True Love escrita por Chocolatra


Capítulo 13
Águas Passadas


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Quero agradecer a Katherinesalvatore2008, a Stelena Hudson Eaton Grey, a Raquel Rutardo, a Lari e principalmente a Asheley Mikaelson Salvatore, vocês são incriveis! Sério, obrigada por todo o carinho e apoio, eu sei que em todos os capitulos posso contar com os comentários de vocês, obrigada meninas! E eu senti falta de algumas leitoras no ultimo capitulo, estão achando a fic ruim? Comentem gente.
Enfim sem mais enrolações, boa leitura!



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Desço as escadas da casa, com vários DVDs na mão, caminho até o quarto de Stefan, dou duas batidas e abro a porta. Estico a cabeça e o vejo sentado na cama, com um quadro na mão e chorando.

–Stefan? – digo entrando.

Ele olha para mim e seca as lágrimas.

Coloco os DVDs sobre uma mesinha, sento em sua frente e olho para o quadro. Está ele, Damon e seu pai.

–Sinto tanta falta dele – diz – dói tanto, que ás vezes acho que não vou conseguir aguentar.

–Ei – seguro sua mão – você vai conseguir, estou aqui com você, sempre – digo olhando em seus olhos.

Ele fecha os olhos e deixa as lágrimas descerem.

–Olha, eu nunca perdi ninguém importante na minha vida... Mas eu já passei por muitas coisas – ele abre os olhos – e foram coisas que aconteceram uma atrás da outra, que antes de dormir eu me lembro de tudo e começo a chorar... Começa quando você e seus “amigos” assaltaram aqui, fiquei com tanto medo de eu morrer ou perder alguém naquela noite, que antes de dormir eu sinto o mesmo medo... Depois quando eu fui sequestrada, apanhei tanto deles e senti um grande medo, que é como se fosse ontem, eu sentindo cada dor que eles me faziam passar... E por fim quando eu quase fui estuprada, que... – abaixo a cabeça e deixo as lágrimas descerem – não sei como ainda continuo aqui sorrindo e vivendo normalmente, talvez tenha sido o pior. Ou não. Não sei, só sei que eu fiquei totalmente horrorizada, aquele nojento passando as mãos em mim – mexo meus braços de nervoso e cada vez mais lágrimas rolam pelas minhas bochechas – eu pensei que ele conseguiria e...

Ele levanta meu rosto e me abraça, fazendo-me parar de falar.

Começo a chorar desesperadamente.

–Desculpa, era para eu te consolar...

–Não, você já me consolou muitas vezes, agora é a minha vez – ele me aperta em seus braços e me sinto mais confortável e segura.

–Isso tudo se junta e me machuca todos os dias, todos esses medos se juntam e me assusta todas as noites – digo gaguejando de tanto chorar.

Ele acaricia minha cabeça.

–Você é uma mulher forte, Elena, nem todo mundo aguentaria tudo isso e conseguiria viver depois... Você é incrível.

Afasto-me dele e olho em seus olhos. Ele põe sua mão em meu rosto e acaricia, fecho os olhos e somente sinto o seu toque. Abro meus olhos e vejo que seu rosto está bem mais próximo do meu agora e continuo a olha-lo, quero tanto beija-lo.

–Eu trouxe filmes de terror para nós – digo cortando o clima e secando as lágrimas.

Ele se afasta.

–Que ótimo, assim podemos nos distrair um pouco.

–Sim - concordo com a cabeça, levanto da cama e pego os DVDs, olho para ele – vamos?

Ele se levanta e me segue até a sala. Coloco o disco no DVD, sento ao lado dele no sofá, ele coloca seu braço no meu ombro, primeiro penso em me afastar, mas agora penso idaí? Somos amigos. Encosto minha cabeça em seu ombro e o filme começa.

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–Acho que hoje não durmo a noite – digo recolhendo os DVDs, enquanto Stefan arruma a bagunça da sala.

Ele ri.

–Está com medo? – ele pergunta.

–Sim, as cenas dos filmes estão na minha cabeça – digo me aproximando dele.

Ele olha para mim.

–Então durma comigo – diz com uma voz rouca e sensual, um sorriso malicioso se abre em seu rosto. Odeio quando ele faz isso, tentando jogar seu charme em mim e dizendo coisas indiscretas.

Não posso aceitar, mesmo que seja uma proposta irrecusável, não posso! Isso não vai dar certo, eu tenho namorado... Na verdade tinha. Tenho. Sei lá! Mas eu ainda amo o Matt, e é com ele que eu quero ter algum tipo de relacionamento romântico.

