Colorful escrita por Isabelle


Capítulo 28
Capitulo 27 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Por que estou tão emotivo?
Não, não dá pra ficar assim
Preciso de auto-controle
E lá no fundo eu sei que isso nunca funciona
Mas você pode deitar aqui comigo para que não doa
Oh, por que você não fica comigo?
Pois você é tudo o que eu preciso
— Sam Smith




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600503/chapter/28

As sirenes já estavam longe quando eu voltei para o apartamento. Sally estava me esperando sentada no sofá lendo o livro, em uma posição, que se não fosse o meu machucado eu teria pulado em cima dela. Ela havia ficado meia hora brigando com o hospital tentando conseguir ir comigo, mas os policiais não a deixaram, já que ela precisaria dar uma série de depoimentos e explicar tudo que acontecera. Tenho certeza que aquele foi o pior momento de sua vida. Ter que contar tudo de novo. Desde Nate, até aquele dia. O dia que ela quase fora morta pelo meu melhor amigo.

Eu tinha sido tão cético ao acreditar que Elliot estava morto, e tinha estado certo. A morte para ele fora pouco, depois de todas as famílias que ele destruiu. Depois de tudo que acontecera.

Sally se deslocou do sofá e encontrou meus braços, descansando sua cabeça no meu ombro. Eu sentia todo aquele peso que ela havia tirado de cima de si, mas sabia que aquele dia ainda assombraria seus sonhos. As lágrimas que molhavam a manga da minha camiseta me mostrava isso. Tê-lo matado deve ter tirado todas as suas forças, ela não esperava ter que fazer isso.

― Ei, tá tudo bem. ― Eu passei minha mão em suas costas, e a trouxe para o sofá, onde ela continuou abraçada em mim. ― Você só se defendeu, Sally. A culpa não é sua.

Ela só continuou chorando deitada em mim, e foi assim que a gente passou nosso resto de ano novo. Ele tinha começado de um jeito bom, tínhamos lidado com uma coisa. Tínhamos sanado essa coisa, só não confirmaria que aquilo traria bons resultados. Ele ter matado sua família, e seu primeiro amor, fora óbvio uma coisa cruel. Mas Sally não esperava fazer aquilo, eu sabia.

― Eu sei que você não queria matá-lo. ― Eu passei a mão nos cabelos dela.

― O problema, Noah, é que eu queria. ― Ela disse, ainda chorando. ― Queria muito. Queria que ele desaparecesse. Queria mais do que tudo que ele sofresse tudo o que minha família sofreu, mas mesmo que tudo tenha acabado, não me sinto tão bem quanto pensei que ficaria.

― Vai ser muito difícil, Sally, mas sei que vamos passar isso juntos.

Ela assentiu, e depois disso ficou deitada no sofá assistindo alguns desenhos, enquanto eu fiz algumas ligações para os policiais para ter alguma ideia do que estava acontecendo depois de toda aquela bagunça. Dois dos parceiros de Elliot já tinham sido localizados e os outros provavelmente seriam localizados mais tarde. Pensei em contar aquilo para Sally, mas ela merecia o resto do dia livre daquelas notícias. Ela merecia descansar, e dar risada dos seus desenhos.

Bem a noite, Sally foi tomar um banho, e depois resolvemos dormir. Queríamos os dois apagar essas memórias terríveis que nos assombravam, queríamos que todo esse dia horrível fosse deletado de nossas mentes e que ambos acordássemos em total calma e compreensão. Mas como sempre, nada acontece da maneira que queremos.

Pela manhã, fui o primeiro acordar, encontrado Sally totalmente encolhida perto de mim. Seu cheiro era tão agradável que não queria soltá-la nunca, então apenas me acomodei novamente e me dispus a entrar no mundo dos sonhos por ela.

