– Tereza... você não sabe o quanto eu senti a sua falta... - disse Felipe, com lágrimas nos olhos, depois de me beijar.

– Eu também, Felipe... eu amo você! Amo!

Novamente nos beijamos.

Ficamos um tempinho abraçados. A fixa ainda não tinha caído para nós dois do que estava acontecendo. Finalmente estávamos juntos... em todos os sentidos!

– Peraí... cadê o Max? Ele não ia vir com você?

Ainda abraçada no menino, respondi:

– O Júlio foi bater nele...

Nossas respirações pareciam estar mais pesadas. Felipe soltou-se dos meus braços e olhou fixamente nos meus olhos.

– Tereza... eu sei que é estranho perguntar isso numa clínica, mas... quer namorar comigo?

Nunca me senti tão nervosa na minha vida. Comecei a rir sem motivos e disse que sim.

Ele me abraçou outra vez e me beijou.

De repente, nos desgrudamos bruscamente ao ouvir a porta se abrir.

– AAAAAAAAAAAAAAAAARGH!!!!!!!!!! - Gritou Max.

– MAX? - Gritei, eufórica - QUAL É O SEU PROBLEMA, GAROTO?

– Max!!! - disse Felipe, animado.

– AAAAAAAI! QUE NOJO, QUE NOJO, QUE NOJO!!!!!!!!!!!! - berrou o garoto, com um olhar horripilante. Eu nunca havia visto uma coisa dessas em toda a minha vida - ELES ESTÃO SE BEIJANDO! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIII!!!!!!

Não sei porquê, mas senti lágrimas caírem dos meus olhos. Olhei rápido para o Felipe e ele também estava assustado.

Dona Sandra, Júlio e a mãe do Max entraram depressa no quarto para verem o motivo de tanta gritaria. Mas o garoto estava muito desesperado.

– ME TIRA DAQUI, MÃE! ME TIRA DAQUI!!!!!!!! AAAARGH!!

– CALMA, MAX - gritou sua mãe, desesperada, ao ver o filho passando mal no chão da enfermaria.