Rota 29. Este era o nome da rota que na qual eu dei os primeiros passos para minha jornada. Eu costumava ir brincar no comecinho desta rota quando eu era criança. O aroma de grama desta rota me fazia lembrar de várias coisas. Não demorou muito para que terminássemos esbarrando em um Pokémon Selvagem.

– Steven! Use Tackle! – Gritei, dizendo a Steven o que ele deveria fazer. Estava nervoso. Era minha primeira batalha e eu não tinha certeza do que fazer. De qualquer maneira me sentia confiante. Nosso oponente era apenas um Pidgey, que havia saído da grama. Ao receber meu comando, Steven correu e acertou em tudo o pequeno Pokémon Pássaro.

– Pii... Pipipipi!! – Gritava o Pokémon, sendo jogado para trás. O Pidgey selvagem acaba ficando com medo e sai voando.

– Ah... Ele fugiu... Bem, podemos considerar isso uma vitória, né? – Me abaixei e fiz um carinho em sua cabeça – Bem, acho que não estamos muito longe de Cherrygrove... – Falei, checando o mapa de meu Pokégear. Se fossemos rápidos, chegaríamos na outra cidade em pouco tempo. Não demorou muito e já tínhamos chegado na tão esperada cidade. – Bem, chegamos em Cherrygrove... – Falei, um tanto preguiçoso – Acho melhor procurarmos o Centro Pokémon e descansar...

– Aron!

E então, andamos pela cidade. Cherrygrove era um pouco maior que New Bark. A cidade até contava com um Centro Pokémon e um Pokémart. O aroma da cidade era perfumado. Haviam vários canteiros com flores e várias cerejeiras plantadas pela cidade, o que havia lhe rendido este nome. Depois de pouco andar, havíamos chegado ao Centro. Era um local espaçoso, que contava com restaurante, quartos para treinadores, Sistemas de Armazenamento Pokémon, e claro, o balcão onde os treinadores podiam cuidar dos seus Pokémon com as enfermeiras. Eu havia lido sobre esse local, mas ainda sim, era impressionante estar lá pela primeira vez. Depois de ter recuperado minhas energia, saio do local com meu pequeno parceiro Pokémon.

– Ok, se não vejamos... Eu tenho que falar com aquele senhor lá que mora na rota 30... a rota 30 fica... ao norte de Cherrygrove! Vamo' Steven!

Passeamos pela cidade até que achamos a saída para a Rota 30. Devo admitir que a rota parecia menor no Pokégear. Havia vários Pokémon no local. Alguns nas árvores e outros na grama. Já era mais de meio dia e a luz do Sol era forte. Fora isso, eu estava começando a ter fome. Eu já desconfiava que estava perdido, até que acabei percebendo uma casa. Apressei o passo e bati na porta.

– Olá! Olá! Você é o enviado do Professor Elm, não? – Perguntou um Senhor, assim que abriu a porta.

– Sim eu--

– Eu sei, eu sei! Você veio pegar o Ovo Pokémon para o Elm! Vamos, entre! – Convidou o Senhor, abrindo mais a porta. Eu não gostei de ser interrompido, mas achei que ele apenas estava um pouco ansioso. Ele me leva até um sofá e começa a se apresentar – Bem, me chame de "Senhor Pokémon". Eu gosto de colecionar coisas raras de Pokémon. E eu também gosto muito de café. Quer um pouco? – Ofereceu gentilmente o Senhor, segurando uma xícara e um bule.

– Não, ob--

– Ah, claro que não. Criança não gosta de café, não é mesmo? – Respondeu rapidamente, me interrompendo. Provavelmente a ansiedade não era apenas pela encomenda que ele tinha para o Elm. Ele simplesmente joga o bule e a xícara para trás sem se importar se quebraria ou não e vai até uma estante. Aquele senhor era até engraçado se olhar por um certo ângulo. – Bem, bem, bem. O que eu quero que você entre ao Elm é... isto! – Disse ele de volta, com um ovo na mão. Ele era um pouco grande e branco, com manchas azuis e vermelhas.

– Uau... um ovo P--

– Sim, sim! Um legítimo Ovo Pokémon! Eu não sei do que ele é, e queria que o Elm o estudasse. Eu até chamei outro amigo meu que também é Professor, mas ele não sabia direito que Pokémon era!

– Entendo...

– Então, muitíssimo obrigado por me fazer este favor. Não só a mim mas ao Elm! E olhe: não o deixe cair! Estou contando com você jovenzinho!

– Hm... Okay! Tchau então!... – Respondi, me virando para sair da casa daquele senhor. Eu já havia pegado o que tinha de pegar, portanto, não necessitava mais ficar ali.