Cely e Will vieram nos visitar, ou claro, nos acordaram gritando que já estava na hora. Ambos tinham ficado chocados com a notícia, mas tentaram evitar falar dela enquanto Sally estava presente, então para tentar aliviar um pouco toda aquela loucura nos convidaram para brunch* em algum restaurante, já que tínhamos acordado tarde.

Sally colocou um vestido preto com um sobretudo por cima, e estava usando sapatilhas. Ela dera um jeito de deixar o cabelo solto, e isso destacara seus olhos verdes, os brilhantes olhos verdes que agora transmitiam mais calma que o dia anterior. Quanto a mim, só coloquei alguns jeans e uma blusa verde que eu sabia que Sally gostava, mas ela não fizera nenhum comentário, só sorrira para mim, e me dera um beijo de leve antes de sairmos.

O trauma que estava acontecendo dentro dela era algo que estava a destruindo lentamente. Ela não falava, e em todo o brunch, ficou jogando a comida de um lado para o outro no prato, enquanto Will contava suas piadas, e ela fingia em rir. Peguei sua mão por baixo da mesa, no meio da refeição, mas ela não retribuiu com o mesmo afeto. Algo dentro dela estava se dissipando. Ela estava se dissipando.

― Vocês dois devem estar bem aliviados. ― Cely disse, e eu olhei para ela com um olhar mortífero. ― O que? Pelo amor de Deus, Noah, a menina não é uma boneca de porcelana.

― É verdade, Noah. ― Ela apertou a minha mão, dando apoio.

― Bem, eu estou na verdade, a polícia disse que pelas informações que Sally deu já encontraram dois caras que trabalhavam com Elliot, e em breve pegarão os outros. ― Eu disse, e comi um pedaço do meu pão, Sally pareceu um pouco mais reluzente.

― Eles não vão mais poder ferir ninguém? ― Ela perguntou, e eu assenti, a deixando ao menos, um pouquinho mais aliviada.

― Como você está, Sally? ― Will levantou a pergunta que todos estávamos evitando.

Ela analisou cada um de nós lentamente. Primeiramente Cely, e esta te deu um sorriso leve, Will fez o mesmo, e quando ela parou em mim, encarando os meus olhos, eu não consegui sorrir como eles. Eu conseguia ler aqueles olhos verdes como ninguém, tinha sido uma habilidade desenvolvida com o tempo que nós havíamos passado juntos.

― Eu não estou exatamente bem, me sinto aliviada por ter recompensado minha família. Por tudo. Mas tê-lo matado não foi bom. Me sinto suja como se o sangue dele estivesse todo sobre mim.

― Nenhum de nós sabe ao certo o que você está passando, Sally, mas não queremos que fique guardando essas coisas pra você, okay? Estamos aqui por você, espero que saiba disso.

― Obrigada , gente, de verdade. ― Os olhos dela estavam submersos em lágrimas que ela não deixava sair.

Foi quando eu percebi que aquilo, que toda aquela fachada dela não se passava somente do que tinha acontecido, e sim algo mais. Tinha algo mais. O negocio que ela queria me contar, e que sempre fomos interrompidos. Com certeza devia haver mais uma parte de seu passado que ela não me contara.

― Deve ter sido um choque para você, Noah... ― Cely afirmou, e eu assenti.

― Eu cheguei no apartamento, e escutei a voz dele. E meu mundo pareceu parar, eu por um momento fiquei realmente feliz ao pensar ter escutado a voz dele, mas depois que ele começou a contar aquelas coisas ameaçando a Sally, tudo ocorreu diferente.

― Quem pensaria no Elliot... ― Will disse.

Elliot nunca parecera ser capaz de uma coisa daquelas. Ele sempre havia sido meu melhor amigo. O cara que tinha se inscrito na polícia na mesma época que eu. Todos os fatos pareciam estar intercalados, ele sendo meu melhor amigo, eu conhecendo Sally. Todo meu futuro estava ligado com o de Sally e eu nunca ao menos tinha notado isso.

― Então, como vocês tiveram esse péssimo dia de ano novo, nós pensamos em, quem sabe, uma festa hoje a noite?

