Despertar escrita por Melaine_, Cassia Cardoso


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Finalmente estou postando o capítulo!
Desculpa a demora, mas esse final de semestre está bem tenso :'(
Espero que gostem! :3



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Enquanto as garotas folheavam os livros foram informadas que teriam que assistir a tarefa do camarote dos professores, elas estranharam isso, porém estavam muito ansiosas para ver o mundo lá fora, então tomaram o café da manhã e deixaram de lado os livros para se arrumar. As duas deixaram a Ala Hospitalar sorrindo e foram praticamente correndo até o saguão de entrada do colégio.

Enquanto elas percorriam o gramado viram pequenas arquibancadas flutuando no meio do lago e logo chegaram à marina onde estavam os barcos que os levariam até as arquibancadas. Havia uma aglomeração perto dos barcos, com vozes exaltadas. Freya se surpreendeu quando foi puxada por Krum que a levantou num abraço.

–Ai Meu São Nicolau! Que que é isso? – disse ela assustada.

–Já tinha perdido as esperanças de te ver aqui. – disse ele.

–Eu não sabia que viria. Agora me põe no chão.

Krum a colocou no chão e ela abraçou o irmão. Desiré foi puxada para um abraço por Juan que ficou fazendo mil e uma perguntas para ela. Freya ria da cena da amiga quando Draco a olhou a apenas alguns passos de onde ela estava.

–Vamos logo. Eu tenho uma tarefa a vencer. – disse Krum sorrindo.

As garotas foram num barco com Juan e Draco e ao chegarem lá Freya foi arrastada por Krum até onde eles se preparavam. Karkaroff apareceu lá e dando um olhar cortante para Freya, foi conversar com Dumbledore e os outros.

–E aí, você teve alguma idéia brilhante para a prova?

–O que você acha?

–Que você deveria pensar por você mesmo?! – ironizou ela.

–Você viu algo sobre essa tarefa?

–Nada vai acontecer contigo. – disse ela dando tapinhas no braço do amigo.

–Não sabe o quanto eu fiquei preocupado com isso. Se você tinha visto algo ou não. Você estava lá, como iria me falar algo?

–E a preocupação com a amiga ficou onde?

–Você sabe que eu me preocupo com você…

–Mas você em primeiro lugar. – disse Freya piscando para ele.

Krum prendeu sua varinha no cinto amarrado a sua coxa e arrastou a amiga de volta as arquibancadas. Desiré ia iniciar uma conversa com a amiga quando Harry chegou praticamente correndo.

–Boa sorte Krum. – disse Desiré indo para perto de Dumbledore.

–É boa sorte! – disse Freya dando um abraço no amigo e depois seguiu Desiré.

Sentadas em uma mini arquibancada atrás da mesa dos jurados, as garotas viram o Sr .Bagman arrumando os campeões pela margem a intervalos de três metros. Eles vestiam roupas de banhos de suas escolas, exceto Harry e Cedrico que vestiam as cores de suas casas. Bagman voltou para a mesa e apontando a varinha para sua garganta e disse “Sonorus” fazendo sua voz ecoar por todo o lago.

–Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa, que começará quando eu apitar. Eles têm exatamente uma hora para recuperar o que foi tirado deles. Então, quando eu contar três. Um.. Dois... Três!

O apito produziu um som agudo que fez as arquibancadas explodirem com a entrada dos campeões na água. Após alguns minutos a torcida se calou e então os alunos começaram a se mexer e andar pelas arquibancadas. Kayo, Juan, Draco e Ivan foram para perto das meninas que estavam escoradas do outro lado da arquibancada. Dumbledore havia subido um andar com os juízes deixando as garotas, já que não havia mais perigo delas colocarem a prova a perder.

–Afinal, o que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Ivan.

–Coisas de Dumbledore. – respondeu Desiré.

–Você vai ter que voltar para Ala Hospitalar? – perguntou Draco.

–É bem provável que não. – respondeu Freya sorrindo.

O grupo ficou conversando sobre os últimos acontecimentos escolares quando Freya sentiu uma pontada na cabeça, fruto de seu sonho, fazendo Desiré e Draco a olharem. A amiga nada disse, pois sabia do que se tratava, mas Draco perguntou:

–Ainda é por causa do acidente?

–Acho que não. Deve ser cansaço mesmo. Aquela cama da Ala Hospitalar é um horror. E a claridade então?!

–Nunca fiquei tanto tempo lá. Uma vez me machuquei por causa de um monstro que o trasgo do Hagrid usou nas suas tentativas de aulas, mas Madame Pomfrey me deu “alta”. – contou Draco não segurando sua maldade.

