O sentido da vida escrita por Kaguyama


Capítulo 1
One Shot




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O sentido da vida, cada um tem ou já teve o seu, aquilo que nos faz seguir em frente, existe os mais variados tipos, o dinheiro, o trabalho, a família, a namorada, cada um tem ou teve um sentido para querer continuar a viver. Eu também tenho o meu, ou melhor, já tive, sou um homem de negócios muito bem sucedido, havia começado com um pequeno restaurante, investindo nele aos poucos, algumas vezes até ajudando na cozinha, até que as oportunidades foram surgindo e agora aquele pequeno restaurante tem seu nome como uma das maiores redes de restaurante do mundo, mas não, meu sentido da vida não era o trabalho, e sim minha esposa, por ela eu fazia tudo, me matava de tanto trabalhar, para disponibilizar as melhores mordomias para ela, quando ela precisava de mim, eu estava lá, disposto para ajudá-la no que precisava, mesmo que estivesse ocupado com outra coisa. Estávamos casados não faz nem um ano direito, mas ela estava estranha comigo nesses últimos tempos, devido a minha inocência, apesar de já estar com plenos 28 anos, achei que alguma coisa estava a afligindo, então um dia sai mais cedo do escritório, chegando em casa, abri a porta calmamente, e quando ia anunciar minha chegada enquanto retirava meus sapatos, vi um par de sapatos na soleira, estranhei, não deveria ter ninguém além de minha mulher em casa, até que escutei um grito abafado vindo do andar superior.

Achando ser um ladrão, cautelosamente comecei a me dirigir até o meu quarto, não podendo ir sem nenhuma arma, peguei um taco de Baseball, que estava recostado em um canto do corredor. Lentamente abri a porta, somente uma pequena brecha para poder avaliar a situação, e assim que vi a cena, não consegui acreditar, o taco que estava em minha mão caiu no chão de madeira e bateu na porta fazendo-a abrir. Bom, o que estava acontecendo? Minha mulher estava me traindo, isso explicava o fato dela estar estranha comigo ultimamente. Ri sozinho de como eu sou tolo, afinal, desde quando um ladrão seria educado o bastante para deixar seus sapatos na soleira?

O fato é que, simplesmente não sei mais o que fazer, todo esse meu ano de esforços para transformar aquele pequeno restaurante no que é hoje, haviam sido feitos por ela, havia devotado tudo de mim por ela.

Eu não entendia, como ela poderia ter feito aquilo comigo, não acho que eu tenha uma aparência ruim, até era bem popular no tempo de adolescente, eu era um bom marido, estava sempre presente, mesmo me importando com ao trabalho, a colocava em primeiro lugar, então, porque ela havia feito aquilo comigo?

Analisei uma última vez aquele belo parque que me encontrava naquela gélida manhã, a pequena fonte no centro, cercada por alguns arbustos e arvores, enquanto com leves brisas traziam consigo pétalas de Sakura`s que residiam em um canto do parque, até que então, um forte vento passou e tive que proteger meus olhos, após o vento passar senti algo encostar em meus pés, olhei para o objeto que se tratava de um simples chapéu branco com uma fita vermelha. Me agachei para o pegar e tirei a sujeira do chão que estava sobre ele, olhei em volta para ver se encontrava o dono, até que meu olhar parou sobre ela.

Como ela era linda, vestia um simples vestido branco, seu cabelo estava no tom mais belo de um rubro ardente, seus olhos violeta pareciam penetrar minha alma, sua pele alva parecia brilhar ao fraco sol que surgia naquela gélida manhã, visto assim, podia jurar que ela era uma deusa, com tamanha beleza que até parecia intocável. Ela se mostrou ser dona do chapéu e entreguei-o a ela, enquanto tentava iniciar um diálogo.

Isso era algo que me fascinava em nós humanos, a capacidade de seguir em frente e achar um novo sentido para a vida.


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Notas finais do capítulo

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