Atlanta escrita por Luna Collins


Capítulo 9
Capítulo Oito




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598238/chapter/9

―Estranho, não é? ― falou Alicia com seu irmão, enquanto eles iam para o trabalho na quinta feira ensolarada.

―Demais. ―ele respondeu fazendo um ar de suspense.

―Será que é muito grave? ―ela dirigia através da estrada, quase chegando na loja de conveniência.

―Se eles pararam as programações para exibir uma emergência do Governo sobre a doença, sim. ―ele foi óbvio.

―Espera... ― Alicia franziu a testa como se pensasse em algo. ―A moça do noticiário falou que o vírus se transmitia facilmente, não é?

―E daí? ―Julio deu de ombros.

―E daí que podemos estar todos infectados. ―ela deu um sorrisinho de canto como se acabasse de descobrir algo genial.

―E por quê esse sorrisinho? ―Julio a olhou e apontou para a boca da irmã.

―Ah, deixa de ser chato. ―ela soltou a risada de preocupação e deu um tapinha no braço dele, que riu junto com ela.

―Ok, eu tenho uma melhor. ―ele falou ajeitando-se no banco do passageiro da frente. ―A moça falou que poderíamos contrair o vírus facilmente, e você acabou de dizer que podemos estar infectados. Os sintomas variam de 24 a 48 horas para se manifestar.

―Ah mas... ―Alicia respirou para falar, sendo interrompida por Julio.

―Não não, espera. ―ele levantou o dedo.

―Sim, os sintomas manifestam-se nesse período. ―ela concordou com ele.

―Exato, juntando essas informações, ela também revelou que, as pessoas mais fracas, que já tinham algum tipo de doença ou coisa assim, é que estavam manifestando a doença.

―Ok... e? ―Alicia indagou ironicamente.

―E ai que somos completamente saudáveis. ―ele suspirou finalizando e Alicia lhe lançou um olhar confuso. Ele voltou atrás. ―Mesmo que tenhamos o vírus, não temos meios para manifestar a doença por não ter outra doença.

―Em que mundo você vive? ―ela o criticou com humor. ― Assim vai deixar todo mundo confuso.

Julio riu.

―É apenas uma teoria que formulei. ―ele se gabou.

―Aham, estamos chegando. ―ela apontou o painel da loja e Julio logo retirou o cinto. Quando o carro estacionou, Alicia saiu e abriu o porta malas, trazendo alguns carregamentos que foram entregues na casa dos dois. Consuelo saiu na porta.

―Bom dia, Herzog. ―ela se referiu aos dois.

―Bom dia, Consuelo. ―sorriu Alicia no porta-malas.

―Consuelo... ―Julio encostou-se no capô. ―Como dormiu esta noite?

―Bem. ―ela deu um pequeno sorriso. ―Espero que vocês também. ―Consuelo voltou para dentro e Julio não perdeu tempo, foi ver Alicia que ainda pegava as coisas no porta-malas.

―Ela foi irônica, não é? ―ele criticou.

―Sempre. ―Alicia suspirou, vendo Consuelo voltar para perguntar algo.

―Trouxeram os mantimentos que não foram entregues aqui? ―ela gritou.

―Claro, já estou levando-os para dentro. ―falou Alicia pegando um fardo de alimento não perecível que tinha no porta-malas e levando lá para dentro. ―Fecha o porta malas, Julio! ―a garota ordenou, sabendo o quanto ele era pirracento. Julio fechou e entrou junto com Alicia.

**

Os famosos sapatos de salto baixo de Grace já eram conhecidos. Ecoavam no corredor do Hospital a medida em que ela dava passos largos. Estava tensa. Naquela quinta-feira, ainda estavam fazendo os testes com a vacina. Jeremy e todo o CDC, assim como o Governo, respectivamente, já estavam por dentro de tudo que estava havendo. Levi estava concentrado em uma reprodução da vacina, quando Leslie, a médica revoltada, chamou-o urgentemente.

―Sr Benton? ―ela perguntou entrando na sala de pesquisas improvisada do hospital. O homem apenas levantou o olhar para ela.

―O que houve, Leslie?

―Aquela paciente morreu... ―ela suspirou. Até então ele achou “normal”, o que deixou o cientista assustado foi a próxima revelação. ― E não só ela, as pessoas que contraíram a doença na mesma época, estão morrendo.

―Nossa, preciso avisar a Grace. ―ele largou a pesquisa e colocou a mão no queixo pensando em algo. ―Olha, preciso que você avise a Lavínia e eu vou falar com Jeremy, a campanha de vacinação precisa ser feita o quanto antes. ― ele pegou o celular em seu bolso e ligava para Jeremy, enquanto Leslie assentiu e saiu para procurar Lavínia.

**

―Como ela está , doutor? ―perguntou Phillip para o médico, o homem preocupou-se, a filha Penny ali ao lado, ansiosa.

―Bom, Sr Blake, ela não tem muitas chances, mas estamos fazendo o que podemos para salvá-la. ―falou o médico e olhou a menina ruiva de longos cabelos.

Phillip passou a mão na nuca, preocupado. Penny abraçou o pai, dando força.

― Vocês já se alimentaram? ― o médico indagou.

―Ainda não. ―Phillip disse. ―Está com fome, Penny?

― Sim. E você também precisa se alimentar, pai. ― a jovem falou se levantando e levando Phillip junto. Iam na lanchonete do hospital.

Sentaram-se lá e a garota se serviu de sanduíche com pasta de amendoim e uma caixinha pequena de leite, Phillip não comeu nada, pois estava com vontade de comer um lanche fast food. Penny só o olhava.

―Não vai comer, pai?

―Quero algo maior. ―ele falou sério, Penny deu uma leve risada curta.

―Tudo bem, vamos a um fast food. ― ela terminou de comer e o levou para um restaurante do Texas RoadHouse que havia ali perto. Penny aproveitou e pediu permissão ao pai para ir encontrar com Angelo e deram uma volta na praça ali perto. A garota acabou desabafando sua preocupação com a mãe que estava doente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Atlanta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.