Pó de Estrelas, Espinhos de Rosas escrita por Mel Bronte


Capítulo 1
Capítulo Único




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As pálpebras pesavam e foi difícil reconhecer o aposento. A simplicidade o fazia acreditar se tratar da casa construída em meio ao jardim venenoso. Um segundo olhar para as imponentes paredes de mármore confundiu-o novamente.

Deixou escapar um gemido enquanto se levantava. Alguém envolvera caprichosamente a porção inferior de seu tronco, bem como seu braço direito, com ataduras. Não ter se curado rapidamente denunciava uma batalha contra um inimigo poderoso. Em geral, contavam o cosmo descomunal para uma recuperação acelerada.

Tentava relembrar-se do evento que o deixara naquele estado, enquanto observava os poucos objetos à vista: uma tocha iluminava fracamente o ambiente, havia também a cama sobre a qual sentou-se, uma mesa de canto com uma lamparina a óleo, um biombo de madeira, adornado com figuras orientais, que provavelmente separava ambientes.

Era um padrão bastante atípico naquelas doze casas, construídas ainda em tempos mitológicos e com moldes de palacetes da longínqua época.

Subitamente, foi tomado por medo e terror. Se alguém fizera-lhe os curativos, certamente teve contato com o sangue envenenado. Como pôde ser tão descuidado? Não se perdoaria jamais, caso alguém se ferisse por sua desatenção.

Gradativamente, conseguia recordar-se dos acontecimentos da última missão. Nunca eram fáceis, mas daquela vez Albafica precisara quase se sacrificar para proteger as pessoas do vilarejo. O sacrifício era sempre esperado, obviamente, porém de fato achou que não sobreviveria.

Desprezar não era da índole de Peixes; sempre fora de natureza gentil, a menos quando defrontado com injustiças. Aquele serzinho o tirara do sério, desenterrara a face violenta de Peixes. Uma criatura que se dizia protegida da própria Deméter e que destruía casas e vidas indiscriminadamente com suas plantas venenosas.

Quando o cavaleiro chegou ao local do futuro embate, a primeira coisa que viu foi uma criança enroscada em plantas. Sequer precisou pensar, simplesmente precipitou-se e mergulhou as mãos nas plantas, libertando a vítima. Cobriu-a com a sua capa.

– Consegue ir para longe daqui sozinha? - Viu-a correr, e suas atenções retornaram para o embate.

– Não adianta! Seus esforços serão inúteis, Cavaleiro de Atena! Sou protegido de Deméter! - Mais uma vez, o oponente insistia naquela sandice.

– Deméter, você diz? - A voz fazia um belo conjunto com o porte imponente do cavaleiro. - Pois pelo que sei, ela jamais aprovaria esta destruição desmedida!

A provocação desencadeou a fúria da outra parte. Caules e espinhos brotavam do chão e, enquanto buscava desviar-se, estruturas de trepadeiras enroscavam-se ao corpo. Fez o melhor que pôde para ignorar a sensação de estrangulamento.

Pouco a pouco, juntavam-se novas dificuldades: as plantas pareciam cortar-lhe os músculos, a despeito da proteção da armadura dourada e, conforme lutava contra elas, a constrição aumentava. Envolto até o queixo, sentia-se sufocar. Seria incapaz de perdoar-se, caso se desse por vencido. Desvencilhar-se foi trabalhoso, mas nada que pudesse deter o poder de um cavaleiro de ouro.

Quando finalmente estava livre, não teve forças para manter-se de pé. Talvez tivesse perdido mais sangue do que imaginara... E certamente precisaria de uma dose extra de força de vontade para levantar-se.

Enquanto reunia forças para erguer-se, uma garotinha, desavisada, quase encostara em seu sangue, na intenção de acudi-lo. Sabia ser visto como um grosseiro, ao afastar as pessoas. O que não sabiam era o mal que poderia causar com apenas um toque.

– Não me toque! Consigo me recuperar... - Dirigiu-se à incauta - Preciso apenas de um momento.

Cambaleou e caiu por mais uma vez. Ergueu-se novamente, o cosmo elevando-se assustadoramente. Rosas brotavam por todos os lados. Rosas mais venenosas do que as plantas inimigas alastravam-se e dizimavam as trepadeiras. Albafica fez-se ver em sua plenitude de beleza e letalidade. Quando queria e era necessário, tornava-se um homem perigoso. Peixes mirou o homem, uma rosa branca certeira sobre o peito dele. Mais um inimigo derrotado.

Por fim, as memórias da noite anterior, sobre o momento de seu retorno ao Santuário, o atingiram.

Encontrou Shion bastante concentrado, com uma armadura à sua frente. Resmungava, e pôde apenas captar um nome.

– Hakurei!

