True Love escrita por Chocolatra


Capítulo 3
O Novo Empregado


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Estou tão feliz com os comentários de vocês! Obrigadaaaa! Sério vocês me ajudam muito dando esses comentários, cada vez mais quero escrever. Enfim, quero desejar uma boa leitura e quero agradecer a todos que me acompanham!



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Enquanto voltávamos de carro para casa, expliquei tudo ao Stefan, tudo que ele tinha que fazer e seus horários. Ele não estava nem um pouco feliz, mas ele merece uma chance de ser um homem digno.

–Esse é o seu quarto – abro uma porta.

Ele observa e solta a mochila em cima da cama.

O quarto dos empregados são os mais simples, com uma cama, um guarda-roupa e uma pequena mesa no canto do quarto.

–Fique a vontade ele é seu – entro e abro a porta do guarda-roupa – aqui está o uniforme que você sempre tem que usar.

–Smoking? – ele pergunta indignado.

–Sim, todos os empregados homens usam smoking, vai ter que se acostumar.

–Duvido que eu consiga.

–Com o tempo você consegue... Bom vou deixa-lo dormir, afinal já são 02h30min da madrugada – caminho até a porta – boa noite.

–Boa noite – ele fecha a porta.

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–Então ele vai trabalhar aqui? Um marginal? – pergunta meu irmão indignado na mesa de café da manhã.

–Ele merece uma chance – digo.

–Isso é um absurdo! – protesta minha mãe.

–Eu também achei, mas ela insistiu...

–Idaí?! Voce tem que parar de mimar ela! Olha a besteira que ela está fazendo! Colocando um criminoso em nossa casa – diz minha mãe.

–Não sou mais criança para alguém ficar me mimando! Mesmo que ele discordasse iria trazê-lo para cá! Mãe, você não viu as condições que ele vive... Mora com o pai e uma criança, eles só tem comida e nada a mais!

–Isso não justifica ele roubar! – grita Jeremy.

–Por isso que ofereci o emprego, para ele mudar de vida.

–Colocando nossa família em perigo? – pergunta minha mãe.

–Quer saber, fiquem reclamando, não vou mais ouvir besteiras – levanto-me da cadeira – vou para a faculdade, com licença – saio da sala de jantar.

–Elena, volte aqui! – grita minha mãe.

Vou até o quarto de Stefan e bato na porta.

Ele abre a porta. Ele está vestindo a calça social e a blusa desabotoada. Vejo seu abdômen totalmente bem definido, viro-me de costas rapidamente.

–Acho que você deve se vestir primeiramente, não? – pergunto de costas.

–Eu não consigo fechar esse negocio!

Viro-me para ele e o vejo tentando abotoar a camisa.

–Posso ajudar?

–Tá, entra – entro no quarto e ele fecha a porta, começo a abotoar a camisa social e sinto meus dedos formigarem, ele é muito bonito! Me deixa completamente nervosa e sem jeito.

–Pronto – digo tirando as mãos da camisa.

Ele pega e abotoa o paletó com dificuldade.

–É isso?

–Não falta a gravata – a pego no guarda-roupa e entrego a ele.

Ele a pega e não sabe colocar.

–Pode me ajudar? – ele faz uma cara de suplica.

Rio.

Começa a encaixar a gravata borboleta na camisa social e percebo que ele está me olhando, minhas mãos começam a tremer e meu coração acelera. Termino e me afasto.

Ele vai até o espelho e observa.

–Voce é boa nisso.

Sorrio.

–Acho que vou ter que precisar da sua ajuda todos os dias.

–Sem problemas.

Ele sorri, faço o mesmo. Ficamos nos olhando.

–Bom, vamos?

Ele concorda com a cabeça.

Saio na frente e ele me segue.

–Esse carro é meu, então é esse que você sempre vai dirigir.

–Tudo bem – ele entra no carro, sento no banco de trás.

Falo o endereço e ele diz que sabe onde é.

Ele começa a dirigir.

–Por que está fazendo isso? – ele pergunta.

–Isso o que?

–Me ajudando... Eu assaltei sua casa.

