Entre Cirurgias escrita por Cyh


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, só queria deixar claro mais uma vez que eu não sei se irei dar continuidade as postagens dessa fanfic. Tenho muita coisa com a faculdade e outras coisas por fora. Sei que isso parece chato, e é mesmo (da minha parte), mas infelizmente não posso garantir nada /:

Boa leitura! Espero que gostem (:



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– A conversa estava boa? – perguntou Toshirou, irritado por ter sido completamente ignorado pelo amigo.

– Estava – respondeu o outro, ignorando a sua expressão irritada, e sorriu.

– Não vai atrás dela?

– Calma. A noite mal começou.

Ao ver a morena se juntando a Rangiku, Ichigo não pode deixar de sorrir. Será que elas já se conheciam? Não sabia responder. Mas preferia pensar que sim, pois seria muito mais interessante a história.

Nunca teve relações muito estáveis. A única que poderia considerar ser uma exceção foi com sua ex namorada, que quase se tornou sua noiva. Passou quatro anos junto da mesma mulher que era uma grande amiga de infância, e só depois desse tempo que decidiu lhe pedir em casamento. Ichigo a amava, mas não se sentia completo. Pensou que talvez se casasse e tivesse um filho, seus sentimentos se estabilizariam. Mas não se orgulhava quando conseguia olhar para outras mulheres com interesse, mesmo que não tivesse coragem de trair a noiva. Queria sentir que seu amor por ela era o suficiente para uma vida inteira, mas esse sentimento não era tão verdadeiro como desejava em seus sonhos.

Uma música alta e com uma batida forte começou a tocar no Urahara's. Viu o dono do bar rindo das garotas que se divertiam e mandavam beijos com as mãos em agradecimento pela escolha da música. Kisuke surgiu novamente atrás do balcão e reparou no olhar firme que Ichigo mantinha sobre uma certa morena desconhecida.

– Estou vendo que já conheceu a Kuchiki-san.

– Quem?

– Kuchiki Rukia, a morena de olhos violetas – indicou com o dedo para a mulher que dançava junto a Rangiku.

– Então o nome dela é Rukia? – sorriu na direção dela novamente. Havia gostado da sua aparência, do seu jeito forte e do seu nome.

– Eu conheci a Kuchiki-san desde que ela morava aqui, mas depois que se mudou com o noivo, nunca mais tive contato – continuou Kisuke, cobrindo o whisky com a tampa dourada depois de servir novamente Ichigo.

– Ela morava aqui? Então é por isso que ela parece conhecer a Rangiku.

– Faz um tempo desde que a vi. Soube pelo seu irmão que terminou a faculdade em outra cidade e lá começou a ganhar seu nome. Dizem que ela é uma pediatra excelente – sorriu Kisuke, acompanhando o olhar do ruivo para a mulher que dançava com sutileza e lançava gestos sensuais hora ou outra.

– E não gosta de cardiologistas – riu ao lembrar do comentário.

Ichigo, já cansado de ficar parado e reprovar de longe olhares descarados na direção de Rukia, chamou o amigo para se sentarem numa mesa mais próxima ao local onde as mulheres dançavam. Sentiu uma leve tonteira quando se levantou, mas não queria parecer fraco e fragilizado pelo álcool para a mulher que já tinha tomado três ShineNight.

A chegada dos amigos numa mesa próxima chamou a atenção de Rangiku, que sorriu triunfante e alegre para os dois. Sentou-se do lado de Toushirou e pediu ao garçom mais um BlueNote.

– Por que você tá bebendo tanto hoje? – perguntou o mais baixo, incomodado com o tanto de bebida que a mulher já havia ingerido.

– Tá preocupado, Hitsu? – indagou e sorriu abertamente para ele.

– Estou preocupado é como levar você para casa, isso sim.

Ele nunca admitiria que, no fundo, não gostava do jeito que ela se aproximava dos homens depois de tanta bebida alcoólica. A loira tinha certo gosto naquela vida de paqueras e flertes. Toshirou já chegou a se perguntar o que significaria aquilo, mas nada parecia vir como resposta para a necessidade da amiga em ser cortejada constantemente.

