Lost In You escrita por J J Ammy


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Sejam Bem-vindos! Desculpem-me pelo capítulo curto, mas os próximos seram maiores. Uma ótima leitura! **LEIAM AS NOTAS FINAIS**J.J AMMY



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Sexta-feira

10:30 PM

Eu estava atordoada.

Entrei em um bar qualquer, em esperança de escapar da tempestade que havia começado. Enxarcada, entrei no estabelecimento desconfiada, abrançando meus ombros enquanto andava pelo corredor sem fim até a mesa da recepção. As mesas arredondadas em madeira rústica eram rodeadas por homens, alguns bêbados e outros drogados. Sentia um calafrio percorrendo a minha espinha enquanto via seus olhos sedentos de malícia rolando por meu corpo, analisando, inspecionando, como um pedaço de carne fresca em um açougue.

Apavorada, respirei fundo e mantive a calma. Cheguei na recepção e pedi uma mesa, afastada. A recepcionista - Que mais parecia uma protagonista de filmes eróticos - Sorriu de forma debochada, enquanto enrolava um de seus cachos loiros com o dedo:

— Claro, amor. — Me fuzilou com suas órbitas verdes — Siga-me.

Acompanhei ela até uma mesa no canto do bar, era próxima a um janela, área para fumantes, havia pouca iluminação e alguns tocos de cigarro jogados pelo chão.

— Hoje a cerveja é de graça, mas se consumir algo à mais, terá que pagar. — Concluiu, me entregando o cardápio.

— Obrigada. — Agradeci, um pouco tímida.

A loira virou as costas e saiu rebolando exibindo sua saia curtíssima. Nada contra saias curtas, é claro, mas pelo meu ponto de vista, seria mais fácil andar por aí pelada.

Esperei sua silhueta dissipar-se pelas sombras, enquanto se distanciava, para procurar o endereço. Puxei minha bolsa e despejei todas as cartas e presentes que ele havia me enviado durante um ano, pelo correio.

Espalhava os papéis pela mesa, de forma agressiva, tentando encontrar algum vestígio de qual seria o número de seu apartamento. Eu poderia ter perguntado, mas só de imaginar a cara de nojo de Alessa, me restringi a qualquer coisa do gênero. E, afinal, uma visita surpresa da meia-irmã tão amada não faz mal a ninguém.

— Achei! — Gritei eufórica. Sentindo em seguida olhares reprovadores me fuzilando.

Dando de ombros, abracei a carta onde possuía o endereço completo, o apartamento, a rua, o andar, o bairro, tudo. Hoje eu irei visitar meu meio-irmão, expulsar a Alessa da vida dele e dizer que eu o amo, sei que não posso voltar a trás, mas posso recomeçar. Isso, recomeçar. Juntos.

[...]

POV'S AUTOR

00:40 PM

Edifício L'a Poush

O barulho estridente do interfone ecoou pelos quatro cômodos silenciosos, acordando a jovem donzela de pele clara, cabelos negros e bochechas rubras que dormia ao lado do namorado, rapaz de pele clara e cabelos castanhos escuros.

Semi nua, levantou cambaleando, procurando seu roupão de seda, que se acomodava pendurado na maçaneta do quarto. Ainda sonolenta, se direcionou para o interfone, que insistia em alarmar-se.

— Sim? — Questionou, bocejando.

— Srta. Alessa Mitsfield? — Perguntou o porteiro, com sua voz rouca.

— Óbvio. — Respondeu, impaciente. — O que quer a essa hora?

— Perdão, madame, mas tem uma garota aqui totalmente ensopada da chuva, alegando ser meia-irmã do Sr. Brian Muller. — Pigarreou — Srta. Meggan Muller, conhece?

A morena paralisou. Suor frio começou a escorrer por sua testa. As mãos estavam levemente trémulas, então segurou o telefone com força e raiva.

— Não conheço ninguém com esse nome. — Respondeu ríspida, rangendo os dentes. — Por favor, mande-a embora.

O rapaz, que acordou com o alvoroço, levantou-se atordoado e se direcionou até a morena, que pressionava o telefone contra o ouvido.

— Quem é, amor? — Perguntou, sonolento.

— N-Não é ninguém querido, volte a dormir. — Gaguejou, nervosa — Foi engano!

Desligou o telefone, rapidamente.

— Ah... então tudo bem. — Sorriu.

Novamente, o interfone voltou a tocar, inesperadamente.

— M-Mas que droga! — Gritou — O que será agora?

— Querida, eu atendo. — Puxou o interfone — Sim? Paul?

Ela andava de um lado para o outro, rezando para não ser quem pensava.

— Uma Garota? — Tossiu — Meggan? — Questionava incrédulo.

— N-Não... — A mulher agonizava em um canto, perdida em seus pensamentos.

— Mande subir! — Ordenou. — Obrigado, Paul.

