True Love escrita por Chocolatra


Capítulo 39
Antigas Amizades


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Quero desejar um feliz natal e um feliz ano novo! Não sei se vou postar capítulo semana que vem, então já adianto o ano novo, enfim boas festas a todos vocês!
Vamos ao que interessa... Boa leitura!



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Depois de eu ter dormido no máximo três horas essa noite, por causa de tudo o que o Stefan me disse ontem, estou de pé, pronta para ir para a faculdade e pronta para superar esse maldito relacionamento. Desço os degraus da escada e caminho até a cozinha, quando atravesso a porta, vejo Stefan de frente ao balcão preparando seu lanche, ele olha para mim e na hora desvio o olhar, me aproximo da mesa que fica no meio da cozinha.

–Senhorita Elena, eu fiz panquecas e... – diz Katie.

–Não estou com fome, vou pegar uma maçã e já vou para a faculdade – digo pegando a maçã - talvez lá eu coma, esse ambiente tirou meu apetite – digo olhando para Stefan e dou uma mordida na maçã, ele fica me olhando sem expressão.

Saio da cozinha e vou até meu carro, o motorista do Jeremy já está nele.

–Bom dia, senhorita Gilbert – diz.

–Bom dia – digo.

Ele começa a dirigir, vou olhando para cada parte do carro e vou me lembrando de Stefan, afinal ele dirigia esse carro comigo dentro todos os dias. Por que isso tem que doer tanto? Já não sofri e chorei o bastante noite passada?

POV Stefan

Uma das coisas mais difíceis que fiz na minha vida foi mentir para Elena, e ver aquela expressão de mágoa e decepção, ver as lágrimas descerem pelo seu rosto e ver o quanto ela estava desapontada comigo, mas é melhor vê-la daquele jeito, do que eu vê-la morta. Fiz tudo isso para os traficantes perceberem que não estamos mais juntos, que eu não me importo mais com ela, e ela sair da mira deles, e ai só terei que me preocupar com Damon, com ele não tem o que fazer, o jeito é tentar protege-lo o máximo.

–Oi tia – digo ao celular.

–Oi querido.

–Posso ir buscar o Damon?

–Claro, ele já está te esperando.

–Ok – desligo, vou até o carro e dirijo até a casa da minha tia. Depois da ameaça dos traficantes, estou levando Damon para a escola, falei com Jeremy, inventei um monte de mentiras e ele me deixou leva-lo todos os dias.

–Põe o cinto – digo para Damon, quando começo a dirigir.

Ele concorda com a cabeça e coloca o cinto.

–E ai, tá tudo bem com você? – pergunto.

–Sim, só estou com medo.

–Por quê? O que aconteceu? – dou uma rápida olhada nele.

–Nada, calma, é que... Você está usando todos aqueles equipamentos de segurança, e a tia não dorme direito à noite, estou com medo Stef.

Solto um suspiro.

–Isso vai passar logo, prometo... É que, eu arranjei alguns problemas e acabou envolvendo... – paro de falar quando vejo pelo retrovisor traseiro um carro que está atrás de nós faz um bom tempo – droga! – reclamo e começo a acelerar, e vejo que o carro faz o mesmo.

–O que foi? – pergunta Damon confuso.

–Vai para o banco de trás, fica deitado, não levante sua cabeça em hipótese alguma – digo e olho para ele.

Ele fica paralisado me olhando.

–Damon, vai!

Ele se apressa e vai para o banco traseiro, e faz o que eu peço. Continuo a dirigir, até ver um beco logo à frente, acelero mais o carro e entro no beco, estaciono o carro e viro-me para o banco traseiro. Percebo o carro entrando no beco e estacionando.

–Fica aqui, não saia! Tranque as portas, e me espera voltar, caso eu grite para você correr, você corre sem olhar para trás, e entra em uma loja e peça ajuda, está me ouvindo?

Ele concorda com a cabeça assustado.

–Ei – seguro sua mão – vai dar tudo certo, tá? Só faça o que eu pedi e tudo dará certo... Eu te amo – dou um beijo em sua testa – não olhe para a janela, continue deitado no banco – saio do carro.

Vejo um homem todo de preto, parado em frente do carro, com uma faca na mão, me aproximo dele.

–Percebi que estava me seguindo – digo.

–Estava certo.

–Posso saber o por quê?

–Acredito que você saiba. Vim matar o pequeno Damon – ele dá um sorrisinho.

–Acho que não vai dar.

