–Elena – escuto a voz de Klaus atrás de mim.

Estou de frente a mesa da cozinha, tomando um café, viro-me em sua direção.

–O que foi? – pergunto.

–Hã... Sabe a sua amiga Caroline?

Concordo com a cabeça e dou um gole do café.

–Então, a gente conversou tanto na sua festa, quanto na do Damon, e sabe... Eu fiquei interessado nela, e eu queria saber se você poderia dar o telefone dela.

Dou um sorriso.

–Claro – pego meu celular e dito o número dela, enquanto ele anota no seu celular.

–Obrigado – diz com um sorriso.

Sorrio e volto a tomar meu café.

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–Elena, meu amor, vamos, a gente vai se atrasar! – grita Stefan na sala.

–Estou indo – saio do banheiro e vou até a sala.

Ele me olha de cima a baixo, encantado.

–Você está maravilhosa – diz ele.

Sorrio.

–Eu poderia ficar aqui babando em cima de você e querendo muito, tirar esse vestido de você, mas infelizmente preciso te dizer que ele está meio exagerado.

–Como assim?

–Nós vamos a uma lanchonete, e o seu vestido é para um jantar muito importante.

–É que você havia dito que iriamos jantar, e jantares são formais.

–Não no meu mundo – ele se aproxima de mim – coloca um vestido que você vai para faculdade, e está ótimo.

–Tudo bem – sorrio e volto para o banheiro.

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–Desculpa pelo atraso, digamos que essa moça aqui, demora muito para se arrumar – diz Stefan ao meu lado, em frente da mesa onde está Lexi e Kai.

–Ei! – dou uma cotovelada nele.

Ele ri.

–Tudo bem – diz Lexi – sentem-se.

Lexi está logo a frente de Kai, Stefan senta ao lado de Lexi, e sou obrigada a sentar ao lado de Kai. Não disse isso por ele ser chato, ou algo do tipo, é porque eu realmente acho que ele está dando em cima de mim. Espero estar errada.

Fazemos nosso pedido, e começamos a conversar.

–Quando eu e o Stefan tínhamos uns oito ou nove anos, roubávamos muitos doces, mas era muitos doces – diz Lexi.

–Não acredito! – digo.

–Sim. Éramos duas pestes, batíamos nas crianças menores, roubávamos os brinquedos delas e ainda assim nunca nos ferrávamos.

–Eu era muito bom nisso – diz Stefan se gabando.

–Ah para de mentir, eu que era o cérebro – diz Lexi.

–Disso eu não tenho dúvidas! – digo concordando com Lexi.

–Ei! Não é para ficar do lado dela - reclama Stefan.

–Fico do lado da verdade – dou de ombros.

Ele me encara e eu faço o mesmo.

–Eu também roubava os brinquedos das crianças, mas minha mãe sempre descobria e eu levava uma surra quase todos os dias – diz Kai – só que mesmo assim eu não parava.

–Será que eu fui a única santa quando criança? – pergunto.

–Vai me dizer que nunca roubou, ou bateu em nenhuma criança? – pergunta Lexi.

–Juro que não! Eu era bem quieta, morria de medo de fazer alguma coisa erra... – travo minha fala, ao sentir a perna de Kai deslizando na minha, olho para ele e ele está olhando para mim, fingindo que não está acontecendo nada. Sabia que isso iria dar merda.

–Lena? Você está bem? – pergunta Stefan.

Olho para ele.

–Estou, estou – digo meio nervosa – é que eu lembrei de alguns trabalhos da faculdade, fiquei meio preocupada, mas agora não é hora de pensar nisso né? – dou um suspiro – onde eu estava?

–Que você tinha medo... – diz Lexi.

–Ah, eu tinha muito medo dos meus pais descobrirem e me deixarem de castigo, ou baterem em mim – estou tentando me acalmar, enquanto sinto sua perna ainda deslizar pela minha, não posso deixar que Lexi e Stefan percebam – então eu não fazia nada de errado – afasto minha perna bruscamente, que acabo batendo o joelho na mesa, e a faz balançar.

Todos me olham.

–Amor, você tem certeza que está bem? - pergunta Stefan.

–Estou, desculpa foi sem querer – digo gaguejando – eu vou ao banheiro, com licença – levanto-me e me direciono até o banheiro feminino.

POV Stefan

Por que sinto que está acontecendo alguma coisa? Percebi que Elena estava meio nervosa, o que está havendo?

–Eu vou pedir mais gelo, o meu derreteu todo – diz Kai e se levanta.

–Você se lembra daquela vez em que... – escuto só o começo da frase de Lexi, depois ignoro-a, pois sigo com meus olhos os passos de Kai e vejo que ele entrou no banheiro feminino. Que merda que está acontecendo?!

