Pov's Jorge
Fazia basicamente dois meses que as garotas estavam aqui. Elas já tinham ajudado em alguns servicinhos,mas todos na parte tecnica. Francesca era ótima com computadores,e por isso se deu muito bem com Maxi,já Violetta era ótima na parte prática ,embora ainda não tivesse saído pra nenhuma missão ,a vi treinando,e ela é ótima.
Violetta e Francesca tinham ficado amigas de todos,principalmente Ludmila e Diego,com exceção de Violetta que tinha ficado muito amiga também de Maxi. Francesca ainda tinha um pé atrás comigo. Mas já brincava ,conversava e agia normalmente comigo,Violetta falava comigo só o estrito e necessário.

Nesse exato momento estava em meu escritório esperando a Castillo chegar.

—O que quer ? - Ela entra como um furacão,batendo a porta.
—Olha como fala comigo.
—Acho que é com a boca.
—Você esta pedindo para eu perder a paciência. Mas não foi pra isso que lhe chamei. Senta. - Apontei para a cadeira a minha frente e ela a contra gosto sentou.

—Então foi pra quê ?-  Pergunta curiosa.
—Bom,Deckard Shaw,um dos maiores bandidos de Nova York,muito famoso por assaltos à grandiosos bancos e assasinato a grande número de seus inimigos. E ele tem algo que eu quero.
—E... - Ela indaga.
—E que isso que ele tem é uma mapa... - Ela me interrompe
—Toda essa tempestade por conta de um mapa ? -  Indaga indignada.
—Sim esquentadinha. Mas esse mapa tem o esquema do maior banco de N.Y,e eu preciso dele.
—E se eles tiverem copias ?
—O mapa não está completo. E eu estou com a parte que falta. E você e Francesca o conseguirão para mim. - Falei simplesmente.
—Como ? - Ela se exalta- Deixe-me ver se entendi bem,eu e Francesca vamos nos meter com bandidos ou seja lá o que for,arriscar nossas vidas para conseguir um mapa ? - Indaga indignada.
Fiz cara de pensativo.
—É ,isso mesmo.
—Vai pro inferno. - Grunhiu saindo da sala.
Ri sozinho de sua expressão.

~*~
Era hora do almoço e para comemorar o roubo de ontem,que foi feito com sucesso,iamos fazer um churrasco na área da piscina.  Violetta pra variar não queria vir. Garota chata,vou te contar.

Eu estava na piscina junto com Ludmila,Francesca e Alex.  Maxi preparava a carne e Diego estava lá dentro. Estávamos jogando vôlei quando somos enterrompidos por gritos estridentes.  Novamente para variar era Violetta. Ela estava sendo carregada no colo por Diego,que por sua vez ria. Ele simplesmente a arremessou na água.  Ela emergiu vermelha de raiva,parece que ia explodir a qualquer momento. Ela saiu da piscina e eu achei que ela ia brigar ,por o maior barraco. Mas não,ela só passou reto e entrou em casa novamente.
—Hey,Blanco, se concentra no jogo.
Só ai percebi que eu tinha deixado passar duas bolas.
—Foi mal. Vou ali rapidinho e já volto.
Não esperei respostas e fui em direção a casa,mas precisamente ao quarto da Castillo.
—Posso entrar ? - Perguntei batendo na porta.
— NÃO.
—Vai ser rápido. Eu juro.
—Não quero saber. Vai embora. - Ela disse forçando a voz,mas pude ouvir um pequeno soluço e ela fungando.
Não me importava se ela me botaria pra fora a custa de porrada,mas entrei contrariando sua resposta anterior.
—Eu disse para me deixar sozinha. - Esbravejou virando de costas para que eu não pudesse ver seu rosto.
—O que aconteceu ? _ Perguntei sentado ao seu lado na cama. Ela apenas se afastou virando ainda mais o rosto e enxugando as lágrimas.
—Nada que seja da sua conta. Cuide da sua vida.
—Por que esta chorando ? - Ignorei sua grosseria.
—Já disse pra sair daqui.  Me deixe em paz.- Correu para o banheiro logo que terminou de falar. Apenas a segui e a vi vomitando. 
Corri e segurei seus cabelos. Ela vomitou tudo que tinha pra vomitar e logo em seguida escovou os dentes. Eu a observava encostado na parede. Ela se virou para mim e do nada voltou a chorar. Eu tentei chegar perto mas ela correu e se escondeu em baixo das cobertas como uma criança com medo dos montros de baixo da cama. Eu me ajoelhei ao seu lado e descubri sua cabeça. Não sei o que deu em mim,mas comecei a afagar seu cabelo macio. Ela afastou-se abruptamente e me olhou.
—SAIA DAQUI. AGORA. - Gritou me olhando com fúria.
Eu apenas assenti e sai.

