Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

THE THA BACK TO YOU!! ÊÊÊÊHHHHH!
Gente, que vergonha... eu demorei demais pra voltar aqui, ne?
Sorry, please! I love you!
SENTIRAM MINHA FALTA???
Espero que sim, porque eu senti de todos vocês.
"Nossa Thayná! Sua vadjea! O que vc estava fazendo que não veio postar cap. pra gente?
Não sei, eu tava de boa aqui em casa... SEM CRIATIVIDADE, PORRA! A DESGRAÇADA DA CRIATIVIDADE ENTROU DE FÉRIAS TAMBÉM E ME DEIXOU SÓ!
Mas, enfim, eu voltei, é o que importa.
Nesse meio tempo que eu fiquei fora, recebi de um tudo, TRINTA E TRÊS COMENTÁRIOS ~chorando de emoção~ DUAS RECOMENDAÇÕES ~chorando de emoção again~ FAVORITAÇÕES E MP´s!
GENTE! MP's... vieram tantas pra Tha!
Vocês são tããããããããão perfeitos! Não querem vir morar comigo na minha casa? Juro que meu pai compra comida pra todo mundo... porque ele é muito legal.
"Mas Tha, você não respondeu meu review"
Pois é, eu sei, muito feio da minha parte, mas eu vou responder TODOS! okay? Eu li cada um e amei de mais S2
O pessoal que comentou pra caramba no ultimo cap: Serial Killer, Lua Stoll, Anônima, Aurora Maciel, Maahlévola,Thalia Salvatore, Luluca, vitorhmc, LauraCK, Ana Uchiha di Angelo, LauraPotter, Maia, Mrs Robinson, Lana Grace, Ana Beatriz, XandynhaFreitas, PercabethEverllark, arielfl15, Rafa, Cassie Jackson, mary chase delacour potter, Ashley Grace, XX, iRibeiro, Isaah, J Lannister, GDCM, logadra forever, raphaella pinto, Laís Silva (minha super hiper mega power juice philips walita especial ninja amiga), one less lonely girl, Lovemyshipps e Amy.
Puts... ri com alguns comentários, quase chorei com outros, enfim, amei demais. Sério mesmo.
Esse capítulo vai ser dedicado à minha amiga Aurora Maciel e à Luluca, pois elas recomendaram a fic e me deixaram hiper mega ultra power feliz.
Espero que gostem tanto quanto eu gostei das recomendações, viu meninas? *-*
Esse capitulo vai sair um bosta, porque eu não escrevi ele no caderno, eu simplesmente comecei a digitar no notebook ( que no caso é da minha madrinha) o que me vinha à cabeça.
Boa Leitura!



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"And now my life has changed in so many ways

My independence seems to vanish in the haze

But every now and then I feel so insecure

I know that I just need you like

I've never done before"

– Não deixe nada cair, tá bom Percy? - Annabeth avisou enquanto abria a porta principal da casa de seus pais e esperava o rapaz cambalear , com inúmeras sacola de compras nos braços , para dentro da sala de estar.

– Eu não sou desastrado como certas pessoas - ele lançou um olhar significativo à garota a sua frente, que, por sua vez, arqueou as sobrancelhas, indignada.

Mesmo estando completamente exausto, Percy não conseguiu deixar de sorrir torto diante da situação, afinal, ele até achava sexy quando Annabeth encorporava a garota mandona.

– Vou apenas fingir que essa fala não foi direcionada à mim - a loira fechou a porta atrás de si e correu os olhos pelo cômodo, acabando por ver o pai deitado numa parte do sofá de canto, com um notebook a frente do rosto, totalmente alheio a qualquer presença humana - Oi, pai!

Frederick demorou pelo menos um minuto para levantar o olhar na direção dela.

– Oi, querida - sorriu por fim - Oi, Percy.

Percy podia estar enganado, mas juraria que o cara estava de bom humor, algo inusitado, já que, em geral, Frederick só lançava-lhe olhares atravessados, além, é claro, de cumprimentos secos.

– Oi, Frederick. - o moreno lhe dirigiu um breve aceno cordial com a cabeça.

– Vejo que a tarde foi boa pra vocês dois - ele analisou as sacolas - Compraram bastante, não?

– A Annabeth comprou bastante - Percy corrigiu - Aposto que amanhã no aeroporto ela terá que pagar por excesso de bagagem .