― Festa? ― Eu olhei para Sally e depois para Cely, e Will. ― Vocês tem certeza sobre isso?

― Claro que sim, vai ser chique, além de que vamos poder quem sabe excluir o dia de ontem, e colocar a festa de hoje a noite no lugar. Estávamos pensando de ser na nossa cobertura se vocês quiserem, só queremos aliviar um pouco as coisas.

― Vai ser bom. ― Sally disse enfim, e eu tive que concordar. Se até Sally concordava.

― Agora, me digam... ― Cely olhou para nós dois, nos incriminando, e eu revirei os olhos sabendo o que estava por vir. ― O que está acontecendo com vocês dois? Percebemos que vocês estão de mãos dadas.

― A gente também não sabe... ― Eu disse, e Sally concordou.

― Nós iríamos conversar sobre isso, mas eu fui quase morta, Noah também, então não ficamos muito afim. ― Ela disse sem graça, e eu sorri afirmando.

― Bem, esperamos que vocês resolvam isso logo. ― Ela disse, e tomou seu café.

Voltamos para casa, e Sally e eu ficamos no sofá assistindo alguns programas. Ambos estávamos sem graça, sem saber como discorrer aquele assunto, então depois de Sally falar que precisava tomar, eu me sentei no banquinho da cozinha para quando ela viesse eu já estivesse preparado para ela, sem distrações, pelo menos era isso que eu pensava.

Fiquei repassando mil vezes o que diria. Que nós dois já tínhamos muita história, que mesmo em todos aqueles meses, eu já estava preparado para nós dois assumirmos uma relação, alias, éramos ambos adultos, estávamos prontos para aquele relacionamento. Além, de eu ter fé que iríamos nos ajudar a superar toda aquela bagunça que estava acontecendo juntos. Então, deveríamos para de nos evitar, e ir logo para um relacionamento.

― Noah, onde você tá? ― Ela perguntou.

― Eu estou na cozinha, e acho que a gente realmente tem que conversar Sally. ― Eu me levantei e fui até a geladeira pegar água. ― Estamos gostando um do outro, sabemos disso, preciso que você entenda que estamos destinados a ficar juntos, e nada mais… ― Eu levantei e ela estava parada na cozinha, com o cabelo todo molhado e o corpo enrolado por uma toalha.

― Acho que a gente vai ter que conversar depois. ― Ela disse e soltou a toalha, deixando que ela encontrasse o chão. ― Agora temos outros assuntos a tratar.

― Concordo plenamente, agora não é hora de fazer esse negocio e tals. ― E eu fui até ela.

― Você quer dizer que não é hora de conversar? ― Ela disse, e foi andando para trás me levando para o meu quarto.

― Não, não é hora para determinar relacionamento, podemos fazer isso depois, você não concorda?

― Plenamente. ― Ela disse, e eu a trouxe para perto, colando seus lábios nos meus. A boca dela era um misto de sensações. Sensações que eu nem sabia que era possível sentir. Eu só queria que aquele momento durasse para sempre.

Queria que nos dois pudéssemos ficar deitados naquela cama, o resto do dia, o resto da noite, o resto do ano. Em comparação ao primeiro dia, o segundo dia realmente estava se mostrando trazer coisas melhores. Eu planejava passar a minha vida ao lado daquela garota, precisava arrumar um jeito logo de dizer isso a ela.

― Vocês esqueceram da festa? ― Cely gritou, e nós dois levamos um susto correndo para achar nossas roupas. Não tínhamos feito sexo a tarde toda, mas ficamos na cama conversando sobre assuntos aleatórios.

― Não, nunca. ― Eu disse, descendo as escadas já que tinha sido o primeiro a pôr roupas.

― Vocês estavam trepando, não estavam? ― Cely perguntou sem emoção. Ela já estava toda arrumada, com o cabelo em um coque, e um vestido amarelo florido.

