A Busca por Fafnir escrita por NikStar1


Capítulo 3
Clã Glasya-Laser




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Corria... Corria como o vento. Uma sombra passava sobre os campos abertos. Era um Lycan semitransformado. Ian Gremory, o possível último de seu clã. Os Gremory possuem terras vastas da Europa e um dos seus campos de mineração era muito distante e era lá onde se localizava a inteligência do Clã, sendo assim alguém deveria estar lá. Pelo menos era o que Ian esperava.

Chegando ao local, uma cratera exposta, o garoto saltou campo para dentro e lá o mesmo se deparou com um ataque de foice, mas o mesmo se moveu para o lado e olhou para cima, onde viu um de seus amigos, que, ao reconhecê-lo, pediu várias vezes desculpas. E ele não estava só... Eram no total, seis homens e duas garotas, que trabalhavam com a limpeza do local. Todos ficaram chocados ao saberem do desastre. Um dos homens era Gorgon Gremory, tio de Ian. Era o ferreiro e cientista principal dos Gremory. Ele sabia o que estava acontecendo...

– Era como temíamos. Ophis retornou... Ela era o meu pesadelo mais frequente na infância. Eu sempre tive medo de me tornar a chave para que ela não viesse a meu encontro, mas seu pai, Claudius, sempre foi decidido a se tornar a chave e o líder do nosso clã e morreu, passando a chave para seu irmão, que agora morreu com o roubo dela. E esse é o lado ruim do poder de um Sacred Gear... Agora teremos que reerguer nosso clã. Meu filho, Isack será um dos seus substitutos ao virar líder, Ian... –

Falou Gorgon, após explicar o que havia ocorrido e o que iria ocorrer com o clã e com a vida de todos os nove ali presentes... As garotas estavam desoladas, mas seus noivos estavam ali, então tudo seria resolvido com o tempo. Uma delas já estava grávida. Seria fácil recriar um clã, mas não seria fácil apagar da mente deles o que aconteceu e o que poderia acontecer... Gorgon era mais novo e mais fraco que Claudius, ele era forte na área do pensamento e da criatividade, mas não era de tipo atlético coisa que Isack não era. Isack era um garoto de 12 anos com o porte de um garoto de 16, era alto, forte, moreno e habilidoso, assim como Ian.

– Tio Gorgon, você sabe que eu tenho um dever como Príncipe e futuro líder do clã. Eu irei parar Ophis. Não quero nenhum de vocês comigo. – Falou apontando para todos os outros Lycans no local. – Vocês são necessários para manter o modo de vida do nosso futuro. As transações, os minérios vendidos e trocados, até mesmo a madeira. O ritmo diminuirá, mas continuará. É necessário e iremos precisar de ajuda. Vou falar com os membros do Glasya-Laser. Farei o meu máximo. Deixarei Isack e Gorgon no comando, por hora, mas quero que Isack cuide da parte da madeira. Ele é o mais forte para isso, mesmo com a transformação não totalmente controlada. Dito isso, estou indo.

– Espere! – Gritou Gorgon. E apontando para o oeste falou para o sobrinho – Olhe. Aquele brilho lá é a colina que divide os Gremory dos Glasya-Laser, onde o território vermelho é se parado do verde. Cuidado. Muitos deles não nos suportam, por termos controle dos minérios que eles tanto usam. E tome. – Falou pegando uma espada retrátil. A arma era leve e azul, com uma bainha cravejada de safiras e pedaços de prata. – Toda a lâmina é de prata, por sermos ½ demônios isso não nos afeta por completo e o dano é menor, mas os outros Lycans são gravemente feridos. Use-a Bem. Seu nome é Gjard. É em honra a um ser mítico das águas cristalinas do nosso lago. –

Pegando a espada e pondo-a nas costas, Ian tornou-se novamente em um ser amorfo e se pôs a correr. E correu até entrar no meio do território Verde, onde imperam os Glasya-Laser. Um clã de lobisomens, onde a elite são ½ e ¼ demônios derivados do clã Glasya-Labolas. Eles têm orgulho de seus líderes e de seus Príncipes. O único príncipe renegado é o atual mais forte. Brunne Glasya-Laser. Ele é o “Blue Hunter”, o caçador com olhos azuis puros como o mar. Ele possuía ódio pelos costumes e pela fraqueza de seu clã, com isso se aprimorou em magia demoníaca, sem permissão, e tentou assassinar os pais e o irmão mais novo, por quem tem muito ódio. Este se chama Thiago... Thiago Laser. Só Laser, pois ele não conseguiu “colar seu grau”. “Colar o grau” é ativar todos os seus poderes demoníacos, sem o uso forçado, entre os Lycans. E entre os Glasya-Laser os ¼ demônios não têm o direito ao primeiro nome. O Líder atual era um grande amigo do pai de Ian e de seu irmão, Victor Glasya-Laser. Ele era amigo, mas mesmo assim, como qualquer líder, iria querer tirar proveito da situação e tomar os minérios para seu clã, então Ian teria de ser duro com as informações e somente passar o necessário...

