Colorful escrita por Isabelle


Capítulo 15
Capitulo 14 - Sally


Notas iniciais do capítulo

Só um coração jovem confundindo minha mente, mas estamos em silêncio.
Olhos abertos, ambos em silêncio
Olhos abertos, como se estivéssemos em uma cena de crime
— Daughter



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As luzes brilhavam forte, trançadas pelo salão totalmente escuro, e ela tentava locomover o corpo em uma sintonia que nem mesmo conseguia entender, só tentava imitar os movimentos das pessoas ao seu redor, que também pareciam saber tanto de dança quanto ela.

Suas amigas todas estavam usando saltos e saias curtas, os batons vermelhos em seus lábios eram o destaque, acompanhado de uma maquiagem pesada e abusada em volta dos olhos. Ela se sentiu deslocada por não estar igual. Sua mãe fora tão rígida para deixá-la sair de casa, que não queria abusar, então nem reclamou sobre não poder passar maquiagem escura ou usar salto alto, ela apenas colocou o jeans habitual e as sapatilhas pretas que ficavam apertando na ponta do pé, e saiu de casa batendo a porta levemente, com medo de sua mãe mudar de opinião.

Agora estava ali, no meio daquela multidão, com aquele cheiro de gelo seco com cigarro e outras drogas que queimavam suas narinas quando dava um suspiro muito grande. Enquanto as pessoas que dançavam a sufocavam em um aperto, e até mesmo pisavam em seu pé, o que a fez perceber que talvez ela não gostasse tanto de festa quanto pensasse, mas fingiu se enturmar, não queria obrigar Marilin a voltar para casa agora.

A garota parecia estar um pouco alterada por conta do álcool em seu sangue, ela cantava, pulava e dançava, e nem mesmo se preocupava com as pessoas a sua volta. Ela nunca se importara. E agora que estava usando aquela saia colada ao corpo de oncinha, com aquela blusa preta que deixava seus seios um pouco amostra, parecia estar menos preocupada ainda.

Marilin havia sido sua primeira amiga na escola nova. Ela se sentira invisível no primeiro dia de aula, ao entrar no segundo semestre quando todos já tinham seus grupos e seus próprios amigos. Ela pensou que se enturmar seria a pior coisa de todas, mas quando Marilin, com aqueles cachos ruivos e os olhos com heterocromia, um azul e o outro castanho, conversou com você, logo as duas pareciam a mesma pessoa.

Sarah estava cansada daquilo, sua família tinha se acostumado a mudar de cidade de mês em mês, seu pai estava escrevendo um livro sobre população e cidades, alguma coisa assim, e se tinha uma coisa que ela estava cansada de fazer era dar adeus as pessoas que amava, contudo, eles haviam feito um trato ficariam ali, até pelo menos, que ela houvesse terminado o colegial.

Marilin enroscou o braço no seu, e a levou para um canto menos movimentado. Ainda conseguia escutar a música que quase explodira seus tímpanos, mas era bem mais baixa agora. As duas outras garotas, Lê e Fer, vieram as acompanhando. Sarah havia feito amizade com elas somente depois de um longo tempo. Elas não se davam muito bem, mas, elas após um tempo, elas perceberam que tinham várias coisas em comum. Mesmo assim, ali agora, com todas elas bêbadas, não se sentia confortável. Nem mesmo com Mari.

Ela sabia que podia beber tanto quanto elas, mas achava que estava muito nova para isso. Tinha acabado de entrar no primeiro ano, apenas catorze anos, já que faltavam dois meses para seu aniversário. Mesmo assim, não queria extravasar aquela noite. Sabia muito bem como sua mãe iria ficar decepcionada com ela, e preferiu ficar sóbria, assim, poderia, além de se sentir bem consigo mesma, cuidar de suas amigas que estavam totalmente desnorteadas de tudo.

― Sarah, ― Lê disse, ela era a mais sóbria entre as três. ― É impressão minha, ou o Nate ficou te comendo com os olhos, tipo, a noite toda? ― As três riram, e ela bufou.

Nathan Medeiros, conhecido como Nate, era o veterano que estava dando a festa. No primeiro dia que Sarah havia colocado os pés na escola do colegial, junto com Marilin e Lê (Fer estudava em outro colégio), ela sentiu suas bochechas ruborizarem ao pegar ele te olhando enquanto tomava água. Ele tinha aquele cabelo dourado rente aos ombros, e aqueles olhos azuis que você passaria horas olhando, mas nada superava o sorriso sarcástico que ele conseguia montar no canto dos lábios. Aquele sorriso que indicava problema.

