Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 30
Sob o frio e o fogo


Notas iniciais do capítulo

E e assim começamos novamente. Farei o possível para produzir um capítulo para amanhã, se eu não conseguir será só para a semana que vem.



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O frio do norte era o menor dos problemas de Miranda.  Sua equipe não estava conseguindo lidar com o rapaz.  Chamas de todas as cores explodiam na sua cara e chamuscavam seu escudo.  Não era possivel sequer se aproximar. O poder desse zodiaco era extremamente perigoso.

A única pista que ela tinha. Uma invasão á uma fabrica abandonada. Selecionou seus melhores homens e partiu rapidamente para investigar.  

Sua equipe a  respeitava, ela era uma líder nata e sabia muito bem como agir em adversas situações.

Frigida, rigída e fria, ela era conhecida por esses adjetivos, mas em um mundo regido por homens , ter uma alta patente no governo era um desafio que ela vencia a cada dia. 

Sua rivalidade com Benedict era declarada, além de terem os mesmo cargos, Benedict gostava de chamar a atenção e ela por outro lado gostava de ser eficiente.  Eram dois lado do mesmo poder. 

Ela não acreditou na magia quando disseram que havia voltado, mas depois do que houve no castelo com a apresentação de um dos zodíacos ela teve que rever todos os seus conceitos. 

Miranda veio de um pequena cidade ao oeste, bem mais próxima a Varona do que a capital de Lorena. Achar o grande livro do Oeste foi um desafio, ele estava em uma livraria para ser vendido, mas no oeste ninguem tem interesse em coisas velhas, por isso ele nunca fora vendido. Miranda pagou uma pechincha por ele. E fez várias cópias só por precaução.

 Apesar de ser uma diplomata, Miranda foi para a Academia militar de Lorena, se formou com honras. Sabe vários tipos de combate e é especialista em investigação e espionagem.  Uma guerreira completa. O problema é que ela não foi treinada para lidar com magia. Com Delilah, ela usou a conversa para convence-lâ  a ir com ela, Avalon resistiu, mas ele não usou magia para isso. Foi uma luta corpo a corpo. Foi necessário 6 homens para imobilizá-lo totalmente, e muita conversa para mantê-lo calmo. 

Mas esse rapaz era totalmente diferente.  Ele estava vivendo na fábrica abandonada, quando eles foram investigar, logo ele tratou de atacá-los com força total.

A  neve estava intensa, tudo estava coberto de branco e os soldados estavam protegidos por grossas e quentes  cotas de malha o que prejudicava os movimentos.

Miranda se livrou de suas roupas aos poucos, até ficar somente com uma camada. Sua velocidade dobrou e finalmente eu conseguiu chegar perto do garoto.

Ele era alto.  Pelo menos maior que ela, seu cabelo era avermelhado e se destacava no ambiente,  há muito tempo não era cortado e com o vento se assemelhava há uma juba de leão.

— Seria muita coencidencia – Pensou Miranda. 

Ele olhou nos olhos dela,  olhos quase dourados como um verdadeiro felino.  Ela pode perceber um leve sorriso da parte dele.  Ele estava brincando com eles. Tal como um gato brinca com a sua presa.

— Isso é ruim.

Miranda sentiu os seus extintos se afolhararem, ela sabia que deveria bater em retirada. Mas como? Com tantos soldados feridos, ela não seria capaz de deixar qualquer um para trás.

 Assim ela gritou.

— Parem e se protejam.

O restante dos soldados pararam e usaram tecnicas de camuflagem, sumindo a vista de qualquer um que os procurasse. Os feridos se fixaram ao chão, tentando ao máximo se fingirem de mortos.  

Porém Miranda se pos a frente e quando as chamas cessaram ela finalmente pode encará-lo.

Jovem, como todos os outros, mas diferente dos que ela encontrou ele parecia um pouco selvagem, não só pelas roupas rasgadas, provavelmente ele não sentia frio, o seu olhar era cortante e meio animalesco.  Será que ele era um dos jovens da profecia? Para Miranda ele mais se assemelhava à um demonio.

O garoto deu um passo a frente.

— Será que agora você podem me deixar em paz?  -- Ele disse educadamente com um sotaque tipico do norte de Lorena, enquanto boceja e se espreguiça.

—  O que? – Miranda ficou sem entender.

— Como assim o que? Vocês invadem a minha casa e  pertubam o meu sono.

— Você nos atacou por pertubar o seu sono?

Ele abre um sorriso estranho.

— Quando você pertuba o sono de um leão, prepara-se ­para lidar com as sua garras.  – Ele bocejou novamente. — Vão logo, antes que eu me arrependa, não gosto de lidar com gente fraca, e avise para o Matsu que eu não irei aceitar que me pertubem novamente.

Matsu? Quem é Matsu?  Miranda ficou se perguntando enquanto o ruivo se distaciava

— Nós não pertencemos a Matsu.  – Ela gritou para ele.

— Ah? Sério? Então eu tenho pena de vocês. Matsu me avisou que um tal de Benedict viria me procurar.  Mas creio que você não é ele, por que não há nenhum dos zodíacos com você.

—  E como você pode ter certeza?

— Certeza? Eu não preciso ter certeza, o meu destino é ser líder dos Zodiacos e eu creio que eu conseguiria identificar os meu suditos, e vocês não possuem nível para isso.

Miranda caiu de joelhos na neve. Ela foi derrotada e humilhada por um garoto prepotente que poderia matar todos alí se quisesse.  Ela não saberia como voltar para a capital e dizer a todos que ela fracassou em trazer o Zodiaco de leão. E o pior ela teria que recorrer a Benedict para perguntar coisas sobre esse tal de Matsu. Pelo Jeito Benedict estava muito a frente dela nessa questão.  

Ela socorreu os feridos. Todos estavam com queimaduras que variavam em grau. Muitos seguravam a dor, mas assim que o garoto sumiu de vista eles gritaram e choraram, assim Miranda decidiu que voltaria de cabeça erguida, por  ela e e por seus homens .

O caminho de volta foi difícil, mesmo estando sob a proteção do rei, muitos do norte se recusavam a ajudá-la, muitas vezes os culpando de toda a tragédia que caiu sobre eles há muitos meses.

— Você nos esqueceram, por que deveriamos ajudá-los? – Muitos falaram.

Por sorte eles conseguiram chegar á um posto policial. Eles não poderiam recusá-los.  Mas assim que eles entraram, eles viram a escassez de pessoas e de equipamentos, assim ela soube, o rei realmente havia esquecido do norte.


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