True Love escrita por Chocolatra


Capítulo 48
Talvez a verdade possa mudar tudo


Notas iniciais do capítulo

OI MEU AMOREEEES! Olha quem está de volta, depois de mais de um mês, e vocês sabem muito bem que não foi porque eu quis, o meu notebook estava com problema, e agora eu resolvi tudo, e irei recompensá-los com esse capítulo e mais outro no fim da semana, aguardem... Desculpem a demora e agradeço por vocês terem tido paciência.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600082/chapter/48

Estou sentindo uma forte dor nas costas, nem assistir um filme estou conseguindo, e sei que uma coisa para relaxar é um banho de banheira, seria muito bem-vindo. Levanto-me da cama, me arrasto até o meu banheiro, ligo a torneira da banheira e jogo sais na água, deixo-a encher. Tiro minha blusa velha e minha calcinha, pego o roupão pendurado perto da porta e o visto. Volto ao meu quarto e pego meu celular em cima da minha cama, olho uma mensagem que recebi.

“Vamos sair hoje a noite? Estava pensando em andarmos pela cidade e depois comer em algum restaurante. Sinto sua falta.”

Abro um sorriso e respondo a mensagem.

“Eu topo, passa aqui umas nove horas, preciso sair e matar a saudade de você”

A minha amizade com o Matt está tão perfeita, que parece nos velhos tempos, ele me faz feliz e me diverte muito, faz tempo que não o vejo e... Droga, a banheira! Corro até o banheiro e vejo que a água está na metade da banheira, suspiro aliviada, desligo a torneira, coloco meu celular em cima das toalhas, que estão dobradas sobre uma pequena mesa ao lado da banheira. Retiro meu roupão, o penduro em seu devido lugar e me sento calmamente na banheira, sinto a água morna em minha pele nua e o cheiro dos sais penetram minhas narinas, respiro profundamente e me aconchego. Coloco uma música calma e baixa em meu celular, fecho os olhos e só relaxo.

Quando percebo que estou quase caindo no sono, abro meus olhos e pisco rapidamente, então fico observando meu banheiro.

—Elena... – vejo Stefan aparecer na porta, quando me vê ele para rapidamente e me olha assustado – que droga, desculpa!

Olhando para ele, me lembro dos nossos momentos românticos nessa banheira, o quão eu era feliz, e eu posso ter essa felicidade novamente, é só falar duas palavras: “Entra aqui”. Ele não me traiu, ele sempre me amou e tudo o que tivemos foi real, só quis me proteger, nada além disso... Mas ele mentiu, me fez sofrer e partiu meu coração! QUE DROGA, ELENA!

—Tudo bem – digo desconfortável – não tem nada a mostra... E se tivesse, não tem nada que nunca tenha visto.

Ele fica surpreso ao ouvir o que eu disse, até eu estou surpresa, mas vejo em seus olhos desejo, um desejo incontrolável.

—Hã... – ele fica vermelho ao perceber que eu soube o que estava pensando – depois eu volto para falar com você – antes que eu pudesse protestar, ele já havia sumido.

Respiro fundo, percebo que meu corpo está quente... EU NEM ME APROXIMEI DELE! A minha vontade é de me matar, não deveria me sentir assim, que merda!

—-------------------------------------------------------------------------------------------------------

—Oi – aparece uma figura em minha frente, levanto a cabeça e vejo um homem de cabelos negros e de um olhar penetrante.

—Oi Theo – digo.

Estou sentada na carteira da sala de aula, acabou as aulas de hoje, estou prestes a sair da faculdade.

—Você vai sair hoje a noite? – pergunta com um sorriso galanteador.

Engulo em seco. Estou recebendo um convite para sair? Não sei se estou preparada, quer dizer, NÃO estou preparada para ter um relacionamento,  nem sei se algum dia estarei.

—Theo, não é nada com você, mas...

—Eu sei que terminou um relacionamento a pouco tempo, acredito que não queira se relacionar com ninguém, tudo bem, esse convite pode ser para sairmos como amigos, nada de encontro.

Quer saber? Tenho que aproveitar e me divertir, daqui a pouco uma barriga de grávida aparece e não vai ser algo atrativo para os homens.

