E se fosse ao contrário? escrita por Sosô chan, Ever


Capítulo 51
Fim da primeira temporada


Notas iniciais do capítulo

Uau, nem consigo acreditar que esse já é o capítulo 51! A fanfic já tem quase um ano de idade e eu nem sei o quanto eu gostaria de agradecer! Vocês são simplesmente demais! Esse é o último capítulo da primeira temporada, e nunca achei que a fanfic passaria desse marco! Eu tenho muito a agradecer, muito mesmo, mas acho que devemos começar á muito tempo atrás...

Era uma vez, uma bebêzinha em uma rede. Ela folheava as páginas de um livro infantil admirada.

Era uma vez, uma criancinha de 4 anos que pedia para sua tia ler histórias para ela, e esperneava quando a tia parava no meio da leitura.

Era uma vez, uma menina de 7 anos, que sonhava em ser escritora.

Era uma vez, uma menina de 11 anos que encontrou o Nyah Fanfic.

Era uma vez, uma menina que lia fics e devorava-as como nunca.

Era uma vez, uma menina que decidiu criar sua primeira história.

Era uma vez, uma menina que escrevia capítulo de 100 palavras e achava que tinha escrito muito. Essa mesma menina, recebeu muito carinho de dois leitores incríveis, de uma época que ela nem sabia responder comentários. E mesmo esses dois escrevendo melhores que ela, sempre a acompanhavam.

Era uma vez, uma menina com 3 leitores. Com 4. Com 5. Com 6. Com 7. Com 8...

Era uma vez, uma menina que quase desistiu da fic por causa de videogame. Essa menina voltou pela sua prima. E pretende nunca mais sair.

Essa menina já foi comparada com J. K. Rowling. E dengada por todos os seus leitores. Ela nunca havia recebido tanto carinho, e sabia que não merecia tudo aquilo.

Essa menina agora, está digitando essas palavras com o coração apertado e se esforçando pra não chorar.

Espero que gostem. Fiz com o amor. O amor que vocês me deram ao longo do ano de 2015.



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Capítulo narrado por Claw.

Sexto mês de gestação – Segunda-feira

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Sentei no chão e larguei a bandeja de metal. Abri a jaqueta e soltei um suspiro enquanto escutava o som do objeto enferrujado e sujo em contato com o chão. Ficar com uma jaqueta aberta ¨não era apropriado¨, de acordo com a chefia do Charlie. O problema era que a jaqueta foi feita para permanecer aberta, ou seja ela não tinha o tamanho apropriado para abotoar, o que me deixava quase sem ar de 5 em 5 segundos.

Socorro.

Os bastidores eram até confortáveis, mas sentia saudade de poder usar a cozinha para descansar. O chão branco e itens de prata se tornaram mais familiares que o lugar onde geralmente descansavam os outros. E além disso... Chica...

Enfim, não interessa. Precisava voltar ao trabalho. A música metálica de Freddy ecoava nos meus ouvidos e me dava vontade de vomitar, e lá dentro o barulho era maior.

Sacudi os cabelos para tirar a poeira e já estava puxando o ar para abotoar a jaqueta quando um pequeno e delicado aviãozinho de papel pousou nas minhas pernas.

Tirei as luvas, que poderiam rasgar o papel frágil e comecei a abrir o aviãozinho. Sempre gostei muito de aviação quando era pequeno, até virar o ¨galo de briga¨ da faculdade. A culpa não é minha se as pessoas esbarravam na minha carteira e me deixavam com raiva...

Quando terminei de desmanchar o papel consegui ver em uma letra de garranchos, como se alguém que não escrevesse a muito tempo tentasse repetir o ato, a pequena, porém significativa, frase.

¨Okay, nós vamos.

–Freddy¨

Sorri. Algo que não acontecia á muito tempo, por mais incrível que pareça. Um sorriso largo com dentes a mostra e presas caninas brilhando.

–ARRUMEM AS MALAS! – Gritaram duas vozes atrás de mim.

Virei por reflexo, e avistei Sofia e... quem era aquela? Parecia que estava fantasiada de Pandy...

–O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntei, escondendo o sorriso imediatamente e franzindo a testa – Quem é essa? – Apontei.