Frederick deu riso breve, concordando.

– Como você é insensível, Percy. - Annabeth balançou a cabeça, o fuzilando com o olhar. - Não acontecerá nada disso.

– Tá bom, tá bom - disse ele - Não está mais aqui quem falou.

– Ah! E, pai - a loira chamou - Minha mãe disse que vai chegar um pouco mais tarde, porque ela está trabalhando num projeto bem importante, então você não precisa ficar preocupado.

– Você passou na empresa? - Frederick se endireitou no assento.

– Passei - Annabeth concordou, como se fosse lógico - Pra mostrar ao Percy.

– O que você achou, Percy?

–Não entendo nada de construção civil - o rapaz começou - Mas é uma bela empresa.

– Também não entendo - o mais velho sorriu em simpatia - Mas às vezes preciso dar um passada por lá, embora prefira simplesmente dar aulas na universidade.

– É, acho que eu prefiro uma clínica médica mesmo - Percy confessou.

– Vocês são dois ignorantes, isso sim - Annabeth comentou - Não compreendem a grandiosidade da arquitetura.

– Oh! - Percy fingiu drama, levando uma das mãos ao peito - Annabeth, me perdoe por não compreender a nobre arquitetura!

– Nossa, como você está engraçadinho hoje, Percy - ela semicerrou os olhos.

– Obrigado. - ele agradeceu com um sorriso feliz no rosto.

– Agora ande logo com essas sacolas - Annabeth mandou e logo depois olhou para Frederick - Nós vamos estar lá em cima, pai.

– Tudo bem. - o loiro assentiu, tornando a pegar o notebook e concentrando os olhos azuis na tela do aparelho.

– Vem logo, Percy - Annabeth o puxou escada à cima.

– Você está muito mandona, Srta. Chase - ele se pronunciou prestes a adentrar o corredor do segundo andar.

Annabeth o olhou e riu:

– Você é o homem aqui, portanto o trabalho pesado fica a seu dever.

– E a recompensa? Por eu fazer o serviço direitinho e tal - ele murmurou, fechando a porta do quarto dela por trás de si. - Eu mereço, certo?

– Deixe aí no chão - Annabeth pediu, se referindo às sacolas de compras - E eu não sei se você merece.

– Como não? - Percy franziu o cenho - Annabeth, pare de ser uma garota má. Onde está meu beijo?

– Não sei - ela respondeu simplesmente.

– Então beleza - o rapaz arqueou as sobrancelhas - Vou ficar aqui mexendo nas suas coisas até que você decida dar o beijo que é meu por direito.

– Pode ficar - Annabeth falou, totalmente absorta na mala de roupas em cima de sua cama.

Percy se dirigiu até a estante branca no fundo do quarto e começou a tirar os poucos livros e CD's lá ainda presentes.

– Por que essas coisas ainda estão aqui? - ele perguntou, lendo a sinopse de um dos livros - Quer dizer, você deveria levar para o seu apartamento em Londres.

Annabeth caminhou na direção dele e deu uma olhada nos objetos da estante.

– Não cabem - disse por fim - Esse quarto é bem maior do que o do meu apartamento.

– Mas... - Percy começou a protestar, até que seu olhar focou num dos CD's empoeirados no canto da estante - Não pode ser... - ele murmurou - Você tem mesmo um CD do The Beatles aqui?

– Não... - Annabeth disse, mas soava meio incerta.

Ele puxou o CD e soprou a poeira da capa.

– Tem sim - Percy sorriu - Ou melhor, tinha. Porque ele agora vai ser meu.

– Não, Percy! É meu. - Annabeth tomou o objeto da mão dele.

– Vai ser minha recompensa por ter feito tudo que você me pediu hoje.

– Achei que você quisesse outro tipo de recompensa - ela sorriu.

– Eu ainda quero o beijo - o rapaz avisou - E quero também o CD.

– Nem deve tocar mais - a garota pensou alto.

– Vamos testar então - Percy sugeriu - Acha que esse aparelho ainda funciona? - ele indicou o som.

– Talvez.

E para a alegria de Percy, o aparelho de som ainda funcionava, assim como o CD, que imediatamente começou a tocar a faixa título do álbum; Help!.

– Ahá! - ela sorriu, vitorioso - Ainda toca. Então é meu.

– Eu não te dei. - Annabeth negou.