–Vocês tem umas aulas estranhas aqui. – comentou Ivan.

– Isso porque você não viu as aulas de Adivinhação. – disse Juan.

Desiré procurou os olhos da amiga, mas eles estavam focados em seu diretor que parecia estar vindo na direção do grupo.

–Srta Ivanitch, queria me acompanhar. – disse Karkaroff em russo.

– Sim, senhor. Eu já vou... – respondeu ela também em russo.

–Quero conversar com você agora! – disse ele erguendo a voz.

–Sim, senhor. – disse ela dando olhando de Draco para Desiré e então o seguiu.

–Ela não fez nada agora, fez? – perguntou Kayo.

–Não que eu saiba. –respondeu Desiré. – Por que? O que ele disse?

–Ele a chamou para conversar. – disse Ivan meio preocupado.

–Não deve ser nada demais e, se for, ele só poderia dar uma detenção não é? – perguntou Juan os encorajando.

–Não gosto de lembrar da ultima detenção que ela levou do Karkaroff... – disse Kayo com horror.

Enquanto isso Karkaroff levou Freya para a arquibancada lateral a afastando dos demais alunos e entrou no camarote, a olhou com aqueles olhos frios e disse:

–Eu fui procurar Dumbledore hoje pela manhã e parei na Ala Hospitalar para falar com Madame Pomfrey, mas ela não estava lá. Decidido a esperar no escritório dela eu ouvi uma conversa curiosa perto da janela. – disse ele meio irônico.

Freya ficou paralisada, não sabia o que dizer e vendo a sua reação o diretor pegou a pelo braço e disse:

–Quero que me conte absolutamente tudo sobre o seu sonho!

–Mas, eu…

–Eu preciso que você conte! – disse ele com os olhos suplicantes, coisa que deixou a garota abismada.

Karkaroff olhou para os lados e não vendo ninguém ergueu a manga do seu braço esquerdo mostrando para Freya a marca negra tão nítida quanto em seu sonho.

–Por Merlin! – exclamou Freya. – Então não foi um sonho…

–Receio que não. – disse ele com um sorriso, mas seus olhos mostravam medo.

A garota contou o seu sonho ao diretor. Ele parecia meio incrédulo no começo, mas algumas coisas prenderam sua atenção.

–Milorde... Era como o chamávamos…

–Mas qualquer outra pessoa pode ser chamada de Milorde. – Disse Freya.

–E o Rabicho?

–Quem?

–O homem pequeno que você me descreveu. Ele também era seu seguidor.

–Não pode ser…

–Eu já venho esperando por esse momento a algum tempo. As pessoas comentam…

–E o que o senhor vai fazer?

–Ele com certeza vai procurar por todos que o traíram…

–O senhor deve conhecer outros que não estão mais com ele. Poderia perguntar sobre a Marca Negra, não?

O diretor ficou em silêncio e Freya o observou tentando ver o que se passava na mente dele.

–Hm... O senhor poderia, por favor, não comentar com ninguém sobre isso?

Karkaroff soltou uma risada e disse:

–O que te faz pensar que eu vou guardar isso para mim?

–Porque... Porque eu posso ajudar o senhor. – disse Freya tentando se safar.

–Me ajudar como?

– Eu posso te dizer quando tiver mais desses sonhos.

Karkaroff a olhou meio insatisfeito e ela completou:

–E eu posso te alertar, antes de todo mundo, quando ele procurar pelo senhor.

Não precisou dizer mais nada. Karkaroff havia aceitado a barganha.

Desiré observava a calma que reinava no camarote dos professores quando começou a se sentir estranha, como se algo estivesse puxando-a para baixo, o chão aos seus pés pareceu dissolver-se e ao seu redor tudo que a garota via agora era um ambiente turvo e ela sentia como se todo o ar de seus pulmões tivesse sido drenado, com um baque a garota acordou ao bater seu corpo no chão do camarote em mais um de seus desmaios pós visão, ao observar ao seu redor ela notou que agora todos os professores olhavam em sua direção com rostos bem menos confiantes e que o diretor Dumbledore agora estava ao seu lado.

–Desiré? Você pode me ouvir? – Perguntava o diretor preocupado.

–Talvez devêssemos levá-la novamente para ala hospitalar, ela não parece ter se recuperado completamente. – Disse a diretora da academia da garota.

