Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente!
Ahhh seus lindos! Eu amei os últimos comentários! Então, obrigada à Unicornio saltitante, LauraCK,vitorhmc, mary chase delacour potter, arielfl15, Maia,Cassie Jackson,Lua Stoll,Thalia Salvatore,percabeth,Ashley Grace,Uma Garota de Papel,Biancaamacedo,Lana Grace,Karina,Luluca e Isaah pelos reviews! Bem, alguns eu não respondi porque a internet tava uma droga (quero bater na Vivo por ficar sempre em manutenção '-') mas irei responder logo, logo! Não se preocupem! O pessoal que comentou em "Far Away" também, viu? Eu li todos os reviews mas a internet não deixou responder, só tava abrindo o Social Spirit, por isso só fiquei por lá mesmo esses últimos dias, mas voltei pro Nyah!
Bem, esse capítulo tá tão diverso que poderia ter umas três músicas, mas como eu estou escutando muito The Black Keys nos últimos dois dias, escolhi "Lonely Boy". Essa música é viciante, somente isso!
AHHHHH! QUERO SUPER AGRADECER À KARINA QUE FOI UMA LINDA DEIXANDO UMA RECOMENDAÇÃO MAIS LINDA AINDA NA FIC! Fiquei emocionada, viu Karina? Você chegou há pouquissímo tempo mas já me conquistou! *u*
Obrigada mesmo! O capítulo, como eu a prometi, será todo dedicado à você!
Bem, é só isso, peoples!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600097/chapter/23

"But I came to love you in a way
So you pull my heart out
And I don't mind bleeding
Any of the time you keep me waiting

I'm a lonely boy"

Percy apertou mais fortemente os braços ao redor da cintura de Annabeth e apoiou o próprio queixo no ombro esquerdo da garota, sentindo o perfume doce e floral próximo àquele local entorpecer levemente seus sentidos, fazendo-o também inclinar um pouco mais o rosto e depositar um beijo no maxilar da loira.

– Percy... – ela grunhiu arqueando as costas em claro protesto – Não comece a me distrair. Por favor.

– Mas não estou fazendo nada - ele continuou em voz baixa, contendo o sorriso que insistia em se plantar em seus lábios.

– Está sim – Annabeth objetou, os olhos fixos na tela iluminada do notebook situado sobre suas pernas cruzadas como índio – E sabe muito bem disso.

O rapaz suspirou tristemente contra a pele dela, e se forçou a não reclamar, embora quisesse imensamente fazer isto, porque, sinceramente, Percy estava decepcionado.

Decepcionado por não conseguir mais prender a atenção de Annabeth em e para si.

As últimas semanas tinham sido exclusivamente difíceis, já que, com o curto, mas não menos trabalhoso estágio de Annabeth, ele tinha sido deixado de lado. Tudo bem, Percy não podia cobrá-la atenção integral, e de fato não o queria, mas sentia-se incomodado agora por Annabeth sequer notar sua presença quando ele ansiava tanto pela dela.

– Acho viável que eu vá embora. – ele declarou enquanto afastava seu corpo por detrás do dela.

Annabeth perdeu completamente a concentração no notebook, afastando-o para qualquer canto da cama de casal e se virando na direção de Percy.

– Não quero que você vá embora – ela disse manhosa, dessa vez se ajoelhando entre as pernas cobertas pelo tecido preto e social da calça dele e apoiando ambas as mãos em seus ombros viris.

– Também não quero ir embora – Percy confessou – Mas não vejo outra saída, já que você vem estando tão ocupada por estes dias.

Annabeth baixou o olhar para o edredom roxo e branco, sem graça.

– Desculpe. – ela murmurou – Desculpe, Percy. É só que... Você sabe,eu estou com o tempo corrido por conta desse último período da faculdade, sem falar do trabalho de conclusão e agora esse estágio... Desculpe-me mesmo por ter estado assim tão indisponível para você.

– Eu entendo. – Percy concordou – Embora deva confessar que não exatamente gosto da situação.