–Vou pedir outra bebida – digo sem ao menos olhar para Lexi, levanto-me e ando em passos largos e pesados, estou ficando com raiva e se for o que estou pensando, sou capaz de fazer uma grande besteira, mas não me importo.

POV Elena

Estou de frente ao espelho, me olhando e tentando entender o porque de estar acontecendo isso. Ele tem a namorada dele e eu tenho Stefan, por que ele quer isso? Eu não quero!

A porta do banheiro se abre e vejo Kai, pelo espelho, entrando com um sorriso malicioso. Viro-me em sua direção e ele se aproxima.

–Entendi seu joguinho, querendo me trazer pro banheiro, não sabia que era tão apressada – vou me afastando até sentir a pia em minhas costas, ele me prende nesse lugar, pressionando seus braços, um de cada lado, na pia e me deixando entre eles.

–Não é isso, eu não quero o que... – ele pressiona seus lábios contra os meus, tento afastar, porém ele põe suas mãos em meu rosto e me impossibilita de fazer isso.

–Mas que merda que está acontecendo aqui?! – grita Stefan.

Kai se afasta rapidamente, vejo raiva nos olhos de Stefan, sei que ele irá fazer muitas besteiras. Ele parte para cima de Kai e dá um soco em seu rosto, que o faz cambalear para trás.

–Stefan, não! – grito.

–Você gosta disso? De roubar a mulher dos outros? – pergunta Stefan cheio de raiva e dá outro soco, que faz Kai cair de costas no chão – não se contenta com a que tem e gosta de ir atrás da namorada dos outros? – ele chuta Kai, que se encolhe de dor.

–Para Stefan! – grito segurando-o pelo ombro, ele se vira rapidamente em minha direção e dá um tapa em meu rosto, que me faz ir para trás. Ele volta a bater em Kai.

Meu rosto está doendo muito e sinto sangue em minha boca, olho para o espelho e vejo um pequeno corte no canto do meu lábio. Estou assustada, nunca imaginei que Stefan poderia levantar uma mão para me bater, e foi o que ele fez.

–O que está... – escuto a voz de Lexi, ela olha para os dois no chão assustada – Stefan, para! – ela grita e corre na direção deles, consegue tira-lo de cima de Kai.

–Sai da minha frente! – grita ele.

–Não saio! – ela grita com uma mão em seu peito, segurando-o.

–Lexi saia! – ele grita mais alto e com mais raiva.

–Vai ter que me bater para eu sair! – ela grita no mesmo tom.

Ele fica calado, olhando para ela e então dá um passo para trás. Ela respira fundo e ajuda Kai se levantar.

–Que droga que aconteceu aqui? – ela pergunta.

–Vi Kai e Elena se beijando aqui – diz Stefan com raiva e mágoa na voz.

–Eu não o beijei! – digo.

–O que? Como é que é?! – grita Lexi e vem em minha direção cheia de raiva.

–Ei, parou! – diz Stefan parando em minha frente.

–Eu vou espancar essa vadia!

–Chega! – grita Stefan – vamos sair daqui, tem muita gente assistindo tudo isso.

Ela olha em volta e vê algumas pessoas. Ela concorda com a cabeça e sai do banheiro, e logo atrás sai Kai.

–Eu não o beijei – digo.

–Não pode mentir para mim, eu vi – diz ele sem me olhar.

–Estou falando a verdade, ele me agarrou!

–Eu sei o que vi, não adianta tentar me enganar – ele se vira em minha direção e olha para a minha boca – está machucada?

–Você que fez isso – desvio dele e saio cheia de raiva do banheiro. Não acredito que ele não vai acreditar em mim de novo! Por que ele nunca me ouve?

Pagamos a conta e saímos da lanchonete, caminhamos pela rua calados, só escuto o choro de Lexi, que tenta segura-lo, porém não consegue. Chegamos até a casa de Klaus, todos entram e ficam em pé na sala.

–Tá, agora podem me dizer o que está acontecendo? – pergunta Lexi.

–Eu já disse o quê que aconteceu – diz Stefan.

–E eu disse que ele me agarrou! – digo.

–Ah vem com essa! – diz Lexi.

–Você que me chamou para o banheiro! – diz Kai.

–O que?! – pergunta Stefan nervoso.

–Não, eu não o chamei! Eu fui ao banheiro, porque ele começou a esfregar a perna dele na minha!

–Você fez isso? – pergunta Lexi magoada.

Ele olha para ela.

–Sim – diz – me desculpe.

Ela abaixa a cabeça e vejo algumas lágrimas descerem.

–Mas eu fiz isso, porque desde que eu a vi, tivemos uma química.

