Daryl estava cansado e dolorido. Todo o seu corpo pedia para ele parar, mas ele não parou. Ele tinha que encontra aquela garotinha. Tinha que leva-la para casa em segurança, tinha que leva-la para a mãe. Já era a noite. Daryl tinha fugido da casa de fazendo sem que ninguém visse. Segundo Hershel ele ainda precisava ficar em repouso, para que se recuperasse. Mas se ele não fosse procurar a menina, ninguém mais ia. Ele tinha saído pela a janela e pulado por uma árvore, e ninguém tinha notado. O caçador achou que sua melhor escolha seria voltar para o lago, aquela tinha sido sua melhor pista, talvez ela tivesse voltado para lá. Assim que chegou ao lago viu os zumbis que tinha matado, ele se aproximou eles e olhou em volta.

– Sofia? – gritou olhando para as árvores.

Nada. Ele olhou em volta e decidiu seguir o caminho que levava para a casa, ela poderia ter volta para lá atrás de mais comida. A cada passo que dava, Daryl sentia a sua crossbow mais pesada. Mesmo assim seguiu em frente. Ele gritava o nome de Sofia ás vezes, e pela primeira vez na vida rezou para que escutasse a voz dela de volta. Mas nada, apenas o silêncio e os sons dos animais lhe respondiam alguma coisa. Assim que chegou na casa, Daryl notou que a porta estava aberta. Ele se lembrava claramente de ter fechando antes de ter voltado para a fazendo, dois dias atrás. Mesmo sabendo que poderia ter sido outra pessoa ou até mesmo que muito provavelmente ela já tinha saído de lá. Daryl correu para a casa.

– Sofia? – ele gritou entrando na sala da casa. – Sofia, você está ai?

Ele continuou andando pelos cômodos, nada. Depois de respirar fundo, ele saiu. Do lado de fora da casa tinha pegadas frescas. Pegadas de criança.

– Sofia? – ele gritou o mais alto que pode e suas costelas reclamaram por isso. – Droga.

Daryl se abaixou e passou a examinar as pegadas. Elas deveriam ser de umas três ou quatro horas atrás. Estavam fundas e espaçosas, o que significava que tinha feitas por uma criança que corria. Olhando em volta, ele colocou a Crossbow nas costas e começou a seguir as pegadas. Ele olhou para cima. O sol já estava no meio do céu, o que significava que deveria ser meio dia. A essa hora já devem ter notado que ele tinha fugido, mas se foram atrás dele ou não, ele não sabia. Ele seguiu a trilha por uns dois minutos até que notou uma mudança na trilha. Daryl notou que Sofia tinha parado de correr e andou em círculos algumas vezes. Provavelmente estava sendo seguida por alguma coisa. Ele teve a confirmação de que ela era seguida, ao ver outra trilha perto da dela. Conforme ele ia andando, as trilhas iam se juntando. Ele passou a andar mais rápido e chamar o nome dela com mais frequência, quem sabe assim não atraia o zumbi para ele?

Daryl andou mais alguns minutos e sentiu seu coração quase parar quando viu um Zumbi com a barriga estufada caído no chão perto ele. Ele acertou a besta com tudo na cabeça dele e pegou sua faca. Ele quase estraga tudo de tão nervoso que estava, mas mesmo assim conseguiu manter as mãos calmas o suficiente para abri a barriga. Depois de abri o estomago viu que ele tinha comido um cachorro. Depois de respirar fundo, ele passou as mãos na roupa e se levantou. Ele levou alguns segundo para reencontra a trilha, mas mesmo assim seguiu em frente.

Ele passou boa parte da tarde assim. Não tinha encontrado outro Zumbi, o que era bom e mal. Bom porque isso mostrava que não tinham muitos zumbis por ali. Mal por que os que tinha podia estar trás de Sofia.

– Sofia? Sofia, sou eu. Você pode me ouvir? – ele gritava olhando em volta. – Sofia? Sofia?

Ele continuo assim até que começou a anoitecer. Ele suspirou. Tinha passado o dia assim e nada. Ele sabia que tinha que volta, estava sem lanterna e estava ficando escuro. Mas a trilha ainda continuava e tinha aumentando a profundidade, o que significa que mais zumbis estavam seguindo ela. Daryl suspirou e se virou para voltar para a casa. Amanhã ele voltava com mais gente. Ele deu um passou e escutou.

– Ahhhhhhhhh. – Um grito. Mas não um grito qualquer. Um grito de garota. – Socorro.

– Sofia. – ele gritou e tirou a crossbow das costas. – Estou indo.

Ele correu em direção ao grito e chegou em uma clareira. Sofia estava em pé em cima de uma enorme pedra e tinha vários zumbis em volta tentando escalar a pedra. Felizmente, eles não eram espertos.

– Sofia. – Daryl gritou e atirou a primeira flecha.

Ele colocou outra enquanto ia até a pedra. Dois Zumbis foram em direção a ele, os outros continuaram lá. Ele acerto um com outra flecha e um com a crossbow. Conforme, ele foi se aproximando, eles foram indo até ele. Ele matava sem nem mesmo hesitar. Ao todo foram dez.

– Cuidado. – Sofia gritou apontando para trás.

Daryl se virou a tempo de ver um Zumbi indo em sua direção. Ele pegou a besta e voltou com tudo na cabeça dele. Ele respirou fundo e levou a mão as costelas.

– Você está bem? – ele perguntou com a respiração pesada.

– Sim. – ela disse tremula.

– Vem, eu vou te ajudar a descer. – ele disse indo até a parte mais lisa da pedra.

Sofia se sentou na pedra e escorregou até ele. Daryl a segurou com um gemido. Ele a colocou no chão e a examinou. Ela estava assustada e com alguns arranhões no rosto, mas parecida bem.

