Mosli a História escrita por Maria Lucia


Capítulo 46
Capítulo 46 - Recordações


Notas iniciais do capítulo

Gente hoje eu quero agradecer por todos os comentários, recomendações e por tudo. E graças a vocês eu tenho motivação e inspiração para escrever a minha história. Obrigada mesmo pelo carinho e aí vai um capítulo bem grande para vocês. Boa leitura.

Atenção: A Cena 08 vai ser uma cena picante.



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No quarto das meninas Bia e Mili conversavam Mili estava sentada encostada na cabeceira de sua cama e Bia na ponta.

Bia (Rindo e toda descontraída): pior que é mesmo eu me lembro do dia em que o Mosca aprontou com você no colégio. Foi engraçado ele se declarando para você em público.

Mili: aquilo foi de brincadeira com os meninos. Eu fiquei com tanta raiva, mas agora eu acho até engraçado.

Bia: e aquela época em que o Duda escrevia cartas anônimas para Pata dizendo ser um admirador secreto e depois ele confessou na frente de todo mundo.

Mili: lembro. Pois é aquilo foi uma brincadeira de mau gosto. Pata queria matar ele. (rir)

Bia: mas acabou que no final eles se apaixonaram de verdade e estão juntos. Assim como você e o Mosca.

Mili: é. E você e o Juca estão bem?

Bia: sim a gente namora tem tão pouco tempo ainda, mas já da para ter certeza que eu amo ele.

Nessa hora Pata entra no quarto e estava com uma toalha enrolada na cabeça e com uma roupa diferente não era do uniforme do orfanato e nem do colégio.

Mili: vai sai Pata? Você está tão bonita.

Pata (diz tirando a toalha do cabelo): vou sim. Não se lembra que hoje eu vou conhecer a mãe do Duda.

Bia (fala brincando): se ela for igual à Carmem boa sorte.

As três riem.

Pata: mas e aí o que eu faço? Eu estou bem assim?

Nessa hora Marian chega, mas não entra ao quarto e fica ouvindo atrás da porta.

Mili: está bonita e bem assim é melhor você não exagerar.

Pata: você tem razão Mili eu vou do mesmo jeito que eu me arrumo sempre. Nada parecer ser quem eu não sou.

(Cena 02)

Cris descia as escadas do orfanato e a campainha toca e ela vai abrir a porta. Quando ela abre a porta ela tem uma surpresa.

Cris (sorrir): André?

Ela o abraça e eles dão um beijo.

André: e você como passou esses dias.

Cris: entre. Bem só com saudades sua.

Eles entram e Cris facha a porta e ambos vão para o sofá.

André: eu também estava com saudades sua. Não vai a hora de voltar de viajem só para te ver.

Cris: meu amor eu te amo tanto.

Eles se aproximam e se beijam.

André: eu também te amo.

Cris: antes que eu esqueça. Sábado que vem a Carol vai ao programa de frente com Gabi e a gente vai assistir no orfanato todos junto. E você está convidado.

André: então eu estou dentro. E a Carol merece ela cuida tão bem de vocês.

Cris: disso não tenha dúvidas.

(Cena 03)

Marian vai até a area de serviços do orfanato e não havia ninguém então ela pega o celular e liga para Carmem.

Carmem: o que foi Marian?

Marian: é a indecente da Pata ela foi jantar aí na sua casa.

Carmem (repreendendo): e você me liga para falar isso?

Marian: mas Carmem?

Carmem: disso eu já sei a chata da Mariana me pediu para que a Pata fosse lá em casa assim ela conheceria a namoradinha sem sal do Duda.

Marian: e você deixou?

Carmem: fazer o que né eu tive que deixar. Mas agora eu tenho que desligar por que eu vou sair e só volto amanhã tive que inventar uma desculpa para não ter que almoçar junto a um moleque insolente e uma menina favelada.

Marian: eu achei que você não sabia.

Carmem: Marian da próxima vez me liga para dizer coisas importantes e não idiotices. E muito cuidado para que ninguém ouça você falando comigo.

Carmem desliga o telefone.

Marian: droga! (fecha o celular) Mas para ter bons presentes eu aceito tudo.

(Cena 04)

No horário combinado Duda foi buscar Pata e eles chegam a casa.