– Annabeth – Percy estreitou os olhos verdes – Você vai mesmo negar isso ao seu namorado? – e ao dizer a ultima sentença, fez uma leve careta.

Annabeth o encarou, curiosa:

– O que foi?

Gentilmente, o rapaz a puxou pela cintura, trazendo seu corpo de encontro ao dele.

– Às vezes eu tenho dificuldade em acreditar que,finalmente, nós somos namorados. – Percy suspirou – É meio surreal que você tenha se apaixonado por mim.

– Surreal seria se eu não me apaixonasse por você. – ela disse com a voz baixa, passando uma de suas mãos pelo mar negro de fios bagunçados que era o cabelo dele.

Percy fechou os olhos momentaneamente, em sensação de deleite ao ato de Annabeth.

– Você é incrível, Srta.Chase – ele disse por fim,acariciando com o polegar a bochecha dela.

Annabeth não respondeu, se esticou um pouco, ficando na ponta dos pés, numa tentativa de diminuir a diferença de altura entre Percy e ela, e então pôs seus lábios entreabertos sobre os dele, os fechando devagar.

Na opinião de Percy, era incrível como os lábios de ambos se encaixavam perfeitamente, quase como se tivessem sido feitos para sempre estarem juntos. Ali, com o corpo de Annabeth no dele, o rapaz podia sentir os descompassados batimentos cárdicos dela e sabia que os seus próprios não estavam diferentes, ele sabia também que havia pessoas que diziam que, quando duas pessoas apaixonadas se olhavam ou se tocavam, os corações batiam como um só. Se aquilo fosse mesmo verdade, Percy diria que era o que acontecia com Annabeth e ele toda vez que se beijavam.

Percy ficou tão disfuncional que, quando se deu por si, já havia levantado Annabeth do chão, segurando-a em seus braços, enquanto ela tinha entrelaçado suas pernas na cintura dele, ficando no alto. O beijo terminou por falta de ar, mas eles continuaram na mesma posição.

– Na minha cama – ela sussurrou para ele.

O rapaz hesitou por um segundo, mas logo assentiu com a cabeça, dando passos vagarosos até o móvel, ainda mantendo a garota nos braços.

Houve um baque surdo quando as costas de Annabeth foram de encontro ao colchão, mas a essa altura Percy já estava tão embriagado por ela, que tudo o que conseguiu pensar em fazer foi permanecer por cima da garota –entre suas pernas- e beijá-la mais uma, duas, três vezes.

E, decerto, ele teria continuado se não tivesse sentido uma vibração insistente no bolso traseiro de sua calça – o celular.

–Argh – Percy grunhiu, enterrando o rosto da curvatura do pescoço de Annabeth – Que hora mais inoportuna pra se receber uma ligação.

A loira conseguiu dar um brevíssimo riso anasalado:

– É melhor você atender, Percy. Pode ser algo importante.

Ele resmungou alguma coisa ininteligível e tirou o celular do bolso, endireitando as costas.

– Ei, Nico – a voz de Percy soou mal humorada até para ele mesmo.

– Achei que você tivesse morrido, Percy – contou Nico – Não deu mais noticias.

– Estou bem – garantiu – e desculpe... aconteceram umas... coisas.

– Que coisas? – Nico continuou mas Percy conseguiu distinguir a voz de Thalia dizendo algo como “Pergunta cadê a Annabeth e por quê ela não atende a droga do celular!” –E, é impressão minha ou está tocando The Beatles aí perto de você?

– Sim, está tocando The Beatles – Percy confirmou – E sobre o que aconteceu, bem, acho melhor eu te contar amanhã depois que chegar em Londres.

– Eu tenho que buscar você e a Annabeth no aeroporto?

– Mas é claro que sim, Nico.

– Que horas é mesmo o vôo?

– Oito da manhã, então é melhor você está no aeroporto esperando a gente umas... oito e vinte da noite.

– Certo, certo – Nico resmungou - E eu não atrapalhei nada de importante por aí, não né?

“Não, claro que não! Eu só estava em cima da Annabeth e, sabe como é, estávamos trocando uns beijos quentes e tal. Nada demais, amigo. Obrigado por interromper!” – Era o que Percy teve vontade de dizer, mas apenas guardou para si.

– Não, tudo bem. – disse por fim – Nos falamos amanhã.

– Mas, Percy... – Nico recomeçou.