Não gastaria seu tempo imaginando o que levava Áries a praguejar e a colocar o nome do próprio mestre em meio a palavras pouco elogiosas.

– Shion, preciso passar pela sua casa.

Os olhos do ariano, acostumados a detectar pequenas fissuras em armaduras, facilmente captaram a postura de alguém ferido. Na verdade, reparando melhor, havia sangue escorrendo pela pele alva.

– Albafica...

Adiantou-se, segurando delicadamente a mão do pisciano. Tentara fazê-lo no passado, sempre sendo repelido por Peixes. Sorriu maliciosamente, fora mais veloz do que o outro e o intento fora concretizado.

– Não, Shion! - O Cavaleiro de Peixes estava imensamente apavorado, e o ariano não o permitia partir.

Tentava conter as lágrimas. Sabia que era temido. Ele mesmo temia prejudicar alguém. Tinha medo de contaminar. Shion insistia em colocar-se entre Albafica e tal medo.

– Se insistir em passar, deverei enfrentá-lo! Não tem a minha permissão para ir adiante! - Shion desvencilhou-se, e Albafica fez menção de sair.

De todas as pessoas, só mesmo o impulsivo ariano para, além deimpedir-lhe expressamente a passagem, precipitar-se ao seu lado, tomando-lhe as mãos. A ousadia de Áries era tão grande...

– Shion! - Albafica sibilou, tentando desvencilhar-se.

O pisciano se surpreendeu com o toque do ariano. Imaginava mãos de artífice, calejadas pelas atividades de guerreiro e de reparador de armaduras, porém as mãos mornas de Shion eram aveludadas e delicadas. Depois da morte de seu mestre, ninguém mais se aproximara tanto de Albafica.

– Não tenho medo de seu sangue, Albafica. - Virou-se, ficando de frente para Peixes, sem romper o contato. - Por favor, tire a sua armadura. Ela precisará de reparos, desta vez. É pouca coisa, é claro... Não precisaremos de sangue.

O cavaleiro de Peixes despiu a armadura. Estava acostumado com os olhares voltados para si, mas Shion desviou-se. Albafica sorriu. Percebera que os movimentos de Shion eram pouco espontâneos, enquanto avaliava o corpo do outro cavaleiro.

– Não entendo a sua timidez repentina, Áries... - Ironizou.

A roupa de linho azul estava além da salvação, com os rasgões e as manchas de sangue.

– Como eu imaginava... Os danos em seu corpo são maiores do que os danos na armadura. Você não conseguirá fazer seus curativos sozinho dessa vez, Peixes.

Os dedos de Áries deslizavam pelas costas do pisciano, que arrepiou-se.

– Você não deveria, Shion. É perigoso!

O mais novo deixou escapar um muxoxo.

– Albafica, você sabe por quantos anos vive um lemuriano? Melhor... Não responda! Deixe-me apenas dizer que não vivemos por quase trezentos anos à toa.

– E você quer encurtar a sua vida, Shion? Você, que pode ter uma grandiosa vida, com a qual humanos normais sequer podem sonhar, quer encurtá-la? Deseja morrer, Shion?! Você provavelmente viverá mais do que todos nós juntos... Não trate a própria vida tão levianamente!

"Se fosse para tê-lo por perto, Albafica..."

Tratava-se mais de um capricho do ariano do que de paixão. Partia-lhe o coração, contudo, ver o pisciano sempre tão solitário, distante e melancólico. Peixes era uma boa companhia, apesar da distância que sempre impunha.

– Não pretendo, de forma alguma, encurtar a minha vida. Quero dizer apenas que somos extraordinariamente resistentes a tudo. Inclusive a venenos. Não tenho medo do seu sangue e você tem ferimentos bem profundos nas suas costas.

O perigo, de fato, não o assustava. Assim, aproximou-se da orelha do mais velho, sussurrando-lhe:

– Permita-me que o auxilie.

Os dedos esguios tornaram a percorrer feridas abertas e venenosas. Albafica, atônito, permanecia calado.

– Venha, Peixes! - Foi puxado pelas mãos delicadas e firmes antes que pudesse protestar ou desvencilhar-se.

Então, ele estava na casa de Áries. Shion parecia mesmo fazer o tipo espartano, dispensando servos na maior parte do tempo e se recusando a usar os aposentos luxuosos da área particular do templo.

Ele mesmo também preferia a simplicidade em sua casa. Neste aspecto, lembrava Lugonis e Ilias. A recordação doeu-lhe bem mais do que qualquer golpe que pudesse receber. Desconhecia o desenrolar da própria vida, a partir do momento do nascimento até a chegada ao jardim de Peixes.

Fora privilegiado por um ter um pai tão bondoso. Por ter sido criado nos limites do Santuário, conheceu de perto os dois heroicos e inspiradores cavaleiros da geração imediatamente anterior.

