A Cor Púrpura De Teus Cabelos escrita por Letícia


Capítulo 28
A Festa




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A casa de Roberta era grande, de dois andares, a arquitetura era moderna com janelas e portas feitas de madeira rústica na cor branca e a casa era pintada pela cor cinza claro.

Havia um belo jardim ornamentando em volta da casa.

Lola bateu na porta e se deparou com a anfitriã da festa. Roberta estava vestida com um cropped e saia da cor vermelha, os cabelos pretos estavam presos por um rabo de cavalo alto e com uma franja lateral, nos pés a menina usava um par de ankle bootd pretas e feitas de couro.

– Que bom que você veio, Lola!

As duas se cumprimentaram com um abraço e um beijo no rosto. - Entre e fique à vontade.

– É claro que eu viria! Não perderia sua festa por nada!

Lola adentrou a casa e se deparou com vários jovens de rostos conhecidos oriundos do colégio.

Sofia, a menina que outrora havia levado Lola para uma balada, também estava presente na festa e estava vestida com um macaquinho branco de renda com mangas compridas tipo hippie e a parte inferior da peça era curta.

– Lola! - Sofia foi de encontro com ela e a abraçou.

– Sofia! Tudo bom? E como está a festa?

– Tudo ótimo! Melhor agora que você chegou. A festa começou há meia hora e a propósito, seu amigo Erick estava à sua procura.

– Ele chegou? Onde ele está?

– Acho que está na cozinha com uns amigos.

– Valeu! Vou atrás dele.

Lola andou em direção à cozinha e se desviou das pessoas que estavam pelo caminho.

Ao chegar na cozinha, Lola confirmou oque Sofia tinha lhe falado. No lugar, havia uma bancada, além de outros eletrodomésticos e móveis, e em volta dela havia um pequeno grupo de dez garotos, todos eram do mesmo colégio da menina e com eles o amigo de Lola também estava presente.

Lola se aproximou da bancada e avistou uma tigela gigante com sangria dentro ( bebida típica de festas americanas). Os meninos estavam com garrafas de vodcka na mão e derramavam o conteúdo na tigela. Eles soltavam risadinhas entre si enquanto batizavam a bebida.

– Estão aprontando, meninos?

Eles levaram um susto mas quando perceberam que era Lola eles soltaram um suspiro de alívio.

– Lola, você veio! - disse Erick radiante de felicidade.

– Eu não te disse que viria?

– Disse sim mas como demorou eu pensei que tinha desistido.

– Claro que não! Mas vem cá, porque levaram um susto? A bebida alcoólica não estava liberada?

– Sim mas a Roberta reservou esse ponche para as pessoas que não bebem. - explicou Erick.

– Mas queremos agitar essa festa e queremos ver todos bêbados. Principalmente as meninas, é claro. - disse um menino de cabelos pretos e sobrancelhas espessas e lançou uma piscadela para Lola depois de dizer tal frase.

– Então, deixa eu estreitar essa bebida...

Lola pegou um copo da cor vermelha, que estava do lado do ponche, e com um auxílio de uma concha, encheu o copo com a bebida batizada. Levou o copo à boca e bebeu todo o líquido, deixando assim os meninos em sua volta de boca aberta.

– Vai com calma aí, garota! - disse um cara de camisa verde.

Lola ignorou o menino e encheu o copo novamente, mas dessa vez não bebeu todo o conteúdo de uma só vez.

– Lola, vai com calma... - adverteu Erick.

– Qual foi, Erick? Quer ser meu pai, agora? O verdadeiro está viajando, se esqueceu? Larga do meu pé!

– Mas estou falando para o seu bem... Coma algo antes .

Erick pegou um pão pequeno e entregou para a amiga.

– Tudo bem, vou comer esse pão. Mas é só para você parar de falar no meu ouvido. - Lola levou o pão à boca, mastigou e o engoliu com a ajuda da bebida. - Agora quem vai beber é você!

Lola pegou um copo e encheu de ponche e o entregou para Erick. Ele observou o copo na mão da amiga e o recusou.

