Sombra escrita por Loh
Acordou, arrumou os cabelos ruivos em uma trança longa desengonçada com flores pela extensão do cabelo. Escolheu um vestido verde- água delicado, e uma sapatilha da mesma cor.
Amelie era uma menina incrivelmente linda, seus olhos verdes pareciam duas esmeraldas refletiam a inocência e a pureza de uma alma. Seus cabelos longos e ruivos pareciam fogo e refletiam a intensidade e a bravura que estava em seu coração.
Desceu as escadas que ligavam seu quarto ao resto do castelo, andou até a porta e sentou em um banco no jardim.
-Lindo dia não é mesmo Jafar?
-Senhorita Montez, todo dia é lindo no seu ponto de vista. – o servo falava enquanto podava as árvores do jardim.
-Gosto de ver a beleza das coisas e me chame de Amelie. – a menina dizia colocando a trança em cima dos ombros.
-Ansiosa para seu aniversário de 19 anos?
- Apenas um pouco, quando eu fizer 21 estarei governando esse reino isso é muito para mim. – respondeu triste – Sabe, eu gostaria de viajar, sair pelo mundo, e já estamos em 2014 certo? Não deveria existir mais monarquia. Com licença preciso fazer uma coisa.
A menina andava em passos rápidos e precisos, parou na frente de uma porta gigante com um desenho de dois dragões em relevo sobre a madeira. Empurrou e entrou na sala que estava cheia de livros, cada prateleira um assunto diferente, seguiu até o final da sala e parou na frente de uma prateleira cujo o assunto eram coisas sobrenaturais. Analisou, havia teias de aranhas por todos os compartimentos. Pegou um livro cujo o título era “Sombra” e seguiu até a porta.
Deitada em sua cama com o livro sobre o criado mudo, analisava o teto e pensava em acontecimentos e sonhos que tivera nos últimos 12 meses. A menina que era amada por todos, escondia um segredo.
Nos primeiros seis meses, achou que poderia estar louca.
Via sombras, sentia toques em seus pés durante a noite e ainda tinha sonhos estranhos. Um dia podia jurar ter visto uma sombra sentada na ponta de sua cama com os olhos dourados olhando para ela.
A vida de Amelie estava perturbada, ela precisava achar uma saída. Mas não sabia como.
Levantou-se rapidamente da cama, pegou o livro e correu em direção ao que deveria ser um atelier, mas na verdade, era uma prova de que Amelie de fato estava louca.
Imagens e desenhos de sombras estavam espalhadas pelo chão, desenhos que ela mesmo tinha feito, um mural com várias anotações sobre, vários cadernos contando todas as experiências e aparições. Pegou uma garrafa de vinho que havia em um armário velho no canto da sala e tomou.
Sentou-se na mesa rapidamente, e abriu o livro.
O livro era sombrio, várias imagens, símbolos. Amelie nunca se sentiu ameaçada pelas sombras. Até tinha lido na internet uma vez que as sombras eram enviadas para proteger. Esse era o problema, enviadas de quem?
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