Confortava-lhe saber que seu mestre sempre estaria consigo. Vivia para honrá-lo, ao proteger a deusa. Vivia para lutar pela paz e para proteger os inocentes e seus companheiros.

Que falha a dele! Fracassara em um de poucos objetivos de vida. Era um soldado, e expôs um companheiro a risco desnecessário. Infelizmente para Albafica, o restante das lembranças da noite não passava de borrões. Como estaria Shion? Não poderia mais demorar-se entre recordações e suposições.

Passou as mãos pelos cabelos emaranhados, ajeitando-os como podia. Enquanto o fazia, notou finalmente o estado de seu corpo: vestia apenas roupas íntimas. Embaraçoso...

Ainda tomado pela dor dos ferimentos da batalha recente, apoiou-se nas frias e sólidas paredes. Não precisou ir muito longe, pois Shion apareceu pouco depois. A iluminação fraca quase impossibilitava o reconhecimento de feições, porém o cosmo do ariano estava bastante nítido. Firme.

– Bem que senti que você estava desperto...

– Shion! Você está bem? - A voz estava carregada de expectativa e surpresa. - Perdoe-me por ter causado transtornos.

– Estou bem melhor do que você, com toda a certeza. - Áries riu brevemente. - Como eu disse, tenho uma resistência maior a venenos. Não fique pedindo perdão, não fiz mais do que a minha obrigação.

– Ser resistente não significa que seja imune, Shion! Você sabe o quanto está arriscando?! Você é meu amigo, Shion, um dos únicos que tenho. Se algo acontecesse a você, eu...

Estava despido e exposto. Jamais fora visto chorando, e ali estava ele, com uma testemunha para as lágrimas. Não fazia mais sentido esconder as emoções. Ou esconder-se.

Debateu-se, tentando romper o contato com o outro cavaleiro. O mais novo era mesmo um inconsequente...

Irresistível. Os movimentos eram incertos, acanhados. Custou-lhe envolver os braços ao redor do corpo de Shion. Dos lábios rosados, bem desenhados, escapava um suspiro.

– Nós não podemos...

Fechou os olhos, em uma tentativa infrutífera de conter o pranto. Pôde sentir sobre si o olhar magnético e poderoso, o cosmo acalentador do ariano envolvendo-lhe.

– Já enfrentei batalhas piores, Albafica. Sei quando uma luta está perdida. E estou certo de que você é uma bastante válida!

Não esperou resposta. Entrelaçou os dedos aos do pisciano, enquanto depositava um breve e suave beijo sobre os lábios. Afastou-se, poucos centímetros separando-os, e deparou com a expressão atônita.

– Shion! - Albafica continuaria ralhando, se não fosse interrompido.

A ponta de uma língua sobre a boca impedia-lhe de falar. Shion, por sua vez, sentia o gosto das teimosas lágrimas ainda descendo pela face perfeita de Peixes. Todas as restrições e todos os medos soterrados por momentos.

Antes de cogitar reerguer qualquer defesa, Albafica viu-se cedendo às investidas de Shion. Viu-se correspondendo aos movimentos. Estava em choque? Tratava-se de um ato completamente desconhecido para ele; respondia espelhando os movimentos, mãos ainda unidas e línguas deslizando. Contra a própria consciência, aproximou o corpo ao do outro, sentindo-o quase por completo.

Afastou-se, recobrando o domínio de si. Pareceu-lhe tão errado e injusto desfrutar de tal situação, quando sabia quanto custaria ao outro! Temia pelo ariano. Ademais, pareceu-lhe uma conduta escandalosa. Não era ele o mais velho, ali? O que diabos lhe ocorrera, para ser arrebatado pelo delírio juvenil de Áries?

Era bem verdade que compreendia o amor como uma comunhão de almas, mas desde quando supunha-se que ele gostasse daquilo? De Shion, apenas um garoto? Embora a diferença de idade fosse mínima, não mais do que cinco anos, Albafica sentia cada ano de sua vida pesando-lhe. Havia mais um impasse: ninguém jamais escrevera regras, mas era possível fazer aquilo...Era possível amar um irmão de armas sem que parecesse um pecado? Para completar, sentiu-se mesquinho ao imaginar que poderia dividir tais momentos com uma mulher.

Fosse uma batalha, ele estaria perdido. Laurearia Shion pela audácia. Infelizmente para qualquer um dos dois, o único prêmio em jogo era a vida. E um amor que não poderia ser, de forma alguma, vivido sob a forma da união carnal. Quantas regras eles teriam quebrado? Quanto arriscaram? Não existia antídoto para o sangue venenoso de Peixes...Ainda assim, bailaram em ritmo calmo, sob lençóis. Shion era cauteloso ao tocar o corpo do outro, temendo reabrir as feridas. Mal sabia que a mais dolorida já sangrava.