—Ótimo – digo sorrindo.

—Sério?

Concordo com a cabeça.

—Passo na sua casa as sete?

—Combinado.

Ele sorri e sai da sala de aula.

Termino de guardar meu material, coloco minha bolsa em meu ombro e saio da sala, caminho pelos longos corredores até chegar na saída, onde Caroline está me esperando.

—Nossa, você demorou hein! – reclama.

—É que eu recebi um convite para um encontro.

—Como é? Quem?

—Theo.

Ela fica boquiaberta.

—Ele é um gato! – diz sorrindo.

—Eu sei – começamos a andar e conto tudo a ela.

POV Stefan

Estou dirigindo em direção da casa da minha tia. Fui buscar Damon como faço todos os dias, não vou tira-lo da minha vista.

—...E a professora pediu que todo mundo fizesse e entregasse na hora – diz Damon – ah quase ia esquecendo, um amigo seu chamado Toby – olho para ele imediatamente – passou lá na escola e disse para eu te dar um recado.

—Que amigo? Recado? – pergunto preocupado.

—É, ele disse que o tempo está acabando.

Fico olhando para Damon assustado, imaginando-o morto, um pequeno corpo de uma criança inocente caído com um olhar sem vida. Meu corpo estremece só de pensar em perder meu irmão... Escuto uma buzina, olho para frente e percebo que quase bati em um carro, presto atenção na direção e respiro fundo.

—Como era esse amigo? – pergunto.

—Alto, negro, todo atuado.

—Ele te disse mais alguma coisa?

—Não, ele me deu esse pirulito – diz Damon mostrando o doce na mão, retiro uma mão do volante, tomo o pirulito da mão dele e jogo pela janela.

Ele franze a testa.

—Por que fez isso?

—Ele não é um amigo meu, e caso mais alguém se aproxime de você, grite, ouviu? As únicas pessoas que pode confiar é no Klaus e na Elena, em ninguém mais.

Ele concorda com a cabeça.

—Me prometa que nunca mais vai falar com ninguém além dos dois.

—Eu prometo.

—Ótimo – digo e volto minha atenção total para a rua.

POV Elena

Admito que foi bom passar a noite com alguém, me diverti bastante com o Theo, ele não forçou nada em nenhum momento, foi uma noite de amigos mesmo. Ele é um cara legal, mas infelizmente não estou preparada para me relacionar, eu queria muito, porém não consigo.

Paramos em frente a porta da minha casa.

—Bom, chegamos – diz colocando as mãos nos bolsos da calça.

Suspiro.

—Obrigada.

—Pelo que?

—Pela noite maravilhosa.

Ele sorri.

—Acho que só um “obrigada” não basta para mim – ele dá uns passos em minha direção, ficamos bem próximos.

—Theo... Não estou pronta.

Ele tira as mãos dos bolsos e segura meus pulsos levemente.

—Depois de uma longa noite, nenhum beijo? – pergunta.

—Não desta vez, eu gosto mesmo de você, mas expliquei minha situação.

Ele aperta meus pulsos e me puxa contra si.

—Elena, é só um beijo.

—Theo, não quero – tento me soltar e ele aperta mais.

Levanta meus pulsos em direção dos meus seios e me puxa para mais perto.

—Só me agradeça, só isso.

—Theo, me solta – tento me mexer, mas ele vai me machucando cada vez mais que tento – por favor, me solte! 

—Não antes disso – ele aproxima seu rosto do meu e me beija, não correspondo, tento fugir do beijo, mas ele consegue me beijar do mesmo jeito.

—Me larga! Para com isso! – grito entre os beijos.

—Larga ela! – escuto uma voz masculina firme.

Em um momento Theo estava a centímetros de mim, e logo estava caído no chão. Vejo Stefan ao lado dele, ele sobe em cima de Theo e começa a dar socos em seu rosto.

—Stefan, para! – grito.

Ele me ignora.

—Seu desgraçado! Filho da puta! – ele grita enquanto soca Theo.

—Stefan, por favor, para! – ponho minha mão em seu ombro, que na hora relaxa e ele para de socar, ele olha para mim, dou um sorriso agradecendo.