Pata (fala baixinho): estou um pouco nervosa?

Duda: fica tranqüila você está linda. Minha mãe vai gostar de você.

Pata: assim espero.

Eles chegam à sala e Mariana estava na poltrona e levanta para recebê-los.

Mariana: então você é a Pata a minha nora.

Pata (tentando ser mais simpática possível): sim. É um prazer conhecer a senhora.

Mariana (também se esforça para ser simpática): o prazer é todo meu.

Elas se cumprimentam com um abraço e dois beijinhos no rosto.

Mariana: o jantar já está na mesa.

Duda: então vamos jantar.

Eles vão para e mesa e Odete uma empregada muito fofoqueira ouviu tudo e foi até a cozinha onde Simon estava colocando as compras no lugar.

Odete: você não vai acreditar. Aquela garota do orfanato veio mesmo.

Simon: Odete pare de fazer tanta fofoca que você vai acabar na rua ainda por causa disso.

Odete: mas é só um comentário bobo.

Simon olha para ela e ela sorrir como se fosse inocente.

(Cena 05)

Mili e Mosca também marcaram de sair a tarde e eles foram jantar em um restaurante ao ar livre que tinha lá perto do orfanato o ambiente lá era calmo e bonito.

Mosca: até que esse lance de trabalhar está sendo bom. Agora eu posso até te levar para jantar fora.

Mili: Mosca nada disso. Eu vou te ajudar a pagar a conta.

Mosca: Mili não precisa disso. São os homens que bancam o passeio.

Mili: nossa Mosca em que século você está?

Mosca: 21.

Mili: eu não me importo em te ajudar a pagar a conta. Afinal eu também trabalho.

Mosca: está bem Mili você venceu. (Ele faz sinal para um garçom e ela vem).

Quando o garçom chega para receber a conta e Mili pega o dinheiro para pagar o garçom e Mosca interrompe.

Mosca: nada disso quem vai pagar sou eu. Aqui garçom por gentileza aceite o meu dinheiro. (se levanta e da o dinheiro ao garçom).

Mili: Mosca não começa!

O garçom fica em uma situação constrangedora e fica sem saber de quem pegar o dinheiro e Mili decide acabar com isso e vai até Mosca e fala baixinho com Mosca.

Mili: é melhor a gente acabar logo com esse circo e dividir a conta porque o garçom já está ficando em uma situação chata.

Mosca: então nós vamos dividir a conta.

Eles dividem a conta e pagam o garçom.

(Cena 06)

Depois do jantar Mariana estava cansada e quis se arrumar para deitar e Pata aceitou o convite de Duda para andar um pouco quintal, sob o ar fresco e o céu estrelado, e a noite bem quente e calma. Não havia mais ninguém e a piscina brilhava como uma esmeralda.

Pata: e aí você acha que a sua mãe gostou de mim?

Duda: gostou é claro e quem não gosta de você depois que te conhece Pata?

Pata: é sério Duda. Eu quis agradar a sua mãe. E por você.

Ele fica de frente para ela e a abraça pela cintura e da um selinho nela.

Duda: Pata poe uma coisa na sua cabeça quem tem que gostar de você sou eu.

Pata: e você gosta de mim?

Duda: não. Eu te amo.

Pata: eu também te amo.

Os dois se beijam.

Duda: que tal um mergulho?

Pata (sorrir): a água parece deliciosa. Eu não entro em uma piscina à noite... há anos.

Duda (animado): então vamos.

Pata: eu só vou tirar meu vestido.

Pata olhou para os lados e não havia mais ninguém e então tirou o vestido, pois não gostava de ficar de biquíni na casa dos outros e Duda que só estava vestido com uma sunga azul-marinho riu e mergulhou.

Duda: que foi está com medo da água? (perguntou dentro da piscina).

Pata sorriu e não disse nada e mergulhou na piscina e quando se levantou sentiu que Duda estava nadando por baixo de seu corpo, o braço em sua cintura e levantou beijando-lhe o pescoço e depois a virou meio que a força e beijou na boca. Pata tentou escapar, nadando até a beira da piscina, mas ele a seguiu, rindo, mas quando a alcançou Duda abriu os braços e Pata colou-se nele, esquecida de tudo. A água atingia seus ombros e Pata sentiu uma sensação que nunca havia sentido antes uma certa felicidade. Duda beijou-lhe a boca com calor e paixão, correu dos lábios pelo pescoço.

