Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek


Capítulo 70
69 - New future


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Como estão?
Desculpem não ter postado ontem, como deveria. Não tive tempo. Mas... Leiam as notas finais ;)



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— Bom dia! – Frannie disse abrindo as cortinas e fazendo Quinn resmungar na cama, tapando os olhos com a mão – Hora de levantar!

— Bom dia Frannie. – Rachel saiu do banheiro sorrindo.

— Bom dia, Rachel. – Frannie sorriu para a garota.

— Deixe Quinn dormir. Nós fomos deitar tarde ontem. – Rachel pediu se aproximando da cama, onde a loira permanecia deitada e dando um beijo na bochecha da noiva.

— Não quero ouvir isso. – Frannie resmungou.

— Eu ainda tenho uma costela quebrada, Franciele. – Quinn resmungou puxando Rachel para perto de si e a abraçando – Bom dia.

— Bom dia, Q.

— Ah, que maravilha! O meu bom dia foi ignorado. – Frannie brincou.

— Bom dia, sua chata. – Quinn riu – Me ajuda a sentar? – pediu para Rachel, que não hesitou em ajudar a loira – E então, Frannie? Algo pra me contar? – perguntou vendo o anel no dedo da mais velha.

— Sua vaca! – Frannie riu, jogando uma almofada em Quinn – Você sabia, não sabia?

— Saber eu sabia, só não sabia que ele ia aparecer por aqui.

— Do que vocês estão falando? – Rachel franziu a testa.

— Bom, você não foi a única a ser pedida em casamento ontem. – Quinn sorriu.

— Hey! Eu me esqueci completamente! – Frannie falou, sentando na cama de Quinn de frente para ela e Rachel – E então?

— É claro que eu disse sim. – Rachel sorriu – Eu amo essa garota.

— Parabéns! – Frannie se jogou para frente, abraçando as duas – Faça minha irmã feliz, Rachel. Ou eu acabo com você.

— Frannie! – Quinn brigou fazendo a mais velha rir.

— E você, Frannie? Me conta o que Cooper fez.

— Bem, ele me levou pra jantar, e depois fomos dar uma volta no central parque. Alugamos um barco e passeamos até por volta da meia noite, e depois fomos andar um pouco.

— E o pedido? – Quinn perguntou.

— Ele me pediu na ponte de Gapstow. Com violinos ao fundo e barcos formando um coração na água.

— Fofo. – Quinn sorriu.

— Cadê o anel? – Rachel perguntou e Frannie estendeu a mão para a judia, que sorriu – É lindo. Não tanto quanto o meu, mas lindo. – brincou fazendo as Fabrays rirem.

— Quinn, vai se arrumar. Cooper foi estacionar e já deve estar aqui a qualquer segundo para sairmos. – Frannie mandou.

— E onde vamos? – perguntou puxando a cadeira para perto de si e passando para ela com a ajuda da irmã.

— Olhar uma casa pra vocês duas.  Depois vamos almoçar com seus amigos, resolver sua situação de uma vez por todas na Columbia e ver mais casas.

— Frannie... Olhar uma casa? – Quinn a encarou.

— Bom, vocês vão casar. E seja daqui há alguns meses ou em um ano, vocês virão para Nova York.

Batidas na porta chamaram a atenção das três, e Frannie foi atender, enquanto Quinn ia para o banheiro, acompanhada de Rachel que pretendia ajudar a namorada a se arrumar.

— Acho que temos que conversar. – Quinn disse assim que a judia encostou a porta.

— Não quer mais vir para Nova York?

— Não acho que seja... A melhor opção por enquanto.

— Por que?

— Por que eu não posso andar e você está gravida. Vamos precisar de ajuda quando o bebê nascer.

— E sua faculdade?

— Nossa faculdade pode nos esperar por mais uns dois anos.

Rachel abaixou a cabeça e Quinn a puxou para perto de si.

— O que houve?

— Eu não acho que vou fazer faculdade, Q.

— Como não? E NYADA?

— Eu ainda não recebi a carta. E... Você acha que eu posso fazer isso com uma criança para criar?

