A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig
Notas iniciais do capítulo
Notas inciais: Mais um capitulo e o Lucas está de volta! Depois de um tempo sumido, o personagem dá as caras.
A primeira coisa que Sophia fez sobre os preparativos para sua festa foi falar com Carol. A amiga e vizinha tinha um quê de organizadora de eventos como ninguém. Saiu de casa pelas nove e tentou não se irritar com o fato de que Tulipa ainda dormia. Eduardo tinha ido trabalhar bem cedo. Na casa de Carol, Sophia encontrou-a usando seu computador e depois que se cumprimentaram, a musa do Poeta resolveu perguntar sobre Carol e Thiago, afinal, elas tinham trocado poucas palavras sobre esse assunto:
— Como vai a vida amorosa? — Perguntou.
— Vai ótima! O Thiago é superfofo e me mima demais! — Ela riu. — Eu nunca estive tão feliz.
A estudante viu que o que Chris disse era realmente verdade: algumas pessoas só precisam da pessoa certa para mudar. Pelo visto, Carol tinha mudado o Thiago. Ela esperava muito que Tulipa fosse mudada por Edu.
— Mas, e você, Fia? O Poeta ainda não deu as caras?
— Sim, quer dizer, não literalmente. Ele respondeu meu poema.
— E aí? O que ele disse? — Sophia já estava com saudade das reações escandalosas que Carol tinha em relação ao autor.
— Bem, ele disse que por enquanto ficamos com o mistério. Pelo visto ele é tímido.
— Que fofo!
— Eu também achei, mas eu não vim aqui para falar sobre isso. Eu quero organizar uma festa para sábado à noite e sabe, preciso de ajuda.
Sophia mal terminou a frase e Caroline já começava a perguntar o quanto ela pretendia gastar, se ia locar algum lugar, o que pretendia servir. Na verdade, a garota não tinha ideia de nada e decidiu tudo junto com a loira. Depois de um tempo conversando e ajeitando os detalhes, Carol disse:
— Essa festa vai ser muito boa! Posso convidar umas primas minhas? Vai que o Chris desencalha com uma delas e vira da minha família. — Elas riram.
— Se forem aquelas que eu conheci no natal, pode trazer sim, mas acho que o Chris não está mais tão encalhado assim. Ele ia sair hoje com a Ana Paula da nossa sala.
— Quanto tempo eu dormi? — Brincou Carol — A Ana não namora aquele rapaz que ela vive enrabichado?
— Na verdade, os dois são muito amigos.
— Então, boa sorte para ele. E o Lucas? Tem tanto tempo que não falo com ele, a última vez ele estava tão estranho ao telefone.
— Ele não tem ido a faculdade, Fernando também não. Estou ficando preocupada. Acho que devemos ligar para o Christopher e ir na casa do Luqinhas para conversar. Ah não, Chris tem um encontro com Ana hoje à tarde. Ainda tem a faculdade e, quer saber? Hoje eu não vou, estou muito preocupada com o Lucas para estudar.
Elas ligaram para Chris e este disse que as cinco e meia da tarde já estaria livre para ir com elas até a casa de Lucas, marcaram de se encontrar já no ponto de ônibus, Chris também tinha optado em não ir estudar. Quando chegaram a casa de Lucas, que era uma casa bonita e elegante, tinha todo um planejamento do ambiente, onde dava espaço livre e decoração em perfeita harmonia. No portão, Chris tocou o interfone, pois ele era o mais habituado a ir ali. Kátia, a mãe de Lucas, foi quem atendeu.
— Oi tia, é o Chris. O Lucas está aí?
— Aquele sem-vergonha está aqui sim. — Nenhum dos amigos tinha visto a mãe de Lucas referir-se a ele naquele tom, quase de desprezo e um pouco de raiva, ressentimento. A família de Lucas sempre fora bem amistosa, eles ficaram ainda mais preocupados. — Vou avisar que vocês estão no portão. — Outra coisa estranha foi ela não ter os convidados para entrar. Eles ouviram alguns gritos, quase uma discussão, alguém bateu uma porta e logo Lucas estava no portão com uma cara de zangado que quando viu o pessoal, mudou para uma cara abatida.