– Toda essa coisa de reuniões com fornecedores, clientes e sei lá mais o quê tem me deixado maluca – Annabeth sorriu arrumando os fios de cabelo que atrapalhavam sua visão – Já perdi as contas de quantas vezes ao dia eu tenho que visitar e realizar medições nas obras em construção, pesquisar materiais, arquitetar ou re-arquitetar projetos...

–Está vendo? Hoje ainda é quarta feira – Percy comentou – Amanhã você terá isso tudo para fazer e se eu aqui permanecer corro o risco de te atrapalhar.

– Como eu posso lhe recompensar hoje? – ela mudou o assunto, pendendo a cabeça para um lado apenas e mordendo o lábio inferior. – Por minha ausência de três semanas, quero dizer.

Ele riu melodiosamente, animadíssimo com a ideia.

– Certas recompensas me atraem. – ele comentou simplesmente. – Creio que você conheça a minha preferida, Annabeth.

– Certo, certo. – ela assentiu com a cabeça, se dando por vencida ao quebrar a mínima distancia entre os dois com um beijo casto.

–Você pode fazer mais que isso,Srta.Chase – Percy incentivou prontamente e,sem ao menos aguardar por resposta, beijou-a novamente.

Annabeth entendeu imediatamente que, naquele dia, ele não tinha as melhores intenções, porque até o ambiente, outrora frio devido ao outono, esquentou. E ela realmente não se lembrava de Londres já ter registrado uma temperatura tão quente como a do momento em questão.

– Percy – ela chamou fraca e sofregamente, o rosto escondido na curvatura presente entre o ombro e o pescoço dele.

–Hm? – foi tudo o que a garota obteve em retorno.

Ela respirou fundo, normalizando a respiração e, só então notando que, de alguma maneira, enquanto os dois se beijavam, Percy tinha conseguido realizar a proeza de inverter suas posições.

Mais uma vez, lá estava ela por debaixo dele. E, se havia uma coisa que a deixava irritava, era essa coisa de ficar por baixo. Tinha vontade de bater em Percy todas as vezes que ele fazia isso sem que ela se desse conta.

Ele desceu os lábios de encontro aos dela mais uma vez, e Annabeth virou o rosto, rejeitando.

– O que foi? – ele perguntou, transtornado com a rejeição.

–Você me deixou por baixo. – ela resmungou – De novo.

– Foi inconsciente, Annabeth. – Percy se defendeu, e mesmo com apenas uma das mãos ela podia sentir o quão flexionados os músculos das costas dele estavam devido à sustentação do corpo com somente a força dos braços sobre o colchão – Eu juro.

Ela soltou suas pernas que até então estavam prendendo o quadril do rapaz ao seu próprio corpo por debaixo do dele.

– Está tudo bem.

Percy permaneceu na exata posição, sem mexer-se.

– Pode falar. – ele disse encontrando o olhar de Annabeth.

– O quê?

– Sei que está querendo falar alguma coisa. – ele explicou simplesmente – Pode começar.

– Como sabe que estou querendo falar alguma coisa?

– Eu te conheço.

Ela suspirou e começou a puxar com um pouco mais de força os fios negros diretamente do couro cabeludo dele.

–Acho que você tem que saber de algo para que, mais adiante não se frustre.

–Sim – Percy balançou a cabeça positivamente e sorriu com o canto da boca – Estou todo ouvidos.

– É só que eu sou virgem, Percy. – Annabeth explicou sem vestígio algum de receio ou hesitação na voz, as unhas arranhando a linha da nuca do rapaz ainda postado sobre si.

Percy formou um sorriso sem exibir os dentes, plantando um beijo na testa da garota logo depois.

– Eu também – ele sussurrou contra o ouvido dela.

–Como?

– É isso mesmo – confirmou com a cabeça – Eu sou virgem.

Annabeth sustentou o próprio peso pelos cotovelos, levantando o tronco de forma a ficar recostada contra a cabeceira da cama.