–Está enganado, meu chefe mandou, tenho que cumprir.

–Talvez você não consiga sair com vida.

–Veremos – ele fecha a cara e se aproxima de mim com passos pesados, tenta me acertar com a faca, desvio e dou um soco nele. Ficamos um bom tempo lutando, fui atirado sobre o capô do carro dele, enfiei um vidro em sua perna que achei no chão, levei alguns arranhões com a faca e finalmente uma facada em meu ombro, o atirei contra a parede, e por um deslize ele derrubou a faca no chão, consegui pega-la e enfiar em sua barriga.

–Eu avisei que não sairia com vida – digo com a faca em sua barriga e olhando em seus olhos.

Ele dá um sorriso com a boca cheia de sangue.

–Seu irmão também não irá sair com vida, talvez não hoje, mas pode ter certeza que vão conseguir mata-lo e você irá ver tudo, e não vai poder fazer nada – ele começa a rir.

Enfio a faca mais profundamente, ele para de rir e fecha os olhos, tiro a faca de sua barriga e ele cai no chão morto.

–Meu irmão não vai morrer, não enquanto eu estiver aqui para protege-lo – cuspo em seu corpo.

Ando em direção do meu carro. Uma sensação maravilhosa percorre pelo meu corpo, fazia muito tempo que não sentia isso, eu senti isso quando matei aquele homem no banco, não sei o porquê, mas essa sensação é tão boa, só que não posso prova-la novamente, pelo meu irmão e pela Elena.

POV Elena

Depois de uma longa semana e alguns dias, finalmente chegou o feriado de sexta-feira, onde eu passarei três dias em casa, tentando e não conseguindo esquecer o termino do meu namoro. Chamei Caroline para dormir aqui em casa, de quinta para sexta. Passei algumas boas horas desabafando, deitada em seu colo e chorando, como sempre ela sendo uma ótima amiga, e depois ela me contou suas aventuras com Klaus, sim o melhor amigo do Stefan, eles estão se dando muito bem e eu quero que isso dê certo, Klaus é uma pessoa maravilhosa e tenho certeza que fará Caroline muito feliz.

–Sem mais choros e cabeça erguida ok? – diz Caroline em frente da porta principal – não mostre a ele que você está fraca e sofrendo, mostre uma mulher forte.

–Pode deixar – digo sorrindo e abraço-a – obrigada por tudo Car, se não fosse você...

–Eu sei, você estaria desolada e sofrendo – diz se gabando.

Rimos juntas e me afasto do abraço.

–Obrigada por me aguentar.

–É para isso que amigas servem – diz sorrindo.

Concordo com a cabeça.

–Tchau, Lena – ela dá um beijo de despedida e vai embora.

–Tchau – digo e fecho a porta.

Solto um suspiro. Ela me fez tão bem, não estou nem sofrendo tanto pelo Stefan, não sei como ela consegue fazer isso. Começo a sentir uma dor abdominal. Que droga que está acontecendo?

–Katie! – grito.

Ela aparece.

–Sim?

–Tem algum remédio para cólica?

–Sim, só um minuto.

Vou até a estante da sala, pego um livro.

–Aqui – ela me dá o comprimido e um copo de água.

–Obrigada – engulo o comprimido e entrego o copo vazio.

Caminho até o jardim, deito em uma rede que é segurada por duas árvores, e começo a ler, ouvindo o canto dos pássaros e sentindo o cheiro da natureza, que me acalma.

–Senhorita Elena? – escuto a voz de Katie.

Quando ouço sua voz, saio do mundo do livro e percebo que o sol está se pondo, quanto tempo fiquei aqui fora? Sento-me na rede e olho para ela, que está na porta que dá entrada para casa.

–Tem uma visita – diz e dá passagem para um homem, que logo reconheço.

–Elijah! – grito de felicidade, levanto-me rapidamente, corro em sua direção e voo em seus braços, dando um abraço apertado.

–Oi Lena – diz.

Ficamos um bom tempo em silencio, só nos abraçando. Elijah é um antigo amigo da família, que seus pais conheceram os meus, viraram amigos e nós dois também. O conheço desde os meus dezesseis anos, ele foi o segundo garoto que gostei, afinal o Matt foi o primeiro, eu fiquei apaixonada por ele durante um ano e meio, até que ele me disse que não poderíamos ter nada, porque ele era quatro anos mais velho que eu, e tive meu primeiro coração partido, só que mesmo depois daquilo, continuamos amigos até hoje.

