Silent Hill - Hell And Paradise escrita por dieKholer


Capítulo 6
Capítulo 6




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Devia ter uns dois metros de altura,havia uma pirâmide metálica de cor avermelhada no lugar de sua cabeça e manchas de sangue por todo o seu corpo inclusive em sua veste,que lembrava um avental de açougueiro.Segurava uma espada enferrujada e ensanguentada.
A criatura me observava.Logo apontou sua espada para mim e andou em minha direção.Parecia não ter pressa,andava devagar,talvez pelo peso da espada.
Tinha apenas três balas no revólver...era pouco,mas pelo menos podia causar um mínimo estrago.Três tiros certeiros mas a criatura não parecia ter se incomodado.
Corri para atrás do bloco de metal e peguei o machado grande que era usado pelo executor...agora ia ser usado contra ele...irônico,não acha?
Como era lento,consegui desferir-lhe alguns golpes,embora achasse que o ponto vital era sua cabeça não perdi tempo calculando suas fraquezas,qualquer lugar que o atingisse estava bom.Não contei ao certo,mas creio que mais de vinte machadadas o atingiram...porém ele não parecia desistir.
Ele veio em minha direção,ainda ameaçador...segurando sua espada.Se aquilo me encostasse...bastava um ataque e ele me matava....um ataque!Já ia preparar outra machadada,porém a criatura pareceu sucumbir.Ela recuou,depois se virou e desapareceu no meio da escuridão.Respirei fundo,quando me virei reparei que estava próximo a porta de saída...pus a mão na maçaneta e a girei,logo que sai vi que o ambiente estava normalizado.As paredes normais,o cheiro era de mofo...não mais de morte.
Provavelmente,assim que o ambiente se normalizou a criatura desistiu de lutar...talvez ela fosse mais fraca quando estivesse tudo normalizado.
Era tudo uma maldita armação.Estavam usando a minha filha para me atrair a armadilhas mortais.
Decidi voltar para onde Jim me esperava.Com certeza aquela era a única saída da prisão e se alguém fugiu levando minha filha com certeza topou com Jim,talvez não fosse capaz de impedi-lo....mas saberia identifica-lo.
Olhei para as paredes mofadas e escuras da prisão.Que diabos foi Silent Hill?Por que está deserta?Para onde foram os habitantes?O que me trouxe aqui?O acidente...os rastros de sangue...criaturas anormais e assassinas...parecia um tipo de filme de terror...mas não,era real!
Aquelas escadas pareciam intermináveis...descer era fácil,mas subir...Embora não houvesse tempo a perder,parei duas ou três vezes para recuperar o fôlego.
Ao chegar a bifurcação,Jim não estava lá...mas havia um aviso,parecia ter sido escrito às pressas,na parede.
“Encontrei Anitta,disse que precisava ir à Igreja de Silent Hill.Não tive tempo de impedi-la,saiu correndo.”
Igreja de Silent Hill...não tinha a mínima ideia de onde poderia ser.Sai do Historical Society e fui para rua.
Haviam cinzas espalhadas pelo chão,muitas cinzas.Se não fosse sua textura e o seu cheiro poderia julgar que estávamos em pleno inverno.
Havia pegadas no chão,uma trilha.A pegada do pé direito era mais funda que a pegada do esquerdo...provavelmente era Jim tentando correr atrás de Anitta.
Segui as trilhas,pude observar que haviam algumas criaturas ao meu redor mas não as enfrentei.O revólver estava sem munição...seria meu fim.
Não sei por quanto tempo corri sempre,atento às pegadas e as criaturas que circulavam.Quando estava prestes a parar para descansar,encontrei uma grande edificação,porém de modesta arquitetura,com pequenos vitrais sujo de cinzas e uma cruz no seu alto.
-A Igreja de Silent Hill... – parei em frente ao edifício,ofegante com as mãos na cintura.Precisava me recuperar antes de entrar,não sabia o que me esperava.
A porta era pesada,abri-a pela metade,dando somente espaço para meu corpo passar.
A Igreja era sombria,mas alguns feixes de luz não a deixavam totalmente escura.
-JIM!ANITTA! –gritei.
Andei lentamente entre os largos assentos da Igreja,esperando que Anitta estivesse escondida.
Aproximei-me do altar e reparei que havia algo sobre ele coberto com um pano branco.Parecia ser um corpo.Se fosse, era grande demais para ser de um adulto.
-Não...– murmurei enquanto pousava minha mão na ponta do pano para retirá-lo.Meus olhos ficaram úmidos, eu sabia o que era mas não queria aceitar.Reitirei o pano rapidamente.
-NÃO!NÃO! – gritei.Era o cadáver de minha filha. – ANITTA!NÃO!


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