–Estou certo de que nossa enfermeira não liberaria uma aluna ainda debilitada, ela apenas deve estar cansada. – Respondeu Dumbledore – Venha Desiré, vamos até a ala hospitalar para um check up.

–Eu preciso falar com a Freya agora. – Disse Desiré se levantando rapidamente e saindo do alcance de sua diretora.

–Vamos com calma mocinha, ou quer que eu mande uma coruja para seus pais? – Respondeu a diretora.

–Não acho que isso será necessário, Olímpia, estou certo que a senhorita Thiery me acompanhará sem contestação até a ala hospitalar após o termino da tarefa, não estou certo?

–Sim, eu irei, mas realmente preciso encontrar a Freya agora, por favor? – Implorou Desiré, mas antes que qualquer um pudesse responder ela pode ver Freya entrando pelo camarote acompanhada de perto por Igor Karkaroff.

–Freya, preciso falar com você - Disse Desiré agarrando o braço da amiga e puxando-a para longe antes que alguém pudesse impedi-la.

Com uma sensação de agonia extrema, a garota se viu em um ambiente marinho cercado de bolhas e algas, sentiu um puxão no calcanhar, inicialmente imaginando que era apenas uma alga que havia se enganchado, mas ela começou a sentir um peso a puxando cada vez mais pra baixo. O ambiente ao seu redor tornou-se rapidamente mais escuro e sombrio, até que não restou mais nada além de uma total escuridão.

–Fleur... - disse Freya com um suspiro e foi o que bastou para que Dumbledore entendesse.

Dumbledore apressou-se em se dirigir para as meninas dizendo: -Acho que a senhora tinha razão, é melhor encaminhar essas duas para a ala hospitalar novamente.

A diretora do instituto e Karkaroff foram se dirigindo perto das meninas, Dumbledore interveio dizendo:

–Faço questão de me encarregar disso, os senhores concentrem-se em torcer por seus concorrentes, estou certo de que existem pessoas suficientes torcendo pelos competidores de Hogwarts, nos deem licença - Disse o diretor pegando as garotas pelo braço e saindo do camarote.

Cruzando a plataforma, o diretor as afastou dos alunos que esperavam qualquer movimento na água, e entrou numa pequena sala, que seria uma ala hospitalar improvisada.

–Contem-me - disse o diretor.

As garotas começaram a narrar, ao mesmo tempo como era de costume, e logo foram interrompidas pelo professor.

– Um momento senhoritas, menos empolgação e mais clareza, por favor, senhorita Desiré me conte o que a fez desmaiar.

Desiré narrou a visão que teve para o professor, quando terminou o professor apontou para Freya incentivando a garota a contar o que havia visto.

Freya falou sobre o lampejo causado pelo toque da amiga e viu os olhos curiosos do diretor se tornarem frios.

–Precisamos resolver logo essa situação. - O diretor aproximou-se da janela e apontando sua varinha em direção a água fez elevar-se uma pequena porção de água que a medida em que se aproximava da janela ia tomando uma forma circular, as meninas se entreolhavam tentando imaginar o que seria aquilo e como diabos ajudaria a regatar Fleur. Estavam ficando impacientes quando a voz dele ecoou na salina em uma língua que as meninas não identificaram.

A espécie de bolha parecia absorver cada palavra e a medida em que o professor emitia aqueles ruídos e eles penetravam na bolha ela ia adquirindo nuances de tons cada vez mais escuros. Quando o professor parecia ter terminado, a bolha antes transparente, agora parecia totalmente preenchida por uma espécie de fumaça escura. O Professor então se apressou para a janela e com um movimento ágio de varinha pareceu lançar a bolha para a água em uma velocidade que daria inveja a qualquer batedor de balaços profissional.

–Uow, que tipo de feitiço é esse? Não é uma coisa que vemos todo dia... E que língua é aquela? - perguntou Freya sem nem pensar, ganhando uma cotovelada da amiga.

–Já disseram que a srta é muito curiosa? Deveria trabalhar para o Profeta Diário, eles realmente precisam reformular o quadro de funcionários. O feitiço é um tipo de telegrama marinho, o canal de comunicação com os seres que dificilmente vem à superfície, as cores são engraçadas, elas deixam evidente a intensidade e a origem das nossas emoções. Agora é hora de assistir ao troneio garotas, algo me diz que em breve teremos novidades, vamos! - Disse o professor abrindo a porta e saindo, seguido rapidamente pelas meninas que trocavam olhares nervosos, incertas se as novidades seriam tão otimistas assim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? estavam ansiosos para a segunda tarefa? :D



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