Amor Proibido escrita por Giovanna Regiolli
Notas iniciais do capítulo
Obrigada por estarem acompanhando, esse será o último capítulo, espero que gostem.
Dona Maria preparou um velório digno para sua filha, convidou um padre de fora, chamou a família e amigos, e comprou dezenas de rosas amarelas, que eram as preferidas de Ágatha. A mãe queria se despedir da filha da melhor forma. A funerária se encarregou de fazer os arranjos e Maria só deveria chegar mais tarde.
Uma hora antes dos outros, Maria chegou à capela, ela queria ter um último momento sozinha com a filha. Mas assim que entrou no lugar, viu Henrico de joelhos, chorando ao lado do caixão.
_Foi você! Você devia ter ficado longe da minha menininha! _ começou a gritar Dona Maria, precipitando-se para cima de Henrico e enchendo-se de raiva.
_ Entendo que esteja com raiva de mim, mas Ágatha não ia querer que brigássemos.
_ Tem razão. _ respondeu a mulher se acalmando e logo voltando a chorar. _ Só quero olhar no rosto da minha menina pela última vez. _ e seguiu para o caixão abrindo-o.
Dona Maria olhou para a filha e sorriu, e chorou. O rosto da menina ainda estava levemente rosado. Ela estava com um vestido branco e uma tiara de flores.
_ Henrico, poderia nos dar lic... _ ela começou a frase, mas logo interrompeu quando se virou e viu que o garoto já havia ido.
Então voltou-se para o caixão da filha e viu que a menina havia sumido. Dona Maria se levantou abruptamente e começou a andar desesperada em círculos, gritando o nome da filha.
...
_ Pronto querida, chegamos. Nós vamos dar um jeito nisso. Eu prometo. _ disse Henrico estacionando a nave e olhando com carinho para Ágatha que estava estirada no banco de trás.
Henrico estava com os olhos cheios de lágrimas, nem ele mesmo acreditava que seu povo poderia ajudá-la, mas tentaria de tudo para trazer sua amada de volta à vida.
_ Mãe! Mãe!_ gritou ele entrando num palácio deito de uma coisa parecida com gelatina.
O palácio era lindo, tudo era gelatinoso, as janelas, os lustres os assentos, enfim, tudo.
_ Por que voltou tão cedo, querido?
_ Lembra daquela garota da qual te falei, mãe?
_ A tal terráquea por quem você se apaixonou?
_ Sim, essa. Ela precisa da nossa ajuda. Eu... Eu... Eu a matei. _ respondeu o garoto com muita dificuldade e desatando a chorar.
_ Você fez o quê?! _ perguntou a mãe desesperada _ Eu te disse para ficar longe dela!
_ Mas eu a amo! _ e Henrico começou a chorar ainda mais.
_ E agora ela está morta! E não podemos trazê-la até aqui.
_ Acontece que eu já trouxe, e se não ajudarmos, eu juro que saio daqui agora e nunca mais ponho os pés em Natrium.
_ O povo de Natrium precisa de você, é o príncipe deles.
_ Então ajude-a. Eu te suplico, mãe!
A rainha fez um gesto com as mãos para um dos guardas à porta e ele saiu. Voltou com um homem bem mais velho que ele.
_ Doutor Ganf, pode fazer alguma coisa? _ perguntou Henrico ansioso.
_ Traga-a aqui _ disse o velho barbudo num tom indiferente.
Henrico se dirigiu até a nave que estava na porta do palácio e voltou com o corpo de Ágatha nos braços e chorando ainda mais por vê-la daquele jeito.
_ Coloque-a ali. _ falou o Dr. Ganf, mostrando o que parecia um pedaço de gelatina enorme.
_ O que é? _ perguntou Henrico hesitante.
_ Isso vai tirar toda a água do corpo dela e abastecer com dióxido de água, assim como nós. Resumindo, ela será como nosso povo, mas deve trazê-la de volta à vida.
Era preciso esperar cinco horas para que funcionasse, e Henrico ficou ali ao lado dela por todo o tempo.
Assim que se passaram as cinco horas, Henrico logo tirou Ágatha de lá e colocou-a sobre uma mesa que havia perto. A menina não demonstrou nada, continuou imóvel, então Henrico debruçou-se sobre o corpo dela e recomeçou a chorar.
_ Onde eu estou? _ perguntou a menina acordando confusa.
_ Funcionou! Funcionou! _ começou a gritar, Henrico de alegria.
_ O que funcionou? O que houve? _ perguntou novamente a menina confusa, agora levantando-se da mesa.
_ Ágatha, se lembra de quando foi à escola à noite?
_ Sim, a última coisa da qual me lembro.
_ Você morreu. Eu... Eu... Eu acidentalmente te matei.
_ Que história é essa? E esse lugar? Deve ser um sonho.
_ Não sou quem pensa que sou. Eu sou de um outro planeta que você, Natrium, esse em que estamos agora. _ começou Henrico _ Meu corpo, assim como o de todos os natriunianos não possui água como o seu, ele é formado por dióxido de água, por isso sempre que te beijo, você fica desidratada, porque um anula o outro. Como não sou da Terra, meu corpo se comporta de diferente forma lá, isso explica os fenômenos "naturais". Sei que é muita coisa para absorver, mas preciso te dizer.
Ágatha só ouvia com atenção, sem dizer nada.
_ Nosso planeta está morrendo,_ continuou Henrico então estamos procurando outro para ir. Fui mandado para a Terra para tentar me adaptar e ver se é um ambiente propício para nossa espécie. Mas acabei me apaixonando por você, por isso quis que se afastasse de mim, pois sou perigoso para sua espécie.
_ Ainda acho que é um sonho. _ disse Ágatha ainda confusa.
Henrico deu um beliscão no braço de Ágatha.
_ Tudo bem, não é um sonho. _ aceitou a menina e sorriu para Henrico. _ Isso tudo é gelatina?
_ Não, são cadeias de sódio com dióxido de água.
Mas a menina não acreditou muito e foi provar a mesa em que estava sentada.
_ Eca! É salgado!_ exclamou a menina, fazendo uma careta.
Henrico achou graça da menina. Ela parecia uma criança pequena descobrindo o mundo.
_ Se eu morri, como estou aqui agora? _ quis saber a menina.
_ Mudamos suas células, agora elas não possuem água, mas sim, dióxido de água, como nós.
_ Então posso te beijar. _ disse a menina e pulou num abraço, enchendo Henrico de beijos.
_ Namora comigo?
_ Claro.
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Obrigada por quem acompanhou a história até o fim. Essa foi só a primeira, preciso de críticas construtivas para melhorar nas próximas. Espero que tenham gostado. E se você ficou confuso agora no final, volte ao primeiro capítulo e releia a primeira fala de Ágatha.