Somente naqueles quatro meses de aula, ela já havia desenhado os olhos dele umas mil vezes, era impossível não olhar e se sentir totalmente em transe. Contudo, como todo clichê de adolescente, ele tinha milhões de meninas aos seus pés, prontas para abrir as pernas para ele quando ele quisesse, e por mais óbvio que pareça, ela não era uma dessas garotas. Então, todas as vezes que ela o via olhando para ela, apenas bufava e dava as costas como se não ligasse para a existência dela. Mas ali agora, nesta noite, estava sendo praticamente impossível não encarar aqueles olhos, que a desejavam.

― Pelo amor de Deus, Lê, ele tem aquelas meninas todas envolta dele, e você acha mesmo que ele está me encarando? ― Ela disse, disfarçando, enquanto tentava balançar em um ritmo mais calmo.

―Então, se ele não está te encarando, não há problema nenhum em chamá-lo. ― Ela disse e começou a gritar.

Todos os amigos dele olharam para nós, e ela sentiu seu rosto queimar em vergonha. Lê continuou chamando-o, até que ele e seus amigos começaram a vir em sua direção. Nate estava usando uma blusa branca, e uma calça jeans normal. Sarah, se sentiu desconfortável por não estar vestida de uma forma mais arrumada, mas tirou isso da mente logo, não estava ali para impressioná-lo.

― E aí, garotas, estão curtindo? ― Ele disse para elas, mas logo mudou seu olhar para Sarah.

O coração dela começou a pulsar mais rápido, mas ela se manteve impassiva.

― Ei, ― Elas sorriram abertamente para ele, ― Estávamos aqui falando agora, do quanto Sarah amaria conhecer sua coleção de troféus. Ele tem vários, Sarah, você vai amar...

― O que? ― Ela disse percebendo na emboscada que estava entrando. ― Eu não...

― Ficamos sabendo que você é ótimo em basquete também, mas futebol é o que ficamos sabendo que tem mais prêmios.

― Não é só nisso que me deram prêmios. ― Ele disse, e deu aquele sorriso torto.

As palmas das mãos de Sally começaram a suar, e ela se sentiu tão idiota, por ser uma daquelas adolescentes idiotas, e se dispor mesmo a ficar toda derretida perto dele. Mas, ela não sorriu, nem mesmo fez como as outras que deram risadas, ela apenas bufou, e mudou o olhar de direção.

― Então, acho que deve mostrar seus prêmios para Sarah, ela é bem competitiva, e adoraria vê-los.

― Não, eu estou bem aqui com vocês. ― Ela disse, e todas elas a olharam horrorizadas.

― Bem, ― Fer disse, rindo, ― você não vai querer ficar sozinha, já que nos vamos voltar pra pista com esses cavalheiros aqui. ― Ela sorriu, e cada uma delas puxou um dos amigos dele, a deixando sozinha.

Sally olhou sem graça para ele, aqueles olhos profundos que pareciam conseguir ler cada pedaço dela. Aquilo a deixava com frio na barriga. Queria apenas poder ignorar a presença dele, e ir embora para sua casa. Poderia inventar uma desculpa para a mãe, e dizer que Mari não pode leva-la porque seu pai já havia buscado, contudo, sua mãe ligaria para a mãe dela, e isso lhe causaria problema, então apenas abaixou a cabeça, e ficou parada no msm lugar.

― Vamos lá então… ― Ele disse, e esfregou as palmas na mão

― O que? ― Ela disse sem entender.

― Os prêmios…

― Ah sim. ― Ela assentiu com a cabeça, e o seguiu para dentro da casa.

Uma coisa era uma casa, mas essa foi a palavra errada para onde ele vivia. Parecia um tipo de mansão, com um castelo, era desproporcional e totalmente diferente de onde Sarah morava. Sua casa era pequena, com dois quartos, um banheiro, uma sala, uma copa e cozinha. E isso era ótimo para ela, pois quando acordava de manhã conseguia sentir o cheiro de café de sua mãe exalar por toda a casa. Mas ali, ela sabia, que ele deveria ser uma pessoa muito sozinha.

O quarto dele era quase do tamanho de sua casa e era subdividido em sessões. Havia no canto esquerdo uma porta que levava ao banheiro, uma porta que levava ao closet, e uma para a sala de jogos. Havia uma cama bem ao meio do quarto com uma cama de roupa azul que estava com cheiro de amaciante caro. O quarto todo tinha um cheiro bom.

Os troféus ficavam em cima, em uma prateleira que além de troféus, estampava livros, o que a fez olhar de soslaio de um jeito bem surpresa.

Ele ficou falando por minutos o que era cada troféu, e acabou a levando para um estado de tédio profundo. Ela sempre gostara das covinhas em suas bochechas, ou do jeito que ele soerguia as sobrancelhas, mas a magia simplesmente estava se desafazendo a cada minuto que ele explicava lentamente o que era cada um.

