A Busca por Fafnir escrita por NikStar1


Capítulo 11
O segredo de Ophis




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– Lizandra! Venha aqui. – Gritava uma voz fina, porém potente, fria, porém vibrante.

– Estou aqui, senhora. – Falou Lizandra. Era uma garota baixa com pele branca e cabelos longos e azuis. Seus olhos de cor rósea eram lindos, tão lindos que Ophis não focava a visão neles.

– Você sabe que não tenho muito tempo. Segundo minha fonte, os lobos estão a se fortalecer. Você é a líder e possui a melhor balance breaker dentre meus dez soldados... – seu tom de voz mudou. Algo mais áspero. – Entretanto, você não pode batalhar. Preciso que você viva até o último minuto necessário. –

A garota assentiu e ficou a espera de novas ordens, mas não obteve. E então uma nova pessoa adentrou a sala escura onde estavam.

– Você? – Falou Ophis com desdém. – O que quer aqui, hoje? –

– Você fala como se me ver fosse algo rium, Vovó. – Falou com um tom sarcástico.

– Realmente não é ruim te ver, principalmente nesse momento, mas você não viria aqui por nada. Diga. – Ordenou Ophis. – E não me chame de vovó! -

– Ok. Apenas te chamarei de Ophis. – Falou, o garoto vindo das sombras para a luz.

E urgiu-se das sombras um garoto alto, de pele branca-creme, seus olhos são verdes iguais a esmeraldas, suas vestes são iguais as de um colegial japonês, seus cabelos curtos e negros possuem tiras purpuras herdadas por sua descendência, sendo iguais os de Ophis. Ele era um hibrido. Humano com dragão. Sua aparência era de um adolescente de dezesseis anos, mas ele possui quase vinte e três anos humanos.

Ophis, após se tornar uma humana durante seu renascimento várias dezenas de anos atrás, juntou-se a um garoto. Este lhe concedeu muitos anos de conhecimento e não se assustara com sua forma de dragão. Com o tempo a ligação deles se tornara muito forte. E depois de muitos anos de aprendizado, ele e Ophis estavam mais velhos. O garoto sempre manteve o segredo de Ophis guardado e então, quando cresceram um pouco mais, se apaixonou pela garota-dragão. Ophis concedeu a reciproca e então eles tiveram uma filha. Com alguns anos, o homem que Ophis amava a traiu e com todos os sentimentos extintos Ophis matou o homem e deixou sua filha. Ophis jamais deixaria outro humano se aproximar tanto.

A criança de Ophis cresceu no mundo humano, mas quando se descobriu Hibrida partiu para a Rede Mística. Lá ela passou por tratamentos e treinamentos com magos. Estes mesmos magos se aproveitaram dela e fizeram com ela duas crianças. E com o tempo estes gêmeos criaram uma linhagem que continuou com os familiares cruzando entre si e partindo em missões. A linhagem parou com a penúltima geração. Os híbridos todos morreram, pois os seguidores de Ophis os consideravam impuros e quiseram se livrar desta parte impura de sua Deusa. Todos os híbridos morreram, até que o último bebe puro fora escondido no mundo dos humanos, onde teve uma vida normal e, por consequência da vida, teve um filho com uma humana. Este último filho hibrido é o que esta aos cuidados de Ophis. E ele já se tornara mais forte que quase todos os outros híbridos, Humano-Dragão, conhecidos. Ele é Douglas Grumpper.

– Ophis... O que eu quero é algo fácil. Quero me testar. Lutar com todas as minhas forças. – Disse Douglas.

– Já falei que te expor não é algo para agora, meu querido. – Ophis era tão amável quanto Zafrina, principalmente em questão aos seus. – E você mal iria conseguir se divertir ou usar seus poderes. É melhor esperar o momento certo. Você e Júpiter são meus melhores soldados. Não posso gastá-los agora –

A última fez Lizandra engolir seco e ficar com raiva. Muitos de seus amigos já tinham morrido e sua senhora falava com seu herdeiro como se eles não fossem nada. Isso despertava muita raiva no peito daquela garota, mas ela não podia fazer nada quanto a isso. Apenas servir e calar.

– Minha senhora. Você irá precisar de mim para mais algo? – Perguntou Lizandra, guardando seu ódio.

– Não, menina. Pode se retirar. – Ophis estava calma, mas fria.

– Adeus. Menina. – Disse Douglas.

– Deixe-a Douglas! – Ordenou Ophis. – O poder dela é o que salva a todos por enquanto. –

– Hm... Sei... Dome Of Life. Isso não me serve de nada. – Falou com desdém, mas Lizandra já não estava mais lá.

