LIGAÇÃO DE TELEFONE

— NICOLE!

— Oi, Pedro...

— Oi, Pedro, nada. Você não matou ela, porque ela não é humana de verdade!

— Do que você tá falando?

— Da Glace. Ela é um animatronic e você sabia!

— Você também teve o sonho, né?

— Acho que todos tiveram.

— Não ela não morreu, e sim ela é uma animatro...

— Obrigado.

— OI?!

— Sabe por que eu pedi para matar ela? Porque eu não queria ter sentimentos, da última vez que tive foi horrível, mas quando soube que você teria matado a Glace me senti muito pior.

— Mas o que houve?

1980...

— Vincent, hoje você pode ficar de folga. Vá ficar com sua família.

— Obrigado, sr Fazbear.

Vincent pegou seu carro e foi para casa. Chegando lá seus filhos os receberam com um abraço. Menos sua esposa. Ela estava grávida de 9 meses do terceiro filho deles e quinto do casal, pois ambos tiveram um filho antes de se casar. Mas o motivo para não cumprimentar seu marido foi outro. Uma coisa que só seus filhos não sabiam era que seu pai era alcoólatra. Ele batia em sua esposa e muitas vezes já ameaçou matá-la, mas ao lembrar de seus filhos ele desistia da ideia maluca. Sua esposa só estava esperando o seu filho nascer para se divorciar.

— Eu vou levá-los a uma festa. Até. – disse a mulher friamente.

Passado algumas horas Vincent tinha bebido 5 garrafas de vodka. Ele então recebeu uma ligação do hospital dizendo que seu filho iria nascer, mas sua esposa pediu que trouxesse as outras crianças que estavam na Fredbear’s Family Dinner, local onde Vincent trabalhava. Ele se arruma e antes de ir embora da uma passada na cozinha para pegar uma lata de cerveja. Ao abri a geladeira ele percebe uma faca sobre a pia. Por algum motivo ele sentiu que precisava levar aquela faca.

Ao chegar no local viu uma adolescente chorando na frente da pizzaria. Ele resolveu ir perguntar porque ela chorava, mas ao invés disso algo fez com que ele pegasse a faca e comessasse a esfaquear a garota. Ao perceber que ela tinha morrida ele se assusta, esconde o cadaver, entra de fininho na festa, pega em seu armário o uniforme do local, que na época era roxo, e troca de roupa. Depois chama seus filhos, todos entram no carro e vão embora para o hospital.

1985...

— Pai. – disse o caçula da família – Quero que a minha festa de aniversário seja onde você trabalha!

— Claro, filho.

— Vincent. – disse a mãe das crianças. Eles já tinham se divorciado mas para o bem dos filhos a mãe continuou a morar com eles – Dessa vez quero que você venha conosco para a festa.

— Ok.

A festa ocorria normalmente até que Vincent teve um ideia. Tinha um animatronic que não era mais usado na pizzaria, porém seu filho o adorava.
“Vou me fantasiar desse animatronic e levar o bolo para ele. Ele vai adorar!” – de novo Vincent teve a aquela sensação do dia em que matou a menina – “Não, por que levar o animatronic ao meu filho quando posso torná-lo o animatronic. Mas meus outros filhos vão ficar com ciúmes. Já sei! Vou colocá-los nos animatronics também e não haverá briga.”
Vincent colocou a roupa dourada e pegou escondido da cozinha um bolo e uma faca para “cortar o bolo”. Ele chamou seus filhos para uma sala sem que ninguém percebesse e depois os esfaqueou até a morte. Ao voltar a sanidade não concluiu seu plano de colocá-los nas fantasias e resolveu fugir daquele lugar.

1987...

Vincent já não era o mesmo. Procurado pela polícia agora se escondia pela cidade enquanto sua loucura crescia cada vez mais. Ele não matava ninguém a algumas semanas, quando ele matou uma garota e jogou seu corpo dentro de um animatronic feminino azul metade raposa metade humano, o que para seu estado mental era muito. Ele resolve a noite ir até a nova pizzaria para ver os animatronics. Ele joga algo no ar para que o segurança dormisse e quebrou todas as câmeras.

— O que eu posso fazer? – ele vê um animatronic branco e rosa destruído vindo em sua direção. Rapidamente ele pega sua faca fazendo-a atravessar o corpo do robô que desliga na hora. Depois ele coloca algo que parecia ser um chipe no pescoço da animatronic. Na semana seguinte souberam que esse chipe foi a causa da mordida de 87...

1993...

Vincent tinha se mudado da cidade e começado a namorar. Mas sua namorada precisava ir morar na cidade de onde Vincent tinha vindo. Não aceitando eles terminaram. Só que Vincent não sabia que ela estava grávida dele. Na outra cidade o menino nasceu sadio e recebeu o nome de Pedro. Depois de descobrir que tinha um outro filho Vincent tentou sequestrá-lo, mas a mãe dele percebeu. Sem saber o que fazer ele a matou. Ninguém mais se lembrava dele então ele passou a viver normalmente na cidade.

2002...

Freddy Fazbear’s Pizza tinha sido fechada. Pedro tinha nove anos. Seu pai não era mais o assassino cruel que conhecemos. Ele mudou drasticamente para cuidar do filho. Este o amava mais que tudo no mundo. Certa vez a irem a um enterro Pedro resolveu passear pelo cemitério. De repente encontrou uma lápide com o nome de 5 crianças. Seus sobrenomes eram o mesmo que o dele.

— Pedro! Volte aqui.

— Pai, você os conhece?
Um estalo de loucura bem pequeno bate no coração de Vincent ao ver a lápide, lembrando que o monstro ainda morava lá dentro.

— Vamos embora agora. – disse dando pequenas pausas a cada frase.

— Você está me machucando. – Vincent segurava o braço do filho com força.

— Entra no carro.

— Ainda irei descobrir quem são eles, pai. Ok! – eles passaram o resto dia brigados.

De madrugada Vincent acorda e pega seu antigo uniforme roxo ensanguentado. Ele o veste e vai até a pizzaria abandonada. Por algum motivo a pizzaria vizinha que foi usada em 87 tinha sido demolida. Só a de 93 estava de pé, por um fio pois o teto estava aberto, ratos por toda parte, etc.
Ele resolve destruir finalmente os animatronics. Depois de destruir todos ficou faltando o do Golden Freddy. Em seguida a alma de seus filhos apareceram e começaram a persegui-lo. Depois algo lhe disse para entrar na fantasia dourada ali no fundo. Grande erro pois, bem, vocês sabem o que aconteceu.

Fim do flashback...

LIGAÇÃO DE TELEFONE

— Depois disso eu fui para um orfanato. Passei toda a minha adolescência tentando descobrir o que aquelas crianças tinham a ver comigo. Quando descobri que elas eram meus meio irmãos e que meu próprio pai os matou minha dor foi tão grande que nunca mais quis sentir aquilo. Me fechei totalmente do mundo e até hoje tento descobrir os mistérios dessa pizzaria. Me desculpa. Agora tenho que falar com a Glace.

— Como?!

— Acabei de me tocar. A garota que meu pai matou e pois no animatronic feminino é a Glace! Vou assumir seus sentimento apartir de agora. Fui!

— Boa sorte na declaração! – disse Nicole – “Amei essa shipp!!”