Batman - A Loucura do Morcego escrita por Maryusuke


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Demorou pra caramba. Eu tinha mesmo abandonado essa historia, confesso. Mas devido aos e-mails de alguns poucos leitores eu voltei a ela. Espero que gostem :)



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— E não deixem ele escapar. – ordenou Gordon para o guarda. – Ele é bom nisso.

  Coringa estava preso em uma das celas do Arkham. Sua cela era trancada por uma porta de aço reforçado, padrão atual do asilo, e apena uma pequena janela retangular permitia a visão do mundo de fora. Estava sob vigilância de apenas um policial tático. Os outros estavam com a missão de encontrar a bomba que Batman implantou no prédio do asilo. O que seria uma tarefa deveras complicada devido ao grande numero de cômodos que havia no local.

— Comissário, eu sinceramente não queria estar aqui. Digo, a bomba pode explodir a qualquer momento. Não deveríamos estar aqui! – disse o policial tático que ficou de guardar Coringa.

— Calma jovem. Acho que se fosse pra ter nós explodido, Batman já teria feito isso. Ele está fora de si mentalmente. Ele quer que joguemos seu jogo e só se perdemos ou trapacearmos é que será nosso fim.

O jovem policial ainda não se sentia seguro. Estava inconformado de arriscar sua vida para vigiar um criminoso que matou inúmeras outras.

— E o que vamos fazer para deter essa bomba? – questionou o rapaz. – O senhor já tem alguma ideia da resposta desse quebra cabeça.

Gordom olhou para o tablete na mão. As letras DBCVN brilhavam na tela.

— Eu passei quase meia hora tentando escrever o que poderia ser essa palavra e não consegui nada. – confessou Gordon. O policial tático abaixou a cabeça. – Mas sei quem pode.

Gordon dá um tapa no ombro do jovem e abre um sorriso largo entre seus bigodes. O rapaz sentiu sua confiança aumentar e solta um leve sorriso. Jim se despede e vai embora entre um dos vários corredores da penitenciária. Andava e ao mesmo tempo olhava a tela do tablete, segurando-o com as duas mãos. No final do corredor atravessou uma porta. As outras celas daquele corredor estavam vazias. Coringa foi deixado isolado para não espalhar aos outros prisioneiros a noticia da bomba.

Os minutos se passavam silenciosamente. O jovem policial tático se encostou na parede oposta a cela de Coringa. De repente ouviu um rangido à sua direita. Virou a cabeça rapidamente na direção, mas não viu nada. O final do corredor de celas dava para um outro corredor para a direita, esse com varias janelas. Mas, nesse momento, ele estava ás escuras. Um som de janela se abrindo pôde ser ouvido. O policial coloca a mão sobre a arma no seu coldre e dá três passos na direção do som.

— Tem alguém ai? – ele pergunta. Mas ninguém responde. Ele sente uma corrente de ar batendo em seu rosto e deduz, alguém abriu uma das janelas. A escuridão do corredor só é diminuída pela luz do luar do lado de fora. Mesmo assim o jovem pragueja por não ter trazido uma lanterna da central de policia. Mesmo assim ele caminha até as trevas com a arma levantada. Ele então se depara com o corredor vazio. Uma única janela se encontrava aberta.

— Que vento frio! Acho que vai chover. Quem foi o idiota que abriu essa janela?

Uma mão negra o agarra pela boca e o puxa para a escuridão. Um trovão ruge no céu e começa a chover.

Em outra ala do Asilo Arkham Gordon conversava com um dos seus hospedes especiais.

— Acho que você é o único que pode nós ajudar, Charada.

Edward Nigma sorri enquanto olhava para o tablete com as letras misteriosas. Ele se encontrada na sua sela deitado na cama. Gordon estava dentro dela com a porta aberta e um grupo de policiais esperando do lado de fora.

— Muito interessante. – disse Charada. – Mas extremamente amador. Tá na cara que é um anagrama. Letras misturadas que quando postas na ordem certa formam uma palavra.

— Também pensei nisso. Mas colocamos as letras em um programa de computador para serem desembaralhadas automaticamente. Mas o resultado foi zero. Não existe nenhuma palavra formada por essas letras. São todas consoantes. – Gordon explicou.

Charada fez uma cara de surpresa, mas tentou disfarçar.

— E o que eu ganho se resolver isso para você? – perguntou. – Devo dizer que minhas exigências são altíssimas.

Gordo cruzou os braços e ficou em silencio por alguns segundos. Então disse de uma vez:

— Batman está louco e matando todos os criminosos de Gotham. Ele plantou uma bomba que vai explodir todo o Arkham a meia-noite se o quebra-cabeça desse tablete não for resolvido. Se algum criminoso sair ele vai explodir do mesmo jeito.

Edward arregalou os olhos.

— Hum... vou fazer o meu melhor. – disse ele.

Gordon sorriu com o cano da boca.

— Acredito que sim.

Ele se retirou da cela.

— Qualquer resultado me avisem via radio. – ordenou Gordon. – Vou para a sala do diretor.