– Nico? Shiiiii xiiiiiiiiiuu shiiiiiiii –Percy fingiu uma interferência – Não consigo entender shiiiiii xiiiiiiu – ele prosseguiu – Tá dando interferência! Tchau! Nos vemos amanhã!

– Mas Percy...

– Tchau! – Percy se despediu e deslizou o dedo sobre a tela do celular, encerrando a chamada.

Annabeth o fitou, incrédula.

– O que foi? – Percy franziu a testa, confuso.

– Percy! – ela jogou uma almofada nele – Você mentiu pro Nico! Coitado!

– Isso? – agora quem estava incrédulo era Percy – O Nico vai entender, Annabeth. Não se preocupe.

– Você é um péssimo amigo – ela balançou a cabeça.

– É, mas, pode falar, sou um ótimo namorado – ele sorriu malicioso – Você estava gostando antes do Nico ligar.

– Talvez, mas ... – Annabeth começou a protestar e Percy se inclinou sobre ela, a silenciando com um beijo rápido.

– Está bem, Annabeth – o rapaz assegurou e logo depois se levantou da cama - Olhe, vou terminar de arrumar minhas coisas no quarto e acho que você devia fazer o mesmo.

–Eu vou – ela concordou com cabeça.

– Certo – Percy assentiu uma última vez e se encaminhou até a porta.

– Percy? – Annabeth chamou antes de ele sair do quarto.

– Sim? – ele a olhou.

– Você deveria voltar aqui no meu quarto mais tarde... – ela disse com a voz manhosa, e , antes que Percy tivesse qualquer tipo de pensamento inapropriado, completou: – Para pegar o CD que você queria, é claro.

– É claro. – o rapaz repetiu, sorrindo maldoso diante da ideia.

_______________________________________________________

Percy não esperava que alguém fosse o ver no quarto de hóspedes.

E, muito menos, que esse alguém fosse Frederick.

Quando o rapaz abrira a porta e dera de cara com o pai de Annabeth, ele quase se atrevera a o dizer que aquele não era o quarto de sua filha.

– Podemos conversar, Percy? – Frederick se apressou em dizer.

– Ahn... claro. O senhor quer... entrar? – o moreno indicou o quarto por trás de si.

– Não me leve a mal, mas prefiro o escritório. Pode me acompanhar até lá? Prometo ser rápido.

– Certo. – Percy concordou, mas no caminho só podia pensar em como suas roupas provavelmente estavam amassadas, assim como seu cabelo.Ele realmente esperava que Frederick em nada suspeitasse que, se seu estado não era dos melhores, era porque poucos minutos antes, Annabeth e ele estavam... bem, “trocando umas idéias” por assim dizer.

– Sente-se aí – o loiro indicou a cadeira de frente a mesa e Percy acatou ao comando – Bem, Percy, eu devo reconhecer que não comecei de uma forma muito... agradável, com relação à você, então, primeiramente, peço-lhe desculpas.

– Não há problema algum, Frederick. Sério.

– Sei que fui meio hostil e tudo, mas quero que saiba que, se me portei dessa forma, foi por Annabeth. Eu não esperava que ela trouxesse um cara, no caso você, pra casa. Surpreendeu-me.

Percy deu um sorriso seco.

– Acho que sou eu há ter grande parte da culpa por isso – ele confessou - Afinal, vim atrás dela.

– É, eu sei. O amor tem dessas coisas de nos deixar impulsivos. – Frederick sorriu, como que se recordando do que já havia feito por amor – No fundo, eu entendo você e o que você fez, Percy. Já fui assim como você é agora; jovem e apaixonado.

O moreno estreitou um pouco os olhos.

– Não estou apaixonado. – ele mentiu, afinal, Annabeth havia o pedido pra não contar, pelo menos por enquanto, à ninguém sobre o recentíssimo namoro dos dois.

– Olhe, Percy – Frederick o encarou, recostando-se melhor em sua cadeira – Eu não sou cego. Sei que minha filha e você tem alguma coisa. É meio obvio, porque... esses seus olhos verdes brilham quando você a vê, e eu não posso me atrever a dizer que o mesmo não acontece com ela. Então, conte para mim, de homem para homem: Vocês dois estão namorando?

– Se, por um acaso, eu disser que sim, corro o risco de levar um tiro?

– Não, rapaz. Você não corre o risco de levar um tiro.