– Não, valeu. Estou dirigindo.

Lola revirou os olhos e soltou uma risada.

– Se você quer assim... Então eu beberei. - Lola piscou e bebeu o seu terceiro copo.

Os amigos que estavam na cozinha com o casal de amigos, também registaram a bebida batizada.

Roberta adentrou a cozinha e chamou todos que ali estavam para ir para a sala jogar "verdade ou desafio".

*******

Lola estava com o sorriso estampado no rosto mas a visão que teve a fez desmanchá-lo.

Era a visão de Anna, a filha esnobe do diretor. A menina estava usando um vestido rosa claro sem mangas com uma saia rodada cheia de rosas pequenas costuradas e o vestido era curto. O cabelo loiro, bonito e sedoso estava metade solto e metade preso por um penteado pin up e no topo da cabeça ela usava uma mini coroa de princesa. Nas pontas do cabelo ela usou babyliss para deixar encaracolado.

As duas trocaram olhares de raiva.

– Pessoal, quem quer brincar de "verdade ou desafio"? - perguntou a aniversariante.

A maioria das pessoas levantaram a mão e Anna foi uma delas.

Erick e Lola não levantaram.

– Não quer jogar, Lola? - perguntou Roberta.

– Não, valeu. Só vou assistir mesmo.

– Está com medo? Não faz muito o seu tipo mas já esperava isso de você. É o tipo de pessoa que finge que é durona mas na hora H foge de desafios. - zombou Anna.

– Eu? Com medo? - Lola soltou uma gargalhada forçada. - Garota, você não me conhece. Não sabe com quem está falando.

– Então vai jogar? - perguntou Roberta.

– Vou sim! - Lola se abaixou e sentou no chão com os demais.

– Lpla, você não precisa jogar se não quiser. Deixa essa loira de farmácia para lá! - Erick disse baixinho no ouvido da amiga.

– Eu vou jogar e você também vai! - Lola puxou o amigo pelo braço.

– Não, eu não quero.

– Vem logo, Erick! Só falta você! - insistiu Roberta.

– Anda logo com isso, Beta! Já está cansando a minha beleza. - disse Anna enquanto jogava o cabelo para o lado.

– Joga, por favor! Não seja careta! - implorou Lola fazendo um gesto com as mãos como se estivesse rezando.

– OK. Eu jogo!

– Eba! - festejou Roberta- Bom, alguém se habilita a ser o primeiro a rodar a garrafa?

Um cara de blusa branca se habilitou e girou a garrafa. A garrafa girou,girou e por fim parou, indicando com a boca a Sofia.

– Verdade ou desafio, Sofia?

Sofia pensou por uns segundos e por fim escolheu a verdade.

– É verdade que a senhorita já usou cocaína, êxtase e fumou maconha?

Alguns jovens riram da pergunta e Sofia corou de vergonha.

– Qual foi, mano? Isso é a mesma cousa que perguntar se macaco gosta de banana! É claro que é verdade!

– Shiu! - interviu Roberta- Deixa a própria Sofia responder!

– Então Sofia, você já usou drogas?

– Sim. Já usei. - respondeu Sofia, sem rodeios.

– Eu sabia! Eu disse! - riu o menino que tinha se intrometido antes- Sofia, se tiver alguns comprimidos do bom com você agora, me passa depois que acabar esse jogo. - piscou para a menina.

– Cala a boca! - gritou Sofia.

– Chega gente! Agora eu vou girar a garrafa! - disse Roberta para cortar a discussão.

A garrafa verde de vidro, girou novamente e dessa vez indicou a Anna.

Quando percebeu que era a sua vez, Anna se ajeitou no lugar toda animada.

– Pode mandar!

– Verdade ou desafio?

– Verdade...por enquanto. - disse Anna enquanto sorria com malícia.

– Então, deixa eu ver aqui... - Roberta ficou em silêncio com o dedo no queixo enquanto pensava.- Dos caras que estão aqui, no jogo, quem você pegaria?

Todos olharam em direção à Anna.