– Que diferente – comentou finalmente, um breve riso anasalado entre meio as palavras.

– Está decepcionada pela minha falta de experiência?

– Na verdade, eu estou meio que feliz pela inexistência dela – ela disse e ajeitou rapidamente sua blusa meia estação de musseline preto , cuja gola havia escorregado por um dos ombros.

Percy aproveitou para desabotoar dois dos botões da sua camisa que o estavam incomodando na região da garganta e continuou a falar:

– Você deveria ficar muito mais que feliz pelo meu estado de homem puro, isso sim. Quer dizer, a virgindade é uma virtude.

– Ah,claro – Annabeth assentiu – Me esqueci do quão virtuoso você é.

– Está insinuando que não sou mesmo virtuoso? É isso? – ele estreitou os olhos.

– Pessoas verdadeiramente virtuosas não fazem isso aqui, olha – ela dobrou a manga direita da blusa e indicou as pequenas manchas arroxeadas espalhadas ao longo do braço.

Percy arregalou de leve os olhos, surpreso.

– Não... – murmurou, negando com a cabeça enquanto puxava delicadamente o braço de Annabeth para uma análise mais detalhada – Me diga que isso não é o que eu estou pensando que é.

Ela sorriu impassiva.

– Sim, querido. Foi o senhor mesmo quem fez isso há umas três semanas. Não se recorda? Foi naquele dia em que ficamos de babá em conjunto.

– Aquela noite foi bem legal – ele fez uma expressão pensativa, provavelmente repassando o dia na cabeça – Mas não sabia que tinha literalmente deixado marcas. Pelo menos, não em você.

– Então eu deixei marcas em você também? – ela ergueu uma das sobrancelhas – Interessante, levando em consideração a ausência de força em mim.

– Você quer ver-las? – Percy provocou.

– Não. Obrigada. – ela empurrou o peito dele com umas das mãos – Não quero que a Thalia chegue por aqui e o encontre com poucas roupas.

Percy levantou ambas as mãos em forma de rendição:

– Tudo bem. Podemos deixar para outro dia então.

– Agora me dê licença, por favor – Annabeth fez um gesto mostrando a ele a porta.

– Está me mandando ir embora? Mas eu prometo me comportar direitinho pelo resto da noite, Annabeth! Posso até me esforçar para não te deixar mais marcada como naquele dia. – ele reclamou.

– Não estou te mandando ir embora. Mas será que dá pra você sair do quarto por um instante enquanto eu troco essa calça jeans? – ela indicou a peça que estava usando.

– E a confiança no namorado? Onde é que está? – Percy indagou, incrédulo com a situação.

– Não é questão de desconfiança e sim de desconforto. – Annabeth o olhou como se fosse algo lógico de sua parte.

Ele murmurou alguma coisa ininteligível enquanto atravessava o vão da porta e a fechava por detrás de si, entretanto, teve logo a atenção presa pelo toque do celular de Annabeth em algum canto da sala.

Percy tinha o grave defeito de não conseguir se conter a atender qualquer ligação no celular de quem quer que fosse. Era incontrolável, desde pequeno ele atendia as ligações em sua casa, desde as amigas de sua mãe aos pacientes de seu pai, certa vez, ele atendera o celular de Nico, e... Bem, as conseqüências disso não foram nada agradáveis para o amigo, que acabou perdendo uma namorada devido à sinceridade excessiva de Percy ao conversar com a garota pelo celular.

Ele até tentou se controlar a não encostar no celular da namorada,mas, quando havia caído em juízo, seu dedo já estava a deslizar sobre a tela, atendendo a ligação sem identificação.

– Alô? – disse inicialmente, sentando-se de qualquer jeito no sofá.

– Annabeth?

Percy franziu as sobrancelhas, a voz do outro lado da linha era masculina, entretanto, não lhe parecia nenhum pouco familiar.

–Desculpe – ele voltou a falar, curioso sobre quem poderia ser – Mas quem gostaria?

