Mais uma chance escrita por Carcata
Notas iniciais do capítulo
HEY! ENTÃO, LEMBRA DAQUELE DIA EM QUE EU FALEI QUE IA POSTAR OBSESSÃO E DPS MAIS UMA CHANCE? ENTÃO NÉ... *se esconde na lata de lixo pq sou um lixo*
Capítulo curto, mas to cansada de ficar preocupada e ansiosa todo dia, então não me importo mais. Toma um capítulo feliz aí e.e
Ainda tem gente lendo essa fanfic...? OLÁÁ? *eco*
“Ex-professor de Robóticas, Callaghan, confessa seus crimes e é preso”
Ou pelo menos era o que dizia no jornal.
É incrível como uma simples frase pode mudar a perspectiva de alguém. E era o que estava acontecendo com todos aqueles alunos da SFIT que pegaram o jornal naquela manhã. Ou qualquer pessoa que conheça o homem. Ou conhecia. Ninguém sabia quem ele era agora.
Tadashi sabe. Mas o problema é que ele não sabe da história. E foi por isso que, mesmo com o sofrimento de ter perdido Hiro, ele foi até as respostas, em vez de ficar sentado e esperar que elas apareçam.
– Callaghan.
O homem sentado a sua frente o encarou com olhos tão frios como gelo, porém Tadashi permaneceu firme.
– Tadashi.
– Eu não vou perder tempo – O jovem se inclinou da cadeira para fitá-lo mais intensamente – Vim aqui atrás de respostas. Chega de mistérios.
Callaghan ficou tenso e encolheu os ombros.
– Me conte o que aconteceu – insistiu Tadashi.
– Hiro, que bom que veio – Callaghan disse aliviado. O garoto assentiu assustado – Espero que acredite na minha história.
Hiro parecia pensar em alguma coisa para dizer, mas pelo visto decidiu contra.
– Sei que deve estar se perguntando o porquê de eu o trazer aqui, então eu vou direto ao ponto – O homem engoliu em seco – Um mês depois da volta de minha filha, médicos e cientistas ainda não tinham descoberto o que exatamente havia dentro do portal – Olhou para o chão em uma tentativa de esconder as lágrimas – E mesmo se tivessem, não poderiam salvar Abigail da alta radiação a que ela tinha sido oposta, e ela morreu não muito depois.
Hiro arregalou os olhos e fechou os punhos.
– Sinto muito – disse ele depois de uma pausa. Ele esperou Callaghan continuar.
– A morte dela foi mantida um segredo, pois ninguém queria expor a triste verdade do que realmente havia acontecido. Mesmo percebendo o caos que o portal era capaz de causar, todos estavam animados com a tecnologia que Krei possivelmente usaria para o benefício da população – O homem franziu as sobrancelhas – Uns egoístas.
– Então ninguém espalhou sobre a morte de Abigail para não causar tanta confusão – Hiro manifestou-se – Isso é estúpido – comentou sem pensar, e depois decidiu calar a sua boca.
– Sim, é mesmo – Callaghan concordou – E depois disso eu estudei mais sobre o portal quando foi secretamente anunciado para mim que Krei estava construindo um novo.
Antes que ele continuasse, Hiro se aproximou rapidamente e o ex-professor notou que ele estava suando frio.
– Outro portal?! Como assim outro portal?!
– A verdade é que Krei não tinha a intenção de usá-lo até termos certeza de que era seguro, o que levaria algum tempo – A voz de Callaghan continuou calma, não querendo assustar o pobre garoto mais do que já estava – Isso é, até eu interferir.
– Espera aí, deixa eu ver se eu entendi – Tadashi interrompeu – Então o portal também era uma espécie de máquina do tempo? – O prisioneiro assentiu.
– Sim. Com alguns ajustes, é claro. Mas só eu sabia. Mantive em segredo no momento em que percebi que aquilo poderia dar certo. Que aquilo – Os olhos dele brilhavam – poderia ser a minha chance de ter Abigail de volta.
Tadashi se ajeitou desconfortavelmente na cadeira. Ele sabia como era tentar recuperar uma pessoa importante, e não tinha dado muito certo. Callaghan continuou.
– Depois de um tempo eu consegui que aquilo funcionasse, e dei um jeito de entrar. Queria voltar para o dia da apresentação do primeiro portal, e impedir que Abigail entrasse. Mas eu não calculei direito, e um pedaço do portal se soltou.
Tadashi congelou.
– Hiro – Callaghan ergueu a mão na direção de Hiro, que engoliu seco – Me dê o resto do portal.
– Não – O garoto respondeu – Eu não confio mais em você. Foi um erro.
– Como eu não era um especialista em reconstruir uma estrutura com aquele nível de tecnologia, pensei que Hiro conseguiria. Eu confessei tudo para ele e ele decidiu ajudar. Por que afinal, o que poderia dar errado? – Ele sorriu de um jeito melancólico.
Que ironia.
– Então por que Hiro não quis entregar para você? – perguntou Tadashi.
– Eu não queria que esse segredo fosse revelado para todo mundo, e Hiro ter trazido vocês foi um erro. Nunca foi minha intenção matar ninguém – olhou para as suas mãos algemadas como uma forma de arrependimento.