— Podemos. Nós vamos estudar e eu vou trabalhar. Podemos pedir para Dani e Santana cuidar do bebê enquanto você estiver na faculdade. E quando...

— Quinn, como vamos bancar isso?

— Vamos dar um jeito, Rae. Podemos economizar o tempo que continuarmos em Lima.

— Não vamos ficar em Lima. Você conseguiu uma faculdade aqui, com bolsa integral, e vai fazer, Quinn. É seu futuro.

— Não quero um futuro sem você.

— E eu vou estar com você. Você mesmo disse que podemos contar com San e Dani. E se... Podemos ver uma casa grande, e dividir o aluguel, por um tempo. Assim todas as contas seriam dividas, e... Nós vamos dar um jeito, Quinn, mas vamos fazer isso aqui.

— E NYADA?

— Vamos resolver os problemas quando eles surgirem.

— Rachel.

— Eu não tenho minha carta ainda, Q. Não fui aceita.

— Santana também não recebeu a dela. Nem Kurt.

— Vamos ver.

— E se você passar?

— Então daremos um jeito de manter minha matricula trancada até que tenhamos condições.

Quinn abraçou a judia, que suspirou.

— Seria tão mais fácil se Finn não tivesse se metido entre a gente.

— Mas ele fez a merda. E agora a gente tem que lidar com isso. Mas vamos ver o lado bom: nós vamos ser mães.

Rachel sorriu para Quinn e deu um selinho na loira antes de levantar para ajudá-la a se arrumar.

Se era difícil lidar com tudo o que estava sendo jogado em cima delas? Era. Mas Quinn estaria ali por ela, e isso facilitaria as coisas.

***

As coisas aconteceram muito rápido depois disso.

As cherrios levaram mais um troféu para Sue, que o dedicou a Quinn, dizendo que a loira podia não dançar mais, mas aquele troféu não teria sido conquistado sem ela.

Dois dias depois a treinadora entrou em trabalho de parto. No meio da escola. O que resultou em um verdadeiro caos nos corredores. Mas Will a levou para o hospital, e a pequena Robin nasceu sem maiores problemas.

Quinn havia sarado completamente – o que significa que a loira já não tinha mais pontos, e nem nada quebrado.

Rachel e Quinn já haviam comprado sua casa em Nova York – os Berry e Frannie compraram, na verdade, como um presente de casamento para as duas, que relutaram a aceitar mas acabaram cedendo, afinal, precisariam de um lugar para morar – e Rachel recebido sua carta para NYADA. Entretanto, a judia havia conversado com a coordenação da faculdade, e conseguiu manter sua vaga reservada para o ano seguinte, já que não poderia fazer esforço até o bebê nascer, e por um tempo depois disso.

E elas haviam se formado.

Desde de então, a única preocupação imediata do grupo passou a ser o casamento de uma latina estressada com a garota de cabelo colorido. E os dias passaram rápido. Rápido de mais na opinião de Santana.

— Santana, dá pra parar? – Quinn reclamou – Você vai abrir um buraco no chão.

— Quando você se casar, e suas rodas estiverem deixando marcas permanentes no chão, eu vou te falar a mesma coisa e ainda trava elas com cabo de vassoura, loira, só de vingança.

— Imagina como Rachel vai estar, levando em conta que ela tá gravida. – Brittany brincou e Quinn riu.

— Ainda bem que a noiva não pode ver a noiva antes do casamento.

— Ainda bem o cacete, que se eu pudesse ver a Dani estava mais calma.

— Santana, ela namorou com você por dois anos inteiros. Não acha que se fosse pra te deixar, ela teria feito isso antes?

— Mas e se ela mudou de ideia? E se ela achar que é cedo demais? Ou que eu não vou conseguir fazer ela feliz? E se ela se apaixonar por uma das minhas primas que ela nunca tinha visto?

— Santana, você é idiota?

— Vá se ferrar, Fabray.

— San, se acalma. Eu falei com Dani ontem a noite e ela estava tão ansiosa para esse casamento quanto você. Ela não acha que é cedo demais, e sabe que você vai fazê-la feliz. E ela só está com Rachel e Mercedes. Não vai ver mais ninguém além delas, e o pai dela antes de entrar no salão. Nem os padrinhos eu ou Quinn ela vai ver, por que entramos antes dela. Então se acalme, está bem? Ela não vai te deixar no altar. – Brittany tentou acalmar a amiga, que apenas respirou fundo.