–Ah é? Eu não me lembro disso! – digo.

–Todos os olhares e sorrisos não foram nada?

–Você que fazia isso, não eu!

–Ah Elena não minta!

–Quer dizer que me trocou por ela? – pergunta Lexi.

–Claro que não meu amor – diz ele – eu só senti uma atração sexual por ela – vejo Stefan fuzila-lo com os olhos – a única coisa que pensei era transar com ela.

–Seu desgraçado! – grita Stefan, que dá um soco nele.

–Stefan, para! – o puxo pelo braço – não precisa bater nele, eu mesma vou fazer isso.

–Agora quer se fazer de santa? Quer dizer que não sentiu o mesmo?

–Eu não aguento mais isso! – diz Lexi e sai da casa.

–Claro que não senti!

Ele nega com a cabeça e sai da casa atrás de Lexi.

Olho para Stefan e ele olha para qualquer ponto da casa, menos para mim.

–Olhe para mim – digo.

Ele continua a olhar para o nada.

–Olhe para mim – toco minhas mãos em seu rosto e o faço olhar para mim. Ele está muito magoado – eu não o beijei, eu amo você.

Ele nega com a cabeça e tira minhas mãos de seu rosto.

–Vocês estavam se beijando.

–Eu tentei me soltar, mas não consegui! Acredita em mim!

Ele suspira.

–Agora eu não tenho certeza se você estava tendo algo com o Matt, porque se teve coragem de ter com o Kai, imagine com o seu ex-namorado.

–Você está louco?! Claro que não! Stefan, por favor...

–Elena, eu só quero tomar meu banho, dormir e amanhã ir embora.

Algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, abaixo minha cabeça e ele vai para o banheiro. Levanto minha cabeça e saio da casa, vejo Kai observando Lexi se afastar.

–Seu idiota mentiroso! – grito e dou um tapa em seu rosto.

–O que? – ele pergunta confuso.

–Vá embora e nunca mais olhe para mim! Você estragou tudo com suas mentiras, vá embora! – grito mais alto.

Ele me dá as costas e vai embora. Caio de joelhos no chão e começo a chorar. Por que minha vida não pode ser mais fácil? Por que?

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Acordo com um barulho na cozinha, que é praticamente dentro da sala. Essa noite, Stefan não dormiu comigo no colchão que está no chão da sala, eu dormi nele e ele dormiu no sofá, mas também não falou nada, só deitou e dormiu. Sento-me no colchão e olho para a cozinha, vejo Stefan cortando um pão.

–Bom dia – escuto a voz de Klaus, olho para trás e o vejo se aproximando.

–Bom dia – digo.

Stefan fica calado, continua a fazer seu lanche.

–Ah uma coisa que eu achei estranha, foi que ontem quando eu cheguei, você estava dormindo no colchão – diz ele olhando para mim e desvia o olhar para Stefan – e você no sofá, o que foi? Não tinha espaço suficiente?

–Quem dera fosse isso – diz Stefan olhando para o seu lanche – pergunte a Elena – ele dá uma mordida e olha para mim.

–Não tenho culpa de nada disso! – digo olha para ele.

–Vocês brigaram né? – diz Klaus, ele se aproxima da mesa, na cozinha, ele pega uma caneca e começa a colocar café dentro – eu vou pegar meu café – ele enche a caneca e depois olha para nós dois – e vou ir trabalhar – ele sai da casa.

Stefan senta em uma cadeira e começa a comer.

–Vai fazer isso? Continuar duvidando de mim? – pergunto.

Ele olha para mim.

–Não tem do que duvidar, eu sei o que vi – diz ele.

–Mas eu estou dizendo que foi um engano! Você entrou na hora errada!

–Ah claro, entrei na hora errada, porque atrapalhei vocês dois né?

–O que?! Você está inventando coisas! – grito. Estou indignada com o que ele está dizendo.

–Inventando? – ele me encara – eu sei o que vi, e não importa o que diga, não vai adiantar, porque agora sei que é uma mentirosa – ele se levanta da cadeira.

–O que?! Stefan! – meus olhos se enchem de lágrimas – vai me tratar desse jeito? Não acredito nisso!

–E eu não consigo acreditar que você teve a coragem de me trair – diz com mágoa no olhar.

–Mas eu não...

–Elena, eu só quero tomar um banho e ir embora, espero que faça o mesmo, senão vou ter que te deixar aqui – ele vai para o banheiro.

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Estamos dentro do carro, Stefan dirigindo e eu ao seu lado. Ele pediu o carro de Klaus emprestado, pois não estava passando nenhum táxi. O silêncio continua desde que entramos e pegamos a estrada, nem olhar no meu rosto ele olhou, só está sério e com a cara fechada.

