America escrita por Nalu Wonderland


Capítulo 2
If America Was


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei. É um epilogo pequeno, mas eu achei legal.
Epilogo narrado por mim.
Obrigada pelos comentários devosos!!! Me motivaram muito para esse epilogo. Vocês são fodas ;)
musica: Daughter - Medicine (Sound Remedy Remix)
Enjoy!



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Medicine - Daughter (sound remedy remix)

Thomas estava mais uma vez no quarto de America. Seu coração estava quebrado, parecia que havia sido perfurado e agora não parava de sangrar. Todos os dias, todas as horas, todos minutos e segundos, seus pensamentos estavam em um único sorriso, em um único olhar, um único rosto. Em uma única pessoas. America.

Depois de dias do desaparecimento de America, várias equipes de busca estavam desistindo de procura-la, até acharem apenas vestígios. Em um pequeno rio que ficava depois e um precipício, eles acharam o possível vestido que America vestia porém com manchas coloridas, mas encontraram sangue. Por isso concluíram que a menina havia cometido suicídio.

Thomas nos primeiros dias, não acreditava. Ele não conseguia acreditar. America não faria isso. Ela nunca faria esse tipo de coisa. Mas depois de te-lo encontrado com Marissa, que o agarrou a força, America não aguentaria. Mas se suicidar ela demais.

Hoje era o dia de seu velório que o rei decidiu fazer. Depois de não ter mais aonde procurar. A rainha Elizabeth e a ex-rainha Mary - Avó de America. Ficaram arrasadas. Mas rainha Elizabeth foi a mais afetada. Ela vivia chorando pelos cantos. Havia perdido sua única filha que estava viva. Perder seus filhos foi uma coisa destruidora para ela.

Já Mary foi bem diferente. Quando ela recebeu a noticia, ela desmaiou. Mas uma hora depois Mary havia acordado. Ela durante todos esse dias não saia do jardim, colhendo suas flores e plantando outras, e as vezes apenas descansando. A senhorita Mary havia decidido que iria dormir lá, só pra não ter que entrar no castelo novamente. Ninguém entendia o porque, mas ela nunca contará a ninguém.

O rei Augustos soube lidar muito bem com a situação. Ficou abalado, mas ele tinha que dar a noticia. Apesar de tudo ele sempre deixara uma lágrima aqui e outra ali cair. America parecia muito com uma outra pessoa que ele se lembra muito bem, e perde-la foi a pior coisa que lhe aconteceu.

Marissa, não se sentiu culpada e nem mesmo sua mãe que havia tramado isso tudo. Marissa era ambiciosa, era má, era gananciosa, ela era uma cobra cascavel em pessoa. Ela e a mãe estavam planejando roubar o trono de America. Mas não vai ser porque supostamente America morreu, que elas iram conseguir.

As amigas de America, principalmente Kaliana. Ficaram abaladas. America nunca foi de fazer amigos, mas as mais próximas eram as filhas dos empregados e as que conheceu em alguma viagem para fora do castelo. Elas foram quem mais ajudou toda a família real a lidar com essa tragédia. Kaliana foi quem ficou encarregada de arrumar o velório, e isso só piorava a situação dela.

Kaliana já estava no lugar exato aonde seria o velório mais tarde. Era um lugar cheio de arvores em volta e aonde as pessoas iriam ficar seria em m gramado. Ela e mais uma equipe que foi especializada somente para isso começaram a arrumar as coisas. Kaliana encheu o lugar de flores, pois sabia que America amava flores.

Ao invés de colocarem um caixão resolveram colocar um pequeno tumulo feito de mármore, um mármore muito bonito no ponto de vista de Kaliana. Ela já havia arrumado tudo ali, mas só faltava uma coisa. A foto de America que ficaria em um pequeno porta retrato feito de cristal azul.

Kaliana havia voltado ao castelo. Ela viu a senhorita Mary no jardim e resolveu não pedir a ela logo uma foto da America. Assim que adentrou o castelo ela viu que não seria bom pedir nem para o rei e nem para a rainha. A única pessoa que lhe restara era Thomas. Ela não queria machuca-lo ainda mais, ela sabia que ele deveria estar muito machucado com isso. Mas ela precisava.

Fui até o seu quarto, pois eu sabia que ele deveria estar lá. Bati três vezes na porta e logo vejo Thomas. Embaixo de seus olhos estão duas bolsas de olheiras oque deve ser resultado de dias sem dormir.

_ Oi Kali - Disse ele o apelido que ele aprendeu com America.

_ Nossa Thomas você está...

_ Horrível - Falou ele interrompendo a menina.

_ Talvez um pouco pior. Posso entrar?

_ Claro - Respondeu o moreno dando espeço para Kali entrar.

