Hell have no sympathies escrita por Thales do Amaral


Capítulo 1
Capítulo 1: Esconde-esconde




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Dois tiros.

Mais que o suficiente para "detonar" um miserável destes.

Nunca imaginei que eu, um otário qualquer, estaria vivendo esta desgraça divertida. Já faz mais de 18 horas que me encontro nesta merda de cofre, acho que se eu abrir isto não vai ter munição pra minha 45. Bem digo minha porque ninguém aqui vai reclamar, são todos malditos mortos-vivos. Já cheguei a pensar que haveriam sobreviventes como eu, mas isso é um sentimento que passa logo.

Meu nome não importa, mas a menina que deixei pra trás me chamava de Dingo. Sei lá, pai dela? Eu até que parecia um pouco com ele antes de eu por seus miolos pra fora com um belo tiro no meio da cabeça. Onde está a menina agora? Espero que ainda esteja no chão onde a deixei como isca.

O cigarro acabou e o cheiro de urina dentro do cofre está cada vez mais insurpotável, sem falar da fome e da sede. Quer saber? Foda-se. Vamos ver se saio vivo dessa merda de banco.

O barulho foi alto quando abri a porta de chumbo do cofre, escutei uns gemidos daqueles que entregam os zumbis, armei meu "bebê" e passei pela escadaria que levava ao saguão principal do banco com muita cautela, meu sorriso estava largo só me dei conta deste detalhe quando minha arma disparou atingindo no peito daquele maldito cadáver. O sangue do maldito espirrou quase uns 2 metros marcando o chão e os móveis do saguão. Era uma mulher antes de ser um pedaço de carne podre comedora de gente, e das gostosas eu até "comeria" ela se não fosse pela falta de carne no maxilar inferior e a putrefação no resto do corpo. Imagino se seus olhos eram azuis? Coloquei a arma na cintura e com o monitor da recepção eu espatifei a cabeça daquela aberração na hora que ela pensou em se levantar, se é que essas merdas pensam.

Saquei a arma novamente.

Da porta de vidro do banco dava pra ver que já estava de noite. Nos filmes isso é sempre ruim não é? Dane-se, vou encontrar outro lugar pra me esconder.

Uma coronhada sem piedade arrancou sangue, dentes e algo mais do porcaria que veio de "fininho" por trás de mim.

- Seu merda! Vai por a mão na sua mãe!

Meu coração bateu forte demais, nem sexo é tão bom quanto esta adrenalina de quase morrer. Meu sorriso estava largo de novo. Sou um sádico?

Andei como um psicopata através da porta do banco, minhas mãos apertavam minha arma como se eu estivesse me agarrando à vida, atravessei a rua e caminhei até um carro que estava ali estacionado. Podia ver a alguns metros uma pequena "turma" de flagelados se aproximando, quebrei o vidro do carro com a coronha da arma e entrei dando a partida com uma excelente ligação direta, antigo truque que aprendi com a vida. Arranquei com o carro, indo em direção à barricada militar. Lá, se não houvesse gente viva, pelo menos teria umas putas armas legais.

O carro "morreu" umas duas vezes no caminho, nada que eu não desse jeito, mas da terceira vez foi definitivo. Puta merda, nunca mais roubo carro de zumbi, morre toda hora (humor negro?). Eu ainda estava longe da barricada militar, pela minha contagem minha arma tinha umas 5 ou 6 balas. Comecei a correr quando vi alguns zumbis sedentos se aproximando de mim, sei que pode parecer "doidera", mas seus olhos pareciam me seguir. Me esquivei do último me agachando e dando um “gancho” direto no queixo do babaca, que caiu no chão que nem um saco de lixo. Minha mão doeu. Ela nunca tinha doído por esse motivo antes. Pensei “eu estou ficando fraco ou esses monstros de pura podridão são muito fortes?”

Arrombei a porta de aço enferrujado da loja de licor. Ótima idéia "Dingo" hora de aproveitar um pouco dentro deste inferno. Segurei a primeira garrafa que vi: um uísque. Bebi direto do gargalo e para minha surpresa, uma arma foi apontada para minha cabeça.

"Clic" é o som que ouço acompanhado de uma voz familiar.

- Não se mexa ou você já era!


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