Despertaram, lado a lado, com os primeiros raios de sol. Braços esguios enlaçavam o mais novo.

– Albafica? - Chamou-o, já esperando o silêncio como resposta. - Há algo que quero mostrar para você!

Vestiu-se rapidamente, e lançou atabalhoadamente um traje para um sonolento Cavaleiro de Peixes que, repentinamente, foi tomado por dúvida.

– Shion, há quanto tempo estou aqui?

O ariano estranhou a pergunta. Teria Albafica perdido, além de grande quantidade de sangue, também a noção de tempo?

– Duas noites. - Puxou o outro pelo braço até a área comum da Casa de Áries, sob os protestos de Albafica. - Veja só!

A armadura de Peixes, disposta sobre um simples pedestal, parecia reluzir ainda mais à luz fraca da manhã. Mais do que isto, parecia respirar. Inspirava sua beleza imaculada e seu poder como a entidade viva que de fato era.

– Fez um trabalho soberbo, Áries. - Foi sincero no elogio. Tentava manter-se solene para afastar o caos instalado em seu íntimo. - Sou grato a você.

Shion recostou-se a uma parede, Albafica seguindo-o. Os corpos, exauridos, escorregaram: um castigado pela luta, o outro pela contaminação. Mármore branco e frio nas paredes e no chão. O guardião da Primeira Casa antevira os acontecimentos, sabia que seu corpo, embora forte e resistente, moldado para sobreviver a séculos, não mais poderia lutar contra o veneno.

Foi com pavor que Albafica notou o cosmo do ariano enfraquecendo-se. Olhos febris, a pele fria e pegajosa.

– O que fizemos, Shion? O que eu fiz?!

– Nada diferente... - Precisou tomar fôlego. - Do que fizemos quando você chegou. Nada diferente do que quaisquer outros fariam...

– E você esteve tão perto de mim por duas noites? Pelos deuses, Shion!

Mesmo desacordado, Shion escorava-se, teimava em encostar em Albafica. O mais velho agitou-se. Vislumbrava apenas uma opção: recorrer à jovem encarnação de Atena daquela era. Quase disparou em corrida, detendo-se apenas por sentir cosmos familiares.

– Shion, perdi as contas de quantas vezes cheguei a quase morrer devido ao contato com o sangue do meu mestre! E ele morreu por causa do meu sangue envenenado! - Permitiu-se chorar. - O Elo Carmesim vem com um preço altíssimo. Aos Cavaleiros de Peixes unidos por ele, é proibido sequer tocar em outras pessoas que não seus mestres. Sinto-me um pecador sem redenção. Sinto muito, Shion.

Antes que prosseguisse com a confissão, viu Kardia e Atena rumando em direção à Primeira Casa, e calou-se. Havia muito mais a dizer, palavras que poderiam perder-se para sempre.

– Sentimos o cosmo do Shion quase desaparecer... - A garota sorriu, tranquilizadora. - E sei que posso ajudá-lo.

Antes que a deusa envolvesse o ambiente com o cosmo poderoso, capaz de curar, Albafica reverenciou-a e pediu permissão para partir. Confiava incondicionalmente naquela jovem, ela não desampararia Shion.

Recolheu a armadura e demorou-se observando a casa que o acolhera. Lembraria-se de todo aquele aprendizado com carinho. A primeira vez que amou plenamente, a primeira vez que cedera à vontade de alguém... Áries sempre teria espaço em seu coração.

Ao despertar, Shion deparou-se com o quarto vazio. O único resquício da presença de Albafica no templo de Áries era uma rosa branca sobre a cama. Apenas então compreendeu...Apesar dos ditames caprichosos do coração, ele e Albafica seriam tão distantes quanto as estrelas, até que outra vida tivesse início para eles. Sonharia com um vida de paz; onde os espinhos de rosas não fossem venenosos, e pó de estrelas fosse apenas parte de um mito.

Não era ingrato por ser um cavaleiro, ele mesmo procurou tal caminho; mas era por um futuro de paz, um futuro no qual seus poderes seriam facilmente dispensáveis, que lutaria até a morte. Decidiu-se, naquele dia, que acreditaria em um porvir repleto de amor sem barreiras para todas as criaturas.

Talvez, por algum capricho dos deuses, pudesse reencontrar Albafica. Partilhariam de momentos semelhantes àqueles vividos nas duas noites em que estiveram mais próximos do que nunca.


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Notas finais do capítulo

Sobre a resistência a venenos: desculpem pela invencionice, mas tive que apelar a isso. u.u Não se acanhem, digam-me o que acharam da fic. A tia Mel não morde!Deixem-me saber no que posso melhorar, e bom... Se tiverem elogios, quero saber também, oras!Espero que tenham aproveitado a leitura! ^-^