Duda: Pata eu quero você. E você quer ser minha?

Nesse momento Pata sabia o que queria e também o desejava.

Pata (olha nos olhos dele): sim Duda. Eu sinto que esse é o momento. Eu também quero você.

Era a primeira vez que Pata falava assim a algum garoto... A primeira vez que se sentiu pronta para perder a virgindade.

Duda: então vamos para o meu quarto.

Os dois saíram da piscina.

Duda: Pata (disse baixinho, enquanto a ajudava sair da piscina e a abraçava) você não sabe o quanto eu esperei que você dissesse isto.

Rapidamente vestiram a roupa e saíram do local.

(Cena 07)

Mili e Mosca caminhavam pela calçada da rua estavam voltando para o orfanato e riam do que aconteceu há alguns minutos atrás.

Mosca (rindo): e aquela cara de taxo do garçom.

Mili (rindo): coitado. Só nós mesmos.

São interrompidos por uma criança de aproximadamente 8 anos.

Sabrina: vocês pode me dar algum trocado ou senão algo para comer. Hoje eu fiquei com fome o dia inteiro.

Aquela criança fez com que Mili e Mosca ficassem sentidos, pois ela era só uma criança e morava na rua.

Mosca: eu tenho alguma coisa aqui.

Mili: espera Mosca.

Mosca não fez mais nada.

Mili: qual o seu nome? E seus pais?

Sabrina: meu nome é Sabrina e eu não tenho ninguém moro na rua dês de quando minha mãe morreu.

Mili: esmola não vai resolver o seu problema. Deixa a gente levar você para um lugar seguro onde você vai ter o que comer e onde dormir todos os dias.

Mosca: pois é como eu não pensei nisso antes?

Sabrina: nas condições onde vivo eu topo tudo. Vamos então.

(Cena 08)

Duda chega com Pata em seu quarto e tranca a porta.

Duda: essa noite eu quero mostrar a você o quanto eu te amo.

Pata: isso você sempre me mostra no dia a dia.

Eles se beijam.

Duda: mas essa noite vai ser diferente. Vai ser a nossa primeira vez minha e sua.

Eles se beijam novamente e Pata retira aquela camisa molhada do corpo de seu namorado que retira o vestido dela e deixa jogado no chão e vão para a cama. Duda que estava por cima dela a beija e depois beija o pescoço e diz baixinho.

Duda: você tem certeza?

Pata: total.

Os dois voltam a se beijar no meio daqueles lençóis.

(Cena 09)

Mili, Mosca e Sabrina chegam ao local onde trabalhavam e estavam sendo atendidos por Daniela. Mili e Mosca estavam sentados de frente para a mesa de Daniela e Sabrina estava de pé respondendo algumas perguntas.

Daniela: olha vocês dois fizeram muito bem de trazer Sabrina aqui. Cadê vez eu tenho mais certeza de que a Cida fez a coisa certa ao dar esse emprego a vocês.

Mili: muito obrigada Daniela.

Mosca: Obrigado Daniela, mas isso também foi uma obrigação minha e da Mili. Principalmente minha que já morei nas ruas e sei o que é isso.

Daniela: amanhã eu vou ao juizado e termino de resolver esse problema da Sabrina.

Mili: e já está na hora da gente ir senão daqui a pouco a Carol começa a ligar.

Eles se levaram.

Sabrina: vocês não vão dormir aqui:

Mosca (rir): não. Nós não moramos aqui.

Daniela: e aquela noite que vocês prometeram passar aqui com as crianças. Podia ser hoje.

Mosca: Mili até que não é má idéia. Vai ser bom para a Sabrina ir se acostumando.

Mili: tudo bem. Eu só tenho que ligar para a Carol antes.

Daniela: ok.

Mili liga para Carol e ela deixa eles dormir com as outras crianças.

(Cena 10)

Já de madrugada Pata e Duda ainda estavam acordados na cama.

Duda: você se arrependeu?

Pata: claro que não.

Duda a beija e depois Pata vê uma foto no quarto de Duda de um rapaz muito parecido com ele.

Pata: é você naquela foto?

Duda: não. É meu irmão.

Nessa hora Pata sentiu uma tristeza na voz de Duda.

