The Climb: O Passado de Meg Malfoy escrita por Blank Space


Capítulo 19
Nobody’s Perfect


Notas iniciais do capítulo

Ooooieeee!! Tudo bem?? Espero que siim :* Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar :3 Beijooooos :*
Jessie Diva J pra vocês!
Link: https://www.youtube.com/watch?v=aSZVYZTze74
#PrayForMamaSwift



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Odeio ter de decepcionado

Eu me sinto tão mal com isso

Eu acho que o carma volta

Porque agora sou eu quem está sofrendo

~Pov Meg

Uma semana e meia se passou desde que eu havia mandado a carta para Liam avisando que poderia receber visitas em alguns dias, mas não obtive resposta, por isso tive a certeza de que ele não viria me ver.

Resolvi seguir o conselho de Greg e escrever uma carta para minha mãe, mas ainda estava decidindo se enviaria ou não a tal carta que dizia:

Oi mãe, tudo bem?

Sabe, eu não sou uma adolescente “normal”. Eu me corto, tenho pensamentos suicidas e coloco tudo o que como pra fora. Às vezes eu só queria a sua ajuda, mas acho que não vai dar não é? Mas mesmo assim, eu te amo. Não sou uma princesinha, sou um monstro. Me perdoe por não ser a filha perfeita, mas eu estou tentando. Te espero daqui a alguns dias, mesmo sabendo que vamos brigar eu quero muito que venha.

Beijos da sua filha, Meg

Acho que é demais pra ela, por isso guardei a carta no fundo de minha gaveta. Eu estava torcendo para que ela viesse e não ligasse para as cartas que eu escrevi para Liam, embora eu saiba que vai ser difícil e que vai acabar em uma briga.

Peguei mais um pergaminho e uma pena e comecei a escrever uma carta para ele. É, mais uma. Eu escrevia todos os dias nem que fosse para mandar boa noite e perguntar como ele estava. Sei que pode parecer obsessão, mas eu prometi que escreveria e saber que poderia contar tudo a ele me deixava bem. Era o que me impedia de desabar.

Querido Liam,

Como estão as coisas aí? Você ainda não me respondeu se poderá vir e eu posso estar sendo chata, mas você é o único que eu tenho aqui. O único que se importa e que me entende realmente, bem... Talvez não se importe mais.

Mais um dia sem cortes e me alimentando direito. É, eu estou progredindo e se eu continuar assim poderei voltar pra casa no natal. O convite para andar de skate ainda está de pé? Você sabe que vai ter que tocar pra mim não é?

Bom, é isso, eu sinto sua falta meu perfeito das covinhas perfeitas!

Beijoos da sua Rainbow

PS.: Quando puder escreva, eu estou preocupada com você!

Aiko levou a carta e eu me deitei em minha cama, pensando nas ultimas semanas. Greg e eu estávamos cada vez mais próximos, ele era o mais próximo de amigo que eu consegui aqui. Segundo o médico eu estava bem, estava me alimentando corretamente e por isso minhas dores de estomago não voltariam tão cedo. Elisa ficou orgulhosa.

Eu me levantei e peguei o livro vermelho. O livro onde eu escondia a minha lâmina. Eu o abri e a peguei, olhando-a atentamente.

E mais uma vez o monstro mostrou que estava acordado e que ainda vivia dentro de mim. Eu via a guerra que acontecia em minha cabeça, era uma voz fria implorando por mais um contra a minha voz, que gritava que eu não precisava mais, que estava tudo melhor agora.

Melhor? Nunca vai melhorar! Você foi internada como louca!

Não, eu não preciso disso, eu não nasci pra sofrer!

Você continua essa gorda e feia. Seus amigos, onde estão? Ah é, você não tem, os que tinha te esqueceram nessa clínica. Ninguém se importa com você.

Estou aprendendo a ter amor próprio e a não me importar!

Você ainda se importa com você?

Sim, eu me importo.

Pense em seu passado. Se lembre das coisas horríveis que aconteceram e de como te trataram. Quando você estava mal alguém percebeu? Alguém de importou? Quando você tentou se matar alguém ligou? Ter amor próprio te adiantou de alguma forma?

O que eu faço? O que devo fazer pra que isso passe?

Primeiro use essa lamina que está em suas mãos. Marque seu corpo com toda sua raiva e força. E depois você se desfaz desse coração inútil, dessa sua vidinha. O fato de você estar viva é a causa de todos esses problemas!

E com esses pensamentos eu acordei assustada, completamente molhada de suor e pelas lágrimas. Elas embaçavam minha visão. Eu me levantei o mais rápido possível pegando o livro e tirando a lamina.

Lentamente eu a levei até o minha perna direita, lá eu sabia que ninguém iria ver, a menos que eu usasse short. Eu sou mesmo uma inútil, ninguém se importa não é mesmo?! Ninguém nunca vai se importar!

E quando eu estava pronta para fazer o primeiro de muitos cortes meu pensamento voou até Liam. Ele se importava comigo.

Não, ele não se importava. Se Liam se importasse ele teria respondido a alguma das cartas que mandei.

Voltei a pressionar a lâmina contra a minha pele e fechei os olhos. Era só deslizá-la e senti-la cortando a minha pele.

Comecei a deslizá-la lentamente, fazendo um corte pequeno, mas fundo quando ouvi Aiko batendo na janela com o bico. Me levantei sem me importar com o sangue que pingava no chão ou com a dor que eu estava sentindo.

Assim que abri a janela eu senti o olhar triste da coruja sobre mim, ela sempre ficava assim quando me via sangrando por algum motivo. Eu acariciei suas penas e ela fechou os olhos fazendo um barulho com o bico.

–Voltou rápido dessa vez. – Falei forçando um sorriso. – Não se preocupe com isso Aiko, está tudo bem. –Murmurei secando as lágrimas e percebendo que a coruja carregava algo consigo.

Uma caixinha amarela com uma fita de arco-íris.

–Liam entregou isso pra você? –Perguntei pegando a caixinha. A coruja apenas fez mais um barulho com o bico e voou até sua gaiola.

Eu sentia minha perna latejar, mas eu não estava me importando. Liam havia dado algum sinal de que se importava. Ele sempre chega nos momentos que eu mais preciso.

Amarrado junto à caixa estava um pequeno envelope colorido com uma carta. Eu o coloquei em cima da mesinha e peguei a caixa. Lá dentro haviam três cupcakes coloridos, com um pequeno arco-íris em cima, todos intactos depois do voo. Com certeza ele usou magia pra que continuassem inteiros quando chegassem até mim.

Eu peguei um e bem para, e mesmo com o pensamento de que não deveria comê-lo porque eu iria engordar mais um comi um, suspirando em seguida.

Desde que comecei com a bulimia e anorexia sempre que eu comia algo parecia ter alguém dentro de mim implorando para que eu parasse, eu estava deixando de escutá-la e voltando a me alimentar direito.

Fui até o banheiro e limpei o sangue que escorria em minha perna, amarrando uma toalha para que parasse de sangrar tanto e voltando para o quarto.

Peguei mais um cupcake e me deliciando abri o envelope.

E eu odeio fazer você pensar

Que a confiança que tivemos foi quebrada

Então não me diga que você não pode me perdoar

Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não

Não, não, não, não


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Dicas? Críticas? Deixem pra mim :* Beijoooos
#PrayForMamaSwift