Ele se afasta do abraço e fica me olhando com um sorriso magnífico, como em seis meses ele conseguiu ficar tão bonito, quer dizer, ficar mais bonito que antes?

–O que foi? – pergunto sorrindo.

–Você está muito linda – diz.

–Obrigada – digo meio envergonhada.

–Mas está com muitas olheiras – diz tentando desvendar algo – aconteceu alguma coisa?

Não sei se conto, não estou muito a fim de repetir a mesma história, parece que quanto mais conto as pessoas, mais me machuca.

–Não, não, é só... A faculdade, são tantas coisas – digo.

–Eu entendo.

–Então como foi a viagem? – pergunto, quero mudar de assunto.

Ele abre um sorriso bem entusiasmado.

–Foi maravilhosa.

Começamos a caminhar pelo jardim, como fazíamos antes. Ele sempre deu o braço para eu segura-lo, e assim ele fez, e passávamos a tarde inteira andando em círculos pelo jardim, ás vezes conversando, ou apenas sentindo a presença um do outro, sempre o considerei tanto, ele é uma das pessoas com quem eu mais me importo.

–Esses seis meses na Alemanha me mudaram, foi tão maravilhoso, nem senti falta de Mystic Falls.

–Nossa, obrigada pela parte que me toca – digo.

Ele ri.

–Não senti falta da cidade, mas senti falta das pessoas – diz sorrindo – provavelmente, essa foi a pior parte, ficar longe dos amigos e da família.

–Lembro que quando seu pai te disse que abriria uma empresa na Alemanha, e que vocês morariam lá, seus olhos brilharam – digo.

–Acho que foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida.

–Vocês vão passar só o feriado aqui?

–Sim, vamos ver a família e os amigos.

–Vão ficar aqui em casa né?

–Não, vamos ficar na casa da minha vó.

Encaro-o.

–Nem pense nisso, vocês vão ficar aqui e ponto final!

Ele ri.

–Sim senhora – diz – e você? Como vai o relacionamento com o Matt?

Solto um longo suspiro.

–Terminamos – digo.

–Ah então é por isso que está com esse olhar meio tristonho.

–Não! Nós terminamos faz uns oito meses, eu terminei com outro cara.

–Espera – ele para de andar – você estava com outro e não me contou? Que tipo de amiga você é?

Rio de sua cara.

–Desculpa, é que teve tantas complicações... Minha vida estava uma loucura!

–Então você vai me contar tudo.

Sorrio.

–Sim senhor.

Contei desde o assalto até a traição do Stefan, ele ficou bem assustado e surpreso por não estarmos juntos depois de tudo o que passamos. Depois maratonamos uma série nova que ele disse que era muito boa, e jantamos com meus pais e seus pais, e no final do dia cada um foi para o seu quarto. Estou tão feliz que ele está aqui, na hora em que eu precisava mais de amigos, ele aparece, isso vai me fazer esquecer completamente dos meus problemas.

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Estou deitada na minha cama, embaixo das cobertas e chorando. Sim, pelo Stefan! Estou em uma droga de TPM, eu estava muito bem ontem, não chorei enquanto contei a história para o Elijah, e nem se quer pensei no Stefan no resto do dia, mas hoje eu desabei, mesmo que minha mente esteja dizendo para não chorar, eu não consigo.

Escuto uma batida na porta.

–Quem é? - pergunto.

–Sou eu – escuto a voz de Elijah.

–Entra – digo, tento secar as lágrimas, mas ele acaba me vendo nessa situação.

–Não me diga que está chorando por causa dele! – diz ele indignado.

–Sim – caio no choro – eu não quero chorar, já gritei comigo mesma, estou com raiva de mim, mas a maldita TPM me faz continuar chorando.

Ele respira fundo e se aproxima da cama.

–Preciso fazer você se levantar dai.

–Como?

–Fazendo o que mais fazíamos antigamente – diz abrindo um sorriso – ir para a balada.

–Ah não...

–Não negue! Isso não é um pedido é uma ordem.

–Mas...

–Lena, você vai e ponto final.

Solto um longo suspiro.

–Tá.

–Eu vou visitar meus avós e às 22h00 eu passo aqui no seu quarto, combinado?

–Sim, combinado – abro um sorriso pequeno.

–Ótimo, tenta não passar a tarde chorando – ele dá um beijo em minha bochecha e sai.

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Coloquei meu vestido azul marinho colado e que é um pouco acima do joelho, me maquiei e fiz um penteado, estou colocando meus brincos. Escuto uma batida em minha porta.

