All Things Go... escrita por Kai, Donna Bela


Capítulo 14
Heart


Notas iniciais do capítulo

....
Little amiga:
Bad Dream .... Chlöe Howl
Booty.... J Low feat Iggy Az...
Saturday Night..... Natalia Kills
Superficial..... Natalia Kills
I Wanna Dance With Somebody..... Whitney



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– Não consegui nem mesmo descer para a estação de metrô, então fui de patins mesmo até a casa de Fabrício, chegando a dez casas da dele resolvi sentar numa calçada, então resolvi estalar os dedos e pensar em água, quando um jarro de cristal com água surgiu em minhas mãos, tomei um banho e tomei um pouco da água, segui para a casa de Fabrício e tirei a carta de dentro do capacete, ela estava meia amassada, mas o que vale é a intenção. Quando comecei a colocar a ponta do envelope a porta se abriu, lá estava Fábricio, com a barba por fazer e com uma aparência triste e velha, ele parecia ter envelhecido anos em dias. - Robert, você sumiu, porque? - Eu fiquei sem reação, não consegui nem mesmo falar, ele me olhava com aqueles olhos verdes e profundos. - Oi, eu queria te explicar, mas não conseguia, queria muito, mas não sabia o que falar. - Ele me puxou pra dentro de casa. - Tenho que ir, falei pra May que logo estaria em casa. - Ele nem sequer ouviu, ou fingiu que não ouviu, bem não sei se ele ouviu e fingiu não ouvir nada, não sei ao certo. Mas em algumas horas, no máximo 48 estarei na Flórida, perto dos pântanos, lagos e com vovó e meus tios e tias, madrinhas tomando banho de rio, comendo frutas direto do pomar. - O que aconteceu que você não veio mais? Sabe que meus pais te adoraram, meu irmão está mais apaixonado por você do que eu. - Ele sorriu. - Não foi por causa dos seus pais que eu não voltei, só preciso de um tempo, preciso pensar, por a cabeça e as idéias em ordem, vou pra casa da minha avó na Flórida passar alguns dias lá, quando voltar juro que o primeiro rosto que vou ver vai ser o seu. - Ele não se contentou, rasgo o envelope e leu a carta " Fábricio, eu te amo tanto, não sei como falar isso, não estou cansado de você e acho whe sabe disso, mas a loja, Tori, uma das minhas tias sumiu. Minha vida está um pouco bagunçada, não quero envolver você nessa bagunça. Te amo.... R..S." - Ele não teve nem uma reação, Fabrício parecia uma estátua, linda e meio acabada, mas ainda sim era Fabrício.

– Robert, você poderia ter falado comigo isso não é um motivo pra sair correndo de mim, não acho que isso seja a coisa mais adulta a ser feita, você não é mais uma criança e você é meu noivo, então estamos juntos, não estamos mais em vidas separadas. - Ele começou com o discurso de noivado novamente. - Eu sei disso amor, mas não posso ficar deixando você se envolver em tudo, as vezes tenho de lidar com meus problemas sozinho. - Ele me olhava e era tipo um jogo de quem rir primeiro perde, mas não conseguiamos sorrir, algo me dizia que ficar alí mais alguns minutos era um pedido de choro meu e dele. - Ele se aproximava ainda mais, era como se ele quisesse quebrar a minha pequena bolha de proteção, que já não era bem essas coisas, e então uma das reações menos esperadas naquela hora veio. - Um beijo. - Ele me espetava completamente com aquela barba, mas o beijo foi bem aceito e ainda bem retribuído.