– Luke.

O moreno afastou o aparelho da orelha e olhou mais uma vez para a tela, incrédulo. Há principio, não tinha se lembrado de nenhum Luke, mas então sua memória agiu e, definitivamente, ele se recordou do loiro aguado de sorriso convencido o qual tinha conhecido há tantos meses atrás. Maldito fosse esse cara que estava perturbando-lhe à uma hora dessas.

– Olhe, a Annabeth não está no momento. – Percy continuou, a voz notoriamente mais séria dessa vez – Mas de qualquer forma,não aconselho que a ligue novamente.

– Quem está falando? – a voz do tal Luke perguntou imediatamente, e, Percy tinha que confessar, não gostara nenhum pouco do tom petulante que lhe fora dirigido.

– Percy. – ele respondeu simplesmente, mas por dentro estava se roendo de vontade de encerrar a chamada na cara do rapaz loiro inconveniente.

– Você deve ser amigo da Annabeth, não?

– Namorado. – Percy disse relaxado,recostando-se no sofá com uma das pernas sobre um joelho – Sou namorado dela.

O celular ficou mudo por um momento, e Percy perguntou-se se havia sido direto demais, embora achasse que estava em seu direito, afinal, não era mentira o que tinha dito.

– Nesse caso, poderia avisá-la de minha ligação? – a voz de Luke ressurgiu de repente, despertando o outro rapaz que se perdia em devaneios aleatórios.

“Poder eu posso”, pensou Percy, “Só não garanto que o farei”.

– Claro – respondeu de forma simpática – Assim que tiver a oportunidade, a avisarei. Não se preocupe.

– Obrigado.

– Não há de quê. – Percy garantiu – Tchau.

Ele não se dera ao trabalho de esperar uma resposta, encerrara a chamada e pronto. Fim de conversa.

Percy provavelmente se arrependeria depois, mas fez questão de apagar o número do registro de chamadas. Para todos os efeitos, nenhum Luke tinha ligado para Annabeth naquela noite.

– Aconteceu alguma coisa? – Annabeth irrompeu no cômodo sem a percepção de Percy e franziu as sobrancelhas– Você está tão sério.

O rapaz a fitou,reparando principalmente nas pernas esguias bastante descobertas, e ensaiou um sorriso polido.

– Você tem belas pernas. – disse à garota parada em sua frente.

Ela revirou as orbes escuras enquanto puxava o tecido do short curto para baixo numa tentativa de o encompridar, mas um sorriso de canto em seus lábios denunciava-a de que havia gostado do elogio.

–O que você está querendo agora, Percy?

O sorriso polido dele transformou-se em um plenamente inocente.

– Você sabe o que eu sempre quero – ele endireitou a postura e deu uma rápida mexida nos fios negros que caiam sobre a testa, bagunçando-os de uma forma casual – Você, é óbvio.

_______________________________________________________

Annabeth se esforçava para equilibrar as pastas e a bolsa em um dos braços enquanto destravava o alarme de seu carro no estacionamento lotado da universidade, e , como se não bastasse isso tudo, ela ainda lia, ou pelo menos tentava ler uma das mensagens enviadas do escritório onde vinha estagiando.

Ultimamente, vinha fazendo tudo de uma só vez por conta da falta de tempo.

– Acho que tem alguém por aqui precisando de uma ajuda.

Ela virou imediatamente a cabeça na direção da voz, encontrando um rapaz de cabelo loiro cor de areia e olhos azuis, perfeitamente arrumado em uma camisa de botões branca e jeans escuro beirando a coloração preta ,por detrás de si.

– Oi, Luke – suspirou cansada, passando a mão pelo cabelo bagunçado e preso por um elástico na altura mediana.

– Tem certeza de que não quer ajuda? – ele indicou as coisas pouco organizadas nas mãos dela.

–Tenho, obrigada. – a loira abriu a porta do motorista do veículo e arrumou suas pastas no banco traseiro, jogando a bolsa de qualquer jeito por ali também.