Agora que estava no meio da cidade, vários Lycans o viram e já haviam passado a informação à ronda local e estes, por sua vez, já estavam enquadrando Ian, mas quando o garoto se pronunciou um Gremory, o mesmo foi levado diretamente para os aposentos do Líder Victor...

– Senhor! Este é o garoto que se intitula, Ian Gremory, Príncipe-Aliado, filho de Claudius Gremory e DeLaila Gremory e irmão do atual líder, Giusep Gremory. – Falou o guarda, enorme e totalmente amorfo ao lado de Ian.

Deslumbrantemente normal para um produtor de tecidos e armas, lá estava Victor, com uma capa enorme e cheia de estampas com formas de espadas e escudos com o brasão exclusivo da elite Glasya-Laser. Sorridente, aproximou-se para verificar a informação. E após alguns segundo olhando diretamente para os olhos de Ian, o mesmo se pronunciou.

– Oras, se não é verdade! – Exclamou de forma espantosa e, logo mais, pôs o braço sobre o ombro de Ian e o levou para um local ao lado de seu trono. Sentaram-se e ele continuou. – Como andam as coisas com seu irmão. Já que seu pai se sacrificou passando a Chave para ele? – Perguntara de forma inocente.

– Senhor Victor... –

– Senhor não. – Interrompeu o Líder Glasya-Laser – Sou seu aliado e parceiro. Chame-me pelo meu nome. –

– Victor... Quero que você leia algo. E peço-te que não interprete errado. –

Com uma face investigadora, o homem leu a carta. E, ao chegar a certo ponto, ficou braço e quase desmaiou.

– Como isto aconteceu? Quando isto aconteceu? Temos que nos proteger, temos que agir... – O homem estava em pânico. E então uma sombra entrou casa para dentro. Era uma mulher, mas não era uma mulher qualquer... Era Glorya Laser. Mulher de Victor. Uma mulher magra com curvas perfeitas, morena, de estatura mediana e olhos vermelhos, sua íris era de por medo até nos mais psicopatas.

– Querido. Consigo sentir sua tensão do outro cômodo. O que está acontecendo? –

E depois de uma recapitulação total dos acontecimentos, por parte de Victor, a mulher pediu para que ele se acalmasse e fez com que ele me escutasse. No fim das contas, Victor pediu a uma equipe de doze homens para auxiliar os membros do Clã Gremory. Para ele, e para Glorya, não era tempo de guerra ou conquista. Era tempo de união contra um mal maior. Ophis...

Quando estavam terminando de fazer os acordos, uma terceira pessoa, com menos panos sobre o corpo, apareceu no centro do cômodo. Era Thiago. Ian jamais esquece o rosto de alguém com que já passou algum tempo em sua vida, mesmo que tenha sido há oito anos. Ele crescera muito, tinha os olhos da mãe. Agora estava mais branco e seus cabelos estavam completamente negros, sem nenhum traço dos fios brancos que tinha quando era menor. Ele estava a observar algo, estava com olhar de tédio, mas tudo mudou ao olhar para Ian. Seu rosto encheu-se de vida e o garoto foi direto para a parte superior. Como príncipe, Thiago queria estar por dentro dos assuntos, mas antes que ele pedisse algo, Victor já o informara de tudo.

– Quero ir com ele! Desejo por fim em Ophis também! – Exclamou o garoto Lycan de olhos cor de sangue.

– Não! – Disseram ambos, Victor e Glorya, ao mesmo tempo. – Você é o único príncipe entre os Glasya-Laser. Por mais fraco que seja... Deve ficar! – Continuou e ordenou Victor.

Irado, Thiago saiu da sala, como um feixe de luz, semitransformou-se e sumiu dali. Glorya continuou.

– Não sou o líder do Clã, mas, como mulher dele, estou interada de todos os nossos membros. E um dos nossos melhores membros é o Yagger Laser. Ele domina uma Sacred Gear natural chamada “Sword Controller”, com ela ele ganhou muitas batalhas, controlando as armas dos outros, sendo mágicas ou não. Ele é muito importante para nós. Por minha conta o enviaria com você, mas é ordem do líder. –

Com isso Victor apenas assentiu e saiu do cômodo... Após vinte minutos, o homem retornou. Ele agora estava acompanhado de outro homem. Enorme, loiro, musculoso e com muitos cabelos ouriçados. Era o típico Lobisomem. O homem possuía dois triângulos feitos de algum tipo de vidro no braço direito. Era a Sacred Gear dele... Ao se aproximarem, Ian percebeu que os olhos do homem eram olhos de criança, apenas o corpo que era extremamente monstruoso.