–Hã... Não precisa, eu consigo dormir sozinha.

Ele se aproxima mais ainda de mim, fazendo nosso corpo grudar um no outro.

–Tem certeza? Minha cama pode ser pequena, mas cabe nós dois – por que ele gosta de fazer isso? Esses joguinhos de sedução? Ele sabe que isso me deixa maluca e ele gosta.

Ele falando isso fez meu coração acelerar e minha respiração ficar ofegante, com essa sua voz sexy e seus olhos verdes maravilhosos, sem contar o sorriso malicioso no canto da boca.

A porta da frente se abre, me afasto dele e vejo minha mãe chegar.

Salva pelo o gongo! Novamente.

–Oi querida – diz minha mãe.

–Oi – digo.

–Oi Stefan – diz ela.

–Olá senhora – diz.

Ela sobe as escadas.

–Bom, eu acho que vou deitar, amanhã tenho um longo dia, boa noite – pego os DVDs e subo correndo as escadas sem olhar para trás.

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Entro no carro estressada com o celular na mão.

Stefan começa a dirigir.

–Está tudo bem? – ele pergunta.

–Não! Não está! – digo grosseiramente.

Vejo que ele fica assustado e então se cala.

Suspiro.

–Desculpa, é que estou bem estressada e cheia de coisas a fazer.

–Tudo bem.

–É que o meu aniversário está se aproximando e a dor de cabeça vai aumentando, mesmo que ainda faltem alguns meses.

Volto a olhar para o celular.

–Vai fazer uma grande festa né?

–Sim e espero que dê tudo certo.

Continuamos em silêncio.

–E como vai o lance com o Matt?

Tiro os olhos do celular e olho para ele.

–Bom, desde que eu parei de ligar e enviar mensagens não respondidas, não tive mais noticias dele... Afinal não tenho noticias dele desde que ele pediu um tempo, porque ele não me atendeu ou respondeu alguma mensagem.

–Nenhuma? – pergunta surpreso.

–Não, nenhuma – digo desapontada.

–Acha que ele terminou definitivamente com você?

–Não sei nem em que pensar... Eu estive tão ocupada ultimamente, que eu nem me lembro mais dele, o que é bom. Então se ele terminou ou não, eu não tenho a mínima ideia, mas se ele tiver terminado, pelo menos tem que me avisar.

Ele para o carro, olho para a janela e vejo a faculdade.

–Tchau, até mais tarde – dou um beijo na bochecha dele e saio do carro.

POV Stefan

Depois de um bom tempo, resolvi dar uma passada na comunidade e visitar alguns antigos amigos.

–E ae cara, quanto tempo! – diz Klaus me cumprimentando com o nosso toque.

–Eu sei.

–Ainda está trabalhando para os almofadinhas?

–Sim – reviro os olhos.

–Deve ser foda... Entra ai cara – diz abrindo caminho para eu entrar em sua casa.

Entro e sento no sofá, ele faz o mesmo.

–E ai como vai indo? – ele pergunta.

–É melhor que a cadeia né?

Rimos.

–E como está sendo para aguentar a morte do seu pai?

Klaus é um amigo de infância, que eu sempre considerei muito, sempre soube dos meus maiores podres e sempre me ajudou em tudo, ele sempre foi a única pessoa em que eu confiei em toda a minha vida.

–Dureza, não é fácil... Perdi minha mãe e agora perdi meu pai, tudo o que resta é o Damon – ele coloca sua mão em meu ombro e me consola.

–Força cara.

–Estou tendo, a Elena está me ajudando bastante.

Ele dá um sorriso malicioso.

–Elena é a gostosinha para quem você está trabalhando?

–Toma cuidado quando for falar dela – dou um soco no braço dele.

Ele ri.

–Estou sentindo que você caiu em uma furada de novo né?

Suspiro.

–Pior que sim... Pensei que nunca mais me apaixonaria por alguém, mas estava completamente errado.

–É cara você não sabe escolher mulher.

–Sério me diga alguma coisa que eu não sei? – digo sarcasticamente.

Ele cala a boca e olha para o chão. Fico parado olhando-o, então ele olha para mim.

–Katherine está de volta.

Assusto-me com a noticia. Posso dizer que essa noticia mexeu um pouco com os meus sentimentos, mesmo depois de tantos anos.

–Como assim ela está de volta?

–Ela voltou para a comunidade, faz uns três dias.

Abaixo a cabeça e suspiro.

–Cara não me diga que... – diz ele desapontado.

–Não! Eu não a amo mais! – olho para ele – ela pode ter sido meu primeiro amor, mas ela me fez sofrer, eu a odeio.