– Sabe, foi bom eu ter te visto hoje. – ele falou de novo, fazendo-a desviar os olhos dos papéis soltos pelo painel do carro.

– É mesmo? Você está precisando de alguma coisa? – ela indagou, escorando o braço sobre a porta aberta.

– Na verdade, iria justamente perguntá-la se não gostaria de auxilio no seu trabalho de conclusão, quer dizer, você vem estando bastante atarefada esses dias, não?

– Não se preocupe – Annabeth sorriu amigavelmente – Está correndo tudo bem.

– Eu te liguei ontem. – Luke segredou, as mãos enfiadas nos bolsos dianteiros da calça.

–Ahn, ligou é? – ela indagou – Desculpe, mas eu nem vi.

– Foi seu namorado quem atendeu, e, engraçado, eu nem sabia que você estava namorando.

– O Percy atendeu? – ela voltou a perguntar, ignorando a última parte dita pelo rapaz loiro.

– Bem, você tem mais de um namorado? Porque, se sim, avise para que eu possa me candidatar também. – ele estreitou os lábios num sorriso, arqueando a sobrancelha sugestivamente – Mas, voltando ao assunto, é, foi um Percy sim quem atendeu, até pedi para que ele a avisasse de minha ligação.

Annabeth cruzou os braços sobre o peito estranhando, afinal, Percy não havia comentado sobre nenhuma ligação.

– Ahh – ela fingiu se recordar – Claro! Você tem razão, ele me avisou sim. Que cabeça a minha... Perdão mais uma vez, Luke. Mas, sabe como é, né? Muitos problemas, sequer me lembrei assim, de repente.

– Claro. Eu entendo. – ele assentiu cordialmente – Mas, a oferta de ajuda ainda está de pé, quando precisar é só me falar, farei questão de realizar o possível por você.

A garota ficou meio sem graça com a declaração, mas sorriu, verdadeiramente agradecida.

– Então, por ora eu agradeço – ela disse se preparando para fechar a porta do carro – Agora preciso mesmo ir, Luke. Até mais.

– Até – ele acenou brevemente, uma das mãos atrás da nuca.

Annabeth retribuiu o gesto com um último sorriso imperceptível e tratou de prender o cinto de seguranças, manobrando o veiculo no grande estacionamento e logo acelerando pela avenida principal de Westminster.

_______________________________________________________

– Eu nunca fui nesse restaurante – Annabeth comentou puxando as mangas compridas do cardigan azul marinho até a altura de seus cotovelos – Você não acha estranho que ele se localize no meio do parque?

Thalia, que caminhava despreocupadamente ao lado da loira, pareceu nem ligar.

– Thalia – a outra garota chamou – Thalia!

– Ahn? – a morena ergueu as sobrancelhas direcionando as íris azuis elétricas na direção de Annabeth.

– Se situa – a amiga disse simplesmente – Eu estava comentando sobre o restaurante com você, mas agora deixa pra lá.

– Não é lindo? – Thalia suspirou com um sorriso no rosto, dessa vez olhando para algo mais a sua frente.

Annabeth semicerrou os olhos, tentando enxergar o que tanto prendera a atenção da amiga, apenas vendo o restaurante a alguns passos de onde elas estavam.

– O Serpentine? – Annabeth indagou, se referindo ao restaurante à margem do lago de mesmo nome - Realmente, mesmo daqui estou conseguindo distinguir o quanto a estrutura e o design são incríveis.

–O quê? – Thalia a fitou com uma expressão horrorizada, não acreditando no que tinha ouvido – Não estou falando de Serpentine nenhum, Annabeth! Pelo amor de Deus! Que ideia!

– Mas você não estava olhando pra lá?

– Eu estava olhando para o Nico que está sentando numa das mesas de lá. – Thalia explicou revoltada com a falta de percepção de Annabeth – Por isso eu disse que era lindo, entendeu? Não o restaurante, mas sim o Nico.