No alto da parede tinha escrito: Class 9. Devia ser uma sala de alguma escola americana. Onde estavam mesmo? Lizandra não fazia a menor ideia. Entretanto adentrou a sala.

– Olha ela ai! – Falou uma garota. Ela era a mais morena da sala. Possuía rosto fino com um nariz um pouco maior que os outros. Olhos vermelhos-cobres e cabelos curtos, repicados e negros. Ela brincava com areia entre os dedos de uma mão com uma joia no dedo indicador. Uma Sacred Gear.

– Justo quando menos precisava dela. – Falou um garoto totalmente vestido de branco. Era Calisto Groov.

– Não diga isso, Calisto. Ela estava em uma conferencia com Ophis, mas a julgar pela face dela. Não foi algo totalmente bom. – Falou o outro garoto da sala. Ela era o mais diferente de todos. Tinha cabelos verdes-lixo, olhos tão negros quanto os cabelos de Ophis, possuía tatuagens ao redor dos braços por completo e sua pele era cinza.

– Cale-se Cromatte! Sua opinião é indigna, assim como todo seu corpo. – Falou Calisto.

Então todos se levantaram.

– Parem! – Gritou Lizandra. – Calisto, eu mesmo irei calar você se continuar. Você é o quinto e eu sou a primeira. Xiouma, obrigada, por me anunciar. – A garota com a areia assentiu. – Cromatte e Dalilah, podem se sentar.

Todos obedeceram e Calisto ficou com uma face de puro ódio, mas sua feição se modificou ao ouvir o que Lizandra tinha a falar.

– Então quer dizer que somos menos importantes que aquele bundão? – Perguntou Cromatte.

– Não disse isso. Acalme-se. Ela só está medindo poderes. – Tocou a cicatriz no braço esquerdo. – Lembrem-se do quanto ele é mais forte que nós. E se formos por Júpiter no jogo, nem todos juntos poderiam ganhar dela. –

– Realmente é um saco. – falou Xiouma.

– Daqui a poucos dias estaremos na América do Sul. Poderemos nos divertir lá! – Falou Dalilah, a garotinha de cabelos rosados que sorria a todos.

– Acho isso pouco provável. – Disse Calisto, fazendo-a fechar o sorriso.

– Não costumo fazer isso, mas concordo com Calisto. Os Lycans estão treinando para ficarem mais fortes do que nós. Em pouco tempo teremos de batalhar. – Falou Lizandra.

Com uma gargalhada enorme, Calisto comentou:

– Mesmo com todo o treino do mundo eles não podem contra mim. Então vocês também têm vantagens. Já que Dalilah é a segunda e Xiouma a terceira. Já o Cromatte... – falou e terminou com um riso.

– O que quer dizer com isso? – Indagou Cromatte com todas as tatuagens brilhando como esmeraldas.

– Acalmem-se! – Falou Dalilah, antes de sair da sala seguida por Xiouma, que se dissolvera em areia e Lizandra que não aguentava mais ouvir Calisto.

– Vá também! Não preciso de você aqui para me olhar assim! – Gritou Calisto.

– Eu irei mesmo sem você pedir, idiota! – Replicou Cromatte, que fechou a porta deixando Calisto sozinho dentro da sala nove.

– Entendo... Então esse é seu plano para mim... – Falou Douglas. – Isso é bom. É ainda melhor do que eu esperava. Poderei rever aquele bastardo do Midnight. –

– Bem. Essa última parte é com você. Tudo o que te darei será uma localização e uma missão. E como você já matou mais da metade de meus seguidores loucos, eu espero que cumpra seu dever. – Comentou Ophis.

– Não se preocupe. Quando eu juro a morte de alguém. Tenha toda certeza que é para valer. – E então piscou para Ophis e transformou sua imagem humana em uma imagem Semitransformada com algumas escamas negras e sumiu em extrema velocidade.

– Como pude deixar isso ocorrer? A única vez que me pus em felicidade, a vida me fez de... – Ophis parou e pensou numa palavra. – otária. É essa a palavra atual para isso. Como se um homem fosse realmente me entender e me dar conhecimento... –

E então a adolescente-dragão se pôs a andar pela escuridão. E por onde passava criava um fulgor purpuro no ar e dele criava-se um fogo roxo-avermelhado sobre tochas. Ela estava vestida como geralmente gosta de ser vista: Um vestido negro florido com flores de crochê nas extremidades superiores e com grandes babados púrpuros por baixo do pano negro. Com pouco decote e uma fita purpura com detalhes escamados negros na cintura. E em sua cabeça, uma espécie de tiara também purpura com uma chave rosada como pingente, a chave de Fafnir, em miniatura. A chave que roubara, matando o irmão de Ian Gremory, Giusep Gremory.

