‘’Caras primas Elsa e Anna de Arendelle, sei que faz tempo que não nos vemos dês de quando eu voltei para Corona depois da coroação de Elsa, mas escrevi essa carta para dar a noticia de que eu e Eugene estamos esperando um filho, não sabemos se é menino ou menina, mas gostaríamos muito de ter a visita das duas aqui. Iremos fazer uma festa para celebrar a gravidez e esperamos que vocês venham.

Com amor, prima Rapunzel de Corona.’’

Rapunzel escrevia a carta pensando em como seria bom ver suas primas de novo, não às via desde a coroação de Elsa, até porque ela teve que ir embora assim que aquele ‘’inverno eterno’’ se foi, pois naquele dia em que Elsa conseguiu trazer o verão de volta ela teve enjoos e tontura, Eugene fez questão de voltar para Corona para cuidar melhor de sua esposa. Infelizmente, a volta para Corona teve de ser tão rápida que nem deu tempo dela se despedir das primas. Mas isso teve seu lado bom, pois foi em sua volta para Corona que ela descobriu que esperava uma criança de Eugene.

Quando voltou para Corona depois de ser aprisionada por Gothel ela soube um tempo depois por sua mãe que ela tinha uma tia, esta era rainha de Arendelle, se chamava Idun e era casada com um primogênito de um reino distante, este se chamava Ádgar. Eles tinham duas filhas, Anna e Elsa. Anna tinha quinze anos na época, e Elsa 18, foi quando os tios Idun e Ádgar morreram no naufrágio do navio, eles estavam vindo para o casamento de Rapunzel com Eugene, e com isso, Rapunzel se sentia um pouco culpada, Eugene dizia que isso era besteira, e que culpa não foi dela, não tinha como ela saber que o navio ia naufragar. Ela queria muito ter a chance de conhecer as primas melhor, só havia conversado com elas durante a coroação, e apenas com Anna, pois Elsa não parecia ter muito interesse em se aproximar das pessoas, mas claro que agora ela entendia o porquê daquele comportamento estranho da prima, devia ser realmente difícil ser ‘’obrigada’’ a se isolar do mundo por causa de um poder que ela nem sequer pediu para ter.

Colocou a carta dentro do envelope e fechou com o selo de Corona. Deu um longo suspiro e pousou sua mão em sua barriga, estava sentindo um leve enjoo, então ela riu e cochichou:

–Você está fazendo a mamãe ficar enjoada de novo, não é?-E acariciou sua barriga, que demonstrava um leve volume.

Ouviu a porta abrir e se levantou para ver quem estava a entrar, sorriu de lado ao ver Eugene entrando e foi ao seu encontro, sendo recebida por um abraço carinhoso do marido. Afrouxaram o abraço e se olharam, aproximando lentamente os rostos e selaram os lábios em um beijo carinhoso e lento. Se separaram com um sorriso nos rostos.

–Como estão as minhas meninas?-Perguntou Eugene alisando a barriga da esposa. A mesma riu e respondeu:

–Como tem tanta certeza de que é uma menina?-Colocou os braços ao redor do pescoço de Eugene e sorriu. O moreno sorriu de lado colocando as mãos na cintura de Rapunzel, que arqueava uma sobrancelha em espera de uma resposta.

–Eu sinto que vai ser uma garota, já sei até de um nome, olha...-Dizia Eugene, mas enquanto ela falava Rapunzel olhava de canto para a janela, podia jurar que tinha visto alguém do lado de fora. Eugene percebeu, parou de falar e chamou por ela:

–Punzie? Está tudo bem?- Perguntou olhando atentamente para Rapunzel, que logo virou o rosto de volta para Eugene e disse:

–Ah, sim, estou, só estava um pouco distraída...Enfim, o que estava dizendo?-Perguntou a mesma. Viu que o marido não se convencia muito de sua resposta, mas logo ele voltou a falar:

–Bem, eu acho que ela poderia se chamar....-Ele ia dizendo, mas Rapunzel olhou de canto de olho para a janela de novo e viu um garoto, que aparentava ser mais novo, de cabelos castanhos claro e pele branca, bem mais clara que a sua. Rapunzel rapidamente olhou para Eugene de novo e interrompendo sua faladeira, disse:

–Eugene, Eugene, olha.- Disse apontado para a janela, Eugene olhou para o dedo de Rapunzel apontava e fez cara de confuso, logo ela olhou para a janela de novo e viu que o garoto não estava mais lá, olhou para Eugene que ria um pouco, antes que ela pudesse falar algo Eugene pois a mão em seu ombro e disse:

–Acho que você o precisa descansar um pouco, por que não se deita um pouco?-Dizia Eugene a conduzindo até a cama, a mesma estava pasma com a atitude do marido e com o menino da janela, por que ele não estava mais lá? E justo na hora que ela Eugene ia olhar. Ela sentou-se na cama e Eugene segurou sua mão.

–Não quero que você se estresse, ainda mais agora com o bebê vindo.-Disse Eugene olhando carinhosamente para os olhos da amada.

–Mas Eugene...- Ia dizendo, mas foi interrompida pelo moreno:

–Nem vem, hoje você vai tirar o resto do dia de folga.- Ele deu um beijo em sua testa e se dirigiu a porta, antes que Rapunzel pudesse falar algo ele simplesmente saiu e fechou a porta. Bufou sentindo raiva, deitou na cama e olhou para o teto, deixando os pensamentos lhe invadirem a mente, como seria sua vida quando esse bebê nascer, Como seria sua relação com as primas quando elas viessem para Corona, em tudo. Suspirou e se levantou da cama, ia em direção à janela, observando o lado de fora. Apoiou os braços sobre o parapeito e pensou se realmente aquele garoto não era coisa de sua cabeça devido ao stress ou coisa do tipo, olhou novamente para o lado de fora da janela e ficou observando o reino.

Ela se virou para voltar para a cama mas tomou um susto com o que viu: O garoto de antes estava lá, e ele ria de sua reação.

–Por essa você não esperava, certo?-Disse ele, sua voz era suave e tinha um tom de divertimento. Ela ia gritar mas antes que o fizesse ele voou em sua direção e tapou sua boca, o que fez ela ficar ainda mais assustada.

–Ei ei, calma, não vou lhe machucar.- Ele só soltou sua boca quando ela pareceu se acalmar. Rapunzel deus dois passos para trás, batendo suas costas no parapeito da janela, ela abriu a boca para falar mas a voz hesitou em sair por alguns segundos, depois de se recuperar parcialmente do choque ela finalmente perguntou:

–Quem é você?- Rapunzel estava muito assustada, quem era esse estranho e o que ele estava fazendo ali? E como diabos o mesmo voava?

O estranho sorria torto e coçava o cabelo, parecia meio hesitante em responder, mas logo tratou de responder:

–Olha, você já passou por muita coisa eu sei, mas agora eu preciso que você me escute bem, Rapunzel.- Ele disse agora sério, e a morena ficou mais assustada pelo fato dele saber seu nome, mas ficou calada, esperando explicações.

–Meu nome é Luke, e eu preciso da sua ajuda, suas lágrimas podem curar vidas, certo?- Ele perguntou. Rapunzel ficou desconfiada, como aquele estranho sabia tanto sobre ela?

–Por que eu deveria lhe dar satisfações?- Ela perguntou seriamente. O garoto suspirou, não queria ter que lhe dar aquela notícia, mas assim seria.

–Porque vida dessa criança que carrega em seu útero depende de você me ajudar.