Edward me desculpe, mas é a minha filha, e eu tenho que salvá-la, marquei um encontro com o meu pai, irei ligar o rastreador do meu celular, se eu não aparecer com ela, venha atrás da gente, eu te amo.

Bella”.

Deixei o bilhete ao seu lado na cama e saí do meu quarto, graças a Deus, ainda estavam todos dormindo, desci e entrei no meu carro, segui para o parque, local combinado com minha mamãezinha.

Cheguei em frente ao parque e saí do carro, fiquei esperando por ela, ou meu querido pai, logo,ela apareceu debaixo de uma árvore, fui até ela.

–Cadê minha filha? -Perguntei.

–Me trouxe o dinheiro? -Ela perguntou.

–Não pude ir buscar. -Respondi.

Ela sorriu.

–Então iremos conversar, mas quero a garota junto, então vamos para o seu carro, e iremos encontrar Charlie e a pirralhinha. -Ela disse.

Respirei fundo, e fomos para o meu carro, mas quem dirigiu foi minha mãe.

Não sabia pra onde ela estava me levando, era uma estrada vazia, muito deserta, chegamos em uma fazenda abandonada, e ela me levou até o armazém, vi Charlie com a minha filha.

–Filha. -Disse, correndo até ela.

–Mamãe! -Ela pulou em meu colo. -Mãe, eu quero ir embora, eles me bateram.

–Oh meu amor. -Disse, beijando seus cabelinhos loiros.

–Charlie, leve a garota. -Minha mãe disse.

Meu pai pegou minha filha dos meus braços, e a levou pra fora do armazém.

–Renée, eu sou sua filha, por que está fazendo isso comigo?- Disse, chorando.

Ela veio até mim.

–Você ainda pergunta? -Ela deferiu um tapa na minha cara, e eu caí no chão.

–Você conseguiu o que eu queria. -Ela disse.

Levantei a cabeça, para olhá-la.

–O que? -Perguntei.

Ela riu.

–Carlisle não lhe contou? -Ela perguntou.

–Me contou o que? -Perguntei.

Ela riu, e se abaixou a minha frente, levando as mãos aos meus cabelos, e os puxando.

–Eu e Charlie estudamos na adolescência com Carlisle e Esme, eu era apaixonada por ele, completamente louca, mas ele preferiu ficar com aquela sem sal da Esme, me trocou por ela, e eu tive que ficar com Charlie, ele odeia Carlisle por eu ter o amado. Quando eu ia a consultas com ele, me oferecia, mas ele vinha com o papo que era casado, e não queria nada comigo, mas eu não podia imaginar que ele tava comendo a minha filha, que você estava tendo o que eu queria, e quando você disse que estava grávida dele, eu fiquei louca, mas tive que me segurar, pra Charlie não perceber minha verdadeira raiva. -Ela disse.

–Então você era apaixonada pelo Carlisle? -Perguntei.

–Ainda sou, e ele quis a minha filha, uma pirralha, eu não acredito que teve uma filha dele, era pra eu ser mãe dessa garota, eu queria ser mãe de um filho dele! Mas eu ainda posso ter isso, se eu sumir com você, Kristen vira minha filhinha, finalmente eu vou ter um filho do Carlisle. -Ela disse.

Meu Deus, ela estava completamente louca.

–Então era isso que queria Renée? Tudo isso, envolve a sua antiga paixão pelo Carlisle? -Meu pai apareceu, minha mãe se levantou, e o encarou.

É, parece que nem meu pai estava sabendo dessa loucura da minha mãe, mas eu nunca pude imaginar, que Carlisle já tinha namorado minha mãe, por que ele não me contou nada?

E agora, o que aconteceria comigo e com a minha filha?

Continua…