– Este é Yagger meu mais forte, e leal, Lycan. Vamos ser sinceros e evitar enrolações. Ele está aqui, pois aceitou, de bom grado, ajudar nesta luta. Ele está totalmente ciente do poder que irá enfrentar. E já está pronto para partir. – Quando ouviu a ultima parte, Ian se deu conta da mochila que ele trazia em suas costas, mas não via nenhuma espada com ele, entretanto não queria fazer aquilo demorar mais. A cada minuto de atraso deles, Ophis estava mais próxima de encontrar Fafnir. E então todos os preparativos haviam sido feitos. Então Ian e Yagger, já semitransformados, partiram.

No caminho, ian percebera que Yagger era mais rápido que ele e que mesmo transformado, o garoto podia crescer ainda mais seus membros tendo trações diferentes a todo momento. Ele possuía apenas dezoito anos, com um corpo de vinte e cinco, mas rosto de dezesseis. Essa contradição fez Ian se sentir inferior ao poderia corporal de Yagger.

Chegando ao litoral, ambos veem o barco dos Gremory. Elçe estava ancorado no porto na ala esquerda do cais. Adentrando no mesmo, ambos os garotos Lycan se põe a mover. E ao chegarem ao alto mar, ouviram alguns barulhos, vindo de uma pilha de batatas e tomates. Algo stava ali. E com um ruído de reclamação, Yagger se pronuncia.

– Não sabia que era tão rebelde assim, Príncipe. – Falou em tom sarcástico. Ian não entendeu, até que ouviu.

– Droga. Você tem mesmo um bom faro Yagger. Mesmo com toda essa essência consegue distinguir meu cheiro... –

Era Thiago. Ele estava com uma mochila e com um pergaminho azul. Ele dissera que seus pais não iriam sentir falta.

Yagger estava totalmente irritado. E pronto para voltar, pôs a mão no timão do barco, mas sobre sua mão, o garoto Gremory pôs a dele.

– Amigo. Estamos em alto mar e a um dia de viagem para a área Africana. Não temos tempo para voltar. O Thiago está aqui... –

– Red. Chame-me de Red. Thiago é só para os meus pais... – Interrompeu, o garoto Glasya-Laser.

– Tudo bem. O Red está aqui por vontade própria. Não foi convocado ou pedido ajuda. Ele está por sua própria responsabilidade. Não iremos nos atrasar por conta dele e muito menos iremos nos aproveitar dele. Ao chegarmos no próximo clã pedimos o envio dele. –

– Vão me dispensar? Eu também tenho uma Sacred Gear. Sou tão precioso para meu pai por isso. Controlo a Swod Birth. Poço fazer nascer quantas espadas eu quiser e de qual elemento eu quiser. – Exclamou o garoto – Eu e o Yagger éramos uma dupla até meu pai nos separar por eventos secundários. -

Yagger rangeu os dentes e logo Ian percebeu que aquilo não era algo bom de ser revirado. Então o mesmo fez ambos pararem e disse suas reais intenções.

– Red, você é um ótimo guerreiro. Já escutei muito sobre o “Red Hunter”, o caçador vermelho. Sei que você é fote. Brincavamos juntos e treinávamos também. Não sabia que possuía Sacred Gear. Nem a vejo, mas sei que deve ser forte, poém você é o único príncipe de seu clã. Você deve ser o próximo líder, após a morte de seu pai. Então não pode correr perigo. –

– Minha mãe está gravida de gêmeos. Meu pai ainda não sabe, mas ela está. Dois possíveis líderes do nosso clã. E fora eles, temos o Bill e JK, filhos do meu Tio. O Bill é até ½ demônio já. Ele é mais forte que eu. E não irei me machucar nessa missão. – E levantando a palma da mão esquerda – Era isso eu queria ver... – Lá estava, a Sacred Gear. Uma perola negra cravejada na palma da mão dele. Mas não era uma pedra normal. Ela era entalhada com vários detalhes. Símbolos místicos...

E assim acabou a discussão. Cada um foi para seu lado dentro do barco. Sendo que Red estava no memso cômodo que Ian. Falando sobre suas peripécias de criança. Eles tinham a mesma idade, mas tinham concepções totalmente diferentes...

E assim o dia caí, a noite se ergue e eles adormecem... No outro dia iriam chegar à Rede Mística da área Africana, onde localiza-se o terceiro Clã influente... O Clã DrillShine...


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