― Talvez. ― Sally desceu as escadas, e sorriu.

― Bem, talvez, Cely você possa levar Sally para se arrumar no seu apartamento, eu preciso fazer algumas coisas aqui ainda.

― Brincou com ela a tarde toda, agora vai brincar sozinho? ― Cely perguntou, despertando a risada de Sally, uma risada que eu não ouvia há dias.

― Preciso arrumar algumas coisas. ― Eu fiz o olhar para Cely e ela olhou confusa, mas, mesmo assim, concordou.

Eu tentei o mais rápido possível escrever um poema para Sally. Sabia o quanto ela amava aquilo, então tentei fazer do jeito dela. Naquela noite eu já tinha tudo planejado, eu precisava que aquilo desse certo. Tudo entre nós tinha sido uma bagunça, tentamos ser amigos, sentimos ciúmes um do outro, estivemos correndo atrás de um assassino, e quase fomos mortos por um, e mesmo assim ainda havia aquele fio tênue entre nós. Eu sabia que ela gostava de mim, da mesma forma que eu gostava dela, mas precisava da confirmação aquela noite.

Coloquei uma calça social preta e uma blusa mais apresentável, e fui atrás dela na festa. Haviam milhões dançando e sorrindo, me desejando um feliz ano novo atrasado, mas eu só ia andando e sorrindo para ela, em busca da Sally.

Cely estava sorrindo com Will que segurava Mandy, enquanto conversava com um casal que tinha um bebê no colo. Eu fui até eles e eles me olharam preocupados já que eu parecia desesperado, o que eu realmente estava.

― Onde está a Sally? ― Eu perguntei, me sentindo sem educação por não cumprimentar os convidados. ― A propósito, olá para vocês.

― Ela está no quarto, disse que não estava pronta para descer. ― Cely disse, e eu sorri para ela, indo em direção as escadas para buscar Sally.

Sally não estava lá, e nem ao redor do prédio, nem naquele quarteirão. Contudo, por algum motivo eu sabia exatamente onde ela estaria, e se eu estivesse certo, era exatamente o lugar que eu iria a levar quando a encontrasse. Peguei o carro, e fui em disparada ao lugar em que nós havíamos nos conhecidos. Naquele prédio. Não entendia a fascinação dela por aquele prédio, mas eu sabia que ali, tinha virado seu lugar preferido, todas as vezes que ela se sentida perdida.

― Você realmente deve amar esse prédio. ― Eu disse, quando a vi, usando um vestido vermelho rendado, e sentada no mesmo lugar de sempre.

― Eu amo. ― Ela riu. ― Me sinto confortável aqui. Posso ver toda a cidade, como se eu soubesse o que está acontecendo em casa rua. Me faz sentir confiante. Gosto de me sentir confiante. ― Ela respirou. ― Preciso falar com você.

― Também preciso falar com você, e é importante.

― Então, fale. ― Ela sorriu.

― Escrevi uma coisa para você, e gostaria que você lesse, eu até leria em voz alta, mas, acho melhor você ler. ― Eu peguei as folhas de papeis que estavam amassadas no meu bolço, e entreguei para ela.

Fica comigo,

Não precisa ser pra sempre.

Pode ser por duas horas.

A gente arruma um lençol,

Você deita a cabeça no meu peito

E a gente fica em silencio,

assiste a um filme antigo

Enquanto eu te faço cafuné...

Fica comigo.

Não precisa ser pra sempre.

Pode ser por um dia.

A gente pode dormir de conchinha

e preparar o café da manhã,

Dar risadas abafadas,

E se despedir com um selinho

Sem nenhum contrato

Sem nenhuma formalidade.

Fica comigo

Não precisa ser pra sempre

Pode ser por uma semana

A gente pode ir no cinema

No fim de semana

Ou ir acampar

Podemos deitar sobre o céu de estrela

Enquanto eu escuto

Você falar.