Ele se levanta rapidamente e ficamos centímetros longe um do outro, ficamos fitando os olhos e então passo meus braços ao seu redor, abraçando-o. Ele retribui me envolvendo em si, sinto o calor do seu corpo e os seus músculos descendo e subindo de acordo com a respiração.

—Obrigada – digo com meu rosto enterrado em seu peitoral.

Ele não diz nada, só me aperta mais em seus braços. Meu corpo está todo arrepiado, mas ao mesmo tempo relaxado, ele é a minha paz, a minha segurança, meu porto seguro. Sinto o cheiro do seu perfume e suor, abro um sorriso por poder sentir isso novamente, a firmeza dos seus braços envolta de mim, só que ao mesmo tempo o carinho deles, faz passar flashbacks em minha mente, todas as vezes que já senti tudo isso. Me afasto lentamente dele, como se eu nunca quisesse fazer isso, e é verdade.

—Obrigada – sorrio para ele.

—Não tem que me agradecer, sabe disso – ele olha para Theo no chão, ele está acordando.

Me aproximo de Theo.

—Saia daqui agora, ou eu chamo a policia! E é bom você manter a distancia de mim! – ele me olha cheio de raiva e depois olha para Stefan, se levanta com dificuldade e sai mancando da minha propriedade.

Sinto a mão quente de Stefan no meu ombro descoberto, meu coração acelera no mesmo tempo, olho para trás.

—Ele te machucou? – pergunta me olhando.

Olho para os meus pulsos e os vejo roxos, ele olha para os mesmos.

—Aquele...

—Relaxa, eu tô bem – digo abaixando meus braços, ele segura meus pulsos levemente e examina eles de novo.

—Isso parece bem?

—Não, mas vai ficar.

Ele olha em meus olhos. A luz branca da entrada da minha casa reflete em seus olhos verdes, e os deixa mais brilhantes, são tão lindos.

—O que a gente faz?

—Não fazemos nada – puxo meus pulsos de suas mãos – você vai para o seu quarto e eu vou tomar um banho.

—Não! Não vou deixar dormir sozinha, vai que ele volta.

—Sério isso?

Ele concorda com a cabeça.

Suspiro.

—Só hoje.

Ele sorri satisfeito.

Entramos em casa, subimos para o meu quarto.

—Vou tomar um banho – ele concorda com a cabeça e senta em meu pequeno sofá.

Enquanto eu deixou a água fria escorrer pela minha pele, lembro-me daquele momento, eu estava assustada e com medo, um dia quase fui estrupada e agora ele me agarrou a força... Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. E se o Stefan não tivesse chegado? Ele realmente iria me forçar a beija-lo? Ou tentar algo a mais?

Desligo o chuveiro, seco as lágrimas e visto minha camisola rosa claro. Vou até o espelho, lavo meu rosto novamente e faço um coque alto. Saio do banheiro e encontro Stefan no mesmo lugar, mas mexendo em seu celular... O celular que eu dei para ele, porque o outro eu quebrei quando... ELENA, CHEGA! Ele olha para mim e depois começa a percorrer seus olhos pelo meu corpo, ele está completamente fascinado e aquele seu olhar de desejo volta. Prendo a respiração por um instante, eu realmente pensei que ele se levantaria e me tomaria em seus braços, e sinceramente, não tenho certeza se eu recusaria.

—Eu vou dormir aqui no sofá – diz quebrando o silêncio.

Concordo com a cabeça e sorrio, apago a luz do quarto e me deito em minha cama, viro-me para o lado da porta e fico olhando a escuridão, como eu queria que ele se levantasse e deitasse comigo, estou desejando isso, mas não acontece. Rolo na cama e o vejo dormindo no sofá, fico observando-o do jeito mais sereno e vulnerável, sem a sua casca arrogante e maldosa, amo vê-lo enquanto dorme, me faz bem e me deixa completamente desligada de tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo é tão amorzinho! Vemos que Elena não parece mais ligar para o que Stefan fez com ela, esse final provou isso. Essa cenas tensas entre os dois... Eu chego a suspirar!
Comentem amores e como eu disse: EU VOLTEEEEEEEEI!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "True Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.