– Eu ficaria com o Carlos, é claro. - confessou Anna enquanto lançava um olhar penetrante para o garoto.

Todos vibraram, os meninos que estavam perto de Carlos deram soquinhos de leve no braço dele. Lola e Erick ficaram boquiabertos com a franqueza da garota.

– Agora é a sua vez, Anna! - gritou um cara.

Anna girou a garrafa e ela parou em direção à Roberta.

– Verdade ou desafio?

– Desafio! - respondeu Roberta com firmeza.

– Eu te desafio a beijar alguém do jogo na boca.

Todos arregalaram os olhos e ficaram alarmados.

– Eu posso escolher?

– Claro, você escolhe, Beta! - disse Anna animada com a brincadeira.

Roberta virou para o lado esquerdo e se aproximou de um cara alto e musculoso, dono de belos olhos azuis e cabelos ruivos. O menino se aproximou dela e os dois se beijaram. Foi um beijo ardente, com direito a língua e mãos bobas.

Todos que estavam no círculo se surpreenderam e alguns soltaram uns gritos e assovios.

– Esse jogo está ficando bom... Manda ver, muleque! - incentivou Carlos.

Por fim os dois pararam de se beijar e ficaram sem fôlego. Roberta retornou ao posto de anfitriã da festa, se arrumou e sorriu sem graça enquanto olhava os convidados. O cara ruivo retomava o fôlego e passava as mãos pelos próprios cabelos.

– Bom, eu vou girar a garrafa! - disse Sofia.

A garrafa dessa vez parou em direção à Lola. Ela ficou apreensiva mas não desistiu de jogar.

– Verdade ou desafio, Lolinha? - sorriu Sofia cheia de maldade no olhar.

Antes de responder, Lola pegou o copo que estava ao seu lado e bebeu o resto do ponche. Encheu o peito de coragem e declarou:

– Desafio!

–Uuuuh! - gritaram uns meninos.

Algumas meninas tamparam a boca com as mãos. Anna levantou uma das sobrancelhas.

– Te desafio a beijar o Carlos na boca!

Todos arregalaram o olho. Um burburinho de vozes tomou conta da sala. Alguns diziam entre si que ela não seria capaz de fazer aquilo, afinal, a poucos minutos, Anna havia se declarado abertamente dizendo que estava afim de Carlos. A apreensão tomou conta conta do lugar até que Lola ao invés de responder resolveu agir.

Carlos estava sentado ao lado oposto de Lola, então ela foi engatinhando por cima do tapete felpudo e macio até chegar aonde Carlos estava sentada. Lola chegou onde Carlos estava e para a tristeza de Anna, o menino , ao invés de se afastar, se aproximou de Lola.

Erick arregalou os olhos e levou a mão até à boca.

Lola puxou Carlos pelo pescoço e tascou um beijo em sua boca. Carlos aproveitou a situação e beijou Lola na mesma intensidade. A língua da menina explorou a boca de Carlos e ele a recebeu com um chupão. Carlos passou a mão pelo cabelo dela e deslizou a mão pelas costas dela e a puxou para mais perto, fazendo com que seus corpos se aproximassem.

Anna olhava com ódio para os dois.

Roberta percebeu a raiva que Anna estava sentindo então resolveu intervir.

– Chega! Já vimos que você não foge do desafio.

Lola se desvencilhou do beijo de Carlos e limpando a boca com as mãos lançou um olhar maldoso e provocador para Anna.

– Viu, querida? Eu não fujo de um desafio.

Anna se enfureceu e levantou do chão, pegou uma garrafa de cerveja da mão de um menino que estava ao seu lado e foi em direção à Lola.

Lola por sua vez percebeu a intenção de Anna e se levantou rapidamente do tapete. Carlos entrou no meio das duas e bem na hora em que Anna estava virando a garrafa de cabeça para baixo o líquido derramou todo em cima de Carlos.

– Que droga, Anna! Olha oque você fez! - gritou o menino.

Erick riu com os outros jovens que assistiam à cena.

– Não era para ter pego em você! Era para pegar nessa vadia que você beijou!