– Você está bem, mesmo? Algum deles tocou em você? – ele perguntou tirando o cabelo dela do rosto.

– Estou bem. Conseguir subi antes deles chegarem perto de mim. – Sofia olhou para ele por um segundo e o abraçou forte.

A menina começou a chorar. Deixando todo o medo que estava sentindo sair. Daryl a pegou no colo a segurando apenas com um mão. Pegou sua besta com a outra e começou a andar.

– Calma. Vou te levar de volta para a sua mãe. – ele disse o mais tranquilo que pode.

Ele andou por algumas horas, enquanto conversava com ela. Ele tentava acalma-la. Ela tremia e se assustava com cada som que escutava.

– Quando eu era pequeno também me perdi uma vez na floresta. – ele disse enquanto a arrumava em seu colo. – Sei como pode ser assustador, mas você se saiu bem. Você encontrou um lugar para passar a noite. Voltou para lá. Se você tivesse ido para o outro lado, iria encontra a fazenda onde estamos acampando.

– Mesmo?

– Sim. – ele disse sorrindo para ela. – Você é esperta, Sofia.

– Obrigada por vim atrás de mim.

– Todos estamos procurando por você. – ele disse. - Não apenas eu.

Andreia estava em cima do trailer novamente. Ela ainda se sentia culpado por quase ter matado Daryl, mas mesmo assim ficou de guarda. Rick tinha dito para ela tomar cuidado e presta bastante atenção por que Daryl tinha saído de novo e estava ferido. Ela fez o que lhe foi mandado e não atiraria até ter certeza se era mesmo um Zumbi. Ela pegou o binóculos e olhou em volta. Ela viu um volto se aproximando. Mas esse volto estava estranho. Parecia uma pessoa. Estava mancando um pouco ao andar, mas não se parecia com o modo de andar dos zumbis. Mas o que chamou a atenção dela foi que parecia que a pessoa estava com outra no colo. Ela esperou se aproximar e conseguiu um vislumbre do rosto. Era Daryl, e estava com Sofia nos braços.

Andrea pulou de cima do trailer. Ela correu até onde os outros estavam.

– Onde está Carol? – ela perguntou para Glenn, Dale e T-Dog.

– Na casa conversando com Rick. Ela disse que ia esperar por Daryl lá. – Gleen disse olhando para ela sem entender.

– Vá avidar para o Hershel se preparar. Eu vou pegar o carro. – Andreia disse correndo para o carro que Rick usava.

– O que está acontecendo, Andrea? – Dale perguntou se levantando.

– Daryl estava voltando e ele está com a Sofia. – ela disse arrancando com o carro.

Daryl olhava para as luzes a distância. Sofia estava pesando em seus braços, mas ele não queria coloca-la no chão. A garota tinha andando tanto que estava com os pés cheios de bolhas. Ele parou e respirou fundo. Só mais alguns metros, ele podia fazer isso.

– O que é aquilo? – ela perguntou apontando para duas luzes que vinham na direção deles.

– Um carro. Alguém deve ter visto a gente vindo. – ele disse aliviado. – Estamos quase lá, Pirralha. Estamos quase com a sua mãe.

Ele foi em direção ao carro que parou pouco tempo ao lado deles. Assim que ele viu que quem estava dirigindo era Andrea, revirou os olhos. Mas mesmo assim ele abriu a porta de trás e entrou com Sofia.

– Vocês estão bem? – Andrea perguntou olhando para eles pelo retrovisor. Ela se surpreendeu por ver que a garota estava abraçada a Daryl.

– Estamos. – Daryl disse. – Mas seria bom se você fosse mais rápido, faz tempo que ela não come e ela está com frio.

Andrea concordou com a cabeça e acelerou o carro. Assim que Andrea parou o carro na frente da casa, Dale veio correndo até eles.

– Hershel está esperando por ela. Não falamos nada para Carol, ela poderia querer ir atrás de vocês. Falamos apenas que Andrea viu você voltando para a casa e como está ferido e passou o dia todo fora, achamos melhor ele te examinar. – ele disse abrindo a porta para Daryl.

O caipira saiu do carro e depois pegou Sofia no colo novamente. Ela olhava para tudo com curiosidade. Ela apertou o pescoço de Daryl. Dale abriu a porta de casa também para ele, e o levou até a sala onde Hershel esperava por eles, juntamente com os outros. Primeiro entrou Andrea, depois Dale e por último, Daryl e Sofia.

– Ai, meu Deus. – Rick falou quando Daryl entrou com Sofia nos braços.

Todos olharam para a porta. A reações foram as mais variadas. Todos olharam para eles surpresos, depois em choque e por fim feliz. Mas Daryl olhou apenas Carol que olhava para eles.

– Sofia. – Carol disse correndo até ela. – Minha filha.

– Mãe. – Sofia disse passando para o colo da mãe.

As duas se abraçaram, enquanto os outros olhavam para elas. Daryl cruzou os braços e sorriu. Ele não evitou de lançar um olhar sarcástico para Shane. Como quem quer dizer: Eu te disse que ia trazer ela de volta.

– Obrigada. – Carol disse olhando para Daryl. – Muito abrigada.

– Não foi nada. Mas acho que você deveria deixar Hershel examinar ela. Ela não comeu muito esses dias. – ele disse sorrindo.

– Ele tem razão. – Hershel disse. – Ela pode continuar no seu colo.

Elas se sentaram no sofá enquanto Hershel se sentou ao lado delas. Ele começou a examinar Sofia. Daryl olhou para elas e sorriu. Sem que ninguém notasse, ele saiu da casa. Estava cansado e com dor. Mas valeu a pena. E sempre valeria.