Ele a olhou lentamente, e percebeu o quanto ela parecia entediada. Seu foco era em algo totalmente disperso como o teto dele, que tinha uma parte azul, somente uma mancha, como se alguém tivesse espirrado tinta ali.

― Fiz quando estavam pintando a casa. ― Ele cortou o assunto, despertando Sally.

― Sua mãe deve ter querido te matar. ― Ela disse e ele chegou mais perto.

― Ela quis, ― ele sorriu, ― a casa tava pronta, eu tinha uns dez anos, ai me deixaram sozinho aqui no quarto, como eles sempre fazem, tinha uma porrada de pote de tinta esparramado, e eu sai pintando as paredes e tudo mais.

Ela riu.

― Você pintou as paredes?

Ele foi até a cama, e a empurrou só um pouquinho onde se podia ver a marca certinha de um risco malfeito em tinta azul.

Sarah abriu um sorriso e gargalhou, e ele riu também ao escutar a risada dela.

― Você era um menino bem danado. ― Ela disse e se sentou na cama.

― Nem tanto, eu só queria que eles... ― Ele parou de falar e olhou para baixo. ― Que eles lembrassem que eu existo.

Ela olhou de relance para ele, e chegou a pensar que era drama, mas depois viu que era realmente verdade. Aquele era o Nathan de verdade, mal a conhecia e estava se abrindo ali com ela. Ele nunca parecera ser assim. Sempre tivera o melhor. Tinha até seu próprio carro, e mesmo que não pudesse dirigir, os seus pais fizeram alguma coisa com a polícia, um acordo, e conseguiram que ele pudesse dirigir, isso se ele ficasse longe do radar da polícia. Nate não era o tipo de garoto que você olhava e falava que ele era carente. Não, Nate era alegre, extrovertido, e conseguia todas as garotas. Não, não era aquele Nate.

― Eles lembram, só não demonstram isso com tanta frequência. ― Ele se sentou ao seu lado, e ela sentiu o aroma forte de perfume que ele exalava.

― Como é sua família? ― Ele perguntou parecendo, de fato, interessado.

Ela soltou um sorriso.

― Bem, minha mãe é um pouco confusa, ela é bem desastrada, mas tudo parecer funcionar quando ela tá com a gente, sabe? Ela é a mediadora de tudo la em casa, e faz o melhor bolo que essa cidade toda já viu. Eu tenho meu pai, nós não somos tão apegados, porque vivíamos brigando já que ele me arrastava por todo país, mas a gente é de boa. ― Ela sorriu de lado. ― Quando eu era criança, ele me chamava de Sally, porque além de ser uma forma de abreviar Sarah, significa gracejo, e eu fazia ele rir muito quando ela mais nova. ― Ela sentiu a mão dele deslizando entre a sua lentamente, como se ele não quisesse assustá-la.

― Meus pais não conversam comigo todos os dias, eles acham que me encher de coisas vai acabar me distraindo e fazendo com que eu não precise deles. Eu não fui criado pela minha mãe, sabe? É frustrante, ela nunca fez nada dentro de casa, e eles vivem viajando. É, eu sinto falta deles, ainda mais agora que você falou sobre sua casa. ― Ele disse lentamente, e ficou deslizando o dedo em sua mão.

― Me desculpe. ― Ela se sentiu culpada.

― Não se sinta, foi ótimo saber como realmente é a casa de pessoas normais.

― Ah, podemos ser tudo, menos normais. ― Ela sorriu de lado, e ele abriu um sorriso também.

― Você não tem irmãs ou irmãos? ― Ele perguntou, mas ela não conseguia nem mesmo respirar.

― Não, minha mãe não conseguiu engravidar novamente, ela tinha algum problema, demorou até para engravidar de mim, e também com a nossa situação financeira, mas tenho o Eric, que é praticamente um irmão..

― Entendi.. ― Ele disse meio sem graça.

Eles ficaram um tempo em silencio, mas não foi incomodo, foi certo. Parecia certo.

― Então, este é você? ― Ela disse e passou a mão pelos braços.

― Como assim? ― Ele disse sem entender o que ela dizia.

― Bem, o você, que fala sobre seus pais e não sobre futebol, e quantas meninas conseguiu beijar em uma noite. ― Ela disse sarcástica.

― É estranho, mas, no momento em que você entrou na escola, eu me senti atraido por você, ― Parecia que seus ouvidos tinham pifado quando ela escutou aquilo. ― Você, sabe, era diferente. Você olhava para mim, como se também gostasse de mim, e mesmo assim nunca tinha tido a coragem de se jogar em cima de mim, como todas faziam, você só ficou na sua.

