All Things Go... escrita por Kai, Donna Bela


Capítulo 16
A Casa de Doces


Notas iniciais do capítulo

O verão irá trazer coisas boas, ma também coisas ruins, tudo pode mudar rápido....
Grease.... From Motion Picture Sountrack
Night Fever...... Bee Gees AKA Glee Cast Sing.
Flashdance.... Glee Cast
Hey Jude...... The Beatles.
Blue..... Marina And The Diamonds
Rise...... David Guetta Feat Skylar Grey,
Bootylicious....... Destiny Childs Made To Beyoncé



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– Depois que saímos da loja Holly-Hawii com o maiô de May e uma sunga que Fábricio insistiu até que eu a comprei, o maiô de May era preto e roxo, minha sunga era preta com vermelho, depois de nos deixar em casa, papai já havia chegado da casa da minha tia, encontramos ele na escada de casa, ele iria contar como nós iriamos viajar. Nós iriamos pegar nossas malas, ele iria dizer a mamãe que iria nos deixar na rodoviária, mas iriamos para a casa de minha tia Prya, e de lá iriamos para a Flórida por um portal espelho, ele iria deixar a gente na casa da Velha Greta Howvan, uma senhora de 90 anos que é madrinha da minha avó. Depois seguiríamos para a casa de vovó de pônei, era um transporte bem usado na Flórida, pôneis, Cavalos, éguas, burros, mulas. Quando chegamos na casa da minha tia, a única bruxa em New York West Side, ela estava esperando com uma bandeja de Biscoitos de chocolate e Refrigerantes de laranja...

– Oi novamente Prya, trouxe eles e as malas assim como você falou. - Minha tia, uma branquela loira de olhos cor de melado, olhava para meu pai e pra mim. - Nossa Ellye, você não havia falado que Robert cresceu tanto assim, ele esta quase do seu tamanho. - Titia não nos via a algum tempo. - Nossa May como você esta uma moça linda, cade a mãe de vocês? Esta bem? - Titia ainda amava minha mãe, mesmo o sentimento não sendo muito mútuo. - Ela esta bem titia, mas a senhora sabe que ela lhe odeia? - May falava enquanto minha tia morria de rir. - Lógico que sei May, ela me odeia oir que queria que vocês tivessem uma vida de trouxa, enquanto eu como tia, amiga do pai de vocês queria que a vida de vocês fosse regada de magia, ao cinco anos ela resolveu apagar suas marcas de magia, caso vocês não saibam o que são a avó de vocês vai mostrar, mas depois disso vocês perderam a visão do mundo da magia. - Eu fiz as marcas novamente na ultima vez que foram a casa da vovó no natal, mas sua mãe e Wayne o feiticeiro amigo da nossa família conseguiram remover um pouco delas, então as sombras que vocês vêem desde pequenos são seres mágicos que só conseguem enxergar os borrões por causa da mãe de vocês. - Bem, May estava basicamente chocada, papai nem tanto, ele sabia que minha mãe era capaz disso e muito mais. - Então vocês vão passar pelo portal ou não? - Papai perguntou. - Calma Ellye, sei que você vai fechar a porta e tudo, mas falta Olivia descer com a mala. - Olívia Bourregart Solarium, minha prima mais nova, idade? Doze anos, chata pra caramba, além de morar com o pai na China. - Minha tia se casou com um trouxa, o marido dela era administrador de uma grande empresa chinesa, ele trabalhava pra Sony, passava de semanas fora de casa, eles tinham uma fortuna imensurável, mas titia continuou a ser a pessoas simples que sempre foi, já Olivia se esbalda nas lojas, perfumes caros, roupas caras, tudo do bom e do melhor, porém era totalmente sem modéstia, falsa, nojenta e rancorosa. - Olivia, vamos, não temos tempo a perder. - Minha tia gritou. - Já estou descendo uma das malas, mas está pesada, se o tio Ellye me ajudasse seria mais rápido. - Olivia gritava do meio da escada. - Seu tio esta aqui para trazer seus primos, não pra descer suas malas escada abaixo.