Annabeth olhou direito e, realmente, Nico estava sentando numa das mesas dispostas do lado de fora do estabelecimento, ela apenas se surpreendera por Thalia ter visto isso assim, tão rápido.

Ela mal teve tempo de se pronunciar novamente, porque uma vez que ambas alcançaram a margem do lago Serpentine, Thalia se jogou em cima de Nico com um abraço. E, se Annabeth não fosse tão amiga dos dois, teria ficado sem jeito com tudo aquilo.

– Eu estava com saudade – Thalia murmurou por fim, ainda abraçada ao namorado, e Annabeth estranhou. Desde quando sua amiga tinha se tornado melosa e sentimental?

– Você diz isso todos os dias, Thalia – Nico comentou, puxando uma cadeira imaculadamente branca para que a morena se sentasse.

– É porque eu te amo. – ela esboçou um sorriso feliz e jogou as mechas negras e lisas de seu cabelo repicado para trás das costas enquanto se sentava.

Annabeth quase pulou no lago limpidamente azul royal situado por detrás de si. Ela não sabia que Thalia ficava romântica desse jeito perto de Nico, afinal, nunca tinha visto como os dois agiam sozinhos, aparentemente, era bem diferente de quando perto dos amigos.

– Oi, Annabeth – Nico sorriu cordial, abraçando de leve a loira que buscou retribuir imediatamente a ação.

– Oi, Nico – ela sorriu também e até iria falar mais alguma coisa,mas Thalia a interrompeu:

– Onde está o Percy? – a morena olhou ao redor, procurando algum sinal do rapaz.

Nico terminou de puxar a cadeira para Annabeth e a fitou de sobrancelhas franzidas.

– Ahn – coçou o cabelo cor de petróleo bagunçado por conta do vento – Achei que ele viria com você, Annabeth.

– Não falei com ele a semana inteira. – a loira confessou vendo Nico a circundar e se sentar ao lado de Thalia.

– Vocês brigaram? – a morena apoiou os cotovelos sobre a mesa, as mãos unidas abaixo do queixo e o corpo se inclinando para frente, na direção de Annabeth – Como, onde e por quê?

– Nós dois não brigamos, sequer nos falamos, então como poderíamos ter brigado?

– Ele está solitário. Só isso. – Nico deu de ombros lendo algo no celular.

– Nossa, Annabeth! – Thalia maneou a cabeça negativamente – Você é uma péssima namorada, está vendo? O coitado do Percy está sozinho porque você nem dá atenção pra ele.

– Eu dou atenção sim – Annabeth a encarou ofendida.

– Não dá nada – a amiga retrucou – É por isso que ele não apareceu para almoçar com a gente hoje. Deve estar magoado, não é Nico?

– Bem, eu não sei – o moreno abraçou a namorada de lado e sorriu – Mas, de qualquer forma, não se preocupe, Annabeth.

– É pra ela se preocupar sim – Thalia discordou imediatamente, afastando-se do namorado para ajeitar a gola polo da camiseta cinza que ele usava. Annabeth percebeu que aquilo era uma mania de Thalia, ela sempre estava ajeitando o coitado do Nico – Se o Percy estivesse bem ele viria nos ver hoje.

– Thalia, pare com isso – Nico pediu e, erguendo o queixo, indicou-a uma direção – Viu? O Percy está bem ali, não tem porque você ficar colocando coisas na mente da Annabeth.

Sem delongas, Annabeth virou parcialmente o rosto também, seguindo o olhar dos amigos pela imensidão do Hyde Park e acabando por ter todo o foco preso pela figura de Percy.

Mesmo que já tivesse visto-o trilhões de vezes, Annabeth não conseguia deixar de admirá-lo como se fosse a primeira vez. No fundo, ela sempre se impressionava com a beleza do rapaz, o jeito confiante e firme com o qual ele andava ou seu plausível senso de estilo.