– Depois de duas longas horas prometendo ligar para ele todos os dias e prometer que nada iria ficar entre nós, Fábricio me deixou sair, ele estava realmente desanimado, segundo o que sei passou todos os dias em casa, não foi ao banco nem mesmo pra olhar os papéis da mesa, nem mesmo ligou pra avisar que estava doente, a melhor parte foi ficamos deitados na cama eu olhando o teto, ele e eu abraçados meio sem roupas, apenas os lençóis, os barulhos da cidade e nós deitados, Fábricio largado de uma forma linda e natural e eu que já era meio baixinho estava ainda mais encolhido segurando meus pulmões e coração dentro do meu peito. - Fabrício insistiu em me levar de carro e claro não poderia dizer não. - Amor você tem certeza que quer ir pra Flórida? - Ele perguntou olhando pra mim e nem ligando para a pequena fila de carros q estava na ponte do Brooklyn.. - Tenho Fabrício, faz um tempo que nao vejo minha avó, meus tios e outros familiares meus de City Bay, além do mais tem algo me chamando para ir lá como se a cidade precisasse de mim. - Ele sorriu, agora com a barba tirada o sorriso no rosto e o perfume ele estava jovem, não quero wue ele sofra por mim, não quero que ele volte a achar que ele não pode seguir a vida dele sem mim, aliás nem me importo comigo mesmo, quero apenas a felicidade dele. - Nossa que sensação é essa? Deve ser tão boa, ter um lugar chamando seu nome, mas espero que logo logo New York grite " Robert volte, Robert eu e o Fabrício te amamos, te queremos de volta. - Começamos a dar risadas, buzinas zoavam no meio da ponte Brooklyn Bridge. - Meus deuses essas pessoas acham que irão sair do trânsito se ficarem buzinando? - Ele reclamava. - O barulho esta realmente insuportável. - Sorri e falei, meu cinto de segurança me segurava para não pular e sentar no colo de Fábricio. - Quer saber, já sei por que quer ir para a casa da sua avó, isso tudo é por causa da Tori, não pode ser mais nada, ao menos que você esteja morrendo e está querendo morrer no fim do mundo. - Sorri, ele pensou a coisa certa da maneira errada. - Não, não, não, se fosse por isso eu falaria com Tori e iríamos resolver nossas diferenças, mas é fato que preciso de um novo emprego quando voltar. - O silêncio dominou o ar, o carro estava silencioso, as buzinas haviam cessado. - Ele entrou num tom sério de ser, se estivesse de terno e gravata, ele seria o executivo perfeito agora. - Bem se você quiser, pode ser meu secretário, estava mesmo pensando em promover Matilda e demitir Catrina. - Como seria trabalhar no banco? Como seria minha rotina? Perguntas instigantes. - Mas não tenho que fazer uma entrevista? Ou algo do gênero? - Fabrício sorria, ele era tão maravilhoso. - Sim, mas como sou o Dobo da coisa toda eu posso demitir quem eu quiser, essa é a vantagem de ser dono do bagulho. - Eu sorria, minha blusa e minha calça preta estavam fazendo com que o friozinho não fosse nada, tudo era questão de tempo. - O transito começou a andar novamente. - Ainda bem vou chegar a tempo pra entrar no carro do meu pai e me mandar junto com May. - Falei olhando pra frente. - May também vai? - Fabrício perguntou. - Sim, vamos May e eu, antes íamos May, eu e minhas outras irmas, mas elas ou estão casadas ou morando longe demais. - Ele não prece ter ouvido toda a frase, mas o importante pra ele era saber se a May iria comigo. - Então também é uma férias em família? Seria isso? Mas que bom que May vai, assim fico menos preocupado. - Ele andava devagar enquanto o transito fluía de uma forma impressionante e rápida. - Por que não me falou que May iria com você? - Ele perguntou tentando parecer grosso. - Talvez por que não achei que detalhes fossem importantes? - Ele sorriu. - Lógico que os detalhes fazem diferença, tipo quem vai levar vocês? Quantos dias vai passar? Se você tivesse falado dos detalhes poderia ter uma viajem melhor, além do que eu não teria enlouquecido tanto. - Não tinha como ficar calmo com essa situação, ele estava com ciúmes?

– Por fim, Fabrício me deixou na porta da minha casa, mamãe correu pra janela do quarto de costura que não era usado. - Olá Fabrício. - Ela gritou enquanto qual quer Fabrício de Brooklyn Beach chamado "Fabrício" pensava em responder - Aquilo foi sua mãe? - Fabrício nunca havia visto ela pessoalmente, eles haviam se falado por telefone e mamãe geralmente era mais calma no telefone, pois ela estava a distância e não poderia gritar e essas coisas da minha mãe. - Acho que deveria ir embora antes dela descer aqui pra a falar com você. - Ele não me ouviu e resolveu ficar pra conhecer minha mãe Elza Solarium Williams que era uma mulher jovem e meio Drag Queen, ela era como Divine dos filmes do John Waters...


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