Kaliana percebeu a principio que o quarto estava extremamente bagunçado e havia fotos de Thomas e America por todos os lados. As cartas que America enviou para ele por pura graça, e quem entregava era Kaliana. Kaliana se sentou na cama que estava cheia de fotos e cartas, e claro o resto das coias que bagunçavam o quarto.

_ Você não saiu daqui mesmo - Falou a menina.

_ Não tenho nem coragem de andar nesses corredores e me lembrar dela.

_ É eu sei, mas eu tenho que caminhar por eles. Você precisa sair desse lugar.

_ Você deveria saber que eu não consigo nem comer direito, quem dirá a sair daqui. E acabar encontrando Marissa novamente.

_ Ela está vindo aqui?

_ Todas as noites, principalmente. Ela não desiste. Eu me pergunto, como ela consegue?

_ Suportar isso? Muito simples. Ela queria isso - Respondeu Kaliana.

Thomas bufou e sentou ao lado de Kaliana e passou as mãos pelos cabelos.

_ Será que ela fez mesmo isso? - Perguntou o garoto.

_ Não sei, America não era disso. Ela não era macabra o bastante a ponto disso. Tem coisa ai. Acredite Thomas.

_ Em pensar que tudo isso é culpa minha.

_ Ei, Thomas você errou, e feio. Mas você muito bem que não seria por causa da Marissa que America iria se matar.

_ Mas ela era diferente, ela era frágil...

_ Nunca mais a chame de frágil! - Adverte Kali, fazendo Thomas olhar para ela - America deve estar viva.

_ Como você sabe?

_ America não ia desistir de lutar tão fácil, mesmo que ela levasse uma facada. Ela sempre lutou pela suas coisas, não é agora que ela vai parar. E essa frase é bem clichê, mas é uma verdade. Ela nunca gostaria de te ver chorando.

Thomas ficou calado alguns segundos e depois se virou para Kaliana.

_ Você tá certa.

_ Vem cá - Disse a menina o abraçando - Precisamos ser fortes, pra quando ela voltar ela nos ver que soubemos lidar com tudo isso.

Os dois ficaram um tempo abraçados, mas logo Kaliana se recompôs. Ela ainda precisava da foto.

_ Thomas eu preciso de uma foto da America. E percebo que você tem várias. Pode emprestar alguma?

_ Claro. Pode escolher.

Kaliana olhou para algumas fotos, mas só uma lhe chamou a atenção. America estava com uma flor e a cheirava, mas sem deixar de olhar para pessoa que tirava a foto - Provavelmente, Thomas. Os olhos azuis ficaram misteriosos e interessantes. Seria aquela foto.

_ Pode ser essa?

_ Sim. É minha preferida.

_ Não se preocupe. Depois te devolvo.

Kaliana se despediu de Thomas e levou a foto consigo. Ela assim que chegou novamente no lugar aonde seria o velório, imediatamente foi até o porta retrato de cristal e colocou a foto com cuidado. Ela terminou seu trabalho ali e observou. Kaliana logo sentiu uma pequena lagrima molhar sue rosto.

_ Adeus querida amiga - Dito isso Kaliana foi embora.

Ela desejava não voltar, mas ela sabia que teria.

Já estava na hora de Thomas se arrumar para o velório. Mas não conseguia se recompor. Uma das empregadas o mandou se arrumar e ele resolveu fazer isso. Ele tinha que ter etiqueta ainda. Mas nesse momento ele queria que a etiqueta explodisse.

Não demorou muito para ele já estar vestindo o terno preto, os sapatos brilhando com a luz, também pretos. O cabelo penteado do jeito que America gostava. Ele não conseguiria disfarçar as olheiras, mas nem se importou.

Logo o chamaram para ele já descer e foi oque ele fez. Thomas pela primeira vez depois de dias andou pelos corredores. Aonde America havia corrido, aonde ela havia brigado com ele, aonde ela havia o beijado. Tudo sempre iria lembrar America.

Thomas passou por mais um salão e depois viu as duas enormes portar de cristal desenhado abertas, que iriam para o jardim. De longe viu a senhorita Mary sentada. Logo resolveu fazer companhia a ela. Ele assim que pisou no jardim sentiu o frescor, o cheiro maravilhoso das flores.

Thomas foi até aonde a senhorita Mary estava e sentou ao seu lado.

_ Sra. Mary - Disse le.

_ Thomas, que bom vê-lo.

_ Digo mesmo.

_ Como tem passado?

_ Bem - Disse ele mentindo.

Mary olhou para o rosto do menino e sabia que não era verdade.

_ Vejo que está muito mal, andou pensando nela? - Perguntou a mulher com um sorriso dócil.

_ Sim, toda hora.

_ Você sabe que isso só lhe machucara, mais ainda.