–Vai ficar com essa cara feia e me ignorar? – pergunto.

Ele olha para mim.

–É o melhor que posso fazer, porque se eu começar a discutir, posso fazer besteira – ele volta a olhar para a estrada.

–Como bater no meu rosto ontem? – pergunto com a voz tremida. Ainda não consigo aceitar que ele fez aquilo comigo, como ele pôde ter feito?

Vejo que ele ficou incomodado com o que disse. Ele olha para mim.

–Foi sem querer, eu queria te afastar e acabei fazendo aquilo – diz ele tentando não levantar a voz.

–Ah claro, até porque afastar e bater é algo bem parecido – digo ironicamente.

–Eu não fiz por querer! – ele grita, me assusto – eu nunca te machucaria, NUNCA! – ele se acalma um pouco e olha para estrada - mesmo vendo você beijar outro cara!

–Eu não o beijei! – grito – para de afirmar algo que você não sabe!

–Eu vi! Eu vi Elena! Não foi algo que alguém contou, eu vi aquela maldita cena! – ele está bravo, vejo novamente raiva em seu olhar, que hora olha para mim, hora olha para a estrada.

–Eu já te disse que ele me agarrou!

–E por que não se afastou?! – ele grita mais bravo que antes.

–Porque não deu tempo, na hora que ele segurou meu rosto, você chegou e não deu tempo para eu afastar!

–Para de mentir! – ele grita.

–Para de duvidar de mim! – grito.

–Não tem como acreditar! Mesmo que eu queira, não dá! Eu vi a mulher que mais amo no mundo, beijar outro cara! Acha que isso é fácil?!

–Se você me ama tanto assim, pode acreditar nas minhas palavras!

–Não dá! Elena, primeiro foi o Matt, agora é ele! Não dá para eu conseguir acreditar no que...

Escuto uma buzina de um caminhão e vejo uma luz branca forte, olho para a estrada, e vejo um caminhão logo em nossa frente.

–Stefan! – grito.

Ele olha para a estrada, tenta desviar, porém não consegue. Sinto a batida, que faz o carro capotar, estou vendo tudo em câmera lenta, olho para Stefan e vejo que está acordado, e olha para mim, seu olhar de preocupação é notável, então sinto sua mão entrelaçar a minha. Tento dar um sorriso, porém minha cabeça bate em algo, que me faz apagar.

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POV Stefan

Abro os olhos lentamente, sinto uma dor forte em meu corpo. Começo a olhar ao meu redor e não reconheço nada.

–Onde estou? – pergunto.

Vejo uma mulher se aproximar da cama onde estou deitado.

–Está se sentindo bem, senhor Salvatore? – pergunta a mulher.

–Onde estou? – estou totalmente confuso, quem é ela?

–Está em um hospital, você sofreu um acidente de carro, não se lembra?

Tento me lembrar, então tudo volta em minha cabeça. Estava discutindo com a Elena, bati em um caminhão e enquanto o carro capotava, nós seguramos nossas mãos, mas ela acabou desmaiando, e antes que eu pudesse fazer algo, eu também desmaiei.

–Elena? Cadê ela? – pergunto desesperado.

–Calma, calma – diz a mulher me segurando, impedindo-me de levantar – se preocupe com você.

–Não! Não posso! Isso tudo é culpa minha, eu deveria ter prestado atenção na estrada, cadê ela?! – grito.

–Se acalma, e eu posso te contar, tudo bem?

Concordo com a cabeça.

–Ela teve muitos problemas, quebrou uma perna, fraturou a coluna e bateu a cabeça com muita força, que talvez possa dar um traumatismo craniano, então estamos observando-a.

–Meu Deus, ela está correndo risco de morte – estou começando a ficar desesperado, ela pode morrer a qualquer hora, por minha causa.

–Sim, ela está correndo muitos riscos, mas tenha fé que dará tudo certo.

Fico olhando para o nada, meus olhos se enchem de lágrimas, não posso perde-la, não vou aguentar isso, será tudo culpa minha.

–Preciso vê-la – digo sentando na cama.

–Não – a mulher me empurra cuidadosamente, me fazendo deitar – ela está em uma cirurgia.

Lágrimas começam a descer pelo meu rosto.

–Não, eu não posso deixa-la morrer! – grito, sento-me na cama.

–Senhor Salvatore, se acalma, não me faça dopa-lo.

–Eu preciso vê-la! Agora, não posso perde-la!

–Desculpe, mas precisa se acalmar – vejo-a injetando algum liquido na agulha que está em meu braço.

–Não! Não pode fazer isso! Preciso vê-la! – grito.

–Agora não dá.

Sinto meu corpo pesado, meus olhos começam a fechar e durmo.