Ele caminhou até onde os amigos estavam de forma vagarosa, e Annabeth realmente só conseguia raciocinar no quão injusto era ele ser tão bonito daquela forma, mesmo que sem esforços, já que, aparentemente, tudo o que ele usava ou colocava caia-lhe perfeitamente no corpo. E que corpo, ela pensou vertiginosamente por um instante.

– Demorei muito? – ele sorriu se aproximando da mesa.

– Achei que você não chegaria nunca, Percyto – Thalia devolveu-lhe o sorriso.

Percy franziu as sobrancelhas, confuso com o que ouvira:

– Do que você me chamou?

– Percy...to. – ela riu.

– Odiei esse apelido – Percy declarou retirando os óculos escuros e se inclinando para depositar um beijo numa das têmporas de Annabeth – Por favor, nunca mais o use para se dirigir a mim, Thalia.

– Daí eu sou carinhosa e olha só como me tratam – ela resmungou baixo – Nem é tão ruim assim... dá até pra fazer outros, tipo... Niquito.

Nico fez uma careta de desgosto para a nomenclatura criada.

– Odiei também. – ele comentou em concordância com Percy,mas por sua vez recebendo um olhar mortal por parte de Thalia que começou a dissertar para o mesmo sobre como era incompreendida por todos no mundo.

– Você sumiu – Annabeth reclamou em tom baixo, apenas para Percy que havia se acomodado no assento ao lado do seu.

– E você sentiu minha falta? – Percy retorceu os lábios num sorriso genuinamente presunçoso e soberbo enquanto colocava despretensiosamente o par de óculos por sobre a mesa branca de madeira.

Ela se calou, odiava ter que admitir em voz alta o quanto era insuportável ser deixada de lado por ele e, agora entendia o que Percy sentia todas as vezes em que ela o dispensava por razões maiores.

– Bom, na minha ignorante concepção – ele fixou as íris verde musgo nas cinza dela – Quem cala consente, não concorda Srta. Chase?

Annabeth suspirou exaustivamente.

Pelo jeito, Percy tinha retornado de sua semana reclusa mais irritante do que nunca.

_______________________________________________________

Nico e Thalia não perderam tempo em arrumar um programa restritamente a sós logo após o almoço , o que deixou à Percy a companhia inestimável de sua própria namorada.

Annabeth havia insistido terminantemente que os dois também deveriam ter ido ao cinema, como o casal de amigos alegara que iria fazer, mas Percy logo tinha dado um jeito de tirar a ideia da cabeça dela, porque pelo o que ele sabia, o “cinema” de Nico e Thalia não se consistia exatamente em prestar atenção no filme, e ele realmente não estava a fim de presenciar cenas inconvenientes ao longo do mesmo.

– Eu estou magoada com você, Percy – Annabeth declarou, abraçando-o pelo torso e sentindo o jeans frio da camisa manga três quartos do rapaz entrar em contato com o braço descoberto dela, o mesmo acontecendo com a sarja preta da calça masculina, que por sua vez roçava a perna da garota.

– Por que? – ele reduziu ainda mais a velocidade de seus passos, abaixando o rosto minimamente para fitá-la olhos nos olhos, o que era meio complicado levando em consideração a diferença de altura entre os dois.

– Porque você não me procurou a semana inteira – ela resmungou triste.

– E por que sou sempre eu quem tenho que te procurar e não o contrário? Se não me falha a memória, você sabe o endereço do meu apartamento tanto quanto eu sei o do seu. – ele respondeu, a voz em tom de divertimento.

A loira riu minimamente e apertou ainda mais os braços finos ao redor dele.

– Tudo bem, bonitão – ela falou logo depois – Você me pegou.

– Mas eu também estou meio que constrangido por certa coisa. – Percy continuou, correndo o olhar se foco especifico pelo parque.

– E você me dirá que “certa coisa” é essa? – ela arqueou as sobrancelhas.

– Bem – Percy se desvencilhou delicadamente dos braços de Annabeth e apenas entrelaçou sua mão na dela – Digamos que eu talvez tenha omitido uma pequena coisinha de você.