– E o senhor vai aprovar nosso relacionamento?

– Me diga você, Percy –os olhos azuis de Frederick o analisaram – Eu tenho motivos para não aprovar?

– Creio que não.

– E por que não?

Bem, Percy poderia ter começado imediatamente a listar inúmeras coisas que faziam dele um namorado perfeito para qualquer garota ou, o tipo de namorado que qualquer pai gostaria que sua filha tivesse, mas ele achou que soaria um tanto egocêntrico, então permaneceu calado.

– Eu vou dizer por quê. – Frederick anunciou – Porque você é um bom rapaz, Percy. Educado, inteligente, respeitoso e tudo mais. Mas, acredito que o mais importante é que você parece gostar de verdade da minha filha.

– Eu gosto de verdade da sua filha – ele corrigiu.

– Certo, certo – o loiro a sua frente sorriu – Então nesse caso eu fico contente em tê-lo como genro.

Percy ficou estático. Não sabia se ria de incredulidade, se chorava de emoção ou se agradecia a alguma divindade superior.

– Você não tem nada a dizer, rapaz? – Frederick indagou.

– Ahn... que também fico muito contente em tê-lo como sogro?

– Na verdade, eu estava esperando que você dissesse outra coisa, mas tudo bem.

Percy concordou com a cabeça.

– Ah! – Frederick lembrou – E só pra te avisar, se você fizer algum mal à minha Annabeth... Eu juro que irei pegar o primeiro vôo disponível com destino a Londres e darei também um jeito de descobrir onde você mora. Pra nos dois resolvermos as coisas como verdadeiros homens.

O rapaz engoliu em seco e deu um sorriso forçado:

– Não vai ser preciso, Frederick.

– Eu espero mesmo que não. Agora, acho que já estamos entendidos, não? Você pode se retirar, Percy.

– Uhum.

– Percy? – Frederick chamou novamente, fazendo o rapaz se voltar para ele mais uma vez antes de sair.

– Hm?

– Lembre-se: Eu ainda estou de olho em você.

Percy sorriu:

– Perfeitamente.

_______________________________________________________

– Minha filha – Athena sorriu inteiramente orgulhosa – Você tem muita sorte, sabia? Seu primeiro namorado é simplesmente magnífico de tantas qualidades que possui.

– É, mãe... Eu sei, também acho – Annabeth concordou, deixando a mala no pé da escada.

– Eu sabia que, no fundo, você gostava do Percy. Só precisava admitir e, bem, agora vocês são um casal. Você não faz idéia do quanto fico feliz por você,Annabeth.

– Tá, mãe! Mas será que dá pra falar baixo? Eu não gosto de ficar expondo isso. – a loira reclamou.

– Isso o quê, Annabeth? O namoro? Como você é boba, minha filha. – Athena franziu a testa.

– Eu não sou boba – Annabeth declarou – Só não acho viável ficar gritando isso pro mundo.

– Você irá querer gritar pro mundo quando uma garota desocupada dar em cima do seu namorado. – a mais velha refletiu.

Annabeth franziu as sobrancelhas, de repente incomodada com a idéia.

– Isso não vai acontecer.

– Torça pra que não.

Já devia passar das 7:15 da manhã e Annabeth já estava deixando a mala no andar de baixo para não se atrasar quando o táxi chegasse. E sim, ela só havia decido contar à mãe sobre namoro, assim, de última hora. A pouparia de conversas desnecessárias.

– Annabeth – Athena chamou.

– O que?

– Eu gostei muito do Percy,você sabe. Mas, por favor, eu não quero que você engravide antes de se formar na universidade, querida.

Pronto, se o que Athena queria era envergonhar a filha, ela tinha conseguido com sucesso, porque Annabeth cobriu o rosto com as mãos, completamente sem fala.

– Annabeth, eu não estou brincando. É muito sério isso. Quero netos, mas não agora e ... – a mais nova interrompeu a mãe:

– Mãe! – ela chamou mas Athena não deu lhe atenção – Mãe! Chega! Sério! Que desnecessário isso.

– Desnecessário? Claro que não, Annabeth! Eu só estou te alertando e te precavendo. – a essa altura os olhos cinzas de Athena já tinham a mais escura tonalidade, beirando o negro – Como uma boa mãe faz .