Fica comigo

Não precisa ser pra sempre

Pode ser por um mês

A gente pode sair pra viajar

E acabar perdidos

No meio nada

Enquanto você reclama por eu errar

E eu te beijo até você me desculpar

Fica comigo

Não precisa ser pra sempre

Pode ser por um ano

A gente pode falar

Aquelas palavras

Que vários casais falam sem sentir

Aquelas três palavras

Que soam mais forte

Que um grito numa caverna

Que vai ecoar.

Fica comigo

Tipo pra sempre.

Sem despedidas

Sem sorrisos de lamentos

A gente pode comprar uma casinha no campo

Eu posso tentar

E você sempre sorrir,

E a gente pode tentar imaginar

que nada disse vai se tornar

Um belo desastre.





Ela leu lentamente, e começou a chorar. Eu não entendia bem, o que estava acontecendo, mas ela chorava muito. Seus olhos estavam cobertos de lágrimas, que não pareciam ser nada alegres. Eu não queria tê-la feito chorar daquela maneira, eu a amava. Queria que ela sorrisse, que ela me dissesse que tudo estava ótimo, mas ela só abaixou e ficou ali chorando, e chorando.

― Sally, me desculpa, de verdade, me desculpa mesmo, eu não sabia que ia fazer isso com você. Me desculpe.

― Não, a culpa não é sua. ― As lágrimas corroíam seu rosto, e eu tentei a abraçar, mas ela se afastou, dando alguns passos para trás. ― Está lindo, é só que, Noah, a gente não pode fazer isso.

― O que? ― Eu disse, sem entender.

Ela respirou profundamente, e olhou nos meus olhos.

― Eu estou indo pra Londres na segunda feira. ― Ela disse, e tudo pareceu parar.

Eu continuei olhando para ela pensando que era algum tipo de brincadeira, mas não era.

― Você está indo para Londres? ― Eu disse, tentando absorver o que estava acontecendo.

― Quando estávamos brigados por causa daquele negocio da Carla, lembra que você foi na faculdade? ― Ela disse, ainda afastada. ― Estávamos apresentando trabalhos, e o meu foi selecionado. Ganhei um emprego numa empresa britânica, com remuneração. Vou poder realmente trabalhar, além de eu ganhar bônus no último ano de faculdade.

― Mas, você... ― Eu estava perdido. ― Você não pode ir embora.

― Me desculpe, mas, todas as vezes que eu tentei te contar fomos interrompidos. E, eu preciso disso Noah, preciso de um recomeço, preciso...

― Ficar longe de mim. Eu entendi. ― Disse me levantando, para ir embora.

― Noah, você sabe...

― Não, eu não sei. Não sei de nada. Todas as vezes que eu penso saber de alguma coisa, a vida vem e me passa a perna. Então me venha falar que eu sei de alguma coisa porque eu não sei, agora me deixa sozinho. ― Eu disse com raiva, mais raiva do que eu deveria sentir.

Eu sai da cobertura do hotel, direto para o meu caarro e sai dirigindo sem rumo. Minha raiva me consumia e fazia eu dirigir de um jeito que despertava minha adrenalina. Estava com enfurecido. Estava perdido. Estava perdendo uma das pessoas mais importantes da minha vida, e eu não sabia o que fazer. Não tinha nada para fazer, a não ser, aceitar que ela estava indo embora. Ainda não queria acreditar que estava indo embora. Meus olhos no retrovisor só me faziam lembrar das lágrimas dela. Eu tinha sido um grande idiota, mas não tinha percebido aquilo. Naquela época a única coisa que eu sentia, era dor. Todas as nossas memórias, tudo passou pela minha cabeça aquela noite. O nosso primeiro beijo, a primeira vez que eu vi ela, e a puxei para perto, a carona, nosso jantar, nossa viagem, tudo. Tudo passou pela minha cabeça. Mas mesmo assim, a única coisa que eu queria fazer era gritar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

amo vocês



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Colorful" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.