– Espere, garoto! – Dizia um outro senhor vindo até mim. Outro fanático por cafeína? Não. Ele não parecia ter o mesmo pique do outro senhor. Fora que este vestia um jaleco, e me parecia um tanto familiar.

– Oh, Professor Carvalho! Esqueci completamente que você queria ver este rapaz!

– P-Professor Carvalho?! – Perguntei surpreso. Não esperava que o tal "amigo também professor" do Senhor Pokémon fosse o próprio Professor Carvalho.

– Sim, sou eu mesmo! E você deve ser--

– S-So-Sony Goldsteel! É um prazer conhecê-lo! Eu vejo todas as suas palestras Pokémon no rádio, TV, Jornal, Revistas e--

– Hmpf, parece que eu tenho um grande fã, não?

– Ahaha, sim!

– Bem, eu estava aqui de passagem, examinando o Ovo Pokémon que o Senhor Pokémon aqui tinha, mas eu ouvi que Elm havia mandado um garoto para buscá-lo e eu quis esperar por aqui.

– Le-legal... – Naquele momento eu me senti o garoto mais importante do mundo! O grande Professor Carvalho estava esperando por mim?

– Eu percebo que você tem um Pokémon não tão comum em Johto...

– Oh! Sim! Elm-- quer dizer, Professor Elm me deu este Pokémon pra uma pesquisa que ele tinha me pedido pra ajudar!

– Hmm... Interessante... Bem, garoto, você não se importa se eu te pedir para participar de mais uma pesquisa, não?

– Nã-Não! O que é?

Então o Professor retira do bolso um aparelho vermelho, com um botão azul em seu centro. Em ambos os lados, haviam alguns detalhes dourados. Eu quase que de imediato reconheço aquele objeto.

– E-esta não é aquela tal Pokédex que você havia desenvolvido há pouco tempo?...

– Sim. E eu queria lhe pedir para coletar dados de todo e qualquer Pokémon que você encontrar ou capturar. Você poderia me ajudar?

– CLARO QUE SIM!... Ermm... Digo... Sim senhor.

– Obrigado. – O Professor então, me entrega o aparelho e aponta para o botão azul – Para ligá-la apenas aperte este botão azul. Ela é fácil de se usar. Você vai aprender a usá-la em questão de tempo.

– O-obrigado...

– Aqui. Tome também meu número. Ligue-me se precisar de qualquer informação sobre a Pokédex.

– Sim senhor!

– Bem, se me der licença, eu necessito ir a Goldenrod City. Obrigado de novo! Até mais ver!

– A-até!... – Respondi, enquanto o professor saia.

– Tem certeza que você não quer café? – Respondeu repentinamente o Senhor Pokémon.

– NÃO!! – Gritei, assustado, mas depois recuperei meu senso – Digo... Não, obrigado. Desculpe.

– Não, o que é isso! Desculpe a mim, por ter te assutado! – Respondeu sorrindo – Bem, você também está de saída?

– Sim! Obrigado pela hospitalidade!

– De nada! Você é bem vindo para visitar a qualquer hora!

– Certo! Até mais! – Me despedi, saindo da casa do Senhor. Eu suspiro e respiro um pouco da brisa da Rota e abro meu Pokégear para checar a minha localização e o quão longe eu estava de Cherrygrove – 30 LIGAÇÕES?? – Espantei-me, ao perceber o número de ligações não atendidas que eu havia recebido – Quem me ligou tanto?... Elm? Nossa, deve ser grave, melhor ligar e ver o que ele q--

Fui interrompido pelo toque do Pokégear. Elm me ligava mais uma vez. Sem demora, atendo a chamada

– SONY!! EU LIGUEI PRA VOCÊ FEITO UM LOUCO! POR QUE NÃO ATENDEU?

– Desculpa, Elm, é que--

– NÃO HÁ TEMPO PRA DESCULPAS! VOLTE PARA O LABORATÓRIO AGORA! ALGO TERRIVELMENTE TERRÍVEL ACONTECEU!!

– Ein? O que foi que ocorreu?

– NÃO DÁ PRA FALAR POR TELEFONE! VENHA RÁPIDO E... Ah, você pegou o que eu te pedi?

– Sim eu--

– MELHOR AINDA! VENHA RÁPIDO COMO UM RAPIDASH!

Elm então desliga. Aquela ligação havia me preocupado um pouco, então resolvi fazer o que Elm pedia e apressei o passo de volta para casa. Não demorei muito e estava em Cherrygrove de novo. Parei em uma barraca para comprar um lanche para aguentar até em casa, e, neste exato momento, eu noto uma figura passando por mim, ele não me parecia estranho, era como se eu já houvesse o visto em algum lugar...