–Por que eu vi que você merecia uma chance.

–Chance? Eu não queria uma chance.

Suspiro.

–Voce merece uma chance e sei que tem um lado bom.

–Não tenho lado bom.

–Tem, porque eu vi quando você se arriscou para procurar pelo o colar da sua mãe... Por você estar fazendo isso pelo o seu irmão e por hoje.

–O que tem hoje?

–Voce foi gentil comigo... Me deixou te ajudar.

–Fiz aquilo pelo o meu irmão, não por você!

Por que ele tem que tentar ser esse cara durão e sem coração?!

–Está vendo? Tem um lado bom... E você tem que mostrar esse lado bom.

–Não gosto de ser uma pessoa boa... Não sou uma pessoa boa.

–Mas...

–Elena! Eu matei uma pessoa e sabe o que eu senti? Me senti bem e não me importei por ter matado ela.

–Está mentindo!

–Estou? Voce nem me conhece e já diz que sou um homem bom, mas não sou! Voce não me conhece e não sabe o quão ruim eu sou! Então para de tentar bancar a boazinha comigo e de tentar me mudar, por que não vou mudar! Esse sou eu e não quero mudar!

–Não acredito em você.

–Então continue sendo essa idiota, tentando ver outra pessoa... Eu mato e machuco pessoas, me sinto bem em fazer isso.

Ele não pode estar dizendo isso! Ele não é essa pessoa! Eu vi quem ele é realmente! Se importa com a sua família e faria tudo por ela... Ele não pode ser esse monstro.

–Voce não é esse monstro que diz.

–Ah não? Quando eu assaltei uma casa de riquinhos babacas que nem você, o cara tentou ligar para a policia e na hora eu apontei a arma na cabeça dele, ele suplicou para eu não mata-lo e chorou muito... Mas sabe o que fiz? Atirei bem no meio da testa dele, o corpo dele tombou no chão e eu que eu tinha liberto a minha raiva, ter vingado...

–Já chega! Para o carro! – grito.

Ele encosta o carro.

–Vou a pé, não vai demorar muito – saio do carro – infelizmente eu me enganei com você – bato a porta do carro e começo a andar.

Como pude ser tão burra?! Acreditar que ele seria um homem bom e generoso? Que estava no mundo do crime porque não tinha outra opção? Fui a mulher mais idiota e burra! Aqueles olhos verdes me hipnotizaram... Mas só me fez de trouxa.

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–Ai eu fui... – digo conversando com a minha amiga Bonnie, saindo da faculdade, até avistar o meu carro na frente da faculdade e Stefan me esperando. Paro no meio do caminho.

–Lena? O que foi? – pergunta ela.

–Nada – digo – vou indo, tchau – caminho até o carro.

–Tchau.

–O que está fazendo aqui? – pergunto na janela do carro.

–É meu trabalho, certo?

–Não quero mais você trabalhando para mim.

–Sinto muito... Mas seu pai não me demitiu.

–Eu já disse que não quero você como meu motorista!

–Não interessa, estou fazendo meu trabalho.

–Por que veio? Nem gosta de trabalhar!

–Porque não quero ser preso, por isso!

–Por que se importa? Voce é um cara frio se identificaria na cadeia.

–Porque não quero que meu irmão me visite na cadeia... E talvez siga meus passos – vejo seus olhos encherem de lágrimas – quero que ele tenha uma vida melhor que a minha.

Toda a minha raiva se foi e agora estou com dó dele! Que ódio de mim mesma!

Entro no carro ao seu lado.

Ele seca as lágrimas e começa a dirigir.

Sinto um cheiro esquisito, um cheiro que nunca senti no meu carro... Maconha.

Olho para ele.

–Voce andou se drogando?! – pergunto.

–Não, não.

–Para o carro.

–Por quê?

–Para o carro!

Ele encosta o carro, olha para mim, vejo seus olhos vermelhos.

–Como pode se drogar?!

–Não estou drogado!

–Olhe os seus olhos!

–Tá, foi só um pouco...

–Stefan, isso faz mal a saúde!