Pov's Violetta.
Eu não devia chorar,eu deveria ser forte. Eu tinha que ser forte,não podia ceder à vontade de chorar descontroladamente.
Eu tenho que ser forte,dizia a mim mesma.
Quer saber ? Eu fui forte por tanto tempo,eu esperei tanto tempo.
Sai da cama e tranquei a porta do quarto.  Me escondi no banheiro e chorei. Chorei tudo o que tinha pra chorar. Chorei como se o que eu estava sentindo fosse sair junto com as lágrimas.  E,bem,não saiu.
Olhei-me no espelho me assustei ao ver que meu rímel havia escorrido,meu nariz estava vermelho assim comos meus olhos. Lavei o rosto e passei um pouco de maquiagem para disfarçar.
Quando terminei desci e fui na cozinha beber água,para meu azar Jorge,estava lá.  Ignorei-o e passei reto por ele,sentindo seu olhar sobre mim. Terminei de beber água e pus o copo na pia. Quando estava voltando ele puxou meu braço fazendo nossos corpos ficarem perto.Afastei-me rapidamente.
—Será que pode me deixar em paz ? - Perguntei um tanto quanto vermelha. Tanto de raiva quanto de vergonha pelo que aconteceu no quarto.
—Não até me dizer o porque estava chorando.  - Disse e novamente me puxou. Mas agora prendendo-me entre ele e a bancada.
Tentei me afastar mas ele é bem mais forte que eu.
—Nada que seja da sua conta.

Ele olhou-me nos olhos e em uma fração de segundos seus lábios estavam grudados nos meus.
Ele pediu passagem e eu neguei e tentei afastá-lo. Sem êxito. Ele pediu novamente e eu cedi. Nos beijavamos violentamente.
Quando me dei conta do que estava fazendo. Me afastei o empurrando pra longe. Ao olhar a porta da cozinha pude notar Diego nos olhando espantado. Os lábios de Jorge estavam vermelhos e eu não tinha dúvidas de que os meus estavam no mesmo estado.
—Nunca mais encoste um de seus dedos em mim. Seu grande idiota. -Gritei e corri para o quarto sentindo as lágrimas voltarem. Joguei-me na cama e novamente me pus a chorar.
Ouvi a porta ser aberta. Nem olhei quem era. Apenas cobri o rosto com o travesseiro.
Senti uma mão em minhas costas. Afagando-a.
—Hey,não fica assim. - Descobri pela voz ser Diego.
—E como eu fico então ? - Perguntei tirando o travesseiro do rosto e o olhando.
—Bem. Você fica bem. - Ele responde me olhando nos olhos. No seu olhar havia  compreensão.
—O que fazer quando não se consegue ficar bem ? - Indaguei voltando a chorar.
—Ai,se você não consegui ficar bem vamos ter que fugir porque eu vou quebrar a cara o Jorge. - Ele riu e eu ri também. - Hey,isso foi uma risada ?
—Foi sim. - respondi baixando o olhar.
—Por que não me conta por que esta chorando.
—Diego,o meu irmão ligou ou fez algo em relação a isso tudo ? - Perguntei já sabendo a resposta.
—Não.  - Ele respondeu depois de segundos. Olhou-me triste.
—Eu já imaginava. - Respondi desviado o olhar. - Bom,vamos lá pra baixo.
—É vamos.
—Mas sem gracinhas como me jogar na piscina. - Falei me fazendo de brava. Ele riu.
—Tudo bem.
—Vai indo na frente. Eu já vou descer.
—Tá bom. Mas se não descer eu venho lhe buscar. - Disse fazendo uma falsa cara ameaçadora.

Quando ele saiu eu fui por um biquíni. Desde que ele disse que meu irmão não procurou me levar de volta pra casa eu tomei a decisão de que eu não vou deixar que a depressão,contra qual eu vinha lutando a um tempo, me destruir. Eu sei que sou forte o suficiente pra suportar tudo isso. Se ele me queria longe,é longe que eu vou ficar. Agora faço parte da equipe Blanco,embora eu odiasse o fato de ter de receber ordens do Blanco.
Depois que pus o biquíni desci e fui até a área da piscina. Quando cheguei lá tirei a grande blusa que usava por cima do biquíni e pus meu óculos escuro e me deitei em uma cadeira pra me bronzear.

POV'S Jorge.
Eu estava um tanto quanto frustado pelo que aconteceu na cozinha. Nunca uma garota tinha me rejeitado antes. E era horrível a sensação. Havia voltado para a piscina e ao jogo. Estávamos ganhando de sete a quatro. Estava totalmente focado no jogo até que Violetta,apareceu e ficou só de biquíni.
Santo Inferno.
Suas curvas eram tão bem feitas. Sua bunda empinada,cintura na proporção certa e seios medios pareciam o caminho para o próprio pecado. Quando dei por mim,estava tendo os pensamentos mais errados possíveis em relação a ela. Ainda mais depois de provar do seus lábios. E que lábios.  Eu queria mais. Muito mais. O que parecia quase que impossível já que ela me odiava,com razão.