Over Again escrita por Hachi-chan2


Capítulo 4
Capítulo 4. O quebra cabeça que desconheço.


Notas iniciais do capítulo

La Li Hoooooooooooooooooooooo o/

Olá meus amores como vocês estão? *-*
Estou muito feliz por ter conseguido postar o capítulo 4 hoje. Eu tinha "acabado" ele ontem mas acabei desmaiado na cama de cansaço e só conseguir colocar no site agora.

Estou um pouco de receio se não perdi a mão para escrever. Como vocês sabem fiquem longos meses sem treinar por conta da faculdade e acabou que não sei se está bom ou simplesmente adequado @-@. Por isso gostaria muito que vocês me dessem a opinião se ta bom, se perdi a mão para escrever ou evolui =).

O capítulo e calmo, uma preparação de terreno para o que virá a seguir. Espero que você gostem♥



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Capítulo 4 – Quebra cabeça que desconheço.

— Você precisa se acalmar cara.

— Como posso pensar em me acalmar com algo assim Castiel – Rosnou Nathaniel pelo celular – Tenho certeza! Era minha filha.

— Ai cara. Como você pode ter certeza? Apenas viu a criança uma única vez e já está pirando – Respondeu o ruivo. Após um longo suspiro complementou - Sabe que Karin pode ter tido filhos e estar agora casada... Tá pirando atoa.

— Não estou! – Gritou o Nathaniel – Você não a viu... Eu senti dentro de mim que ela era minha como... Como se fosse uma parte minha, entende?

— Entendo que você já deve ter bebido vinho demais cara e já está loucão – Disse Castiel com a voz sarcástica do outro lado da linha – Eu adoraria te ver doidão, mas vai com calma ae – Respondeu com um leve tom de riso na voz.

Nathaniel foi em direção cambaleando até a poltrona marrom que estava no quarto. Com a mão livre passou pelos fios dourados do cabelo de maneira agressiva os puxando em seguida. A cabeça do jovem médico estava trabalhando a mil desde aquela tarde, daquele momento que encontrou a criança não consegui fazer outra coisa a não ser pensar e repensar sobre o assunto do passado.

Ele demorou tanto tempo parada em frente da loja que somente o segurança perguntar se estava tudo bem que conseguiu traze-lo de volta a realidade. Não fazia a menor ideia de como tinha conseguido dirigir até a casa de seus pais. A única lembrança que tinha era de entrar na sala do bar que existia na elegante casa que fez parte da sua juventude e começar a beber como louco.

— Ah, isso me lembra quando você ficou bêbado na faculdade – Lembrou-se Castiel ainda pelo telefone, entretanto não obteve nenhuma resposta – Oh! Ainda está ai?

— Era minha filha, eu sei – Tentou consolidar Nathaniel.

— Nathaniel – Suspirou o ruivo novamente - Você não pode simplesmente dizer que a menina é sua filha. Se a criança existisse aposto que a sua ex teria avisado você para assumir a paternidade... Pelo que você me conta essa tal de “Karin” ela tem a cabeça no lugar e teria avisado.

Passou poucos minutos desde as últimas palavras do amigo e apenas o som da respiração pesada do jovem medico cortava o silencio do quarto. No andar de baixo a família dele já deveria ter iniciado a ceia de natal, mas para o loiro isso não importava. Na verdade nada mais importava para ele, depois de muitos anos Nathaniel estava perdido. Com isso ele levou novamente a garrafa aos lábios e tomou outro gole do liquido âmbar que fazia sua garganta arder.

— Agora ficar enchendo a cara logo na ceia de natal não vai ajudar, além de ficar doidão com sua família na sala sua besta! – Falou Castiel.

— Não estou doidão – Argumentou o loiro.

— Claro que não. Porque me ligar no meio da noite de natal e gritar “Eu tenho uma filha! ” É totalmente normal né.

O jovem loiro suspirou alto ainda sentado na cadeira. Realmente para si as coisas estão indo rápido demais. Esse era um problema que tinha desde muito novo, não conseguia assimilar informações com clareza quando elas viam todas de uma vez só. Ele ficava completamente perdido e com isso tomava decisões horríveis e aquele fato que aconteceu mais cedo definitivamente algo que aconteceu muito rápido. Talvez ele tivesse crise de ansiedade, entretanto agora não era hora de pensar nisso.

— Nathaniel – Iniciou Castiel - Como amigo vou lhe dar um concelho: Termina de enche a cara, fica doidão, mas doidão mesmo e depois vai dormir.

— Não acredito que você me deu esse conselho. Ficar doidão no dia do natal.