– Duas horas depois e depois de descer todas as malas, titia decidiu que Olivia iria levar apenas o necessário, e depois de uma confusão enorme causada por Olivia, titia abriu o portal que basicamente era uma porta sem saída, grudada a parede de tijolos vermelhos, quando minha tia passou a mão ela se tornou uma paisagem era noite, vaga-lumes piscavam, dava pra ouvir os "Quarch" dos sapos, ao longe uma fogueira iluminava tudo, era o pântano, iriamos descer realmente perto da cabana de Greta Howvan, o que basicamente era o mais perto da casa da minha avó possível. - O pântano Ocean Oaks estava com a mesma aparência de tempos atrás, árvores velhas, muito mato, mosquitos e cobras, além de outras coisas como cipós, ratos e muito gás do pântano. - Chegamos, "Bem vindos a Flórida." - Tia Prya tentava fazer com que a viajem pelo portal se tornasse um saco, mas havia sido incrível, era como passar por uma parede cremosa, foi rápido, a portal ainda não foi fechado graças a Olivia que teimou em trazer as malditas quatro malas cheias de coisas que ela nem vai poder usar, tipo vestidos..

– Depois de algumas horas chegamos na casa da vovó, Greta estava esperando na fogueira, a senhora de cabelo totalmente branco.

– As lanternas do pântano iluminavam o caminho até a casa da vovó, as estradas de terra eram da mesma forma que eu lembrava, o barro vermelho subia quando o cavalo trotava, Greta estava na carroça com as malas, May estava amando andar de cavalo, já Olivia odiava, só a cara dela já dizia tudo. - Vovó estava com uma blusa azul e uma saia florida, tio Jasper estava diferente da ultima vez que vi ele, os vizinhos estavam assistindo TV na casa de vovó. - Roberto, Mayane, Olívia. - Vovó veio correndo até nós. - Mamãe, A senhora não me viu aqui? - Tia Prya perguntou. - Lógico que estou Prymirozes, como não iria ver você, esta tão linda. - Minha avó sorria, a pinta na testa dela enrugou. - E a senhora sempre com o mesmo rosto. Nunca fica velha. - minha Tia amava minha avó, isso é fato. - Venham, vamos subir a colina, estão todos na sala da TV. - Vovó estava feliz, Greta ajudou a subir as malas pra casa dela.

Old Robert...

13 de outubro de 1966...

Eu estava animado pela viajem a Flórida, desde a última vez que vim e tive de voar pra poder ir a escola, queria ficar aqui para sempre, mas mamãe diz que aqui só serve para passeio, eu não sei por que, mas nem ligo, vou fazer tudo que eu quero nesses vinte e dois dias, dormir tarde, comer besteira, correr com Maria pela mata, tomar banho de rio, comeríamos mel diretamente da colmeia, passaríamos a noite vendo as estrelas e depois iria jantar e dormir na casa da minha avó. - Oi Maria. - Falei. - Oi Robert, vamos troque essa roupa e vamos pro riacho. - Maria era alta Magra, branquela e de cabelo castanho liso, a casa da minha madrinha era branca, metade feita de tijolos e o resto era barro e alguns tijolos vermelhos improvisados. - A cada dia nós fazíamos uma coisa diferente, ameixas, melão, uvas, rio, riachos, Pescar era maravilhoso...