– Quem é vadia, minha querida? - Lola foi para cima de Anna.

Dessa vez foi Erick que interveio na situação.

– Chega, Lola. Você já causou demais por hoje! - Erick pegou a amiga pelo braço e a levou para longe.

Lola não queria ir embora mas Erick era mais forte e a puxou para a cozinha, deixando Anna e Carlos com os demais na sala.

– Poderíamos até ter ficado mas depois dessa, eu "tô" fora! - Carlos disse isso e foi em direção ao banheiro para se limpar.

Antes de Carlos entrar no banheiro, Anna conseguiu gritar:

– Quer saber? Você mereceu seu babaca! - Anna gritou cheia de raiva - Aquela garota me pagar!

Sofia e Roberta tentaram fazer com que Anna continuasse na festa mas a mesma preferiu ir embora.

*******

Na cozinha, Erick, como se fosse o irmão mais velho, dava bronca em Lola.

– Porquê você cumpriu o desafio? Olha a confusão que deu!

– Eu não iria fugir. Está maluco? De início eu nem queria jogar mas ela mexeu comigo e acabou pagando pra ver. Adorei a cara dela quando me viu aos beijos com Carlos! - Lola levou a cabeça para trás dando uma gargalhada indicando que não estava nem um pouquinha sóbria.

– E bem que você gostou, né... De ter beijado ele.

– Claro que não! Fiz isso só para provocar aquela loira ridícula. - riu Lola.

– Vamos embora? Já deu né?

– Claro que não! Por acaso você acha que eu me arrumei toda à toa? E ainda mais agora que a chatonilda, filhinha do papai foi embora. Agora que a festa vai ficar boa!

Lola abriu a geladeira e pegou uma lata de energético e deixou a cozinha, indo em direção à sala.

– Lola, volta aqui! -gritou Erick indo atrás da amiga mas foi impedido pela chegada de Sofia.

Sofia puxou assunto com Erick e isso o impediu de ir atrás de Lola.

*****

Na sala de estar, Roberta limpava a sujeira de cerveja derramada.

– Bom, apesar dessa confusão, a festa não pode acabar! É cedo ainda...

– É assim que se fala, garota! - Lola gritou animada enquanto adentrava a sala.

Roberta riu da menina e foi em direção ao aparelho de som, escolheu um CD e o colocou dando "play". Aumentou o volume e isso animou a galera.

Todos começaram a dançar e a maioria segurava uma bebida na mão.

Lola se juntou com os demais, curtindo a música enquanto bebia.

Lola dançava ao ritmo da música enquanto estava de olhos fechados. Ela sentiu a presença de alguém por trás dela. Era Carlos, sem a camisa após ter tentado se lavar mas ainda assim o cheiro de cerveja impreguinava a sua pele.

Lola ignorou a presença do menino e continou a dançar. Carlos se aproximou dela, por trás e agarrou pela cintura.

– Vamos lá para cima, gata. Ficaremos mais à vontade.

Lola virou e ficou de frente para ele.

– E quem disse que eu quero ficar à sós com você? - riu em tom de deboche.

– Você se faz de difícil mais sei que está doida por mim...

Lola virou de costas e jogou o cabelo em desprezo.

Carlos a puxou pela cinturacintura e levou os lábios ao pescoço da garota.

– Me larga, seu nojento!

– Você é minha e ninguém vai me impedir.

Lola resolveu gritar em desespero.

– Me solta!

****

Na cozinha, Sofia dava a entender que estava afim de Erick.

– Então, Erick... Está curtindo a festa? - perguntou exibindo um sorriso nos lábios.

– Na verdade eu prefiria estar em casa assistindo aos meus seriados. Mas Lola insistiu tanto que eu resolvi vim. - disse com sinceridade.

– Você está aqui por ela então? - perguntou sem graça a menina.

– Eu...

Erick foi interrompido pois ouviu sua amiga clamar por ajuda.

– Me solta! - gritava Lola.

Dava para ouvir os gritos da menina na cozinha. Então Erick e Sofia correram para a sala para ver oque estava acontecendo.