Rangiku sabia que Toshirou se preocupava com sua saúde e sempre que a levava em casa não reclamava do trabalho que tinha no dia posterior. Ela podia muito bem voltar de táxi e se acertar com sua colega de apartamento, mas ele fazia questão de ajudá-la. E mesmo não sabendo o porquê, nunca o agradeceu.

Rukia, que dançava sozinha sem perceber, reparou depois de minutos o sumiço da amiga que a acompanhava. Sua cabeça não estava raciocinando muito bem e a tontura não a deixava encontrar a loira. Andou alguns metros à frente e reconheceu o ruivo que a encarava enquanto dançava na pista. Reparou durante toda a dança em seus olhos castanhos atentos e não podia negar a sensação de satisfação em ter chamado a atenção do homem.

– Já se cansou? – perguntou o ruivo enquanto ela se sentava ao seu lado.

– Minha amiga sumiu. Ah, aí está ela! – exclamou ao notar uma loira implicando com um rapaz de cabelos esbranquiçados.

– É, eu imaginava que você e a Rangiku fossem amigas.

– Você a conhece? Então você era aquele médico que ela se referiu!

Lembrou da conversa que teve com a loira quando saiu do táxi e fora recepcionada pela mesma. A amiga havia comentado que iria apresentar seus amigos e que um deles com certeza chamaria a sua atenção. Detalhou com alguns apelidos bem sutis, como "lindo", "gostoso", e "toda mulher quer para si". Rukia não podia concordar mais.

– O que ela disse? – Ichigo perguntou com uma leve preocupação estampada no rosto.

Sabia que a loira não iria falar mal dele, mas Rangiku conhecia quase todos os seus segredos, e uma coisa que o ruivo desconfiava em mulheres era que em conversas de amiga com amiga, qualquer coisa constrangedora poderia vir à tona.

– Relaxa. Não foi nada que comprometesse você.

Rukia reparou no seu ligeiro suspiro de alívio, achando graciosa a sua reação a uma possível conversa embaraçosa sobre ele.

A música que começou a tocar era piegas, pensou Ichigo, e foi surpreendido quando viu Rukia cantando animada, seguindo perfeitamente o ritmo e pronunciando todas as frases em exata ordem.

– Você gosta desse tipo de música?

– Não.

– Está cantando como se fosse a música da sua vida – riu com a contradição da garota.

– Foi porque quando eu me separei do cafajeste do meu ex noivo, essa música estava tocada no bar que fui beber até não puder mais. Tomei tanto que quando vi, estava chorando e decorando cada frase que escutava.

– Nossa, ele te magoou tanto assim? – perguntou, sentindo-se compadecer pelo relato da mulher e a viu assentir.

– Sim. O negócio foi bem sério – disse num tom tão baixo que mal dava para escutar e Ichigo interpretou como um sinal que ela não queria ou não podia falar sobre.

– Eu noivei uma vez. Quer dizer... Fiz o pedido, porém passamos pouco tempo sendo noivos.

– Posso perguntar por que não deu certo?

– Ah, ela não era o que eu queria. Na verdade, nós tínhamos sido amigos de infância. Quando comecei a namorar outras garotas, ela criava uma cena de raiva de qualquer uma que eu apresentasse. Só fui entender que ela gostava de mim quando me beijou numa festa após ter experimentado vodka pela primeira vez. Eu não esperava isso e senti que perderia sua amizade depois do que aconteceu. A gente se dava muito bem, sabe... Acabei colocando na minha cabeça que se tentasse ter algo sério com ela, poderia dar certo. Mas no fim, discutíamos muito e o seu ciúme doentio que eu não sabia existir me enraivecia cada vez mais. Ou seja, não deu certo.

Ichigo se inclinou para encarar melhor os olhos violetas e viu que eles se tornaram mornos e um sorriso tímido apareceu no rosto da morena.

– Foi legal da sua parte ter falado isso para mim. Deve ter sido difícil perder a noiva e melhor amiga.

Ele sorriu. Não é que contasse sobre a sua vida para qualquer pessoa, mas seria muita loucura dizer que conseguia sentir uma sensação de confiança quando fitava aqueles olhos violáceos?

Rukia viu o amigo do ruivo sendo puxado à força por Rangiku para dançarem. A morena gostou da ideia e decidiu fazer o mesmo, só que com o atraente homem ao seu lado.

