Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 1
"...Se fosse em Skyrim..."


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Afinal é a primeira Fic que posto né...



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Eu sou um Khajiit que morava em Elsweyr, me chamo Tinnaff, que significa “honra”, e tenho 14 anos, eu me mudei para Skyrim não faz muito tempo, mas vou contar a história mais detalhadamente.

Eu, meu pai e minha mãe morávamos em Elsweyr, o país natal da raça Khajiit, meu pai está lá desde que se conhece por gente, ou melhor, por Khajiit, já a minha mãe chegou em Elsweyr faz uns 20 anos, eu nasci aqui. Mas agora com os conflitos acontecidos, minha família estava a procura de um lugar para se esconder, escolhemos Skyrim por ser um dos países mais longe de Elsweyr, foi horrível abandonar a terra que até hoje tinha vivido e considerado como minha casa.

– Mas mãe! Não podemos deixar nosso país assim e fugir para o mais longe possível! – reclamei

– Um dia você irá entender, e irá agradecer a mim e a seu pai! Entre na carroça! – respondeu ela com raiva

Nós ficamos muitos dias andando naquela carroça, eu acabei perdendo um pouco a conta das dias, meu pai diz que foram por volta de 40 dias, mas acho que foi bem mais! Quando estávamos chegando a Skyrim eu já sentia o vento frio carregando neve em minhas orelhas, nossa! Era o lugar mais frio que já vi! Eu que estava acostumado com o clima quente e abafado de Elsweyr, me senti congelado quando chegamos a essa terra nova.

– Onde iremos ficar? – perguntei

– Vamos ficar na casa de um amigo, em Whiterun... – respondeu meu pai

– Whiterun? – eu nunca tinha ouvido falar desse lugar, mas meu pai não respondeu

As paisagens eram bonitas, as arvores todas brancas com a neve, muitos cervos correndo pelo meio das arvores, achei ser o lugar perfeito, mas dai fomos atacados por um tigre dente de sabre, conseguimos mata-lo, mas alguma coisa me dizia que aquilo era só a ponta do iceberg que iriamos enfrentar. Quando saímos daquela floresta fechada, chegamos a uma área de campo, tinham algumas casinhas bem afastadas uma das outras, e minha mãe disse que estávamos chegando. Olhei para a frente e ao longe dava para ver uma cidade, cercada com o muros altos, mas que dava para ver o telhado das casas e a fumaça saindo das chaminés, quando chegamos perto, deixamos nossa carroça num estabulo de lado de fora.

– Sejam bem-vindos a Whiterun! – exclamou o homem

– Obrigada – respondeu minha mãe pegando na minha mão

Nós fomos indo para o enorme portão de entrada da cidade, quando entramos, a primeira coisa que notei foi “Cadê os Khajiits?!”, o lugar era cheio de humanos e elfos, mas eu não via sequer um Khajiit.

– Mãe, por que aqui só tem humanos e elfos? – perguntei

Minha mãe hesitou um pouco olhando em volta, mas se abaixou do meu lado e começou a arrumar minha roupa.

– Olha filho, é que... aqui a terra pertence aos humanos... – respondeu ela

– E os elfos? – perguntei olhando um desses orelhas pontudas passando do meu lado

– É que os elfos também tem muita influencia nesse lugar, os Khajiits não. – respondeu ela e nós continuamos andando

Todos me olhavam como se eu não devesse estar ali, um homem, nórdico e velho de barba longa e branca, passou do meu lado.

– Ah! Quem deixou esses bichos entrarem aqui?! – gritou o homem desviando de nós

Eu fiquei olhando para ele que nos observava com cara de nojo, rosnei mostrando os dentes para ele, mas pelo jeito ele isso só fez ele nos desprezar mais.

– Não faça isso para as pessoas aqui! – sussurrou minha mãe

– Mas ele nos chamou de bichos! – reclamei

– Mas aqui você não pode rosnar para ninguém! – reafirmou ela

Chegamos numa casa toda de madeira clara e velha, ficava perto da entrada e ao mesmo tempo do centro da cidade, meu pai bateu na porta, e um elfo negro abriu.

– Ah! Vocês chegaram! Por um momento achei que não viriam mais! – disse o elfo estendendo a mão para meu pai

Meu pai o cumprimentou e minha mãe fez o mesmo, depois ele olhou para mim com seus olhos pequenos e escuros com um pontinho vermelho no meio, como uma gota de sangue.