— Será fácil, você já está com meio caminho andado – Riu o ruivo enquanto desligava o telefone.

Nathaniel deixou o celular deslizar pela sua mão e cair sobre o tapete. Levou a garrafa de bebida aos lábios e bebeu em um grande gole uma grande quantidade do liquido, o deixando perto de acabar. Toda a sua cabeça trabalha em função de juntar as poucas peças de um quebra cabeça que ele mesmo desconhecia. Tentando escrever um passado o qual ele não tinha nenhum conhecimento.

“Merda, merda, merda”— pensava o loiro – “Talvez ela tenha tido, talvez não. Mas Karin iria me avisar caso tivesse... Ele sempre foi tão correta com as coisas... Mas que merda, merda — As diversas possibilidades gritavam na sua mente o deixando com o vestígio da dor de cabeça que não iria tardar de acontecer.

O jovem medico estava tão absolvido em seus pensamentos que não escutou alguém entrando em seu quarto. Sua irmã Ambre caminhava em sua direção, balançando muitos os quadris com o seu vestido branco de mangas longas. Nathaniel sempre discutia com ela sobre a maneira dela andar e tentar chamar tanta atenção, mas agora ele pouco se importava com isso.

— Nathy por Deus, vai ficar enfiado nesse quarto a noite inteira? – Dizia enquanto andava em direção ao irmão em seus saltos altos bege – Sabe não me interessa. Só queria saber se comprou o presente que mandei, na verdade sugeri... Nathy? - O tom de sua voz mudou para adoce assim que viu o estado do irmão – Você bebeu a garrafa inteira? – Perguntou arregalando os belos olhos verdes - Hey pelo menos olhe para mim quando eu falo com você – Exigiu a jovem.

Conta a própria vontade Nathaniel levantou a cabeça lentamente e olhou para irmã – Satisfeita?

— Nossa... Você está péssimo – Confessou a loira.

— Não me diga? Algo mais para acrescentar? – Perguntou enquanto levava o resto da bebida a boca.

Ambre notando a ação do irmão rapidamente tirou a garrafa dentre as mãos do mais novo com rapidez – Deve ter um belo motivo para estar bebendo tanto assim, você não é de beber... Aconteceu algo?

Nathaniel permaneceu sem dizer nenhuma palavra, mas começou a se mexer de maneira inquieta na poltrona desviando a todo custo trocar olhares com a irmã. Caso ele olhasse Ambre iria saber na hora que tinha algo a mais acontecendo com ele. Sempre foi bem reservado com assuntos, não dizia de sua vida pessoal para qualquer um que seja, mas era fácil notar sem sua expressão quando algo está irritando ou deixando o desnorteado como agora.

— Nathy... Eu sei que não sou fácil como irmã e no passado tivemos várias brigas, mas você ainda e meu irmãozinho.

— Só temos três minutos de diferença Ambre – Informou.

— Tanto faz. Da pra calar a boca?! Estou tentando dizer algo importante – Rebateu a loira que fez o médico revirar os olhos - Se você tiver algum problema é só contar comigo. Você nunca fala, guarda tudo pra si e isso o mata por dentro, não faz mal abaixar a defesa as vezes idiota! – Depois disso Amber deu um cascudo de leve na cabeça do homem.

 –Vou dizer pra mamãe que você está morto de cansado por estar abrindo pessoas nos últimos dias então descanse – Após dizer isso ela caminhou com seus costumeiro quebrar de quadris excessivos até a porta, mas quando passou pela cama viu um pequeno embrulho dourado - Mas vou ficar com isso... E meu presente não? Ah como adivinhou – Falou com falsa voz e voltou a caminha em direção a saída. Ainda de costas disse – Mas por Deus tome um banho você cheira a gamba.

Nathaniel simplesmente serrou os lábios e tentou levar a garrafa a boca, mas notou somente ali que sua irmã a tinha levado consigo enquanto saído do quarto. Talvez Castiel tivesse razão... Ele estava meio caminho andado para ficar bêbado.

 

                                         .......... /// ..........

 

 

Agatha estava parada ao lado da janela. Já começará a nevar levemente do lado de fora e a rua fica com uma fina cama de neve, entretanto ela não apreciava este fato por continuava há roer as unhas da mão esquerda. A rosada caminhava de um lado para outro e seu rabo de cavalo alto acompanhava o andar tenso da mesma.

“Tudo bem, Sora não irá falar nada... Tudo vai ficar bem” — Repetia frase como se fosse um mantra, tentado inutilmente fixa-lo, torna-lo verdade em sua mente.