Toda as vezes em que toca a chave de Fafnir, Ophis lembra do que fez para tê-la e o que teria futuramente, logo suspirava e sorria com um fulgor negro nos olhos e com o mau em suas feições. Ela representa todo o seu proposito e como ele é o mal.

– Bem... Comecemos. – Citou desaparecendo em meio as últimas trevas...

Numa sala central, com vários pedestais e janelas sob a luz do luar. A sala era totalmente vazia, sem móveis ou decorações. Era um cômodo bem grande, oval e estranhamente quieto. Ao redor da sala e embaixo de cada pedestal havia um homem com o corpo totalmente coberto por uma espécie de burca negra com roxo sobre os detalhes. Ao centro da sala estava Lizandra, a garota de cabelos azuis. E, do corredor frontal, Ophis apareceu segurando uma espécie de cajado curvado, negro e com um losango em uma das bases.

– E então? Vamos dar inicio ao ritual? – Perguntou Ophis a Lizandra, agora calma.

– Sim. Agora mesmo. Todos os G estão prontos. – Apontou para todos os homens da sala. – Eles sabem o que fazer. –

E então os homens começaram a cantar e círculos mágicos brilharam nos pedestais acima deles.

– Agora, usem a Dragon Summoning para captar a essência do espirito da cripta de Fafnir! – Disse um homem, também de burca, porém de outra cor e sobre todos. Ele manejava um círculo mágico vermelho enorme. Era o líder da seita para com Ophis, ou pelo menos o líder do esquadrão G.

– Eles não são o suficiente! – Exclamou Ophis. – estão mal treinados, são fracos. Eles jamais irão achar Fafnir! Só servem para uma coisa... – Sibilou com uma língua reptiliana que saia de sua boca.

– Espere, minha senhora! – Falou um dos homens... – Estamos sentindo algo. –

Ophis e todos ao redor pararam. Os quinze magos do esquadrão G estavam usando todos os poderes para invocar um espirito de dragão adormecido. Eles acharam uma trilha. E esta trilha levava diretamente para uma floresta no meio do território místico na América do Sul, no mapa humano, numa divisão entre os países de baixo, dentro de uma fenda profunda na floresta. Ophis sorriu.

– Acharam uma trilha... – Falou calmamente. – Mas uma trilha não fora o que eu pedi. –

Todos os homens hesitaram em seus postos e estavam prontos para correr, mas então Ophis andou de forma leve ao centro do círculo, onde segurou seu cajado curvado e fechou os olhos.

– Lizandra! – Ordenou.

– Dome of Life! – Uma luz rosa consumiu toda a atmosfera ao redor, quando a Sacred Gear fora ativada. - Life Transfer! – Comandou a garota de cabelos azuis, enquanto gerava uma esfera colorida ao redor de todos, como uma bolha.

A bolha começou a se desfazer e todas as almas e resíduos dos homens servidores a Ophis, se transformaram em energia, que foi na direção da garota-dragão e a banhou por completa. Ela brilhou em poder, mas não fora o suficiente nem para crescer nem mesmo um centímetro completo.

– Imprestáveis... – sussurrou Ophis.

– M-Meus... Meus H-Homens... – O líder estava perplexo.

– Na verdade... Meus Homens! Então se quiser ficar vivo mantenha-se calado ou será o próximo. – Avisou Ophis e desapareceu dentro das trevas que surgiu.

– Como você pôde, Lizandra?! – Perguntou.

– Apenas fiz meu dever. – Falou virando-se contra o homem e partiu para as trevas.

– Não aguento mais isso. – Falou Lizandra Choramingando num canto da sala 9.

– Não fique assim, liderzinha... – sussurrou Calisto.

– O que quer aqui, Calisto? Você deveria estar observando os outros três... Já que quase sobrecarregou sua Sacred Gear... –

Paft! A garota foi interrompida por uma bofetada. A força fora tão grande que a fez cair a três metros de onde estava. A joia no pescoço do garoto-principe estava brilhando. O rosto de Lizandra estava vermelho, já se tornando rosa... Ela encarava Calisto com ódio.

– Como você ousa?! Sou sua superior! Voc... –

– Cale-se! – Gritou e ela o fez. – Sua vadiazinha... Xiouma não está aqui para te defender... Sua magia só é melhor, por que tem a vida em mãos, mas eu poço dominá-la. –

– Poderia ordenar sua morte agora. Entretanto não sou eu quem faz a coleta de lixo do quartel general, por isso dê-me licença. – Falou e partiu.

Nesse mesmo momento uma nuvem de areia cobriu Calisto. A areia era brilhante e cintilante, mesmo no escuro. Ela o envolvia como num caixão. O rosto de Calisto estava avermelhado pela pressão, ele se contorcia como se a areia queimasse.