— Oi pessoal. — Disse o rapaz de óculos.
— Lucas, o que está acontecendo? Você some, não fala mais com a gente, nem o Fernando a gente está encontrando na faculdade! Poxa, a gente ficou preocupado! — Disparou Sophia.
— Sorry guys, é que aconteceu algo aqui e eu não queria envolver vocês. Mas não vamos conversar neste lugar. Vamos até a pizzaria ali da praça e a gente conversa.
Ao chegarem no local, acomodaram-se numa mesa e fizeram os pedidos, Carol perguntou:
— Sobre o que se trata esse assunto que seus melhores amigos não deviam estar envolvidos? — Ela deu ênfase na palavra “melhores”.
— Basicamente, tem a ver comigo e o Fernando.
— Não me digam que vocês terminaram?! — Perguntou Sophia.
— Não, não. De maneira nenhuma. — Esclareceu o geek — O negócio é que meus pais agora sabem sobre nós dois. — O silêncio mais uma vez preencheu o grupo, da mesma forma de quando Lucas tinha contado que namorava um cara.
— E qual foi a reação deles? — Chris quebrou o silêncio.
— Pela recepção calorosa que minha mãe deu a vocês, já devem ter uma ideia. Com meu pai foi muito pior. — Sua voz estava abalada. — O clima lá em casa está horrível! Eu não queria que vocês se envolvessem, é um problema meu.
— O problema pode ser seu, mas o amigo é nosso. — Disse Carol. Os olhos dela marejaram. — Lembra de quando eu sofri o acidente? De como eu não quis aceitar ficar numa maldita cadeira? E que pedi para vocês não se intrometerem porque aquilo era uma coisa minha? Uma decisão minha? E quando vocês me convenceram a usar, hã? Acha que foi esse objeto que estou sentado ou foram vocês que me deram suporte para aguentar esse problema? Amigos são para isso! — Todos estavam de derramando em lágrimas silenciosas.
Ainda fungando, Sophia disse:
— Olha, eu vou dar uma festa amanhã, é bom você comparecer, mocinho. E você também Chris. Aproveita e leva a Ana.
— Quem é Ana? — Perguntou Lucas. Sophia tinha atingido seu objetivo, mudar de assunto. Ela queria ajudar Lucas, mas não conseguiria assim com todos abalados, na festa talvez pudessem conversar melhor.
— Ana, meu querido rapaz, é a garota que estou saindo.
— Uau, acho que fiquei muito tempo fora. — Todos riram, uma risada coletiva que a muito tempo não ocorria.
— O Chris leva a Ana, eu levo o Thiago e você o Fernando.
— Não vai me dizer que você ainda está saindo com aquele Thiago, Carol? Eu te disse que ele era um idiota e babaca!
— Pois fique sabendo que ele é um fofo comigo Lucas, as pessoas mudam.
Sophia aproveitou para pôr os outros a par de tudo sobre o irmão e a cunhada. Explicou como a garota com nome de flor era folgada e explorava o irmão, que bobo não percebia.
— Odeio esse tipo. — Bufou Carol. — Mas bem, acho melhor irmos, eu e a Fia temos que organizar uma festa amanhã, apesar de termos adiantado muito hoje.
— Lucas, por que não dorme lá em casa hoje? Será bom você respirar um novo ar.
— Não sei se é uma boa ideia Chris, eu nunca falei isso, mas o Fernando tem um pouco de ciúmes quando fico perto de você.
— Fico lisonjeado, mas eu tenho uma garota, sabe? — Chris se gabou brincando. — Ligue para ele, vão os dois dormir lá. Meus avós não estão, então vai ser tranquilo.
— Tudo bem, vou ligar para ele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Como será que vai ficar o desfecho dessa história do Lucas? Saberemos nos próximos capitulos!