– Sim, okay, ótimo,mãe – Annabeth passou uma mecha de cabelo por trás da orelha – Continue assim, ta legal?

– Qual seu problema, querida? Eu sinceramente não estou entendendo.

– Esse seu assunto de gravidez é totalmente sem nexo – Annabeth objetou,correndo os olhos pelos lados e pela escada, assegurando-se que não havia mais ninguém por perto, para então baixar ainda mais o tom de voz – Eu sou virgem, mãe. Entendeu? Virgem.

– E o que tem isso? Você pode muito b... – vozes masculinas irromperam escada acima e Annabeth se apressou em mudar o rumo da conversa.

– Pois é, mãe. Também irei sentir saudades. – ela abraçou Athena,a tempo de ver Frederick e Percy terminarem de descer as escadas.

– Mas nós vamos à Londres para a sua formatura, Annabeth – Frederick interrompeu – Não se preocupe, querida.

– Ah, claro. A formatura. Certo.

– Em outubro? – Percy perguntou

– Novembro – Annabeth disse.

– Bem, então, até novembro, Athena – Percy se adiantou – Frederick.

– Ah, sim. Espero vê-lo em novembro, Percy – Athena sorriu hospitaleiramente, e nem parecia que, minutos antes, ela estava falando sobre o rapaz engravidar Annabeth.

– Novembro... – Frederick murmurou – Ou, quem sabe, antes. Não é, Percy?

– Novembro me parece muito bom, na verdade. – Percy soltou,se recordando da conversa com Frederick e pensando que realmente não queria uma visita antecipada de sua parte.

– O que? – Annabeth o olhou.

– É que... novembro é um mês muito...agradável em Londres – ele inventou – Acho que seus pais gostariam de ir nesse mês... porque... antes... não é legal. O Frederick vai gostar de ir lá em novembro. E, ah, olhe – Percy indicou uma das janelas de vidro da sala – É o táxi, Annabeth.

– É mesmo – ela confirmou, indo abraçar Frederick – Tchau, pai.

– Tchau, querida. Sinto muito não poder acompanhá-la até o aeroporto – ele sorriu – Se cuide.

– Está tudo bem e, o senhor também.

– Bem, Athena... Frederick, me desculpem pelo incomodo nesses dias que passei por aqui – Percy pediu.

– Você pode voltar sempre que quiser, Percy – Athena o assegurou – Fred e eu ficaremos felizes em te receber.

– Claro. Muito felizes mesmo – Frederick acrescentou irônico.

– Agora temos mesmo que ir, senão perdemos o vôo. – Annabeth disse, entregando sua mala à Percy. – Tome, leve para mim, Cabeça de Alga.

O rapaz sorriu. Pelo jeito, ele sairia de San Francisco como um serviçal de sua namorada. Mas tudo bem. Em Londres ele daria um jeito de ser tão bem recompensado quanto havia sido na noite anterior.

____________________________________________________________________________

Assim que, ainda no aeroporto, Percy focou os olhos em Thalia, ele soube que a garota não se sentia nada afetuosa e, ele teve a confirmação disso quando a morena andou na direção de Annabeth e simplesmente disse – ou gritou:

– POR QUE VOCÊ NÃO ATENDEU AS MINHAS LIGAÇÕES OU RESPONDEU AS MINHAS MENSAGENS, SUA VADIA?!

– Thalia, fala baixo – Annabeth pediu – Em casa nós conversamos. E onde está aquela recepção de “Nossa, Annabeth! Eu senti tanto a sua falta!” ?

– VOCÊ NÃO MERECE!

– Thalia, pare de gritar – Nico chegou mais perto da namorada e franziu as sobrancelhas para ela. – Estamos num local público.

– Desculpa, Nico – ela baixou o tom de voz , e internamente Percy se perguntou que mágica ele tinha feito.

– Oi, Annabeth – Nico abraçou a loira amigavelmente – Ei, Percy – e deu dois tapinhas nas costas do amigo.

– E VOCÊ? SEU MAL EDUCADO! NEM ME LIGOU! – agora Thalia se dirigia à Percy.

– Thalia, e... – Percy começou, mas só começou mesmo, porque Thalia já tinha o cortado:

– CALE A BOCA! EU QUERO FALAR! – os olhos azuis dela faiscaram – O QUE DIABOS VOCÊS DOIS ESTAVAM FAZENDO DE TÃO IMPORTANTE QUE NÃO PODIAM DAR SINAL DE VIDA PROS AMIGOS?? HEIN??