— Tia? – Perguntou Karin saindo da cozinha com um enorme casaco creme decorado com renas e uma tigela de bacalhoada – Poderia me ajudar por favor.

— Sim. Claro – Falou apressada enquanto seguia à sobrinha para o pequeno aposento da cozinha. No meio do caminho tropeçou e bateu conta a parede azul clara de entrada.

— Tia você está bem? – Pergunto Karin enquanto ria.

— Sim, claro que estou bem? Por que não estaria bem? Estou ótima! Ótima - Disse a meio a risos forçados.

— Hum... Até parece que está escondendo algo – Deduziu Karin estreitando o olhar enquanto colocava a travessa encima da bancada clara.

Karin girou o corpo e encostou as costas na bancada olhando fixamente em direção a tia. Agatha sentiu uma leve gota de suor sair de seu pescoço e seguir o caminho de suas costas. Seu corpo ficou rígido com a possibilidade de Sora ter contato alguma coisa sobre o encontro de mais cedo.

“Ai merda! Não... Tranquila Agatha, ela não sabe de nada... Tranquilidade”.

— Oh, será que adivinhei? – Disse a morena enquanto cruzava os braços em baixos dos seios fartos.

“Não, Não, Não... Sora disse! Merda. Sora disse, não, não”.

— Sabe, eu sei o que aconteceu ontem – Confessou fechando os olhos e dando um longo suspiro. Ela abriu levemente os olhos e olhou pela janela da cozinha onde era visível ver que a neve do lado de fora já tinha engrossado.

“Puta merda! ”.

— Você e Sora.

Puta merda, puta merda, PUTA MERDA”.

— Foram comprar o presente para mim – Revelou– Sabe que não deveria ter ido tia. Sora é muito pequena e não queria que ela gastasse o pouco dinheiro comigo – Um pequeno sorriso surgiu na face da mas nova - A bobinha deixou a mochila aberta eu dei uma espiada mas não abri – Falou revelando um sorriso doce - Ela é uma fofa... Nem sei o que é o presente, mas já o amo.

Agatha estava estática no local, como uma escultura e branca como a mesma. Conseguiu se esticar e se jogar na cadeira da cozinha. Começou a respirar fundo tentando recuperar o ar que somente agora ela notava que não havia exalado.

— Tia você está bem?

— Acho que me borrei toda.

— O que? – Questionou.

— Ah nada... Só me de alguns minutos – Pediu com a palma da mão estendida.

 Enquanto Karin abanava sua tia com uma tolha que tinha sobre a mesa Lucia entrou no local com um pote de gelatina colorida.

— Olá, Feliz natal – Disse enquanto te aproximava da filha e dava um enorme abraço. Seus olhos amarelados fixaram na irmã – Agatha porque está assim parece que está passando mal.

— Não eu só quase enfartei.

— Eh?! Parece suas desculpas costumeira para não ajudar a fazer o jantar.

— Claro que não é desculpa – Negou balançando a cabeça, fazendo seu cabelo ir junto - Pera... Eu nunca dou desculpas.

— Ei vocês duas não vão brigar hoje não é? – Deu uma bronca Karin em ambas – Tia me ajude e leve essa travessa para sala que já iremos comer.

Sem pestanejar a rosa levou abandeira para a sala. O local era um conjunto integrado com a sala de estar, a única coisa que o dividia era a pequena elevação no piso que tinha no local da mesa. Era em tons claros, com as paredes cremes e o chão com piso claro. Existia um sofá de três lugares quadriculado branco e encima dele pendurado na parede um quadro do céu noturno repleto de estrelas.

No móvel em frente ao sofá tinha uma televisão média com alguns porta-retratos e pequenos jarros de plantas fazendo companhia para ela. Uma estante branca estava na parede, nela tinha alguns livros, mas porta-retratos e um desenho moldurado que obviamente tinha sido feito por Sora ainda mais nova, já que seus traços eram bem tremidos e irregulares.

 No canto inverso da sala de jantar, Agatha notou que do lado da arvore de natal a pequena Sora brincava com o boneco de ação que a mãe tinha comprado ano passado para ela. A pequena sentiu que alguém a olhava e buscou com seus olhos grandes e brilhantes a pessoa, assim que avistou sua tia abriu um sorriso enorme e tombou a cabeça para o lado direito dando um tchauzinho para a mais velha.

O coração da mais velha apertou ao lembrar de Nathaniel segurando o braço dela e olhando com ódio para si. Se ele descobrisse poderia fazer uma loucura... Brigar com Karin ou pior tirar Sora das mãos da mãe. Sabia que ele era o pai, mas tanto tempo havia se passado e nenhuma busca para saber sobre a sobrinha foi feita. Ele não tinha nenhum direito sobre ela, mas então porque seu coração apertava e a garganta fica mais estreita?