― O que me torna meio idiota, certo? ― Ela perguntou zoando, e ele soltou uma risada.

― Mais ou menos.

― Ei, eu estava zoando. ― Ela o empurrou de leve. ― Por que isso me faria uma idiota? Estava me protegendo de não acabar magoada.

― Porque se você tivesse falado, eu teria certeza absoluta. ― Ela o leu somente com um olhar.

― E o que teria sido diferente? ― Ela perguntou, sorrindo.

― Poderia ter feito isso a mais tempo. ― Ele disse e encostou os lábios nos dela.

Sua espinha inteira se arrepiou, e ela sentiu como se alguma coisa dentro do seu estômago estivesse dançando. Seus lábios adormeceram, e sua pele toda ainda continuava arrepiada, mas agora por conta dos dedos dele que deslizam lentamente pelo seu cabelo. Ele era como música. Uma música que você escuta e não consegue tirar a melodia da cabeça. Uma música que você escuta e arrepia. Uma música que toca seu coração de uma maneira que você sente que vai sufocar. A respiração dos dois estava impassiva, e eles pareceram se conectar de um jeito incrível. O mundo a sua volta estava parado. Sarah poderia ouvir que o relógio não fazia mais barulho, que a única coisa que estava fazendo som ali, era a batida do coração de ambos. Aquela reação de Sarah, ao sentir a boca dele em contato ao dela, não era só o prazer físico e carnal, mas sim aquele sentimento acumulado dentro dela.

O garoto de quem ela gostava estava a beijando.

Ela estava apaixonada.

Ele estava apaixonado por ela.

Nada mais poderia dar errado.

Ele gostava dela.

Os olhos dele.

O escuro.

O fim.

O grito de Sally ecoou por todo o apartamento, e até mesmo para os vizinhos. Noah que estava abraçado com ela tentando dormir, acordou desesperado, e a abraçou até que aquele pesadelo fosse embora. Eles estavam tão juntos que ele conseguia escutar as batidas descompassadas de seu coração. Ela tremia, e as lágrimas pesadas escorriam por seus olhos verdes. Sua respiração estava estranha, e Noah começou a ficar cada vez mais preocupado.

Cely e Will atravessaram o apartamento correndo, o que demostrava o quanto o grito de Sally havia sido alto. Cely usava um pijama de ursinhos, e Will só estava de cueca e com uma blusa branca. Eles estavam com cara de pânico, e se aproximaram deles tão rápido quanto Noah poderia imaginar.

― Ela está tendo um ataque de pânico. ― Cely disse, só de olhar para Sally. ― Sally, eu to aqui, ― ela segurou a mão dela, e Noah a liberou um pouco do abraço, relutante, ― to aqui com você, tenta respirar, eu sei que você consegue me ouvir. Respira comigo vai, vamos respirar, sabe eu costumava ter isso também, contudo, o Will me ajudou muito a superar esses ataques.― Ela olhou para Sally que continuava chorando. ― Você quer conversar sobre isso?

O coração dela ainda batia tão fortemente, mas ela sentia o mundo a sua volta tomando forma. Um copo de água fora depositado em sua frente, e Noah colocou-o em sua boca lentamente, até que ela bebesse todo o liquido. Era água com açúcar, e ela quase vomitou, mas preferiu tomar e se acalmar.

Todos olhavam para ela querendo que ela falasse, mas ela nunca falaria. Não para eles. Não sobre Nate. Nunca. Ela preferia guardar aquilo consigo mesma, preferia que ninguém soubesse sobre a festa, sobre toda a loucura que havia acontecido na sua vida. Preferia entrar debaixo de uma cama, e nunca mais sair dali. Ficar no escuro e deixar que ele a consumisse.

Ela só queria conseguir esquecer a cor dos olhos dele.

― Sally? ― Noah disse, e ela olhou para ele lentamente. Ele estava tão focado nela, tão concentrado, tão preocupado, que aquilo a fez começar chorar mais, e o envolver com os braços, ficando com a cabeça colada em seu peito. ― Ei, ― Ele sussurrou, ― to aqui, eu to aqui, Sally, tá tudo bem.

― Nós vamos deixar vocês a sós. ― Cely disse.

Sally não quis se movimentar, ela apenas continuou ali, deitada no peito de Noah, se lembrando que naquele mesmo dia teriam que ir ao enterro de Elliot. Ela queria realmente se enfiar debaixo de uma cama e nunca mais sair. Parecia que tudo a sua volta estava despencando lentamente. Tudo a sua volta estava caindo, e na sua cabeça ela conseguia ver o poema sendo montado lentamente.

Ela estava em um precipício sem fim, e desta vez, não teria ninguém que poderia a puxar de volta.




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