–Espero que seja verdade... Porque você foi apaixonado por ela durante três anos, tudo parou porque sua mãe faleceu e a Katherine foi embora daqui... Stefan, ela não pode ser somente uma vaga lembrança sua, foram três anos!

–Eu sei! E sei mais ainda que eu a odeio por ter me feito sofrer durante todo esse tempo, não a amo mais – digo convicto.

–Espero que isso tudo seja verdade.

Olho o relógio.

–Preciso ir, tenho que buscar a Elena – digo levantando.

–Tudo bem – ele me acompanha até a porta.

Nos abraçamos.

–Volta mais vezes – diz ele.

–Vou tentar – digo indo embora.

Aproximo-me do carro, pego a chave.

–Stefan? – escuto uma voz feminina que eu nunca poderei esquecer.

Minha mão treme e meu coração acelera. Respiro fundo e olho para o meu lado, vejo Katherine.

Ela sorri e corre até mim, me abraça.

–Quanto tempo, meu Deus! – diz. O que? Ela me abraçou? O que essa vadia quer?

A envolvo em meus braços e é como se eu fosse o antigo adolescente apaixonado, senti falta de ver seu longo cabelo loiro e sentir o seu cheiro.

Ela se afasta e me olha.

–Está bem mudado – diz.

–É... O tempo passa – digo.

Ela está me olhando de uma forma diferente, ela nunca me olhou desse jeito. Sempre me olhou com desprezo, mas agora... Não sei explicar.

–Eu soube do seu pai, eu sinto muito – diz.

–Obrigado.

–Queria estar aqui para te ajudar, mas infelizmente eu fui embora né?

–É – não sei por que, mas não sei o que falar para ela, eu estou completamente sem palavras.

–Esse carro é seu? – pergunta.

–Não, é da minha patroa.

Ela estranha.

–Está trabalhando para ricaços?

–Longa história – digo – e eu preciso ir – abro a porta do carro.

–Ah não – ela segura minha mão e fecha a porta – fica mais um tempo – ela se aproxima de mim, deixando nosso corpo bem próximo, e fazendo sua cara sedutora.

Fico calado, somente observando seus movimentos, ela nunca fez isso, nunca tentou me beijar ou se jogou para cima de mim. Ela toca meu rosto e passa seus dedos pelo os meus lábios. Meu corpo todo estremece.

Ela sorri.

–Você não é mais o Stefan que eu conheci, bem magrinho, desengonçado e nem porte de homem tinha – ela me olha como se me comesse pelos olhos – mas agora... – solta um suspiro – está malhado, bonito e com esses mesmos olhos verdes, mas com pura malicia neles – ela morde o lábio – adoro isso. Senti sua falta, sabe?

Agora entendi o porque dessa mudança dela.

–Mas eu não – tiro sua mão do meu rosto.

Ela não compreende.

–Por quê?

–Por quê? Sério? Todos os anos que passei apaixonado por você, voce só me desprezou e me fazia sofrer. Agora que eu estou malhado e com “porte” de homem você vem atrás de mim? Ah Katherine!

–O que? Não!

–Ah não? Então eu estou mentindo que você sabia que eu te amava, e por causa disso ficava me provocando e me fazendo sofrer?

Ela fica calada me olhando e então suspira.

–Eu era uma idiota! Foi há três anos, não sou a mesma.

–Não importa, só quero distancia de você.

–Stefan... – ela toca meu rosto e o acaricia – eu era uma idiota, que gostava de ver o sofrimento dos outros, uma pessoa fria e que só pensava em si mesma. Eu não sabia valorizar as pessoas que realmente gostava de mim. Eu mudei juro. Me arrependo de tudo o que eu te fiz – ela aproxima seu rosto mais do meu – mas podíamos recuperar o tempo perdido – nossos narizes encosta um no outro.

Fecho os olhos, esperando ela encostar seus lábios no meu, mas meu telefone toca, abro os olhos e vejo que é a Elena me ligando. Quando vejo seu nome vejo que tudo que estava acontecendo era um tremendo erro. Afasto-me de Katherine e atendo.

–Cadê você? – pergunta ela.

Desculpe, eu me atrasei, já estou indo – falo rapidamente para não precisar explicar, desligo.

–Tenho que ir – digo entrando no carro.

–Você vai voltar? – pergunta ela.

–Não para te ver – ligo o carro e começo a dirigir.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Hum, Katherine o primeiro amor de Stefan, será que isso vai dar certo? E esse cu doce da Elena? Miga pare. Comentem! Espero ver minhas outras leitoras que não vi no ultimo capitulo e novas leitoras. Beijos!