Caíf chamou o Rei Denis e desesperada contou sobre o sonho que havia vivido, o sinal foi dado, na mesma hora, escuro ou não o Rei nem se quer pensou, acordou os soldados em descanso e chamou os que estavam para vigiar. Andaram pelo mesmo tempo de antes, conseguiram sair da Floresta, direto foram indo para o castelo dar a notícia e avisar ao povoamento que por ali vivia.

Naquela tarde, os mesmos avisaram ao povo sobre o sonho que mais parecia um pesadelo, as pessoas começaram com uma algazarra imensa, não poderia ser verdade, Caifa nasceu da Rainha Caíf mas tem o sangue negro da irmã de Denis, Danise. Mas como aquilo poderia acabar? A vida de Deri não pode ser destruída, muito menos a de Caif. O rei se impressionou com a notícia, assim como todo o povo.

O questionário de outros Reinos foi passando por tudo que era canto, chegou uma carta para o Rei, com o remetente do Rei Max Denver. Na carta havia escrito perguntas como: " Porque isto acontece? Percebes que teu reino e tua família é amaldiçoada? Fazes o certo, deixa teu reino, deixa outras pessoa governarem-o, será o melhor para ti, tua Rainha, e tuas pequenas. "

Num instante ele pensou, será que se mandasse-as para longe, tudo mudaria, mesmo ficando a saudade, esta tal maldição poderia passar. Ninguém nem mesmo, Danise poderia acha-las em um lugar, o Paraise, que da cultura mercana, significava Paraíso. Era lá onde as crianças ficavam para a adoção, mas, Caíf vai deixar sua princesinhas irem assim? Eles precisariam de um jeito para identificar o lugar onde estariam.

Ele conversou com sua amada Rainha, e decidiram que quando as duas fizerem 3 anos, elas iriam para Paraise, seriam adotadas por pessoas boas, e quando as quisessem achar, pediriam sinal para a estrela mais brilhante do céu.

E o que foi dito, foi feito. As meninas completaram 3 anos de idade, lindas princesas, não se pareciam nada, mas eram o presente mais lindo para aqueles pais que um dia pensaram não poder tê-las. Eles se despediram tristemente rápido. Deri muito delicada, chorou e chorou até chegar no destino, já Caifa, deu um pequeno tchau daqueles que os bebês dão e adormeceu como se seus pais estivessem ali, ao seu lado fazendo um carinho em sua pequena cabeça.

O soldado responsável sobre a entrega das meninas fez o certo, deixando-as com a dona do lugar, uma senhorinha idosa, que com sua aparência dá a impressão de que quando jovem era uma moça forte, sem rumo na vida, mas de coração bom.

Os dias se passaram, e as meninas só faziam crescer, Deri conquistava olhares dos meninos que ali também viviam, não só eles como também olhares de pequenas garotas parecendo estar com um pouco de inveja. Já Caifa, era um menina linda, mas não delicada, era querida, corajosa e responsável, mas não tinha conquistas, as pessoas a olhavam e já bastava um sorriso, mas ao menos existia uma pessoa, que no fundo sabia que ela era melhor que qualquer um ali, Eithan, apaixonado pela beleza de Caifa, vivia ao seu lado, ajudando, paquerando-a. Eles dois formavam uma dupla e tanto, se Caifa quisesse aprontar, ele ia junto, e tomava toda a culpa, ela já o avisara que tinham apenas 16 anos, e não queria nada, a não ser sua amizade que era a melhor do mundo.

Foi quando uma mulher, decidiu entrar no Paraise, tirando de lá, Caifa. Eithan se viu a chorar todos os dias, como alguém poderia separar um amor tão forte relacionado aos dois? Ele sabia que um dia iria ao reencontro de sua amada, para a pedir que viva ao seu lado. A mulher que adotara Caifa, não tinha boas condições financeira, além de agora ter Caifa, tinha Groucy, um garoto popular no pequeno reino que viviam, ajudava a todos se nenhum problema, era um garoto exemplar.

Dias depois, uma outra mulher compareceu ao mesmo, bonita, alta e olhos negros, escolheu Deri, as amigas sentiriam mais falta dela do que de Caifa, fizeram até uma festa, foi um dia bonito, saber que iria ter amigos para a vida, poderia vir visitá-los a qualquer minuto quando pudesse, e sentisse a falta de cada um daqueles rostos.

Caifa se divertia muito ao lado de seu meio irmão Groucy, os dois caiam e se levantavam rindo, igual a bebês. Teve um dia que ele decidiu contar uma história para a mesma, sobre o portal, ela claro, ficou arrepiada mas não deixou de rir, ela não poderia conter.

Deri estava feliz com sua meia-mãe, as duas eram bem chegadas, as vezes Deri ficava com raiva de sua mãe, pois tinha um quarto pequeno no porão, ninguém entrava lá a não ser a mãe, e ela tinha que conter a curiosidade, sua mãe falava que aquele quartinho era o antigo escritório de seu falecido marido, Deri conseguia controlar sua curiosidade, mas não acabar com ela.