– Ela pode não cuidar de lixos como você, mas eu posso. – Xiouma apareceu na porta. – Deixe-a em paz. Sirva nossa senhora calado e longe de Lizandra. Ou serei obrigada a quebrar sua perna e nunca mais terá a sua postura de príncipe novamente.

– Xiouma! Solte-me! – Ordenava.

– Não sirvo a você, garoto-russo, sirvo a Ophis e Lizandra tem meu respeito e proteção. –

– Deixe de ser tola, Xiouma! Se eu lembro-me bem... VOCÊ! Deveria estar no comando. É a mais velha e, por força e magia, a mais forte. Entã- - A garota apertou a palma da mão direita sobre a esquerda. – AH! Meus órgãos. – gritou, tendo a barriga imprensada.

– Sim. Sou a mais velha. Ophis me resgatou em Israel. Há vinte e dois anos... Mas isso não quer dizer que possa ser comandada por uma garota menor ou mais nova que eu. Calisto ouça isso bem, falarei apenas uma vez: O ato de acatar uma ordem independe dos carácteres do teu líder, mas sim de sua patente. Ophis nos colocou em postos diferentes e escolheu nossa ordem. Lizandra e Dalilah são as mais novas depois do Cromatte, mas possuem cargos de enorme importância à nossa senhora, então apenas as obedeça. – Falou esvaindo toda a areia. – As minhas areias mágicas servem para muitas coisas, mas nenhuma delas faz seu psicológico mudar, então você o transforme. – Falou dando as costas a Calisto e andando atrás de Lizandra.

– Essas mulheres estão loucas! Estão fugindo da causa! – Gritou, gritou vários xingamentos e murmurou maldições e saiu da sala 9 indo em direção ao salão central.

– Isso está me tirando do sério! – Queixou-se Lizandra. – Além de ajudar a matar milhões de pessoas e me esgotar a cem por cento, tenho que aturar aquele irritante egocêntrico do Calisto. Obrigada Xiouma, como sempre. – Agradeceu, mas pareceu não querer aquilo.

– Anh... De nada. Eu, o cromatte e a Dalilah... Nós também estamos nos cansando dele. Já o adverti. Da próxima vez o faço virar pó, literalmente. –

– Não se preocupe. Dá próxima vez o farei de alvo. E testarei minha balance breaker pela primeira vez! – Falou a garotinha de cabelo rosado, Dalilah.

– Affs! Vamos parar com isso. Esse clima de guerra um contra o outro é mais estranho que minha pele. – Disse Cromatte.

– Realmente... – concordou Lizandra. – Mas não irei mais aturar esse tipo de coisa. Vamos nos unir. Já faz alguns dias que os Lycans estão treinando. O Espião denotou que os demônios estão os ajudando tanto que estão a conseguir poderes novos todos os dias. –

– Temos apenas que destruí-los! Da próxima vez, irei fazer o trabalho completo! – Falou Calisto sobre uma janela. Todos o olharam com desdém. Menos cromatte. O garoto-cinza o olhava como se estivesse com pena da loucura por batalha de Calisto.

– Eles feriram seu orgulho mesmo... Espero que se resolva logo e se torne um ser normal. – Falou Xiouma. Calisto olhou para ela e sorriu, todos se assustaram e eles voltaram a murmurar entre si.

De um lado escuro uma forma escura estava a observar todos os cinco, parecia uma mulher.

– Então vocês são as forças de ataque de Ophis? – Questionou a mulher, sem sair das trevas, e sem emoção na voz. Parecia estar a dormir.

Todos se vivaram. E ficaram atônitos...

– Você? O que faz aqui? – Indagou Calisto.

– Então o segredo de Ophis está se movendo... – murmurou Xiouma. – Não é mesmo, Júpiter? –

– Xiouma. Você está diferente... Bem, isso não importa. O que importa é que estaremos em movimento a partir da próxima lua cheia... Daqui a oito dias. Mantenham-se ativos. Ophis já sabe para onde ir e o que fazer. Logo os Lycans estarão aqui ou até mesmo no local onde Ophis irá. Vocês são os primeiros em ataque, já que – Olhou para Lizandra. – Os outros humanos foram consumidos para o crescimento de nossa maestra. – Lizandra Arfou e abaixou a cabeça. – Bem. Apenas isso. Serei a ultima em combate, mantenham-se livres de intrigas. – Falou e saiu, deixando todos tensos e sem se mover.

– E agora começa o massacre de verdade. – Falou Dalilah, todos suspiraram e saíram da sala, indo aos seus postos.


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