Pata: seu irmão? Nossa a gente já namora a quase um ano e você nunca me contou que tem um irmão.

Duda: é que para mim é triste falar sobre o Ricardo ele morreu muito jovem.

Pata: eu sinto muito. Faz muito tempo de que ele morreu?

Duda: 10 anos. Eu era pequeno naquela época, mas me lembro de quase tudo.

Pata: se você quiser ir dormir ou mudar de assunto tudo bem.

Duda: não Pata você é minha namorada e eu preciso contar minhas coisas para você.

Duda parou um pouco estava quase chorando, mas se manteve firme e começou a narrar.

Duda: Ricardo quando era adolescente era o popular do colégio, gostava muito de bagunça e festas sabe e também ficava com muitas garotas e não assumia nenhuma.

(feddback)

Ricardo estava se arrumando para sair no quarto de Duda que ainda tinha uns 5 anos estava no quarto com ele.

Duda: eu quero crescer logo para poder sair com você e namorar todas as garotas mais gatas da cidade.

Ricardo (riu): e assim será. Porque irmão meu vai ser pegador também. Mas calma que quando você crescer eu vou te levar nas melhores baladas e vou te apresentar muitas mulheres. Nós vamos nos divertir muito juntos.

(fim do feddback)

Pata: Duda teve uma época que eu te conheci que você também era assim você só mudou quando começamos a namorar sério.

Duda: eu mudei quando me apaixonei por você de verdade, mas em parte eu agradeço o Ricardo também pelo o ultimo conselho que me deu.

Pata: eu não vou mais interromper continue.

Duda: Quando ele se formou e foi para faculdade ele continuou com aquela vida fazendo muita mulher sofrer até que teve uma que se apaixonou de verdade o nome dela era Bianca. Parecia até mentira que o Ricardo estava levando uma moça a sério.

Pata: então Bianca ele amou de verdade?

Duda: essa sim. De tanto é que eles resolveram se casar e no dia o casamento deles na hora que Ricardo saiu da igreja uma das amantes dele apareceu revoltada e deu 6 tiros nele.

Duda começa a chorar ao lembrar-se do irmão e Pata o abraça.

Pata: eu sinto muito Duda.

Duda: aquela mulher foi presa, mas isso nunca vai trazer meu irmão de volta. Logo chamaram uma ambulância e o levaram para o hospital, mas foi inútil.

(feddback)

Ricardo já estava nas ultimas no hospital e pediu aos médicos para falar com seu irmãozinho de seis anos. E como os médicos sabiam que ele não passava daquela noite deixou. Duda entra no quarto e chorando ao ver o irmão em uma cama de hospital e um médico ficou lá fora.

Duda (se aproxima da cama e segura a mão dele e quase chorando diz): melhora logo cara para gente poder passear, se divertir com as gatinhas.

Ricardo (rir): eu quis assim, mas o destino não quis desse jeito.

Duda (chora): eu não estou te entendendo.

Ricardo: Deus está me levando Duda.

Duda chora mais ainda.

Ricardo: eu não quero nunca que isso também aconteça com você. Duda eu sei que você ainda é uma criança, mas me promete uma coisa?

Duda (chorando): o que?

Ricardo: que você vai respeitar todas as meninas e nunca vai fazer nenhuma sofrer?

Duda (chorando): eu prometo e vou cumprir isso.

Ricardo (sorrir): ótimo. Não importa a quantidade de mulher que você vai ficar. Isso não faz de ninguém ser mais homem.

Duda abraça o irmão que também o abraça e depois de alguns segundos Duda percebe que o irmão ficou muito quieto.

Duda: Ricardo. Acorda por favor.

Os médicos percebem o desespero de Duda e tiram o menino do quarto que sai chorando muito acompanhado por um dos médicos.

(fim do feddback)

Duda (chorando): e foi assim.

Pata (chorando): eu lamento. Vocês todos devem ter sofrido muito.

Duda: sim. Sofremos muito. Bianca ficou internada em uma clinica de reabilitação e minha mãe não ficou internada, mas mudou muito ela não é mais a mesma dês da morte do Ricardo. Ela ficou mais seca e quase sem tempo para mim.

Pata fica sem saber o que fazer e abraça o namorado e chora junto com ele.


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