_ Eu não consigo parar de pensar nela. Ainda mais agora que ela supostamente está morta.

_ E você acredita mesmo que ela esteja?

_ Não... Sim, eu não sei. Tá tudo muito confuso. Eu não consigo deixar de me lembrar dela correndo por esse castelo.

_ Eu também não, ainda mais aqui

_ Então porque a senhora vive aqui? - Pergunta ele curioso.

_ Estou a espera dela.

_ De quem?

_ America oras.

_ Mas a senhora acredita que ela irá voltar? E logo aqui?

_ Tenho certeza.

Thomas pensou um pouco antes de responder, mas resolveu falar de uma vez.

_ Senhora, sem ser mal educado, mas já sendo. Ela nunca mais voltará, ainda mais aqui.

_ Como pode ter tantas poucas esperanças - Disse a idosa, acariciando o rosto do jovem - Ela não é igual as outras garotas, ela não se foi. Ela está por ai. Ela está perdida. Está tentando achar o caminho de volta.

_ Como pode ter tanta certeza?

_ Ela me disse.

Thomas percebe que o colar que a senhorita Mary reflete um brilho ofuscante. Mas deve ter sido somente o sol.

Uma das criadas vão chama-los, mas Mary diz que não vai. Porém entrega a Thomas uma flor. A flor que provavelmente seria para America.

Thomas assim que chega no lugar aonde oque mais tem é flores percebe que seria o lugar perfeito para levar America, mas então se lembra do porque ele está ali. Não demora muito e a cerimonia começa assim que o padre chega. Se passa alguns minutos e todo jogam mais flores, mas Thomas somente encara a America da foto. Os olhos azuis que mais pareciam estrelas olham para ele.

Thomas desejou poder ficar ali olhando, mas sabia que não podia. Assim que todos terminara, ele jogou a flor. Percebeu um outro brilho parecido com o reflexo que teve do colar da senhorita Mary, mas devia ser só uma ilusão. Mal sabia ele que não era. Thomas deu uma ultima olhada para aquilo tudo e se foi.

Ainda no jardim Mary ganha um breve sinal. Depois da mensagem da borboleta ela sabia que aquele era mais um de America. Ela não contou nada a Elizabeth, sabia que nesse momento Elizabeth não queria receber esse tipo de informação desacreditável.

Mary se levantou e foi caminhando por onde ela se lembra de ter visto America correndo pela ultima vez. Ela foi andando e andando. Não sabia para onde iria. Mas ela confiava em America, e ela estava à guiando. Mary foi seguindo pequenos sinais que pareciam em luzes azuis.

Foi quando ela achou o precipício. Ela foi até um pouco perto da borda e viu a altura daquilo. America não morreria. Não seria o suficiente para mata-la. Mary viu um buraco ao lado de uma arvore e sabia que deveria ser por ali que America deveria ter se perdido. Mary olhou para o sol que estava se pondo e viu as cores.

As cores do mesmo dia que America se foi. As cores misturadas e chocantes tinham causado um efeito em todos, a chuva de cores que ninguém conseguiria esquecer. Ela viu os sol entrando em meio as montanhas. Ela fechou os olhos, sorriu, e respirou fundo. Abriu novamente os olhos em êxtase. A cor de seus olhos mudou. Virou um arco-iris, porém com as cores do por-do-sol.

As estrelas já começaram a aparecer junto a lua. Isso significava muita coisa. Da distração do universo. America ainda estava lutando.

_ Não demore para voltar America.

Poderiam chamar a senhorita Mary de louca, mas na verdade ela estava certa. America não se foi. Não acredita? A própria morte sabe quem leva, e eu não me lembro de ter levado America. Com toda certeza America está batendo um papo com o universo. Fazer oque ela é a America.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado. Qualquer erro me desculpem, as vezes passa despercebido por mim, ainda mais agora que estou com pressa.
É não foi narrado por mim e sim pela morte!!!
Eu gostei de fazer essa one, então talvez eu poso fazer um bônus, mais um capítulo. Sei lá, só acho que daria aquele gostinho a mais de curiosidade. Mas por enquanto é isso.
Obrigada a todo que comentaram e favoritaram, é importante pra mim saber que vocês gostaram.Estou com a ideia de fazer esmo uma long-fic. Graças a vocês que motivaram, mas pode demorar.
Comentem, favoritem e recomendem.
Vocês sabem que isso é importante para mim, demais, pois só assim poderei continuar nesse mundo das fanfics.
É isso, gostei de estarem com vocês nesse pequeno tempo e espero que vocês tenham gostado. Se eu fizer o bônus nos veremos novamente, mas enquanto ainda não é provável já vou me despedindo.
Kisses e até mais.
XOXO Alison Wondelrand



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