–Por que se importa?! Isso não te interessa, é a minha vida!

–Mas não vou deixar você destruí-la mais do que já destruiu!

Ele volta a dirigir.

–Não acredito nisso – digo.

Ele fica calado.

–Quer que seu irmão se drogue também?!

–Não fale do meu irmão! – ele grita.

Viro minha cabeça para a janela e fico olhando a paisagem.

Eu poderia dedura-lo ao meu pai, dizer que não quero um criminoso comigo e um drogado... Mas não consigo! Sinto que preciso ajuda-lo, ele precisa de ajuda! Ele é um viciado e que nunca conseguiria largar as drogas sozinho, então irei ajuda-lo. Ele pode me xingar ou falar coisas horríveis, não irei desistir dele.

Ele estaciona o carro em frente a porta da minha casa. Olho para ele, ele olha para mim.

–Temos um amigo da família, ele vai tirar sua carteira de motorista, mas você precisa fazer alguns testes com ele, tudo bem?

Ele concorda com a cabeça.

Saio do carro e o amigo da minha família entra.

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Já se passaram 5 horas que estou estudando, preciso comer algo.

Desço as escadas e caminho até a cozinha. Entro na cozinha e imediatamente esbarro em alguém. Minhas mãos ficam paradas em um peitoral, nu. Olho para cima e vejo Stefan.

Retiro minhas mãos rapidamente.

–Desculpe... – digo.

–Não, eu que me atrapalhei...

–Fui eu...

Sorrio e ele faz o mesmo.

Ele abre passagem para mim, caminho até a geladeira, olho para trás e ele está olhando para mim, ele se vira e faço o mesmo. Abro a geladeira e pego uma jarra de suco, viro-me para a mesa que fica no centro da cozinha, ele não está mais aqui. Encho meu copo de suco e caminho até o quarto dele. Bato na porta.

POV Stefan

Ela é tão linda e determinada... Não! Não posso ficar falando desse jeito sobre pessoas do tipo dela, ricos babacas e egoístas. Os ricos não se importam com ninguém, só querem saber do dinheiro e se tiver que passar por cima das pessoas para conseguirem isso, eles fazem!

Alguém bate na porta, abro e vejo Elena.

Ela tampa os olhos.

–Acho que você tem que se acostumar a usar uma camiseta.

Sorrio.

Pego uma camisa minha e visto.

–Pronto – digo.

Ela tira a mão dos olhos.

–Posso falar com você?

–Sim – abro passagem para entrar no quarto.

Ela entra e fecho a porta. Ela coloca o copo de suco em uma pequena mesa que tem no meu quarto.

–O que quer?

–Sei que o que aconteceu hoje... No carro, eu não deveria ter me intrometido na sua vida...

–Isso é verdade.

Ela suspira.

–Mas quero que saiba que eu disse aquilo para te ajudar.

–Não preciso de ajuda.

–Stefan, você é um viciado...

Ela é linda, mas tão chata! Por que tem que ficar fingindo que se importa comigo? Nem me conhece... Afinal gente do tipo dela não se importa com ninguém, muito menos com um pé-rapado que nem eu.

–Eu gosto de me drogar, e se eu não gostasse eu parava, então para de se intrometer na minha vida!

–Não quero que você morra de overdose!

–Não acha que está sendo exagerada?

–Exagerada?! Há quantos anos se droga? Dois? Três?

–Há seis anos.

–O que?! Stefan, você está se matando aos poucos!

–Por que se importa?! Voces ricos não se importam com nada, a não ser com o dinheiro de vocês!

–Quem disse isso?

–Ninguém precisou me dizer, eu sei.

–Do que está falando?

–Nada – corto o assunto.

–Stefan! O que aconteceu?

–Não é dá sua conta, pode sair do meu quarto?

–Está me expulsando?

–É o que parece não?

Ela bufa. Sai do quarto e bate a porta com força.

Olho para a mesa e vejo que ela esqueceu o copo.

–Droga! – grito.


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Notas finais do capítulo

Eai?! O que acharam do capítulo? Contem a opinião de vocês nos comentários, beijos!