–Sou a Bibi, mas isso não importa agora! CHICLAW!

Corei.

–VIAGEEEMMMM!!! – Disseram as duas pulando de mãos dadas e viradas uma pra outra.

–Que viagem? Vocês, como vocês....?

–Filho sem mim, você não existiria então cale sua boca, okay? – Disse ela sorrindo maliciosamente e pondo a mão nos meus no meu rosto.

–Oooooohhh... – Disse Bibi.

–Tá bom, mas vocês vão? – Perguntei revirando os olhos.

–Não exatamente... – Falou Sofia.

–Nem quero saber. Enfim, mas vamos contar para os outros?

–Corrigindo, nós vamos contar pros outros. – Comentou Bibi puxando a autora para o seu lado. – E NÃO FALE NADA PRA CHICA OU EU ENFIO ESSA SOQUEIRA NO SEU...

–TÁ BOM, TÁ BOM, JÁ ENTENDEMOS! – Gritou Sofia cortando a nova maga.

–Certo, mas agora eu tenho que ir trabalhar. – Falei, abotoando a jaqueta.

–PORQUE VOCÊ TÁ USANDO A JAQUETA FECHADA?!

–Normas da chefia.

–E ainda fica apertado, deixa eu ajeitar isso...

Um movimento nas mãos da Sofi-chan e meu pulmão soltou um jato de alívio. Finalmente conseguia usar aquela jaqueta fechada.

–E quando você abrir ela vai encolher de novo. Eu sei, sou genial. Agora vai trabalhar e entregar mais comida. – Disse me empurrando para fora.

Depois de ser atirado para fora dos bastidores, voltei lá para falar com as duas. Mas elas já haviam sumido.

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Sexta-Feira - Sexto mês de gestação

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Finalmente era sexta, quando a pizzaria fechava mais cedo. Sentei no chão da cozinha e abri a jaqueta. Chica logo apareceria por lá. Ela havia cobrado que eu a ensinasse uma receita de torta de morango.

No meio dos meus devaneios, senti um calafrio na barriga e uma vontade repentina de vomitar.

Tudo ficou turvo e por um segundo achei que fosse desmaiar, mas de repente me deparei com um lugar estranho.

Era uma espécie de bar, em um estilo medieval e bem bagunçado, como se várias lutas tivessem ocorrido no local. E o mais estranho, era que todos os animatronics estavam lá.

Murmúrios e conversas devastaram o lugar, alguns desesperados, outro questionadores e alguns até mesmo bravos. Olhei em volta procurando Chica, mas ela não estava lá. No meio da confusão esbarrei com Ping, que aparentava medo.

–Você viu o Freddy? Oh Deus, isso aqui está uma bagunça!

–Acho que o vi, ele estava indo lá para frente.

–Obrigada, muito obrigada. – Concluiu indo na direção em que eu a informei.

Continuei olhando em volta por um tempo, até que escutei um barulho estranho, como uma espécie de ventania. Percebi que todos fizeram silêncio, e tentei argumentar. Eu falava mas a voz não saía. Percebi que era isso que estava acontecendo com os outros também.

Continuei olhando em volta. Será que Chica também estaria sobre o efeito dessa... magia?

Me toquei no que estava acontecendo. Só podia ser obra daquelas duas danadas. Agora entedia porque Chica não está aqui

Olhei para cima. Lá estavam as duas, rindo de nós sentadas em dois balanços altos pendurados no teto por correntes. Tentei gritar mas não consegui. Olhei para as duas com meu rosto mais mal-humorado.

Elas demoraram um pouco para me notar, mas quando notaram começaram a cochichar e rir, até que Sofia tirou um microfone do ar e começou a falar.

–Pessoal, silêncio por favor. Se vocês fecharem as bocas poderemos fazer vocês voltarem a falar.

Todos pararam de olhar em volta e voltaram suas cabeças para cima, alguns irritados e outros rindo silenciosamente. Por um tempo, a cena continuou assim, até que todos ficaram imóveis olhando pras duas.