Annabeth semicerrou os olhos, e não, não era por conta do sol que fazia naquela tarde em Londres, era de desconfiança mesmo.

– Percy – ela falou, os olhos estreitados ao extremo ao pensar nas piores coisas possíveis – Olhe lá o que você vai dizer.

Ele sorriu polidamente e passou a mão livre pelo emaranhado negro e liso que era seu cabelo.

– Nem é algo tão significativo assim, Annabeth. – Percy comentou – É só, bem, há alguns dias atrás, quando estava no seu apartamento, seu celular tocou e então eu atendi educadamente, mas quem tinha ligado era um tal de Luke,e, no calor do momento, fiquei com tanto ciúme que, além de não ter te avisado da ligação, como tinha prometido pra ele, ainda apaguei o número do registro de chamadas. Senti-me mal a semana inteira, além de constrangido pelo meu egoísmo, é claro.

– Eu sabia disso tudo – Annabeth segredou, afastando parte de seu rosto do ombro de Percy para que pudesse ter uma visão melhor da expressão facial dele – No outro dia, no estacionamento, o Luke comentou comigo da ligação e eu fiquei perdida, mas então ele disse que tinha sido você ao o atender, e, devo confessar, estranhei você não ter me dito nada.

– Pode me desculpar por isso? – ele pediu sem graça, mas no fundo ainda queria dar na cara desse Luke insolente que ficava tentando descaradamente roubar a namorada dos outros – Não queria parecer possessivo nem nada, foi pura irracionalidade de momento.

– Tudo bem – Annabeth se esticou na ponta dos pés para dar um beijo no maxilar dele – Você sabe que não tem realmente problema nisso.

– Sei, claro que sei – concordou o rapaz, mordendo o lábio inferior pra não deixar um completo sorriso surgir – Porque eu sou lindo, educado, gentil, sexy e,ainda por cima, gostoso. Realmente não sei onde estava com a cabeça pra pensar que você me trocaria por esse Luke aí que não é nem metade de tudo o que eu sou, é nítido que me encontro bem acima dele em todos os sentidos.

– Como você é modesto, não? – a loira comentou, brincando com os dedos da mão de Percy que tinha o braço passado em torno dos ombros dela.

– Eu me esforço muito para isso, Annabeth. – ele sorriu torto, olhando um furacão de crianças passar pelos dois em disparada no meio do parque – Ou você acha que ser belo como eu é uma tarefa fácil?

– Tenho certeza de que deve ser dificílimo. Mas e então, têm muitas garotas atrás de você?

Percy ponderou por um curto momento, sorrindo por fim.

– Sim, tem muitas – ele constatou – Mas eu sou um homem de apenas uma mulher.

– No caso, é meu. – Annabeth fez questão de observar em voz alta.

– Só seu – Percy concordou a abraçando contra si – E Você. É. A. Coisa. Mais. Linda. Do. Mundo. – ele sussurrou pausadamente enquanto distribuía leves e carinhosos beijos aleatórios pela linha exposta da clavícula dela – A minha coisa linda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hi again, Littles!
Pois é, achei esse capítulo meio fraquinho, mas faz parte. E também, de certa forma, a fic já está quase que na reta final... então as coisas estão mais paradinhas mesmo... É a vida.
Como eu estou demorando uma média de duas semanas pra atualizar, irei me esforçar o máximo pra realmente postar no próximo domingo, porque essa fic tem que acabar, gente. Sério mesmo, não posso ficar prolongando demasiado as coisas.
Por hoje, é só isso mesmo.
Espero que tenham... gostado do capítulo e tal.
Como sempre, Comentem, Favoritem ou Recomendem! Eu ficarei bem feliz (sim, estou triste esses dias T-T)
Então... Bye!
Kisses de brigadeiro e comentem, okay? Okay!
Amo vocês! Me faça feliz, hein!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lost Stars" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.