— Você tem razão. Eu só preciso entrar lá, dizer sim e esperar ela dizer o mesmo.

— Exatamente. – Brittany sorriu.

— Como você consegue? – Quinn encarou a loira e Santana riu.

— Meninas. – o pai de Santana bateu na porta e sorriu para a filha – San, você está linda.

— Obrigada, pai. – a latina abraçou o mais velho, que a apertou contra si.

— Não acredito que minha menininha vai casar.

— Pai, por favor, não vai me fazer chorar antes da hora.

— Britt, pega a câmera. Se Santana chorar, isso tem que ser registrado. – Quinn falou fazendo a latina revirar os olhos e os outros dois rirem.

— Temos que ir. Dani já está chegando e você tem que entrar antes dela. – o senhor Lopez avisou, se afastando da filha – Está na hora, San.

***

— Eu as declaro casadas. Pode beijar a noiva. – o juiz disse e Santana sorriu, se aproximando de Dani.

Assim que os lábios da latina tocaram os da, agora, sua esposa, o salão explodiu em gritos.

As duas desceram os três pequenos degraus que separavam o pequeno palco – que não era realmente um palco, somente uma parte um pouco mais alta do salão – onde estavam, do restante dos convidados, e logo os padrinhos se aproximaram para cumprimenta-las, sendo seguidos pelos pais e, finalmente, o restante dos convidados.

Enquanto as pessoas se ocupavam em parabenizar as meninas, o pequeno altar improvisado foi rapidamente substituído pela mesa com o bolo, e várias outras coisas foram posicionadas pelo salão – um trabalho muito ensaiado pelos garçons.

— Logo seremos nós. – Quinn sussurrou para Rachel quando a judia a arrumou na mesa separada para os padrinhos, e se sentou.

— Eu não vejo a hora.

Quinn se inclinou, deu um selinho na judia e acariciou sua barriga, que começava a aparecer, de leve.

Muita música, comida, Quinn zoando a Santana por ter chorado – e a latina a xingando toda vez por isso – e uma primeira dança depois, Dani e Santana se despediram dos familiares e amigos e foram para sua lua de mel.

Das ilhas phi phi, na Tailândia – viagem bancada pela avó de Santana – as duas iriam direto para seu apartamento em Nova York, e só tinham planos de voltar para Lima dali alguns meses para o casamento de Rachel e Quinn – que planejariam tudo a distância, com a ajuda de Hiram, Leroy e Frannie.

Assim que as garotas foram embora, Quinn e Rachel se despediram dos amigos e foram para a casa da loira.

A última consulta de Quinn havia sido há pouco tempo, e as garotas não haviam tido um tempo para elas desde que aquele dia. Entretanto, naquela noite, a casa estava vazia, e Rachel estava louca por um momento a sós com a noiva.

O que ela não esperava era que quando as coisas começassem a esquentar, ela mesma fosse entrar em pânico.

— Rae, calma. Respira. Tá tudo bem. – Quinn tinha se forçado a sentar na cama para abraçar a judia, que havia começado a chorar compulsivamente depois de afasta-la, sem dizer nada – O que houve?

— Eu... Eu não consigo.

— Por que?

— Ele tocou em mim, Q. Ele fez isso, sem que eu permitisse.

Quinn suspirou e apertou a judia mais contra si.

Rachel não tinha falado sobre aquilo em nenhum momento. Tinha guardado o que estava sentindo apenas para ela. Mas, aparentemente, o que Finn havia feito com ela, mesmo que a judia não se lembrasse de nada, estava guardado no fundo de sua mente, esperando o momento de vir à tona.

— Tá tudo bem, Rae. Eu não vou fazer nada que você não quiser.

— Eu sei que não. É só que... Pensar isso me assusta.

— Não precisa se explicar. Eu entendo.

Rachel passou boa parte da noite chorando abraçada a Quinn.

Quando ela finalmente dormiu, a loira a abraçou ainda mais apertado e se deixou relaxar.