– E quem é o garoto? – perguntou ele passando a mão em minhas orelhas

– Esse é nosso filho, Tinnaff. – respondeu meu pai

– Ah, oi Tinnaff! Meu nome é Sos – disse ele com um sorriso simpático

Ele ficou me olhando mais alguns segundos, e então se virou.

– Sangue? – falei

– Oque disse? – perguntou ele se virando novamente para mim

– Sangue... seu nome é sangue? – perguntei

– Sim, vejo que sabe um pouco de Dovah, meus pais queriam me dar um nome que lembra-se morte, por favor entrem! – disse ele nos puxando para dentro da casa

Não era uma casa muito grande, na entrada havia logo a nossa frente uma fogueira no meio de algumas pedras, com um ensopado sendo preparado na panela sobre o fogo, ao lado direito uma estante com muitos livros e ao lado esquerdo um armário com pratos, copos, panelas entre outros utensílios de cozinha, mais a frente do lado direito uma mesa grande e retangular, que ao lado havia mais um armário com coisas de cozinha, do lado esquerdo havia uma escada, e debaixo dela uma porta que dava numa sala de alquimia e encantamento, subindo a escada do lado esquerdo tinha um quarto com uma cama de casal e uma cômoda, onde meus pais iriam dormir, do lado direito o quarto de Sos com uma cama de solteiro, duas cômodas e um guarda roupa, mais a frente pelo corredor, tinha outra cama de solteiro, e um guarda roupa, onde eu ia dormir.

– Sei que não é muito, mas é oque tenho a oferecer... – disse Sos nos servindo um pouco do ensopado

– Está ótimo! Sempre soube que poderia contar com você! – disse meu pai com um sorriso satisfeito

Fiquei um pouco curiosos para saber como meu pai e Sos se conheciam, e pelo jeito que conversavam, já eram grandes amigos, fiquei com um pouco de vergonha de perguntar no começo, mas depois minha curiosidade estava me matando, deve ser por isso que existe o ditado “a curiosidade matou o Khajiit”.

– De onde você conhece meu pai? – perguntei com a voz baixa

– Hahaha! Essa é uma história que nunca esquecer! Eu sou um comerciante, e meus principais produtos vem de Elsweyr, um dia o navio vindo de lá, veio com menos produtos do que normalmente, e aqueles que trouxeram já estavam reservados a outra pessoa, mas dai seu pai, um dos Khajiits que trabalhava no navio, abriu uma brecha para mim, e me deu os produtos a mais, claro que o resto da tripulação descobriu, depois de um tempo, então eu ajudei seu pai a fugir deles aqui por Skyrim, mas foi só por poucos dias, desde então nós somos amigos e nos ajudamos sempre que possível, apesar da distancia que até agora vivíamos um do outro... – disse Sos tomando um gole do ensopado

Até que para uma chegada a um país diferente, senti que nos estaríamos bem se sempre tivéssemos pessoas como Sos conosco, ele era um bom homem

– Podem me dar licença? Preciso ir dormir, estou muito cansada da viagem. – disse minha mãe se levantando da cadeira onde estava

– Claro! Por favor, sinta-se a vontade! – respondeu Sos

Eu me levantei da cadeira e me dirigi a estante de livros, comecei a ler as capas.

– Tinnaff, não é educado sair lendo os livros dos outros! – exclamou meu pai

– Deixa o garoto! Eu não ligo, esse livros já estão sem ser lidos faz tempo! – disse Sos

– Já leu todos? – perguntei desviando por um momento o olhar dos livros

– Sim, cada um... você gosta de livros? – perguntou ele

– Gosto. – minha resposta foi curta e direita

– Pode ler esse ai quando quiser. – disse Sos

– Obrigado – respondi com um sorriso e como eu disse, sabia que ele era um bom homem.

– Acho que também vou dormir... Tinnaff, você devia vir também para descansar da viagem – exclamou meu pai se levantando

– Ah! Já?! – reclamei

– Sim, leve um livro para ler até dormir... – respondeu meu pai subindo as escadas

Eu dei outra olhada por cima das capas dos livros e peguei que me chamou a atenção “Excesso de ladrões”, coloquei o livro debaixo do braço e fui direto para a escada, me joguei na cama e comecei a ler, e como meu pai já suspeitava, não demorou muito, e eu cai no sono.


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