Tadashi tentava empurrar a raiva. Sim, Hiro morreu por causa de Callaghan. Hiro só queria ajudar, e foi tudo em vão. Tadashi tinha perdido tudo por nada. Porém levantar da cadeira e socar o rosto do ex-professor não adiantaria nada naquele momento.
Mas até que era tentador.
Passaram-se alguns segundos que mais se pareceram horas, e Tadashi falou, surpreendendo até a si mesmo:
– Você acha que ainda funciona?
Callaghan levantou a cabeça.
– O portal. Ainda funciona?
– Acho que sim, mas não foi testado com o pedaço que Hiro consertou. E além do mais, o portal deve estar com Krei.
Tadashi arqueou uma sobrancelha e pegou algo do bolso de seu casaco.
– Você quer dizer isso? – Os dois miraram um pequeno fio metálico vermelho que estava na mão do estudante.
– O que...?
– Isso estava no pedaço do portal. Eu não entendi muito bem, mas Krei disse que isso é a única parte essencial daquele pedaço. Como sua empresa não sabia o que exatamente era esse portal, eles me deixaram ficar com isso – Ele jogou o fio para cima como uma brincadeira e o pegou.
– O que pretende fazer?
Tadashi o fitou intensamente.
–-
– Tadashi, tem certeza que isso é uma boa ideia? – Baymax perguntou, com sua armadura vermelha já perfeitamente colocada – Hiro e eu já fomos nesse portal, o que está tentando fazer?
– Você quer me ajudar ou não, Baymax? – Tadashi perguntou com medo nos olhos e colocou uma mão no ombro do robô, que assentiu.
Ambos se infiltraram na base de Krei Tech, onde o portal estava localizado e ligado. Tadashi colocou o fio vermelho no seu devido lugar e suas armaduras estavam prontas para a ação. Eles só tinham alguns segundos restantes até os guardas chegarem para pará-los.
Ele pensou muito nisso, e resolveu arriscar. Claro, ele deixaria quase tudo para trás. Tia Cass, seus amigos, a faculdade... Isso é, se não desse certo. Mas quando estava prestes a desistir seus pensamentos paravam em Hiro, e ele sentia seu coração doer.
Não tinha nada para ele aqui.
Ele subiu em Baymax e os dois decolaram na direção do portal.
–-
Houve uma luz forte, e depois escuridão total. Tadashi abriu os olhos, imaginando se tinha tido apenas outro sonho estranho. Ele esfregou os olhos e levantou-se, percebendo que estava em sua cama e em seu colo havia um livro sobre a história da tecnologia robótica.
Ele franziu as sobrancelhas e saiu da cama, notando que estava de pijama e em seu quarto. Foi em direção a tela de separação e a empurrou, revelando o quarto de Hiro todo bagunçado. De repente sentiu vontade de chorar ao ver Megabot com sua carinha feliz o encarando de volta. O robô estava sentado na escrivaninha de seu irmãozinho, e nela estavam várias anotações e desenhos, a maioria amassados.
A primeira coisa que Tadashi pensou em fazer foi caminhar até lá, mas foi interrompido quando ouviu seu nome ser chamado por uma voz frenética e familiar.
– TADASHI! Tadashi, Tadashi, Tadashi, Tadashi!
Uma dor de cabeça estava começando a se manifestar na cabeça do jovem. Subitamente a porta do quarto de abriu, causando um barulho estrondo, e o mundo de Tadashi congelou.
Ali, bem na sua frente, estava nada menos que Hiro Hamada. Em pé, carne e osso, respirando, sorrindo, e-
Vivo.
– Vivo... – Tadashi murmurou para ninguém em específico, seus olhos arregalados.
Hiro abriu mais uma vez o seu maior sorriso e começou a pular animadamente, e foi só então que Tadashi percebeu que tinha algo nas mãos do menor. Um microbô.
– Eu consegui! Deu certo! – Ele gritou com brilho nos olhos, e Tadashi o encarou por mais alguns momentos, tentando processar tudo. Sem nem mesmo perceber, ele envolveu o garoto em seus braços, agarrando sua jaqueta e sentindo os cabelos negros de Hiro fazerem cócegas em suas bochechas.
Hiro o abraçou de volta.
– Obrigado, Tadashi, eu não teria conseguido sem você – O menino confessou e deu uma risadinha. Tadashi fez de tudo para não chorar, mas não conseguiu.
– Eu... Eu nunca vou desistir de você, cabeção – O mais velho o apertou mais forte, não se importando se deixaria o pobre Hiro sem ar. Ele não iria largá-lo tão cedo.
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Eu sei que tá uma merda, pq eu tive que meio fazer isso correndo, mas ainda sim gosto muito dessa fic e não vou abandoná-la :)
Gostaria de agradecer Doctor Who por me apresentar máquinas do tempo e me dar a criatividade q preciso *beija a TARDIS*
Obrigada pelos reviews! Eu amo todos vcs! Cada um de vcs! Amo do coração! *sussurra: agr quem aí quer assistir uma maratona de guerra dos tronos cmg? e.e*