Jim caminhava pelos corredores da prisão de loucos. A cada cela que passava uma figura familiar aparecia. Um maluco por chapéus, um homem de gelo, uma amante de plantas mortais, um ex-psiquiatra intimo do medo. Todos ali foram presos por um único homem. E era esse homem que James Gordon tentava prender agora.

Ele olha para trás e observa se esta longe o suficiente dos médicos e outros policiais. Encosta-se a uma parede e suspira de olhos fechados. Sua mão vai ao bolso e volta trazendo um maço de cigarros amassado e um isqueiro. Ele acende um e inspira sua fumaça. A devolve para o ar lentamente. Nem assim ele se acalma.

— Você disse que iria parar com o cigarro, Comissário. – disse uma voz feminina.

Gordon olha para a direita e reconhece a dona da voz. A detetive Renee Montoya. Ela caminhava com um sorriso no rosto e um copo descartável que fumegava.

— Café preto? – ela ofereceu. Gordon aceitou pegando o copo.

— Só ando fumando quando estou nervoso. E isso tem acontecido com frequência.

— Eu entendo. Esses dias não têm sido nada fáceis. – Montoya suspirou. – E o Nigma, ele concordou em nós ajudar?

— Sim. Se não for ele ninguém mais resolve essa charada do Batman. – Gordon toma um gole de café e inspira a fumaça do cigarro – Sabe as coincidência podem ser boas, podem ser ruins, e às vezes terríveis.

— Por que o senhor está dizendo isso? – perguntou Montoya.

Gordon não respondeu de imediato. Olhava para a aliança na mão esquerda.

— Hoje é o dia do meu casamento, 37 anos. Dá pra acreditar que ela aguentou esse tempo todo comigo, um policial? Fiz ela sofre muito por isso. Faltando em compromissos, chegando tarde em casa. Mesmo assim hoje ela disse que ia fazer um jantar especial para comemorarmos. E veja só, daqui a vinte minutos posso nunca mais ver ela. Coincidências.

O olhar de Montoya demonstrava tristeza pelo amigo.

— Mas você pode sair daqui chefe. Batman disse que só iria explodir antecipadamente se algum criminoso fosse retirado. Não falou nada de outras pessoas.

— Eu sei, mas eu não posso sair daqui. Sou o comissário de policia. É meu dever está aqui com os outros policiais. Eu iria me odiar por isso depois.

— Eu entendo chefe. – disse Montoya.

Gordon colocou o café no parapeito de uma janela próxima e tirou a aliança de ouro do dedo.

— Quero que você saia daqui e entregue isso a ela. – ele entrega o objeta a policial. Ela fica espantada.

— Não chefe, se acalma. Vai dar tudo certo. Você vai sair daqui.

— Por favor, Montoya.

Gordon ainda segurava a aliança na mão aberta. A policial Montoya não sabia mais o que dizer. Ela pega o anel com a mão tremula.

— Obrigado. – Foi o que Gordon disse antes de dar meia-volta e ir em direção ao corredor onde se encontravam os presos de Arkham. Montoya observa o amigo partindo. Ela ainda segurava a aliança na mão enquanto seus olhos lacrimejavam.

Coringa olhava para o teto de sua cela, deitado e murmurando impaciente.

— Mas que droga. Gordon sabia que eu não poderia sair daqui, senão Batman iria explodir tudo. Mesmo assim me colocou aqui. Foi vingança pelo que fiz com a filha dele, aposto. Que coisa, eu não mirei exatamente na coluna dela. Foi um tiro acidental, por assim dizer. Ele bem que poderia ter considerado isso. Ah, eu não aguento mais, vou tirar um cochilo. Se vou morrer prefiro que seja dormindo.

Ele fecha os olhos. Passando-se alguns minutos o sono naturalmente vem aos poucos. Coringa estava na beirada do mundo dos sonhos. De repente um ranger metálico o desperta. Ele fica rapidamente em alerta. Olha para o lado e constata o improvável. A porta da cela havia se abrido. A luz que entrava pela fresta indicava que não havia ninguém ali.

Coringa caminha desconfiado em direção à porta. Olha sorrateiramente pela fresta e não vê ninguém. Um sorriso alarga o seu rosto e ele abre a porta. Ninguém à esquerda nem a direita Estava livre, pensou. Correu sem olhar para o corredor onde havia as janelas. Ele ainda estava mal iluminado, e isso se tornou um problema, porque Coringa tropeça em algo e cai de queixo no chão.

— Ai cacete! – xingou.

Ele procura a coisa que o fez cair. Ao encontra-la um frio sobe na sua espinha. Era o policial que foi posto para guardar sua cela, e estava morto. Pescoço quebrado. Coringa se levanta rapidamente e corre para a janela mais próxima, quando sente algo o agarrando pelo pescoço. Coringa já sabia quem era.

— O-oi Batman...


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Notas finais do capítulo

É isso ai pessoal. Próximo capítulo só Deus sabe, kkkkkkk



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