Se Finn ainda não estivesse morto, ela o mataria.

***

— Deixa que eu levo isso. – Frannie disse pegando uma caixa da mão de Rachel.

— Frannie!

— Você entra as coisas pequenas, Rachel. – Quinn disse – Sem esforço. – murmurou acariciando a barriga da noiva, e Rachel revirou os olhos

— Tá certo.

Uma semana após o casamento de Dani e Santana, Quinn e Rachel estavam, oficialmente, se mudando para Nova York, com a ajuda de Frannie, Cooper, Hiram e Leroy.

Todos os moveis haviam sido comprados em Nova York, e já estavam montados e o quarto do bebê já estava pronto. Entretanto, ainda tinham alguns eletrônicos para serem ligados, e as coisas trazidas de Lima – tanto que já era das garotas, quanto algumas coisas novas – para serem colocadas no lugar.

— Por que ao invés de carregar peso, vocês duas não vão organizando as coisas lá dentro? – Hiram sugeriu – Nenhuma das duas vai poder ajudar muito aqui.

— Tudo bem. Vamos lá, Q.

O primeiro lugar a ser arrumado pelas duas foi o quarto delas, onde tudo o que ficaria ali já estava.

Pouco mais de duas horas depois o cômodo estava organizado, e as duas se ocuparam com o banheiro, que tomou pouco mais de meia hora.

Quando as duas voltaram para a sala encontraram Cooper e Leroy conectando a televisão ao DVD e o videogame de Quinn.

— Cadê Hiram e Frannie? – Quinn perguntou.

— Ligando a TV do quarto de vocês. – Cooper respondeu – É a única coisa que falta lá, certo?

— É. – Rachel suspirou – Bom, o banheiro está ok, o quarto do bebê já está arrumado há dois dias, nosso quarto está pronto. Só falta a sala e a cozinha.

— Vamos para a cozinha, então? – Quinn perguntou – Quando eles terminarem aqui a gente arruma a sala.

— Tudo bem.

Porém a cozinha tomou um pouco mais de tempo do que o planejado, e Hiram e Frannie acabaram ajudando as duas a terminar ali.

— Aqui tá pronto! – Cooper disse, aparecendo na cozinha enquanto Rachel guardava os últimos copos.

— Aqui também. – a judia sorriu – Só falta colocar algumas coisas na sala, e acabamos.

— O que acham de irmos jantar? Eu e Rachel terminamos a sala amanhã.

— E vamos comprar comida. Assim eu posso fazer um jantar aqui. Na quarta, talvez?

— San e Dani chegam na quinta. Podemos deixar para o fim de semana, assim elas podem vir. Vocês vão voltar esse fim de semana, certo?

— Nos próximos dois, pelo menos. – Frannie disse.

— Ainda acho que deveriam ficar por aqui. – Rachel falou.

— Temos que trabalhar, estrelinha. – Hiram disse.

— Certo, certo. Vamos comer logo, que daqui há exatas três horas temos que pegar o trem de volta pra Lima. – Leroy falou.

Depois de irem jantar e deixar os outros na estação, Quinn e Rachel voltaram para casa, e a judia se jogou no sofá.

— Vamos terminar isso hoje? – Rachel perguntou.

— Você quem sabe. Não temos muito mais o que fazer, mas podemos deixar pra amanhã.

— São só quatro caixas. – Rachel falou e levantou – Vamos acabar logo com isso.

Levaram cerca de quarenta minutos para arrumar sala, e logo depois tomaram um banho e foram para cama.

Quinn observou a judia dormir por algumas horas naquela noite.

Aquela era praticamente a vida que ela tinha sonhado.


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Notas finais do capítulo

https://www.letras.mus.br/full-moon-wo-sagashite/298131/traducao.html

Como eu disse lá em cima, era pra ter postado esse ontem, mas acabei não tendo tempo. Sorry. Porém, como só tem mais um capítulo e o epílogo depois desse, vou aproveitar esse atraso como desculpa pra terminar eeee ainda essa semana! Kkk
O próximo eu posto amanha ou terça. O epílogo até quinta-feira!
Enfim, o que estão achando do final dessa fic? Gostaram desse capítulo?