The 100 Untold escrita por Flavitta


Capítulo 2
The 100 Untold S02E08


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo trata-se dos acontecimentos do episódio 08 da 2a temporada da séria The 100.Concentra-se nos pensamentos e sentimentos não explícitos dos personagens em relação aos acontecimentos e relacionamentos, em especial de Clarke, Finn e Lexa.
AVISO: Há SPOILER do episódio em questão, caso não o tenha assistido ainda melhor não ler se não quiser saber o que acontece na série.



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Clarke estava devastada pois sabia que era uma questão de tempo para que o povo da Arca entregasse Finn para terem suas vidas poupadas e ela temia por sua vida. Como ela poderia culpá-los? Como ela poderia ser egoísta a ponto de arriscar suas vidas por um assassino? Sua liderança estava fadada a uma inevitável e difícil escolha a ser tomada: seu povo ou o homem que ela amava. Ela repetiria, enfim, o ato de sua mãe e que outrora e tão prematuramente julgou como imperdoável?

Mais tarde, sozinhos, quando Finn finalmente se declarou para Clarke, dizendo estar apaixonado e tudo o que fizera foi apenas para tê-la salvo e que tudo o que importava para ele era ela estar a salvo, foi como ouvir a melhor e a pior coisa do mundo ao mesmo tempo. Ela não podia dizer nada que o confortasse daquele pesar pois a verdade é que ela sentia-se tão responsável pelas atrocidades cometidas por Finn quanto ele. Ela só podia dizer uma coisa, ela não queria que ele morresse. “Não vá”, ela disse. “Não morra”, ela pensou.

Indra retornou a tenda de sua comandante com boas notícias. Haviam localizado o grupo que fugira com Finn e sua sede por vingança contra o assassino que dizimou sua aldeia a cegava a tal ponto que ela cruzou o ambiente num ímpeto fora de sua patente, até ser lembrada pelo toque frio da espada de Gustus em sua garganta: “Aonde você pensa que vai Indra?”, questionou ele.

“Preciso falar com a comandante. Agora! Você ousa ameaçar-me com sua lâmina enquanto neste exato momento o assassino de minha aldeia fica impune?”, Indra falou com chamas em seu olhar, enquanto retirava a espada do guarda a força com as mãos, e se aproximava de Lexa, que fitava a mesa de combate.

“Lexa, comandante, descobrimos a localidade do assassino. Permita-me liderar um ataque em sua honra e trazê-lo para nosso povo fazer justiça?”.

“Onde?”, perguntou Lexa ainda fitando a mesa.

“No local onde caiu a primeira nave deles, onde massacraram 300 dos nossos”- explicou Indra rancorosa. Ela não aceitava que Clarke saísse impune disto e concluiu: “Com ele, está aquela que supostamente queria uma trégua, uma líder que foge como uma covarde para proteger um assassino não merece caminhar ao nosso lado”.

Lexa olhou para Indra abruptamente naquele instante: “Clarke está com ele?”. Apesar de Indra não entender o que a comandante queria saber claramente quando fez aquela pergunta, respondeu desconfiada: “Sim comandante. Ela fugiu com ele e outros. Ao que parece, ela possui sentimentos por ele e o está protegendo.”, concluiu ela.

Lexa voltou a olhar para a mesa e respondeu rispidamente: “Vá e traga-o vivo e deixe os outros ir”.

Indra não estava totalmente satisfeita com as ordens de sua líder, por ela, todos que vieram do ceú deveriam morrer.

Clarke estava ressentida por não ter dito nada além de “você também” no diálogo que teve com Finn antes dele descer as escadas para a parte inferior da nave quando forem cercados pela patrulha de Indra. Ela sabia que ele queria dizer “eu te amo” ao invés de “tenha cuidado” e ela gostaria de responder “eu também te amo”. Mas sua cabeça e coração ainda estavam confusos sobre o que ela estava sentindo agora por ele, depois de tudo que passaram e dos fatos recentes. Ela de fato não acreditava no que havia dito a ele sobre o que as pessoas fazem para sobreviverem não as definiam, ela só disse isso pois ele estava buscando alguma forma de redenção por parte dela e ela não poderia negar isso a ele, embora negasse para si.

Agora era tarde para arrependimentos. Finn havia se entregado para os Terra-Firmes e seu destino estava selado. Lincoln disse que ele seria torturado até morrer, para sentir a dor de cada pessoa que ele havia matado. Ele deveria sentir a dor de 18 mortes. Este era o pior dos destinos que alguém poderia ter.

Clarke não aguentava mais o peso do ar pressionando seus pulmões enquanto caminhava determinada de seu acampamento em direção ao ritual de morte de Finn. Ela poderia ter uma única chance para salvá-lo ou morrer tentando. Surpresa por não ser atacada pelos Terra-Firmes ela seguiu até a entrada dos aposentos de Lexa, quando foi abordada por Indra. Ela sentia perigo toda vez que se aproximava daquela tenda. Ela sentiu perigo quando Lexa surgiu e permitiu-lhe acesso. Um tipo de perigo diferente aquele, mesmo assim ela prosseguiu.

Em cada palavra à pedido de misericórdia para Lexa por Finn, ela demonstrava que estava completamente à mercê da guerreira e isso a deixava vulnerável como líder aos olhos daquele povo, mas não aos olhos da comandante, que por dentro sentia inveja pela coragem daquela mulher em lutar por um amor que acreditava – tal como ela não pode ser capaz um dia de fazê-lo apesar de ser uma destemida guerreira – Naquele mesmo instante sentiu também um pitada de inveja do próprio Finn, por ter o amor daquela mulher. Se um assassino como ele pudesse receber o amor incondicional como aquele, porque ela não poderia ter o mesmo? Ela não podia decidir ainda se era aquele tipo de amor ou aquele amor específico que ela desejava, o de Clarke. “Nós somos o que somos”, disse ela para finalizar seus pensamentos, como se acreditasse que ela não fosse digna de nenhum amor.

Ela observou Clarke atentamente, percebeu quando esta última finalmente se deu conta de que não poderia salvar Finn, a fé desvairando de sua alma. Viu em seus olhos uma dor incontestável a ponto de sentir uma vontade desenfreada de confortá-la. Deve ter sido por isso que deixou Clarke se despedir de Finn. Ela não pode se despedir de quem amava no passado mas talvez aproveitasse aquele momento para fazê-lo ali mesmo.

Clarke não desperdiçou aqueles preciosos momentos e finalmente disse a Finn o que ele esperava ouvir: “Eu também de amo”, poucos momentos antes de cravar a lâmina que Raven lhe dera em seu coração e ele agradecer a princesa pelo ato misericordioso antes de sucumbir à morte.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanhar esta fanfic, espero que tenha aproveitado a leitura.
Em breve posto a próxima, referente S02E09.



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