******

Todos na sala pararam de dançar e observaram a cena.

Erick correu em direção à Lola.

– Não ouviu, cara? Solta ela! - Erick cutucou Carlos no ombro.

– Não se mete! O negócio é entre nós dous. - Carlos deu um beijo no pescoço de Lola ainda a segurando pela cintura.

– Seu nojento! Me solta!

Lola gritava e se debatia, tentando em vão fugir dos braços de Carlos mas ele era muito forte. A menina pensou rápido e mordeu o braço dele. Carlos rugiu de raiva e Lola conseguiu escapar dos braços dele. Lola correu para de encontro à Erick.

– Ficou maluca, garota? Quem você pensa que é? - esbravejou Carlos.

Carlos partiu para cima de Lola e levantou a mão para dar um tapa sem sua face. Neste momento, Lola foi mais rápida e se escondeu atrás de Erick. Seu amigo Erick , colocou o braço na frente impedindo que Carlos batesse em Lola.

– Quem você pensa que é para bater em uma mulher? Seu covarde!

– Então você vai defender essa vadiazinha? - Carlos fechou o punho, deu impulso e foi em direção à Erick para lhe dar um soco mas Erick conseguiu escapar.

– Briga! Briga! Briga! - os garotos gritavam.

– Parem com isso! - gritou Roberta.

Carlos ficou com raiva por não ter acertado Erick, então foi para cima dele e deu um soco em seu olho esquerdo.

– Vamos embora! - Lola deu um grito enquanto puxava Erick pelo braço.

– Quem vai embora é o Carlos.- disse Roberta.

– Quero ver quem vai me tirar daqui! -Carlos deu uma risada maléfica. - Eu não vou embora até quebrar a cara desse patife.

Foi nesse momento em que Carlos iria para cima de Erick novamente, que Lola resolveu agir. Lola olhou para os lados e avistou um jarro de flores vazio. Ela não pensou duas vezes. Segurou com firmeza o jarro nas mãos, deu impulso e foi em direção à Carlos e o acertou na cabeça.

Carlos ficou tonto e caiu no chão. O seu peso produziu um barulho quando caiu no chão. Lola não olhou para trás, pegou Erick pelo braço e o puxou para fora da casa.

Sofia deu um grito estridente e levou a mão ao rosto em alarmada.

– Ferrou! Ferrou! - gritou um garoto.

Alguns convidados foram embora devido ao ocorrido.

– Vocês acabaram com a minha festa! - gritou Roberta.

Uns amigos de Carlos foram de encontro à ele para ver o ferimento na cabeça.

– Saiam da frente! - Sofia abriu caminho e foi conferir o pulso de Carlos - Ele está vivo! Relaxem!

– Meu Deus! Se meus pais souberem disso eu estou ferrada. - Roberta levou aos mãos à cabeça.

A sala de estar era um verdadeiro caos. Havia cacos do jarro espalhados pelo tapete, garrafas vazias no chão, restos de comida e cheiro de álcool no ar. Carlos jazia jogado no chão com a cabeça cortada de leve mas ainda assim um rastro de sangue percorria sua cabeça e pingava em seu ombro.

Sofia tentava acordar Carlos com batidinhas no rosto mas era em vão, então Roberta pegou um vidro de álcool e molhou em um algodão, levou ao nariz do menino e conseguiu o despertar.

****

Lá fora, a lua cheia se exibia cheia de brilho iluminando os dois amigos.

Lola respirava em alívio e a adrenalina corria em suas veias.

– Lola, você é muito louca!

Lola riu.

– Mas me salvou. Valeu!

– Como vamos embora? - perguntou a menina.

– Vamos na minha moto. Eu te deixo em casa.

Erick e Lola foram de encontro à moto, sentaram-se e Erick seguiu o caminho. Apesar do olho estar dolorido, ele conseguiu conduzir a moto.

Os dois sentiam uma mistura de medo, alívio, apreensão e adrenalina correndo pelas veias. Aquela noite ficaria na memória deles para sempre.


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