Após dois dias de velejo, o Pérola chega a Port Royal. Jack deixa o navio sobre os cuidados de Gibbs, pega um barquinho e vai até terra, junto com Angélica, não poderia se aproximar demais com o Pérola, já que piratas nunca eram bem vindos. Eles se esgueiram pela cidade, até chegar no imenso palácio de Elizabeth. Ela voltará a morar na casa que era de seu pai, e agora ela era Governadora, apesar da marinha ser quem mandava no local. Era o chamado cargo fajuto, coisa de nome se família e tal. Jack se aproxima da porta e bate nela com vigor. Um dos empregados atende e se espanta com a aparência do pirata.

– O que deseja? – diz ele de nariz franzido

– Eu preciso falar com Lizzie – diz Jack com tom igualmente desprezível.

– Desculpe-me senhor, não conheço essa pessoa

– Olha aqui eu patife engomadinho, você sabe com que está falando? Eu sou o Capitão...

– Jack Sparrow! – uma voz feminina e aveludada interrompe o Capitão

– Isso ai! Lizzie! Quantas saudades! – diz Jack abraçando-a

– Eu sei Jack, mas você sabe, nunca daria certo entre nós – ela brinca

– Como você está bonita! Achei que estaria enrugada e gorda por causa da maternidade. – Nesse momento Angélica soca o ombro do pirata, que concerta a frase – Ops, quer dizer, nada como a maternidade para ressaltar a beleza de uma dama! – sorri para Angélica buscando aprovação

–Quem é sua bela amiga Jack? – pergunta Elizabeth confusa.

– A, sim, essa é Angélica, filha do terrível Barba Negra. A propósito, eu salvei a vida dela –diz orgulhoso – E agora preciso de sua ajuda.

– Olá Angélica, prazer – Elizabeth a cumprimenta simpática – Claro que precisa de um favor ne Jack, senão você não estaria aqui. Venham, entrem.

Eles entram e se encantam com a beleza da casa. Angélica nunca tinha visto um lugar tão bonito, e se imagina vivendo em um palácio como aquele. Claro, se ela resolvesse seguir os conselhos de Jack, provavelmente sua moradia seria bem mais humilde. Durante seus pensamentos ela é interrompida por um choro de criança. Seus instintos maternos já estão aflorados, e ela procura de onde vem o ruído.

– Elizabeth, Jack me disse que você teve um filho, esse som é dele? – pergunta curiosa

– É ele sim. Estava brincando lá fora com as crianças da proximidade, deve ter se machucado. Vou procura-lo – sai depressa

–Chorão como o pai – Jack diz alto para que Elizabeth ouça, e antes que ela saia da tempo de gesticular algo como “vá a merda” para ele, que ri da situação.

– E então meu bem, gostou da casa?

– Sim Jack, muito bonita. Mas não venha querer me comprar com isso, sei que se eu vier para cá não será para morar em um palácio.

– Quem lhe disse? Estou pensando em pedir para Elizabeth para que você more aqui, eu ajudo com os custos, aperas dela não precisar do meu suado dinheiro de pirata.

Angélica fica pensativa. Elizabeth entra novamente no cômodo, dessa vez com um garotinho, aparentava ter uns 5 anos, era branquinho e tinha olhos azuis. Seus cabelos eram lisos nos ombros e bem escuros.

– Ei Thomas, diz oi para o tio Jack, ele e seu pai eram... colegas – Diz ela tentando achar a palavra certa para definir a relação de Jack e Will. – E essa é a amiga dele, Angélica.

O garoto, tímido, diz oi a eles e em seguida é levado por um empregado para outro lugar.

–E então Jack, de que você precisa?

– Bom Lizzie, Angélica, bem, ela está gravida. – diz ele sem graça. – E eu estou realmente preocupado com isso, não quero que ela fique no mar, e eu queria ver se você pode tomar conta dela. Convence-la a ficar em Port Royal e deixar esse bebe em segurança. Você é mãe, acho que entenda dessas coisas.

– Oh! Que notícia boa! Quem sabe com isso Jack tome juízo – brinca ela – Bom Angélica, acho que temos muito que conversar, papo de mulher – Diz ela olhando para Jack e sinalizando para que saia.

– Ok, entendi. Vou procurar um lugar para beber rum! – sai, animado por não ter que ficar ali conversando sobre isso.

Jack vai até uma taberna conhecida de lá, onde piratas costumavam frequentar e não ser incomodados, já que o local não era de conhecimento dos guardas. Ele chega lá pela tarde, senta-se em uma mesa. Seus homens estavam no local. Eles bebem, cantam, riem, entram em algumas confusões típicas de piratas. Jack se sente em casa. Pela noite, ele volta até a mansão, embriagado.

– Realmente indignos! – diz com voz tortuosa. - Angélica, meu amor, estou partindo. Sei que você e Lizzie se darão muito bem. Sentirei saudades, eu venho te ver – diz ele tentando beijar sua testa, mas acaba acertando o nariz.

– Jack, espere, eu não ficarei aqui. Vou ficar no Perola com você, e esse você não me quiser por lá, arrumarei um barco para mim e uma tripulação. Ou até mesmo me junto a Barbossa.

– Não! Ao Hector não! Nunca! Só por cima do meu cadáver! – esbraveja, se vira para Elizabeth – Acho que a conversa não foi boa heim?

– Não e isso Jack. Angélica é diferente de mim. Ela tem você. Eu não poderia ter Will, porque se essa opção existisse eu tinha ido com ele – diz ela com lágrimas nos olhos – Angélica te ama Jack

Nesse momento a embriagues do pirata passa, sua boca seca. Ele olha para Angélica com ternura, passa a mão em seu rosto:

– Ok meu amor, se é assim que você quer, vamos saquear e ensinar algumas coisas para esse bebe!

– Tragam-me o horizonte! – Diz ela, beijando o pirata

Os dois se despedem de Elizabeth, e prometem voltar para apresenta-la a nova linhagem de piratas.

Os dois sobem no perola, Jack pede para que os homens se encaminhem para Tortuga e logo após ele e Angélica vão para cabine. Se deitam na cama e ficam imaginando o futuro até o dia amanhecer...