–Ótimo, agora... – A mesma sensação anterior ao feitiço correu pelo meu corpo e pareceu correr pelo corpo dos outros também. Depois disso, todos suspiraram aliviados, mas continuaram calados.

–Certo, temos um anúncio muito importante para fazer! – Comentou Bibi.

–Uma viagem vai acontecer amanhã, patrocinada pelos magos, organizada pelo Claw e possibilitada pelo Freddy.

Todos focaram seus olhares em mim e soltaram murmúrios de empolgação, dúvida e preocupação.

Eu engoli em seco, nervoso e feliz ao mesmo tempo. Os magos eram meio esquisitos, mas se eles ajudassem a viagem tinha de tudo para dar certo.

–Em primeiro lugar, o cronograma da viagem. Claw, poderia vir aqui por favor?

Antes que pudesse pensar o quão absurdo foi esse pedido, um outro balanço surgiu no teto e fui imediatamente teleportado até ele. Olhei o quão alto eu estava e uma pontada de medo me veio a mente. Segurei firmes na corrente e olhei para as duas magas, que estava do meu lado, me encarando com um sorriso confiante e solidário no rosto.

Um microfone apareceu na minha mão. E eu falei.

–Essa viagem é em homenagem ao aniversário da Chica e passará por três lugares. – Comecei, confiante. Todos se entreolharam, empolgados. Os que estavam lá a mais tempo, as pobres crianças de que foram arrancadas as vidas, sorriam, gritavam e abraçavam as outras. Bonnie, Foxy e Freddy mal podiam acreditar que depois de tanta dor, de tanto tempo presos eles iam sair e se divertir. – Primeiro passaremos em Gramado, no Brasil. Um lugar muito bonito, com um clima tipicamente frio e uma paisagem rústica. Depois iremos para Orlando, na Disney, um parque de diversões enorme e cheio de diversas atrações. E depois, para fechar com chave de ouro, um passeio até o outro lado do mundo! Isso mesmo, iremos para o Japão! –Uma explosão de felicidade se deu no local. Todos os animatronics, inclusive eu, estávamos felizes por sair de nossa pequena prisão. Era empolgante saber que viajaríamos para lugares desconhecidos sem nos preocupar com sermos metade animais e...

Espera.

Metade animais?

Me virei pras magas e levantei meu rabo e ergui minhas orelhas para sinalizar minha preocupação. As duas se entreolharam e sorriram para mim, mostrando que estava tudo sobre controle. Sorri de volta.

Depois de acalmarem a multidão, as magas continuaram.

–Nós cuidaremos pessoalmente que toda essa viagem seja possibilitada. Providenciaremos clones que substituirão vocês pelos dois meses que ficaremos fora, e possibilitaremos também a volta antes do parto da Pandy. Pagaremos o voo e financiaremos hotéis. Não precisam se preocupar com nada. Quantos ao fato de vocês serem humanoides, não se preocupem, usarei um feitiço que ocultará suas partes animais para que somente pessoas autorizadas as fecham, e também lhe daremos roupas novas. Vocês terão o maior conforto possível para que essa viagem seja épica. – Disse Sofia.

Só de ouvir aquilo me empolguei. Não havia pensado em financiamento quando comecei a pensar naquilo. Estava começando a gostar cada vez mais de magia.

–Agora, voltem, e não contem nada para Chica! – Concluiu Bibi, girando sua mão e fazendo voltarmos.

Depois que voltamos, sentei no chão e parei para pensar. Não era só a autora que tinha o poder de modificar a história? Como aquela maga conseguiu fazer o balanço, o feitiço para nos silenciar e outras coisas? Que feitiço era aquele que elas usariam para nos disfarçar? Freddy, Bonnie, Chica e Foxy lidariam bem com essa viagem ou ficariam meio paranoicos vivendo livres depois de tanto tempo? Charlie notaria os clones? Isso não importava agora. O que mais me chamava a atenção eram os murmúrios de animação e conversas sobre a viagem. Mal podia esperar. No que será que daria aquela viagem?


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Notas finais do capítulo

Muitas perguntas. Poucas respostas. E acreditem. Muitas temporadas por vir.

E pela primeira vez em um ano, eu já tenho tudo planejado.


(E não conto pra vocês e.e)