Desligou o interfone e foi direto para o quarto, trocar de roupa. Ou vestir uma.

— Droga! — Esbravejou — Alessa, por que não me disse que era a Meggan? Ela está totalmente ensopada do lado de fora do prédio, esperando. — Reclamava enquanto vestia uma calça jeans — Além do mais, ela deve ter fugido de casa, no mínimo.

Suspirou.

A mulher, escorada na porta, revirava os olhos, enquanto presenciava tal cena patétia protagonizada pelo parceiro. Vê-lo disponibilizando tanta atenção à meia-irmã a deixou incomodada. Bufando, procurava em sua mente motivos para mandar a garota de volta para onde veio.

Tímidas batitas na porta tirou ambos de seus desvaneios pessimistas.

A morena abriu a porta, mau-humorada.

— Oi, Meggan. — Cumprimentou, irônica.

— Oi, Alessa. — Igualmente, em tom de deboche.

A pequena rolou os olhos pelo apartamento de classe alta, com todos os móveis sob medida, pouco bagunçado, porém, parecia confortável.

— Brian! — Gritou, avistando o irmão.

— Meggan! — Afirmou, puxando-a para um abraço forte. — Que saudade.

— Sim! — Ela sentia seu coração acelerar a cada toque, suspiro, a mão que lentamente descia para sua cintura, agarrando-a para por no chão.

— Meu deus, o que aconteceu? — Questionou, preocupado. — Nossos pais sabem que você está aqui?

— Bem... — Engoliu seco. Seria agora. Ela ia dizer o que está acontecendo. A depressão que sofreu nos últimos meses, a dor que sentiu por estar longe dele. A saudade do toque dele. A saudade do beijo dele. Levemente rubra, percebeu a presença demoníaca da cunhada no quarto, o que a deixou muito desconfortável. — Eu só falo se a Alessa sair.

— O que? — Agressiva, a morena dessamarrou a cara, pronta pra esculacha-la.

— Tudo bem. — Afirmou o rapaz, com um sorriso.

— Obrigado. — A jovem sorriu, fuzilando a rival, que se mordia de raiva por dentro. — Assuntos familiares, querida.

— Não queria escutar essa baboseira mesmo. — Empinou o nariz, irônica, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios enquanto se aproximava do Brian, roubando um beijo de seus lábios, enquanto admirava a cunhada com o canto dos olhos. — Até logo.

''Trouxa'' sussurrou para Meggan, enquanto se retirava do quarto.

Mesma revirou os olhos, voltando a atençã ao meio-irmão.

— Então? — Ele perguntou, dando continuidade ao assunto anterior.

— Bem... — Coração acelerado — Brian... Nos últimos meses... — Estômago embrulhado — Eu... Eu tive depressão...

— Meu deus! — Disse, assustado — Por que não me contou antes? — Abraçou ela, deixando seu hálito roçar no pescoço dela. — Mas, por qual motivo você teve depressão?

— Por que... — Sentiu a mão pesada dele deslizando lentamente por suas costas, alisando seus cabelos — Eu... sentia muito... — Um calafrio subiu por sua espinha, percorrendo seu corpo inteiro — ... a sua falta...

Ele sorriu levemente. abraçando-a mais forte.

— Sempre estarei com você. — Acariciou seus cabelos — Sou seu grande irmão, não sou?

Se afastou lentamente para secar as lágrimas solitárias que escorriam pelo rosto rubro da loira.

— Ei... — Sussurrou — Não chora... Sabe que detesto quando você chora... Meg...

— Eu... te... amo... — Ela sussurrou, lentamente.

— Eu também, minha pequena... — Sorriu.

— N-Não desse jeito... — Ela corou levemente — Deste...

Avançou até os lábios finos e livres do moreno, selando-os, deixando sua boca colar em cada centímetro da boca dele, sentindo a pele áspera do frio, roçando sua boca lentamente na dele, que retribuia.

Ela pediu passagem, e ele cedeu. O beijo doce se tornou veroz, quente, febril, os dois se agarraram sentindo os corpos de cada um. Até que se separaram.

— Por que? — Ela perguntou, confusa.

— Meg, eu te amo... — Ele sussurrou — Mais do que como irmã, amiga... como mulher... Minha pequena mulher...

— Brian... — A pequena sorriu, emocionada.

— Mas sabemos que é errado. — Concluiu. — Não podemos ficar juntos, nunca poderemos.

— M-Mas... Você quer continuar com esse seu namoro arranjado? — Questionou, soluçando entre as lágrimas — Você sequer ama ela! É tudo pela empresa do papai! Até o seu namoro!

— Casamento. — Disse baixo.

— O que?

— Eu e Alessa vamos nos casar, Meggan.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse curto capítulo. Deixe um comentário incentivando a continuação da história. Qualquer erro de gramática ou português, por favor, me comunique. Obrigado por ler. Até o próximo capítulo. J.J AMMY



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