Ela olhava a menina que agora havia se cansado do brinquedo e o deixou de lado para alisar o gato gorducho cinza que estava com a testa frangida por ter sido despertado de seu delicioso sono. Sora alisava ele da melhor maneira que ela achava delicada, mas isso só irritava mais o gato já que ela colocava muita força, mesmo que sem querer na cabeça do felino.

— Sora deixa o pobre Josh em paz – Disse Karin – Enquanto entrava no ambiente da sala de jantar – O pobre Josh está ficando irritado.

— Mas mamãe o Sr. Josh gosta de carinho – falou bem baixinho fazendo bico – Não gosta senhor Sr. Josh?

O gato deu um miado alto deixando claro a frustação por estar sendo praticamente amassado no abraço apertado da menina. Sora indiferente ao primeiro sinal de avisou continuou com o gato no colo até ser levantada de maneira inesperada por mãos grandes. Sr.Josh feliz pela repentina liberação pulou no chão e foi correndo para o sofá.

— Deixe o gato em paz pequena bailarina.

— Vovô! – Disse a meios gritinhos felizes – Vovô! – Sora virou e agarrou ao pescoço do mais velho.

— Também senti sua falta pequena bailarina.

— Oi pai, feliz natal – Disse ao se aproximar do mais velho.  O mesmo conseguiu liberar uma das mãos e abraçar a filha e neta ao mesmo tempo.

— Você também filha.

 

                                         .......... /// ..........

 

Já colocado a mesa a família inteira começou a se servir de porções de peru, arroz, bacalhoada entre outra delicias. Algumas risadas eram dadas outras vezes alfinetas entre as irmãs que logo eram apartadas por Philippe. E Sr.Josh que se deliciava com as fatias finas de peru que Sora dava escondido da mãe para o animal.

Assim que a ceia foi feita ambos foram se sentar perto da arvore de natal. Sora lutava bravamente contra o sono que não a deixa em paz e Philippe bebia o vinho que ele tinha trazido com tanto gosto. O silencio da sala só foi interrompido por Lucia.

— Sora o que vai fazer amanhã? – Perguntou para filha.

— Ah... Nada demais – Como se lembrasse de algo Karin concertou a frase – Lysandre me chamou a mim e Sora para ver o especial de natal de sua companhia - Disse enquanto cobria a filha com um edredom. A pequena estava deitada no tapete da sala com o gato Josh abraçada.

— Lysandre? Aquele moço que sempre toma chá na confeitaria? – Questionou Lucia.

— Exatamente.

— Ai querida ele é lindo, um verdadeiro cavalheiro.

— Mamãe... – Repreendeu a morena.

— Ele é bunito mamãe – Disse Sora enquanto bocejava.

— Isso mesmo querida, ajuda a mamãe a fisgar aquele rapaz.

— Achava que ele era gay – Disse Agatha.

— Nem todo homem que é bailarino e gay tia – Explicou – Ele é somente educado, não vou ficar confundido educação com algo a mais.

— Se ele não é gay qual o problema? Eu já teria agarrado aquela bela bund..

— Tia! Sora está aqui – Informou Karin olhando com olhos arregalados – Na verdade preciso leva-la para cama.

Karin pegou com cuidado a filha que se enrolou no colo da mãe encostando a cabeça na curva do pescoço. A morena caminhou em direção a escada levando sua pequena filha no colo.

Agatha seguiu as duas com o olhar. E pensou que Nathaniel nem deveria estar se questionando sobre a menina. Tudo havia sido uma pequena coincidência, então depois de um tempo tudo ficaria bem. Ele não tinha o resto das peças do quebra cabeça. Ele nunca havia visto o jogo que se formou após ter abandonado sua sobrinha grávida, então ele não conseguiria completar o jogo com as peças faltando... Era só deixar as coisas como estavam esfriar. Pensou Agatha bebendo um taça de vinho.


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Notas finais do capítulo

Amores o que acharam? Está bom, ruim, péssimo ou brilhante? (Sei que a última coisa não está hahahahahah).

Espero ansiosa seus comentários e caso vocês quiserem deixar alguns dicas é só falar gente o__o. De coisas que vocês acham interessantes ter nos próximos episódios ou o que não ter.

Ah! Estou querendo escrever uma fanfic com Lys fofo ou com o Armin. Vocês tem alguma dica de como ser a história?

Beijos até a próxima.



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