–Entra! – digo.

Olho para porta e vejo Elijah entrando, ele fecha a porta e olha para mim, ele fica boquiaberto, me olhando de cima a baixo.

Começo a rir.

–Essa sua cara é ótima – digo.

Ele me olha nos olhos e ri.

–Desculpa, é que você está deslumbrante.

–Obrigada – dou um sorriso enorme, pego dois sapatos no chão – preto ou vermelho?

–Vermelho, você fica sexy de vermelho – diz com um sorriso malicioso.

–Ei! – pego uma almofada em cima da minha cama e jogo nele – para com essa cara, seu safado!

Ele começa a rir. Coloco o sapato vermelho e passo um perfume.

–Pronta?

–Sim – digo e caminho até ele, como sempre, ele estende o braço e eu o seguro.

Caminhamos até a porta principal, saímos e logo a frente está meu carro, olho ao redor e vejo Stefan em um canto, logo em frente ao carro do Jeremy, me olhando e fico olhando para ele. Continuo sendo hipnotizada pelo par de olhos verdes, malditos olhos!

–Lena? – escuto a voz de Elijah, que parecia estar bem distante, como se estivesse me acordando e olho para ele, vejo que está com a porta aberta, esperando eu entrar.

–Desculpa – digo e entro, ele fecha e entra pela outra porta, e o motorista começa a dirigir, passamos em frente ao carro de Jeremy, aproveito que o vidro do meu carro é fumê e olho para Stefan, ele persegue o carro com os olhos, com um olhar tristonho e ciumento. Não ligo, foi ele quem me traiu, se está sofrendo por eu estar saindo com outro homem, eu acho ótimo, mesmo que esse homem seja um grande amigo meu, deixe ele pensar e sofrer.

O carro para em frente da balada, Elijah sai e abre a porta para mim, estica a mão, seguro-a e me ajuda a sair, entramos na balada.

–Vamos beber primeiro? – pergunta.

–Sim – digo gritando por causa do alto som.

Nos apoiamos no balcão e pedimos algumas bebidas ao barman, bebemos tanto que nem lembro o que eu bebi, só sei que conversamos sobre assuntos aleatórios e rimos muito.

–Vem, vamos dançar – digo pegando sua mão e o puxando para a pista de dança.

Começamos a dançar um de frente para o outro, rindo e se divertindo, como nos velhos tempos, tem várias luzes e fumaça na pista, muita gente esbarrando uma na outra e uma música com batidas está tocando. Ele segura em meu quadril e continuamos a dançar, e ele vai me aproximando de si cada vez mais, até dançarmos com os corpos grudados um no outro, nossos olhares ficam penetrantes, ás vezes olhamos um para a boca do outro, envolvo meus braços em seu pescoço e continuo a dançar, porém ele para, então eu também paro, ficamos nos olhando, sem dizer uma única palavra, até que ele põe uma mão em meu rosto e me beija. Um beijo caloroso, mas ao mesmo tempo lento, não sinto nada, só sinto um preenchimento em meu coração, a dor que estava nele causada pelo Stefan, eu a perco nesse momento. Ele afasta sua boca lentamente, ficamos nos olhando em silêncio.

–Eu não deveria ter feito isso – diz e sai.

Fico parada imóvel, tentando processar tudo o que aconteceu. Então vou atrás dele, saio da boate e o vejo encostado na parede, de braços cruzados e olhando para o chão.

–Elijah! – grito e ele olha para mim, está com um olhar arrependido.

Aproximo-me dele.

–O que foi? – pergunto.

–É que... Eu não deveria ter te beijado, você está frágil, eu me aproveitei da situação – diz negando com a cabeça, ele está realmente arrependido.

Seguro seu rosto e ele olha em meus olhos.

–Você não tem culpa de nada, afinal você não beijou sozinho... Sei que estou emocionalmente fraca, mas eu sei o que estou fazendo, e eu precisava daquilo.

Ele suspira.

–Não vai acontecer, de novo – diz e entra no carro.


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Notas finais do capítulo

E ai?! Elena alfinetando o Stefan, amo mexxxmo! Bicha, a senhora está venenosa mesmo hein viado! Tefinho defendendo o Damon (mil amores) e tendo o seu dark side de volta? Hmm e toda essa história entre Elena e Elijah? Será que vai ter uma continuação? E esse beijo? Comentem meus lindos, quero saber a opinião de vocês. Beijos!