– Theresa eles chegaram. - Vovó entrou na cozinha e trouxe minha madrinha lá de dentro, ela veio dela lá com um copo de água na mão. - Eita menino como você cresceu Robert, venha aqui e me dê um abraço. Cade tua mãe aquela doida? - Theresa é a tipica caipira da Flórida pantaneira, mas ela é tão maravilhosa, aquele cabelo meio assanhado o cheiro de tempero e cinzas. - Minha mãe resolveu ficar em New York, May e eu iriamos vir de ônibus se papai e tia Prya não tivessem combinado. - Falei. - Elas ainda são brigadas? - Theresa perguntou. - Sim There, ainda estamos brigadas, depois de tanto tempo. - Theresa abraçou minha tia e ficou olhando a parede. - Quem diria que as duas meninas mais inteligentes de Aphodis brigadas por causa de um cara. - Qual cara? - Perguntei, mas titia havia sequestrado Theresa pra cozinha. - Amanhã é a grande festa da lua vermelha, vocês vão querer participar? - Vovó perguntou segurando no meu braço. - - Acho que vou querer sim, mas ainda tem que confirmar com May. - Vovó chamou May no cantinho e falou, bem foi questão de segundos e lógico May aceitou. - Fazer parte de um ciclo de bruxas mais velhas ensinou tudo que ela precisava, menos a parte pratica da magia, ela nem sabia fazer uma chama com os poderes, enquanto eu poderia incinerar uma floresta inteira, não querendo me gabar, mas tive como professora e mentora uma das primeiras bruxas do mundo, uma abençoada pelo sol, que segundo nossa família é uma das maiores honras de um bruxo ou um Wicca é ser abençoado por um dos deuses, para a magia negra é ser abençoado pela deusa da Lua, ou por Dreseh a deusa da escuridão ocultista. - Tudo bem filho, sua irmã também vai participar e claro que seu que nunca participaram de uma coisa assim, mas não precisa ter medo, não somos ocultistas ou necromantes, usamos a magia para o nosso conforto, bem e para o bem de outros próximos a nós, por isso nunca precisamos ir ao hospital. - Vovó era uma das pessoas mais confiantes em sí mesmo que eu conheço. - Oi Maria. - Falei com a menina branquela e de cabelo castanho que estava de vestido branco meio rendado. - Oi Robert, sumido, esta tudo bem na cidade das luzes? - Maria já havia ido pra New York algumas vezes me visitar, era maravilhoso quando ela ia, eu mostrava tudo a ela, desde os filmes no cinema, até ficávamos andando pelo Central Park ou pelas ruas de Downtown, ficávamos vendo os pombos na Times Square. - Está tudo indo bem Maria, mas e você que nunca mais apareceu lá e nem eu cá, então ambos estamos sumidos, que acha de sair e conversar na arvore assovio? - Perguntei. - Tudo bem eu vou na frente e vou esperar você lá. - Maria era meio trouxa, seu pai era um fazendeiro e Theresa uma das amigas de infância de vovó, era filha de uma mãe trouxa e pai que ficou rico vendendo coisas para proteção de humanos trouxas como amuletos contra coiotes, segundo vovô ele era um Adamanthe, depois de dar um perdido em vovó e contando a May que iria conversar com Maria sai correndo até a árvore assovio, que havia ganhado esse nome por causa que quando o vento baria nela uma espécie de assovio longo e forte era emitido. A muitos anos essa árvore era usada como passagem para fadas, existiam várias dessas árvores no mundo e depois que houve a guerra branca elas fecharam as passagens e nunca mais voltaram para nossa terra. - Era estranho de uma forma ou outra, mas tenho certeza que pode ser verdade, já que uma vez uma dessas criaturas fadas sereianos ia me matando afogado no lago Cristaly - O que você queria falar Robert? - Maria era sempre curta e reta. - Queria falar sobre magia, mas se falasse ali na sala os seres não mágicos iriam nos ouvir, então preferi que fosse onde nós sempre contávamos nossos segredos, fossem eles sujos ou limpos. - Ela sorriu. - Eu sei disso, foi aqui com mais ou menos dez anos que você me contou que era gay. - Ela caiu na risada. - Você começou com um papo estranho tipo " Maria você já se sentiu atraída por outras pessoas iguais a você?" Então depois de me falar que era um invertido te contei sobre Garibaldi.