Percy encolheu os ombros e Annabeth se limitou a permanecer calada.

– Vocês não vão responder? – Thalia arqueou uma das sobrancelhas, cética.

– Espere – Nico pareceu pensar,correndo seus olhos negros e o seu dedo indicador de Percy para Annabeth e de Annabeth para Percy – Vocês dois estão... – ele cogitou dizer “namorando” mas podia ser precipitado então mudou um pouco a expressão, de forma a deixá-la menos evasiva - ... tendo algo a mais que.... amizade?

Thalia quase desmaiou.

– Não, né? – ela sorriu, mas, assim que ninguém respondeu ,sua expressão facial mudou – NÉ?

Nico sorriu vitorioso e abraçou-a de lado:

– Eles estão sim, namorando. Me passa minhas 50 libras, Thalia.

– Vocês apostaram? – Percy disse, incrédulo.

– Mas... mas... Nico... não é justo! – Thalia reclamou.

– É justo sim. Pode me pagar. – ele deu um beijo na bochecha da namorada – Está vendo como você devia aprender a dar ouvidos ao que o seu namorado lindo, sexy e inteligente fala?

Thalia revirou os olhos e apontou para Percy:

– Ele é o culpado.

– Eu? Claro que não, Thalia! Não mandei você apostar nada.

– Foi você quem seduziu a Annabeth, Percy! Agora, por sua culpa, eu vou perder 50 libras, amigo.

Annabeth abriu a boca para protestar mas Thalia a parou com um olhar mortífero:

– Você também tem culpa, Dona Annabeth. Tinha mesmo que pegar o Percy lá em San Francisco? Não podia esperar até chegar em Londres? Francamente, Annabeth – Thalia balançou a cabeça, fazendo o seu cabelo negro preso num rabo de cavalo se balançar também – Eu estou MUITO decepcionada com você.

– Eu também estou MUITO decepcionada com você, Dona Thalia – Annabeth a fitou – Não se deve ficar apostando esse tipo de coisa, sabia?É horrível! E, por esse motivo, eu decidi que não vou mais dar o presente que trouxe lá da Califórnia para você.

– Nossa, Annabeth! Eu senti tanto a sua falta! – Thalia sorriu, quase como um anjo de tão meiga e doce, nem parecia que há segundos atrás estava gritando com a amiga – Você está tão linda! Me dê um abraço! – a morena esticou os braços na direção da loira, que suspirou e abraçou a amiga.

– Está vendo, Annabeth? Eu sou uma ótima amiga. Agora você vai, por favor, me dar meu presente? –Thalia disse em plena expectativa.

– Tá bom, tá bom – resmungou Annabeth, cedendo – Eu vou te dar o presente – a morena quase pulou de felicidade – Mas – continuou a loira – Se você continuar com sua chatice, eu tomo ele de você.

– Eu vou parar – Thalia assegurou e puxou Nico pelo braço em direção a saída – Agora vamos embora logo. Eu ainda tenho um presente para ganhar! – então olhou para trás, vendo Percy e Annabeth ainda parados no mesmo lugar – O que foi com vocês dois agora? Qual a parte do “ VAMOS EMBORA LOGO. EU AINDA TENHO UM PRESENTE PARA GANHAR!” os sonsos aí não entenderam? Sinceramente, vocês dois se merecem mesmo. A lerdeza do Percy tinha que te contaminar, não é Annabeth?

Não era o certo a se fazer, mas Annabeth deu um leve sorriso diante daquilo, afinal, ela estava de volta a Londres e tudo continuaria o mesmo. Ou pelo menos, quase tudo.


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Notas finais do capítulo

Gente, o capítulo é isso aí... acho que nunca escrevi tanto! Me empolguei e tal...
Desculpem mais uma vez pela demora...
Eu estou até meio sem graça de pedir pra vocês acompanharem, favoritarem e comentarem, porque eu sei que não mereço, mas se alguém fizer uma dessas coisas, eu irei com toda a certeza agradecer.
Eu amo vocês, sério. Prometo voltar mais rápido..!
Agora vou ali terminar de responder uns comentários, okay?
Beijos de brigadeiro e comentem como no ultimo capítulo ahaha (33 comentarios, não é pouco não)
Bye Bye!



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