– Vem! – pegou subitamente a mão de Ichigo e o puxou, pegando-o de surpresa.

O ruivo ficou desconcertado de início e só parou para entender a situação em que estava quando a morena colocou os braços em volta de seu pescoço. Respondeu à ação da mulher e a trouxe para mais perto, juntando seus corpos. Daquela proximidade, Rukia conseguia sentir o perfume fraco que emanava de Ichigo. Era uma fragrância deliciosa que clamava a união de seus corpos. Queria esquecer o resto do mundo e sentir os lábios daquele ruivo pressionando os seus, mas fora ele a tomar a iniciativa. Beijou calmamente a mulher como se fosse o primeiro beijo da sua vida. Ichigo sorriu ao perceber o quanto ela ansiava por mais e aprofundou, sendo correspondido na hora. O ruivo não hesitou em repetir a ação prazerosa diversas vezes e parou somente para avisar a Toshirou que estava saindo.

– Ah! Eu sabia que a minha amiga ia enlaçar o Ichigo! – comemorou Rangiku, abraçando o parceiro de dança desengonçado. Ele quase caia no chão com a atitude se não fosse pela própria força que, para o alívio de Toshirou, não era proporcional ao seu tamanho.

– Estou vendo que quem vai cuidar de novo de você será eu – comentou mal humorado, ameaçando internamente o amigo ruivo.

– Reclama não, Hitsu! Vamos nos divertir aqui!

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Ichigo mal conseguia se concentrar de tanto que Rukia o beijava e o puxava para si. Ele só não cedia porque sabia que qualquer deslize na direção poderia ser fatal. Agradeceu mentalmente por saber que o seu prédio ficava perto do bar e, num período de cinco minutos, estacionou seu carro prateado na vaga do apartamento 902 de forma desleixada. O elevador tinha câmera, mas quem disse o casal se importava? Eles se beijavam ferozmente como se só tivessem aquele momento. A porta mal havia sido aberta e fechada quando entraram no apartamento, e Rukia já se encontrava com as pernas presa na cintura do ruivo, retirando a camisa dele sem calma alguma. O peitoral de Ichigo a mostra só a fez sorrir mais ainda, adorando saber que ele era estruturalmente lindo. O caminho até o sofá fora marcado pelas retiradas de roupas, resultando num Ichigo sem blusa e numa Rukia coberta somente pelo seu sutiã de renda roxo e calcinha da mesma cor, o que só fez a ânsia do ruivo se alargar ao notar o quão sexy era aquela combinação. O assento estofado era comprimido pelos sujeitos que se deliciavam nas excitantes carícias, e a pressão só fazia aumentar com o desejo imenso que um criou sobre o outro.

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Ichigo mal conseguia se concentrar de tanto que Rukia o beijava e o puxava para si. Ele só não cedia porque sabia que qualquer deslize na direção poderia ser fatal. Agradeceu mentalmente por saber que o seu prédio ficava perto do bar e, num período de cinco minutos, estacionou seu carro prateado na vaga do apartamento 902 de forma desleixada. O elevador tinha câmera, mas quem disse o casal se importava? Eles se beijavam ferozmente como se só tivessem aquele momento. A porta mal havia sido aberta e fechada quando entraram no apartamento, e Rukia já se encontrava com as pernas presa na cintura do ruivo, retirando a camisa dele sem calma alguma. O peitoral de Ichigo a mostra só a fez sorrir mais ainda, adorando saber que ele era estruturalmente lindo. O caminho até o sofá fora marcado pelas retiradas de roupas, resultando num Ichigo sem blusa e numa Rukia coberta somente pelo seu sutiã de renda roxo e calcinha da mesma cor, o que só fez a ânsia do ruivo se alargar ao notar o quão sexy era aquela combinação. O assento estofado era comprimido pelos sujeitos que se deliciavam nas excitantes carícias, e a pressão só fazia aumentar com o desejo imenso que um criou sobre o outro.

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Notas finais do capítulo

Sinto cheiro de arrependimento e ressaca rs

O que acharam? Acho que ninguém vai se surpreender se eu dizer que me inspirei em Grey's Anatomy hahaha

Mas é isso aí... espero que tenham gostado ^^