* Garibaldi ou Jônatas, foi um dos primeiros amores de Maria, ele era alto cheio de espinhas e tinha uma boca enorme que deixaria qual quer um no chinelo. - Sim eu lembro até hoje do "Robert estou apaixonada pelo Garibaldi, mas meus país odeiam ele" Você estava chorosa e de olhos vermelhos, mas bem deixemos o passado para trás, preciso de sua ajuda para encontrar uma pessoa que está viva, mas esta morta. - Maria me olhou, a lua iluminava tudo de uma forma fria e branda. - Calma Robert, se decida ela está viva ou morta? - Maria estava ficando instigada com quem poderia ser, não havia comentado sobre Órion com ninguém a não ser Tori, ou seja ninguém, nem mesmo mamãe ou May sabia sobre Órion. - Quero encontrar Órion, você não deve saber quem é, mas existem tipo milhares de historias sobre ela, A estrela do amanhã, a bruxa mais velha a viver na terra, a solarium que queria mudar o mundo, tem muitos outros nomes para uma história tão curta, pequena, mas tocante. - Maria me olhava com uma expressão estranha misturando raiva, Indignação, sorrisos e nem sei mais o que, mas era uma expressão bem engraçada. - Mamãe sempre me contou historias sobre ela, ela sempre falava que sua avó tentava todo ano abrir uma quebra do infinito e enviar um pássaro que nunca voltava, eram sempre corvos, depois gralhas, Tefilins e ela parou de uns anos pra cá de fazer isso. - Eu sorri, lembrando que era verdade, a cada ano vovó pegava um pássaro cuidava e depois ele "fugia" ou "furava a gaiola" - Mas a verdade é que ela soltava eles dentro das quebras do infinito. - Então vamos direto ao assunto. - Falou Maria. - Quero que você vá ate a escola San Mathias, tudo dos tempos antigos está guardado lá, então procure tudo sobre a historia de Órion desde o nascimento, desaparecimento e sobre a maldição estrela do amanhã. - Maria me olhou e sorriu como se estivesse gozando de mim. - Você está louco Robert? Sabe quem sai vivo da San Mathias? Ninguém, aliás quase ninguém, se você for um bom bruxo ou se entregar ao ocultimos você sai vivo de lá. - Maria conhecia as lendas sobre a escola que havia sido construída, porém abandonada pelos mortais, então lá se tornou uma espécie de cofre dos bruxos, as lendas diziam que "Dois minutos em San Mathias ou te mata ou enlouquecia'. - Tudo bem Maria, você vai com May e diz que precisam de alguns livros, ela vai aceitar, esta doida para aprender a usar magia. - Maria pensou e ficou ali imersa em suas memorias sobre as historias do San Mathias. - Tudo bem, eu aceito, mas tenho de saber todos os motivos para você querer saber mais sobre uma lenda maos antiga que o sol. - Maria estava ganhando no meu próprio jogo. - Tudo bem caramba, eu conto, já sabia que iria perder. - Maria Sorriu. - Você sempre perdeu, mesmo no jogo de mentiras, eu sempre ganhei com Johanna e você e May nunca conseguiram levar o jogo até o fim, agora vai abre o bico e conta tudo. - Maria era tão sutil quanto um furacão. - Conto sim Maria. - Então passei quase duas horas para explicar porque Órion apareceu pra mim, passei mais duas horas pra convencer ela a entrar em San Mathias, mas tínhamos um defeito, uma queda um pelo outro, Maria é como se fosse uma irmã que vive em outra casa, mas mesmo assim amo ela, depois de voltarmos para a casa grande fui obrigado a escovar os dentes jantar e dormir, aliás vovó queria que eu fosse descansar para acordar cedo para fazer algo durante o nascer do sol, mas não iria dormir e sim conversar com Maria, contar sobre Fábricio, era o único tempo que teríamos privacidade, já que vovó nem mesmo os outros daqui sabiam que eu era gay ou que eu sou gay. - Mesmo assim se eles souberem eu vou queimar na fogueira amanhã, bem seria mesmo tipo um caça as bruxas gay, mas para meu próprio bem, Maria sabia muito bem guardar um segredo, ainda mais quando alguns anos atrás eu e Brody fomos pegos por ela nos beijando no celeiro.


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