Dancing in the snow escrita por Draco Michaelis
Notas iniciais do capítulo
Oie, esta é a minha primeira Oneshort e como já disse comentários são bem vindos. Amo ler e responder eles.
—---- # 09/ 01/ 2016 # -----
Oi, estou corrigindo os erros da one-short (vergonha pelos erros grotescos)
boa leitura.
Mais uma vez Edward se encontrava parado, escondido sob a penumbra da noite, observando os pequenos e delicados flocos de neve caírem, através de um grande buraco no sótão da mansão onde morava. Durante todo o tempo que ele contemplou aquela pequena maravilha, seus pensamentos estavam perdidos em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa.
– Kim... – murmurou ele involuntariamente, com um tom triste.
Do lado direito da face cheia de cicatrizes do jovem, sob a fraca luz do luar, tornou-se visível uma pequena lágrima que deslizou delicadamente pelo seu semblante melancólico até tocar suas “mãos”.
Ao sentir o toque quente e úmido das lágrimas em suas lâminas, Edward deteve seu olhar nas diversas tesouras e navalhas que o mesmo possuía no lugar de suas mãos e dedos.
“Eu ...sou...um...monstro?” questionou a si mesmo, mentalmente.
“Edward, eu te amo!” veio lhe a memória da sua despedida dela, muitos anos atrás.
Edward não sabia quanto tempo havia passado, mas sabia que ela não estava mais lá.
“Monstros podem...amar?” perguntou-se pela enésima vez “eles...podem...ser amados?” sua expressão triste mudava em raros momentos e estas mesmas perguntas sempre o faziam questionar-se sobre seu conceito de si mesmo.
Enquanto Edward mantinha-se perdido nos seus pensamentos, no andar de baixo, uma luz clara e brilhante surgiu, e começou a trilhar um caminho em direção às escadas, subindo-as delicadamente. Chegando ao topo, passando pela velha porta de madeira que dava entrada ao sótão, tal luz tornou-se muito mais forte e começou a assumir uma forma humana, a forma de uma jovem, vestida de branco, com os longos cabelos loiros soltos ao vento.
– Ed... - pronunciou a luz, carinhosamente. A luz emanava um perfume inconfundível, principalmente para Edward.
O jovem prendeu a respiração por um instante, imaginando estar sofrendo de delírios, soltando-a como um suspiro. Seus olhos denunciavam a alegria de ouvir tal voz e sentir tal perfume que, sabia ele, pertenciam a sua amada. Edward sendo terrivelmente tímido balbuciava palavras e sons sem nexo, movimentando-se lentamente batendo as lâminas das tesouras, como costumava fazer quando estava nervoso.
A luz assumia uma imagem cada vez mais real, e quando finalmente seus olhos e os de Edward se encontraram, a expressão dele transformou-se em surpresa. Ele andou, a passos rápidos, ao encontro dela e ela ao dele; ao se encontrarem ela tocou no rosto de Edward com sua mão translucida, ele fechou lentamente os seus olhos, sentindo o toque suave, tão suave como uma brisa de início de inverno.
Edward, então, abriu novamente os olhos e eleva sua “mão” em direção ao rosto enevoado, porém antes de completar o movimento o mesmo congela e abaixa sua terrível maldição, ela sorri de forma prazerosa fazendo-o sorrir também, mas este sorri apenas com os olhos, porque a dor que sentia em não poder tocá-la impedia que o sorriso se mostrasse em seu rosto.
– Ed...venha comigo... – disse ela lhe oferecendo a mão. Ele, entretanto recuou, virando-se de costas para ela.
“Seria ela verdadeira ou apenas mais um delírio de minha mente solitária?” perguntava-se sentindo a brisa fria e acolhedora do inverno que invadia o recinto batalhando pelo espaço com a brisa morna e cheirosa que emanava da luz incandescente.
– Para onde? – perguntou Edward, inocentemente. Ela ergueu a cabeça aos céus, de braços abertos, os olhos cerrados e um sorriso nos lábios.
– Para onde poderemos estar juntos... – disse ela abrindo os olhos e saindo pela porta velha de madeira gasta. O jovem andou apressadamente atrás dela, descendo a escada, passando pela entrada, até chegar ao portão, estava enferrujado e caído, quase sendo coberto pela neve fofa. – para sempre! – gritou ela abrindo os braços novamente, emanando mais luz ainda. Edward sentiu a neve fria caindo em suas laminas, ombros, cabelos e rosto.
Parecia ter passado pouco tempo desde que ele estivera olhando a neve pela sua “janela”, mas o céu já demonstrava os primeiros sinas do amanhecer, em um tom púrpura e as estrelas sendo apenas pequenos pontinhos brancos, quase sem destaque.
– Venha comigo... – pediu ela novamente, oferecendo a mão mais uma vez.
Desta vez ele aceitou e ao tocar a ponta dos dedos dela, as tesouras que antes ocupavam o lugar das mãos dele, transformaram-se em dedos. Edward, pela primeira vez, sorriu verdadeiramente, impressionado com o que estava acontecendo, então ele segurou firmemente a mão de Kim e assim ambos partiram para finalmente ficarem juntos ... dançando na neve.
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Amo de paixão este filme e se você é como eu comente! Amo muito comentários pois ai em descubro se alguem realmente gostou do que eu escrevi. Eu amei escrever e espero que vocês tenham gostado. Beijus.
—----# 09/01/2016 #-----
Corrigi o máximo de erros que consegui, muito embora eu acredite que restaram alguns.
Espero que tenham gostado. kisu.
Michaelis